Respostas

Você tem curiosidade sobre Astronomia? Envie sua pergunta a um astrônomo profissional através do formulário. As perguntas respondidas podem ser consultadas abaixo:

Envio: 16/02/2024

Nome: Sergio

Cidade: Tremembé-Sp

Resposta:
Esse deslocamento que você menciona de certa forma já existe: a ação das forças de maré exercidas pela Lua e pelo Sol deslocam uma massa imensa de água de um ponto para outro da Terra todos os dias. Esse efeito não provoca alteração na órbita de nosso planeta em torno do Sol. A órbita dos planetas em torno do Sol depende de suas massas e não do centro de gravidade.

Envio: 28/01/2024

Nome: Alexandre Machado

Cidade: Guarulhos, Sp

Resposta:
Exatamente. O plano orbital da Lua em torno da Terra é inclinado de 5,2 graus em relação ao plano da órbita de nosso planeta em torno do Sol. Devido a esta característica não ocorrem eclipses em todas as lunações.

Envio: 06/07/2023

Nome: Marcelo De Castro

Cidade: São Paulo

Resposta:
A direção na qual o Sol se move no céu é chamada "Apex solar" e fica na direção da constelação de Hércules. A Terra gira em torno do Sol num determinado plano, o chamado "plano eclíptico", que é muito similar aos planos orbitais dos demais planetas, porém o movimento do Sol na galáxia não está neste mesmo plano! Assim sendo, não existe uma coincidência da direção do Apex solar com um um dia do ano. É mais significativo saber que a direção do Apex está próximo da estrela Omicron Herculis (na constelação de Hércules portanto), enquanto que a heliocauda, ou seja, o Antapex, está na direção da estrela Zeta Canis Majoris (na direção da constelação do Cão Maior).

Envio: 18/05/2023

Nome: Davi Boletta

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
As técnicas para descobrir como é e estudar o interior da Lua são as mesmas usadas para estudar o interior da Terra: usam-se equipamentos como sismógrafos e magnetômetros instalados na superfície para sondar e mapear a parte interna. O interior da Lua não foi descoberto por uma única pessoa, ele foi estudado a partir dos equipamentos deixados na superfície de nosso satélite durante os voos tripulados feitos entre 1969 e 1972.

Envio: 18/05/2023

Nome: Vinícius

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Não, só as estrelas com massa muito grande (no mínimo 10 vezes a massa do Sol) é que explodem ao final do seu ciclo evolutivo, um fenômeno é chamado "supernova". No caso do Sol, daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos ele vai aumentar de volume, transformando-se numa estrela do tipo gigante. Depois dessa fase ele vai se transformar numa estrela do tipo "anã branca", muito fraca.

Envio: 01/05/2023

Nome: Taís

Cidade: Campos Dos Goytacazes

Resposta:
Um meteoro não é exatamente um "astro" já que está dentro da atmosfera da Terra. Chama-se "meteoro" aquele traço luminoso muito rápido visto no céu noturno quando um pequeno meteoroide entra na atmosfera e se queima rapidamente por atrito. Os objetos que produzem os meteoros são fragmentos muito pequenos de rocha que existem no meio interplanetário, tipicamente eles têm menos de um centímetro. Mas o meteoro, ou seja, o evento luminoso, emite luz própria, portanto é luminoso e não iluminado.

Envio: 30/03/2023

Nome: Michele Santos

Cidade: Jaguaquara

Resposta:
O planeta como um todo dá uma volta em torno de seu eixo a cada 24 horas. Como o perímetro da Terra no equador é de 40.075 km, a velocidade do planeta no equador em relação a um ponto de referência estático e fora da Terra é de 40075 km / 24 h = 1669 km/h (no equador). À medida que o observador se desloca para o polo, o perímetro vai diminuindo, portanto na conta anterior a velocidade também vai diminuindo. Exatamente no polo a velocidade será nula sim, já que o perímetro também é nulo. Para saber a velocidade numa latitude qualquer, basta multiplicar o valor da mesma no equador pelo cosseno da latitude do lugar. Aqui na cidade de São Paulo por exemplo, a latitude é de 23,5 graus. Como o cosseno de 23,5 é 0,917, a velocidade de deslocamento da superfície em nossa latitude é 1669 x 0.917 = 1530 km/h.

Envio: 28/02/2023

Nome: Danielle Lemos

Cidade: Guidoval

Resposta:
O eixo da Terra não muda, ele é inclinado de 23,5 graus em relação ao eixo do movimento de translação. É justamente essa inclinação que é a responsável pelo ciclo das estações: quando o Sol incide mais diretamente no hemisfério sul e de forma mais oblíqua no hemisfério norte, é verão no sul e inverno no norte. Seis meses depois o inverso ocorre: o sol incide mais diretamente no hemisfério norte e de forma mais inclinada no sul, caracterizando assim o verão no norte e o inverno no sul. O extremo norte da inclinação do Sol corresponde ao solstício de inverno no sul e de verão no norte. Seis meses depois ocorre o inverso. E os dois equinócios, da primavera e do outono, ocorrem quando o Sol incide verticalmente sobre o equador. Veja as ilustrações neste link para ficar mais claro: https://fisicasemmisterios.webnode.com.br/products/esta%C3%A7%C3%B5es%20do%20ano/

Envio: 13/08/2022

Nome: Silvia Cassini

Cidade: Porto Alegre

Resposta:
A posição do Sol no horizonte depende do ciclo das estações do ano. Independentemente da latitude em que o observador está, o Sol estará no limite sul de suas posições no horizonte no início do verão do hemisfério sul, ou seja, em torno do dia 21 de dezembro. Em contrapartida, ele estará no limite norte no início do inverno, em torno do dia 21 de junho. E o meio do trajeto será nos equinócios da primavera e do outono, que no hemisfério sul ocorrem respectivamente nos dias 21 de setembro e 21 de março. Essas datas podem variar um dia para mais ou para menos dependendo do ano ser bissexto ou não. É possível calcular tudo isso, claro. A informação que você procura é o azimute do Sol no nascer e no ocaso. Normalmente os anuários astronômicos fornecem essa informação.

Envio: 21/07/2022

Nome: Fabio Teixeira Almeida Marçal

Cidade: Ceilândia Sul

Resposta:
Sim, sem dúvida. As posições relativas do Sol e da Lua são as mesmas vistas de qualquer lugar do planeta, mas em consequência da rotação da Terra, a visibilidade não é simultânea em todos os lugares: Se estamos vendo o Sol e a Lua agora aqui do Brasil (9h da manhã), um observador no Japão só vai vê-los na mesma posição depois de 12 horas.

Envio: 14/07/2022

Nome: Guilherme Silva

Cidade: Balneário Camboriú - Sc

Resposta:
A órbita da Terra em torno do Sol é uma elipse e essa elipse é plana sim! Para haver mudanças no plano orbital seria necessária a ação de alguma força externa, o que não existe no. caso dos planetas em torno do Sol. Modelos de mecânica celeste indicam que planetas orbitando em torno de um sistema duplo poderiam ter órbitas não-planas, mas este obviamente não é o caso de nosso sistema planetário.

Envio: 30/06/2022

Nome: Roger Leandrino

Cidade: Cotia -Sp

Resposta:
Não existe uma resposta simples para sua questão. Cada um dos movimentos da Terra pode ser decomposto em termos periódicos. Veja o mais simples deles, por exemplo, a rotação: ela tem um período bem definido, que é conhecido desde a pré-história devido ao ciclo dia-noite. Porém este período pode ser decomposto em diversos termos que incluem as oscilações causadas pelas variações diárias e sazonais de temperatura e pelas forças de maré exercidas pela Lua e pelo Sol. Alguns deles foram constatados desde a pré-história como a rotação, definida pelo ciclo dia-noite, e a translação, definida pelo ciclo das estações do ano.

Não temos como fazer um levantamento de cada um desses movimentos para investigar como e quando cada um foi descrito pela primeira vez, mas uma lista dos movimentos principais da Terra deve incluir:

1) Rotação em torno de seu eixo

2) Translação em torno do Sol

3) Precessão do eixo

4) Nutação, ou seja, a oscilação da precessão

5) Deslocamento do periélio da órbita do planeta em torno do Sol

6) variação periódica da obliquidade da eclíptica

7) Variação da excentricidade da forma elíptica da órbita

8) Movimento de centro de massa Terra-Lua pelas forças de maré

9) Oscilação do movimento de translação em torno do centro de massa do Sistema Solar

10) Perturbações do movimento devido às forças de Maré

11) Perturbações do movimento devido à interações gravitacionais com os planetas

12) Movimento Helicoidal do Sol enquanto se desloca pelo disco galáctico

13) Rotação do Sol em torno do centro da Via Láctea

14) Translação junto com a nossa galáxia, que também não é estática

Cada um destes movimentos pode ser decomposto em diversos termos. O último por exemplo pode ser decomposto em diversas partes já que nossa galáxia se desloca em relação à galáxia de Andrômeda, mas todo o Grupo Local de galáxias (incluindo a Via Láctea e Andrômeda) se desloca em relação ao Grupo de Virgo. Numa escala ainda maior, o superaglomerado local de galáxias (que inclui o Grupo Local, o Grupo de Virgo e diversos outros) se desloca em direção ao superaglomerado de Hidra-Centauro, e assim sucessivamente.

Envio: 25/06/2022

Nome: Lilian Santos Roque

Cidade: São Paulo

Resposta:
Você não encontrará estudos acadêmicos tipo Mestrado ou Doutorado sobre a forma da Terra por uma razão muito simples: esse é um conhecimento já estabelecido há muitos séculos! Não faria, portanto, o menor sentido alguém se dedicar a "provar" tal hipótese agora. Seria como alguém elaborar uma tese de doutorado para provar que 2 + 2 = 4. Por outro lado, existem diversos trabalhos didáticos ou jornalísticos explicando a forma da Terra. Veja estes aqui por exemplo:

https://baiadoconhecimento.com/biblioteca/conhecimento/read/174144-como-podemos-afirmar-que-a-terra-e-esferica

https://cienciahoje.org.br/artigo/a-terra-e-redonda/

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/7-fatos-cientificos-que-provam-que-terra-nao-e-plana.html

Envio: 13/06/2022

Nome: Tales Scisinio

Cidade: Barra Do Garças - Mt

Resposta:
A inclinação do eixo da Terra é definida em relação a uma reta perpendicular ao plano da órbita de nosso planeta em torno do Sol. Essa inclinação é a responsável pelo ciclo das estações pois, ao longo do ano, a luz do Sol incide mais diretamente num hemisfério e depois no outro. Ela tem o nome de "obliquidade da eclíptica" e atualmente é de 23,436 graus. Essa inclinação tem sido medida por muito tempo usando diversas técnicas. Atualmente o valor está diminuindo, mas o eixo de rotação de nosso planeta NÃO ESTÁ verticalizando! Nem teria como isso acontecer por uma mera questão das leis físicas de conservação do momentum angular. A inclinação do eixo varia entre 22,1 e 24,5 graus por ação das marés, mas não além disso, como é demonstrado por medidas existentes por pelo menos 3000 anos.

Envio: 06/06/2022

Nome: Pedro Paulo Prado

Cidade: São Paulo

Resposta:
Existem distintas maneiras de definir a distância Terra-Lua. O que se chama de distância característica (ou distância média) corresponde ao semieixo maior da órbita da Lua, considerado como o centro de massa da mesma orbitando o centro de massa da Terra. Portanto trata-se da distância referida ao centro dos dois corpos. A distância instantânea, obtida a partir dos retrorefletores de raios laser colocados na Lua pelas missões Apollo, varia instantaneamente devido à órbita elíptica da Lua em torno da Terra e também se refere aos centros dos dois corpos.

Envio: 27/02/2024

Nome: Hélio Paulo Pereira Filho

Cidade: Vicosa

Resposta:
Sim, Marte não tem um campo magnético global como a Terra. Evidências obtidas das rochas marcianas com o satélite Mars Global Surveyor em órbita do planeta indicam que existem sinais de magnetismo residual nas mesmas, mostrando que houve magnetismo no passado. Esse campo cessou de existir porque o planeta é muito pequeno e o seu interior se solidificou, dessa forma o mecanismo do geodínamo, que gerava um campo magnético global como acontece na Terra, deixou de funcionar.

Envio: 01/02/2024

Nome: Mavi

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Os planetas ditos gasosos em nosso sistema solar são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O termo "gasoso" pode enganar, mas ele não significa que o planeta é como uma nuvem que pode ser atravessada por uma sonda. Esses planetas não tem uma superfície sólida em que se pode pisar, como na Terra ou em Marte, suas camadas externas são gasosas, porém esse gás vai ficando cada vez mais denso à medida que se desce em sua atmosfera. E essa densidade vai subindo tanto que aos poucos a mistura de gases (basicamente hidrogênio e hélio) se torna tão densa que fica pastosa e, posteriormente, sólida. Mas respondendo sua pergunta de forma direta: não tem como! Esses planetas não têm um superfície definida como nos planetas de tipo terrestre

Envio: 28/01/2024

Nome: Sofia Rodrigues De Mendonça

Cidade: Rio Verde

Resposta:
Os cinco planetas visíveis a olho nu, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, são conhecidos desde a mais remota antiguidade, não existe um registro de sua descoberta. A palavra "planeta" vem do grego "planetes" que significa "errante, o que caminha" justamente porque os planetas se deslocam contra o fundo das estrelas. Essa característica possibilitou a identificação os planetas visíveis a olho nu literalmente há milênios.

Envio: 28/01/2024

Nome: Sofia Rodrigues De Mendonça

Cidade: Rio Verde

Resposta:
Nos últimos anos um grande número de planetas anões tem sido descobertos além da órbita de Netuno. Não dá para citar uma data exata da última descoberta porque muitos deles ainda são candidatos a confirmar. Veja no link abaixo (da Wikipédia) uma lista com os 5 planetas anões já oficialmente reconhecidos pela União Astronômica Internacional e de mais 13 candidatos. Exceto por Plutão, descoberto em 1930, os demais foram todos descobertos nas últimas duas décadas. A lista pode ser muitíssimo maior, esses números são apenas temporários.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta_anão

Envio: 27/01/2024

Nome: Bruno

Cidade: Rio Verde Go

Resposta:
O planeta mais distante do Sol não é Netuno! Depois dele está o cinturão onde estão os planetas anões, como Plutão, Eris, Sedna, Quaoar e muitos outros. E não é verdade que Netuno esteja se afastando do Sol! Todos os planetas têm órbitas estáveis em torno dele. O menor dos planetas clássicos no sistema solar é Mercúrio e o que tem mais luas é saturno, que até agora já teve 146 satélites catalogados. A grande maioria são pequenos objetos com poucos quilômetros de diâmetro, porém têm órbitas estáveis em torno do planeta e portanto são luas.


Envio: 01/01/2024

Nome: Carlos Denilson Corrêa Rodriguês

Cidade: Belém Pará

Resposta:
A Lua está muito próxima da Terra, sua distância média até nós é de 384.000 km. Já Marte está muito mais longe, sua distância à Terra varia de 54,6 milhões de km quando ambos os planetas estão do mesmo lado do Sol até 401 milhões de km quando estão em lados opostos. Assim sendo, para fins práticos a distância Lua-Marte é a mesma distância Terra-Marte.

Envio: 18/05/2023

Nome: Isabela

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Existe a previsão de um voo tripulado para Marte ao redor de 2035, não antes disso. Mas mesmo esta data de 2035 é incerta, pois depende dos testes que estão sendo feitos em várias tecnologias que serão necessárias para a viagem.

Envio: 31/03/2023

Nome: Fernanda

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Considerando as massas, no sistema solar o menor planeta gasoso é Urano, com massa equivalente a 14,5 vezes a da Terra. Em termos do diâmetro, Netuno, cuja massa equivale a 17,15 vezes a da Terra, tem diâmetro de 49.528 km, sendo portanto um pouco menor do que Urano, cujo diâmetro é de 51.118 km.

Envio: 19/03/2023

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso

Resposta:
Sem dúvida, apenas olhando seu brilho aparente não é possível saber qual dos planetas é maior. Essa conclusão só foi obtida a partir da determinação de suas distâncias e de suas massas. A primeira determinação das distâncias foi feita por Nicolau Copérnico nas primeiras décadas do século 16, e a determinação das massas foi obtida por Kepler entre 1610 e 1620. As leis de Kepler e, posteriormente, a lei da gravitação de Newton permitem a determinação precisa das massas dos planetas.

Envio: 26/02/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
O único lugar do sistema solar onde está confirmado que existem vulcões ativos é Io, uma das luas de Júpiter. Em Vênus existem indícios de atividade vulcânica recente, mas sem confirmação. Outros corpos como a Lua, Mercúrio e Marte têm vulcões extintos. As características dos vulcões em cada corpo dependem do tipo e espessura da litosfera, bem como das características do interior planetário. A existência de vulcões explosivos em particular depende da composição química e densidade do magma, assim como do acúmulo de gás (em geral vapor d'água e dióxido de carbono) no interior da câmara de magma. Além da Terra, no sistema solar talvez existam essas condições em Vênus, porém nada até agora foi detectado. Nos demais corpos do sistema solar não é provável que existam vulcões explosivos. E nada se sabe sobre atividades vulcânicas em exoplanetas.

Envio: 18/01/2023

Nome: Cláudia Viterbo

Cidade: São Paulo

Resposta:
Copérnico propôs o modelo heliocêntrico para o sistema solar em 1543, em seu livro "De revolutionibus orbium coelestium", quase um século antes de Galileu publicar seu livro "Diálogos sobre os dois Sistemas Chefes do Mundo", o que só ocorreu em 1632. Este livro consiste num debate fictício entre um defensor do sistema geocêntrico clássico, que Galiileu chama de "sistema de Ptolomeu", e o sistema heliocêntrico, que ele chama de "sistema de Copérnico". Obviamente, quem ganha o debate é o defensor do sistema copernicano já que o próprio Galileu acreditava nele. Kepler, que viveu na mesma época de Galileu, também se referia ao sistema heliocêntrico como "sistema copernicano".

Envio: 08/01/2023

Nome: Gustavo Brito Pereira

Cidade: Capanema

Resposta:
A força gravitacional cai com o quadrado da distância, e como Júpiter e a Terra giram em torno do Sol com velocidades orbitais diferentes, a distância entre eles varia bastante. Arredondando os números, essa distância varia aproximadamente entre 600 e 900 milhões de km. Tomando um valor médio, essa força equivale a cerca de 1/90 da força gravitacional exercida pela Lua. Mas note que este raciocínio NÃO VALE para a força de maré, pois está é uma força diferencial que cai com o cubo das distâncias. A influência gravitacional de Júpiter sobre a Terra é desprezível em todos os aspectos. No link abaixo está a conta detalhada para o cálculo da força gravitacional da Lua sobre a Terra, caso você queira calcular para Júpiter, basta substituir a massa da lua pela de Júpiter e usar a distância correta :
https://byjus.com/question-answer/find-the-gravitational-force-exerted-by-earth-on-moon-if-distance-between-them-is-3/

Envio: 26/12/2022

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A definição de planetas é muito clara. Para ser considerado planeta, um corpo deve preencher necessariamente três condições: 1) estar em órbita ao redor do Sol; 2) ter forma determinada pelo equilíbrio hidrostático (arredondada) resultante do fato de que sua força de gravidade supera as forças de coesão dos materiais que o constituem; 3) ser um objeto de dimensão predominante entre os objetos que se encontram em órbitas vizinhas. Plutão obedece as duas primeiras condições mas não obedece a terceira, já que existem vários corpos de dimensões similares ou maiores em órbitas similares, por isso ele é considerado um planeta anão. Para ser considerado satélite de um planeta, basta que um corpo orbite este planeta, sem nenhuma outra condição. Por isso pequenas rochas são assim consideradas.

Envio: 10/12/2022

Nome: Renato Pereira

Cidade: São Paulo

Resposta:
A região mais interna do Sistema Solar, com distância ao Sol menor do que o raio da órbita de Netuno, já é bem conhecida e certamente não existem outros planetas, porém o sistema solar externo ainda é muito pouco conhecido. O Cinturão de Kuiper, onde se encontram Plutão e os demais planetas anões, talvez tenha muitas dezenas de objetos do porte dos planetas anões. Alguns já são conhecidos e receberam nomes como Eris, Sedna, Quaoar, Makemake... Quanto a existir ou não outro planeta "clássico", talvez do porte de Netuno, esta ainda é uma questão em aberto. Existem estudos baseados em pequenas diferenças detectadas entre as posições medidas e previstas para as órbitas de Urano e Netuno que indicam a possibilidade da influência gravitacional de outro corpo massivo, mas tudo ainda está no terreno das hipóteses. Os estudos revelam que, se este astro existir, ele deve estar cerca de 20 vezes mais longe do Sol do que Netuno e deve levar entre 10.000 e 20.000 anos para dar uma volta em torno do Sol.

Envio: 26/09/2022

Nome: Josafá Moreira

Cidade: Jaboatão Dos Guararapes

Resposta:
Transfira essa questão para a Terra: existe um tempo exato para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro? A resposta evidentemente é não, porque o tempo de viagem depende da velocidade do veículo. Com as viagens espaciais é a mesma coisa: o tempo vai depender da velocidade. Para viagens à Lua, aquelas tripuladas feitas entre 1969 e 1972 levavam em torno de 4 dias. Espera-se que as novas do projeto Artemis, que devem ocorrer nos próximos anos, também demorem 3 a 4 dias, pois viajar mais rápido implicaria em levar mais combustível, e consequentemente projetar um foguete maior, mais pesado e mais caro.
Para Marte a viagem até agora só foi feita por sondas não-tripuladas e o tempo de viagem é de 6 a 8 meses. Mas tem uma particularidade importante: essas viagens de 6-8 meses pressupõem que Marte e a Terra estejam do mesmo lado do Sol, e portanto na distância mínima um do outro. Mas este alinhamento ocorre a cada 2 anos, ou seja, uma vez feita uma viagem a Marte de 6-8 meses com uma tripulação humana, será preciso esperar cerca de um ano e meio lá até que os planetas se aproximem de novo e permitam a viagem de volta.

Envio: 19/07/2022

Nome: Henrique

Cidade: Sorocaba

Resposta:
Ao contrário do que alguns pensam, planetas gasosos como Júpiter ou Saturno não são uma bola de gás de baixa densidade, que poderia ser atravessado por uma sonda, da mesma forma que um avião atravessa uma nuvem. Eles são gasosos apenas na superfície mas no interior, à medida que a densidade vai aumentando devido à alta pressão, eles têm estrutura muito densa. Eles são compostos principalmente por hidrogênio, mas no interior do planeta o mesmo transforma-se em "hidrogênio metálico", que é tão denso quanto um sólido. E, além disso, todos os planetas gasosos do sistema solar têm núcleos rochosos. Em outras palavras, os planetas gasosos não são apenas gasosos!

Envio: 10/07/2022

Nome: Fábio

Cidade: Camaçari-Ba

Resposta:
Buracos negros têm massas comparáveis às massas das estrelas. Se algum se aproximasse do sistema solar, saberíamos muito tempo antes devido às perturbações gravitacionais que ele provocaria nas órbitas dos planetas e, muito antes disso, nos movimentos das estrelas vizinhas ao Sol. Como os movimentos destes corpos celestes todos são bem conhecidos, não há risco disso acontecer. Caso ocorresse, ele seria descoberto centenas, talvez milhares de anos antes de uma aproximação maior. Mas é claro que, se ocorresse, não existe como alterar a direção do movimento de um corpo com massa de uma estrela.

Envio: 26/04/2022

Nome: Matheus Esquerdo

Cidade: São Paulo

Resposta:
A cada segundo o núcleo do sol consome cerca de 600 milhões de toneladas de hidrogênio, transformando-as em 600 milhões de toneladas de hélio, mais a energia que o Sol emite. Só existe um mecanismo físico capaz de repor essa massa toda: a proximidade com outra estrela num sistema binário. Se duas estrelas estiverem muito próximas uma da outra, assim como a distância de Júpiter ao Sol ou menos, é possível haver troca de material entre elas, de forma que uma "realimenta" a outra. Esse processo produz reações de fusão nuclear superficiais temporárias que resultam nas "Novas", que são estrelas que aumentam muito o seu brilho por um período curto de tempo. Então, como nosso Sol não pertence a um sistema binário, não existe um suprimento de hidrogênio capaz de realimentá-lo. E se existisse, ele se transformaria numa Nova, ou seja, uma estrela variável.

Envio: 24/04/2022

Nome: Jidalha Silva Santana

Cidade: São Paulo

Resposta:
Isso ocorre pela mesma razão pela qual a nossa Lua não colide com a Terra, ou que os planetas não são atraídos para o Sol: velocidade! Os satélites dos planetas estão em órbitas estáveis em torno dos mesmos, isso quer dizer que as respectivas velocidades orbitais, combinadas com as distâncias de cada satélite ao planeta, fazem com que as órbitas sejam estáveis e os satélites não caem sobre os planetas, mas também não se afastam.

Envio: 19/04/2022

Nome: Beatrice Castro Carvalho

Cidade: São Paulo

Resposta:
Os anéis de Saturno são compostos de materiais leves como blocos de gelo e grãos de poeira. Eles giram em torno do planeta em movimentos que são descritos pelas leis de Kepler: os anéis mais internos giram mais rápido e os mais externos são mais lentos. Da mesma forma que, em torno do Sol, os planetas mais internos como Mercúrio e Vênus giram mais rápido que os externos como Urano e Netuno. No caso dos anéis de Saturno, os mais internos giram com velocidade de 23 km/s (quilômetros por segundo) e os mais externos com velocidade de 16,4 km/s. Se você procurar em repositórios públicos de vídeo (como o Youtube), vai encontrar várias filmagens dos anéis de Saturno em movimento. Vale também lembrar que todos os planetas gigantes têm anéis, os de Saturno são muito grandes e fáceis de observar, mas Júpiter, Urano e Netuno também têm sistemas de anéis concêntricos como Saturno.

Envio: 01/01/2022

Nome: Douglas

Cidade: Curitiba

Resposta:
Não só os planetas têm luas, alguns asteroides também têm corpos orbitando em torno deles. Em princípio, nada impede que a lua de algum planeta tenha satélites naturais. Nenhum até agora foi encontrado mas é possível que as grandes luas de Júpiter e Saturno tenham corpos menores orbitando em torno delas. Tais objetos, que por enquanto só existem teoricamente, são chamados subluas ou subsatélites.

Envio: 22/11/2021

Nome: Bernardo Abreu

Cidade: Cachoeiro De Itapemirim

Resposta:
Essa não é uma coincidência! O movimento da Lua tem o nome de rotação síncrona e é causado pelas forças de maré que atuam entre a Terra e a Lua. Tecnicamente o mecanismo de sincronização tem o nome de travamento por maré. Assim como presença da Lua causa as marés oceânicas na Terra, o efeito inverso também ocorre: a presença da Terra causa forças de maré na Lua. Ela não tem oceanos, mas essas forças atuam sobre a distribuição de massa da Lua, forçando a sincronização de sua rotação com sua revolução. O mesmo fenômeno ocorre em diversos corpos do sistema solar: as duas luas de Marte (Deimos e Fobos) também têm rotação síncrona. Da mesma forma, diversas luas de Júpiter, incluindo as quatro maiores (Io, Europa, Ganimedes e Calisto) e 15 das luas de Saturno também têm órbitas sincronizadas com o período de rotação. A origem é sempre a mesma: travamento por forças de maré.

Envio: 27/10/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
A medida da aceleração gravitacional da Terra é muito simples, pode ser feita até como exercício acadêmico em escolas. Basta soltar um peso com resistência do ar desprezível de uma altura conhecida e medir o tempo de queda. A partir do tempo e da altura, calcula-se a aceleração "g". A mesma determinação pode ser feita com o uso de um pêndulo, usando-se as leis do movimento harmônico. Em outros corpos a aceleração pode ser calculada a partir da massa e do raio dos mesmos.

Envio: 17/10/2021

Nome: Fabiano Martins

Cidade: Passos, Mg

Resposta:
Já existe bastante água em Marte. Ela está nos polos, que são majoritariamente dióxido de carbono congelado, mas tem água também. E além deles devem existir depósitos subterrâneos de água. Levar água de um planeta para outro por enquanto é ficção científica, isso não é viável com os foguetes existentes. Os maiores foguetes atualmente poderiam levar cargas úteis de 20 a 30 toneladas até Marte, o que significa 20 a 30 metros cúbicos, ou seja, um caminhão cisterna cheio, o que é completamente insignificante em termos de alterar as condições do próprio planeta. Seria (e talvez venha a ser no futuro) muito mais viável procurar depósitos subterrâneos de água em Marte e bombear a mesma para a superfície, esperando assim iniciar um ciclo atmosférico de evaporação e chuvas como existe na Terra. Essa medida iria requer quantidades IMENSAS de água, mas talvez possa ser tentada no futuro.

Envio: 06/10/2021

Nome: Cláudio Henrique

Cidade: Paulo Afonso, Ba

Resposta:
Os planetas visíveis a olho nu (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) são conhecidos desde a antiguidade porque se movem em relação ao fundo de estrelas. A determinação do tamanho dos mesmos e de suas massas depende da determinação das respectivas distâncias à Terra. Para os planetas do sistema solar, a primeira estimativa realista das distâncias foi feita por Copérnico no início do século 16. Mesmo supondo que as órbitas dos mesmo em torno do Sol eram circulares (essa era a hipótese de Copérnico), foi possível obter uma estimativa razoável das distâncias de todos os planetas visíveis a olho nu, e daí já ficou claro que Júpiter estava bem mais distante da Terra do que Vênus, que tem brilho aparente maior apenas por estar bem mais próximo. No século seguinte foi possível medir o tamanho angular dos planetas e, conhecida as suas distâncias, foi possível calcular os seus diâmetros e obter-se assim uma visão realista da escala de tamanhos do sistema solar. O primeiro astrônomo a fazer isso foi Giovanni Cassini, ao redor de 1672.

Envio: 27/08/2021

Nome: Maria Eduarda Kerkhoff Escher

Cidade: Três Passos Rs

Resposta:
Não é! Mercúrio está suficientemente próximo de nós para permitir levantamentos fotográficos de sua superfície por exemplo, o que ainda não foi feito para Urano e Netuno e apenas recentemente foi feito de maneira parcial para Plutão. E quanto aos planetas anões que existem além da órbita de Netuno, quase nada é conhecido com exceção do próprio Plutão que é conhecido há mais tempo. Mas dos planetas mais próximos, de fato Mercúrio é o menos explorado, isso acontece porque os extremos de temperatura em sua superfície tornam a exploração muito difícil. Ele não tem atmosfera para atuar como "amortecedor" térmico e a temperatura varia muito: durante o dia ela sobe a 430 C e durante a noite desce a -180 C.

Envio: 11/08/2021

Nome: Igor Majeski

Cidade: Porto Velho, Ro

Resposta:
Não, de maneira nenhuma! É equivocado pensar que os planetas chamados de "gasosos" são bolhas de gás pouco densas. Os planetas não colidem entre si porque têm órbitas estáveis, mas se um corpo colidir com um planeta gasoso, ele será esmagado. Os planetas gasosos não são compostos apenas por gás com baixa densidade, eles são de fato compostos principalmente por elementos químicos leves como hidrogênio e hélio mas, devido às suas grandes massas, seus interiores são comprimidos por ação da gravidade até chegarem em altas densidades, tornando-se sólidos. Em outras palavras, eles são sólidos no interior. Além disso, eles têm núcleos rochosos, não são compostos exclusivamente por hidrogênio e hélio.

Envio: 11/07/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Sim, hipoteticamente isso seria possível no alto de suas atmosferas, onde as condições de temperatura e pressão são mais favoráveis à vida como conhecemos. Essa hipótese já foi explorada até por escritores de ficção científica que imaginaram criaturas com bolsas de hidrogênio atuando como flutuadores.

Envio: 14/04/2021

Nome: Leonardo Piucco

Cidade: Gainesville

Resposta:
Sem dúvida que sim! Diversas sondas já passaram pelo cinturão de asteroides para explorar os planetas exteriores, não tem nenhum problema. A distância média entre os asteroides do cinturão principal, entre Marte e Júpiter, é de aproximadamente um milhão de quilômetros, quase o triplo da distância Terra-Lua. Assim, é muito fácil atravessar o cinturão sem riscos grandes de colisão.

Envio: 27/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
É possível obter apenas informações indiretas sobre as características da nebulosa protossolar. A mais direta é sua composição química, que se reflete na composição do Sol. A proporção entre os elementos químicos que é observada no Sol é a mesma da nebulosa protossolar. Outras características físicas tais como massa, dimensões ou formato não são possíveis de deduzir porque o Sol já deixou sua região de formação há muito tempo. Como o disco da galáxia não gira como um corpo rígido, o material da nebulosa protossolar já se dispersou há muito tempo atrás.

Envio: 06/03/2021

Nome: Reinaldo Toso Jr

Cidade: Jundiaí Sp Brasil

Resposta:
Existem vários corpos grandes no cinturão de Kuiper, dos quais os planetas anões são os mais comuns. Não está descartada a existência de um planeta maior nessa região, talvez maior mesmo que os planetas terrestres. Esse corpo hipotético é mencionado às vezes na literatura como "planeta X" e, se existir, deve estar muito longe do Sol, provavelmente a centenas de Unidades Astronômicas (1 U.A. corresponde à distância Terra-Sol). Em 2015, um grupo de astrônomos do Caltech, uma renomada universidade dos Estados Unidos, fez um cuidadoso estudo baseado na dinâmica dos corpos conhecidos do sistema solar externo e levantou a hipótese desse planeta hipotético ter 10 vezes a massa da Terra e estar 20 vezes mais longe do Sol do que Netuno, o que representaria uma distância média de 600 Unidades Astronômicas do Sol. Mas por enquanto é só uma hipótese, ainda não existe uma evidência definitiva que tal corpo exista.

Envio: 02/03/2021

Nome: Pedro

Cidade: São Gonçalo

Resposta:
Não existe uma data marcada. O dia exato dependerá dos testes pós-pouso que estão sendo feitos atualmente. O cronograma da NASA informa que ele iniciará a se mover entre 10 e 60 dias após o pouso, dependendo dos resultados dos testes. Quando começar a se mover, a velocidade será de 100 metros por dia.

Envio: 22/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
A Terra é azul vista do espaço porque os oceanos refletem principalmente a faixa azul do espectro de cores da luz solar. Os continentes vistos de fora têm tons de marrom e os polos e nuvens são brancos, mas a área do planeta coberta por oceanos é muito maior que a cobertura de nuvens e continentes, por isso a cor azul predomina. Assim como para os outros planetas, uma mudança de cor só aconteceria se as condições da atmosfera e da superfície mudassem drasticamente. A Terra por exemplo deixaria de ser azul quando vista do espaço se oceanos evaporassem. Apesar do cenário parecer irreal, em princípio isso poderia acontecer se a temperatura da superfície do Sol aumentasse. Na verdade, isso irá acontecer dentro de aproximadamente um bilhão de anos, devido ao "amadurecimento" do Sol. Quando isso ocorrer, provavelmente o planeta será permanentemente envolto em nuvens como atualmente é o caso de Vênus, só que enquanto este tem cor amarelada pois as nuvens são predominantemente de dióxido de carbono, a Terra ficará branca vista do espaço, pois as nuvens de vapor d'água são brancas quando refletem a sul do Sol. Para os demais planetas, vale a mesma regra: apenas uma mudança muito drástica nas condições da atmosfera e da superfície mudariam a cor do planeta.

Envio: 12/02/2021

Nome: Auriane Miranda

Cidade: Trairi-Ce

Resposta:
Existe atualmente um grande interesse no estudo de Marte, e a busca da resposta para esta pergunta é um dos motivos mais importantes para a sua exploração. Do ponto de vista teórico, é possível sim que já tenha existido vida em Marte e as sondas que já estão já ou que vão chegar em breve têm grande interesse em procurar traços de vida fossilizada. O que se sabe é que as condições físicas da atmosfera marciana mudaram muito no último bilhão de anos: toda a água que existia livre na superfície desapareceu por exemplo. As razões para essa perda ainda são tema de discussão, mas provavelmente estão ligadas à pouca massa do planeta, que resulta num campo gravitacional bem menor que o da Terra e portanto torna mais fácil com que as moléculas de água escapem do planeta, ou então que sejam destruídas pela radiação solar em função da atmosfera muito tênue.

Envio: 12/02/2021

Nome: Eu

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Assim como os demais planetas do sistema solar, a Terra como conhecemos agora irá acabar quando o Sol esgotar o hidrogênio do seu núcleo e se transformar numa estrela do tipo gigante vermelha. Quando isso acontecer, daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos, o Sol vai "inchar" e os planetas internos, Mercúrio, Vênus e a Terra, desaparecerão. Os demais vão sobreviver por estarem bem mais longe, mas as condições físicas dos mesmos vão mudar totalmente. Antes que alguém pergunte "e nós para onde vamos quando acontecer isso?", vale a pena lembrar que o tempo para isso acontecer, 5 bilhões de anos, é muito maior que o tempo de evolução biológica. Nenhuma das espécies que hoje existem provavelmente existirá por tanto tempo.

Envio: 10/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Sim, todos os planetas gasosos têm núcleos sólidos e com alta temperatura. Na verdade, altas temperaturas nos núcleos planetários não são exclusividade dos planetas gasosos. A temperatura do núcleo da Terra é estimada variar entre 5400 e 5700 K, o que é bem próximo da temperatura da superfície do Sol. Outros modelos estimam esta temperatura em cerca de 6200 K. Quanto aos planetas gasosos, como suas pressões internas são ainda maiores, as temperaturas nas regiões centrais sobem ainda mais. Estima-se que a temperatura do núcleo de Júpiter seja de aproximadamente 24.000 K. Outros modelos estimam que seja um pouco mais baixa, ao redor de 20.000 K, mas ainda assim, bem mais alta do que a temperatura da superfície do Sol. Para Saturno, a estimativa da temperatura do núcleo é de 11.700 K.

Envio: 09/02/2021

Nome: Rafael Augusto

Cidade: Sorocaba-Sp

Resposta:
Os especialista em astrobiologia desenvolveram o conceito de "zona habitável". Trata-se de uma faixa de distâncias em torno de uma estrela, na qual planetas podem ter água na forma líquida na superfície. As dimensões dessa zona dependem do tamanho e da luminosidade de cada estrela e claro que existe aí a pressuposição de que a vida requer água na forma líquida para se desenvolver, como foi no caso da Terra. No caso do Sol, a Terra está evidentemente na Zona Habitável, mas Marte também está, perto do limite externo da mesma. Como existem evidências fotográficas de que já houve rios em Marte há bilhões de anos atrás, não está descartada a possibilidade de que tenha existido alguma forma de vida lá, essa é uma questão ainda em aberto. Os demais planetas estão fora da zona habitável, Mercúrio e Vênus são muito quentes e os demais são muito frios.

Envio: 09/01/2021

Nome: Jaime Magalhães Morais

Cidade: Feira De Santana

Resposta:
Vista de longe, a Terra é um pequeno ponto azulado. Como seu brilho aparente é muito pequeno comparado com o Sol, ela só seria vista de distâncias relativamente próximas de nós. Nosso planeta nunca foi fotografado de fora do sistema solar, mas de grandes distâncias dentro do mesmo, já foi. Veja a foto no link abaixo que mostra a Terra vista de Saturno, a cerca de 1,5 bilhões de quilômetros: https://www.nasa.gov/image-feature/cassini-earth-and-saturn-the-day-earth-smiled
Vista de distâncias maiores, esse pontinho azulado seria cada vez mais fraco e estaria mais perto do Sol.

Envio: 29/05/2020

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
A produção de energia no Sol se dá no seu núcleo e não em todo o volume. A energia que vemos sendo emitida na superfície solar na forma de luz, ou seja, de fótons, se deslocou do núcleo até a superfície. O espectro do Sol apresenta realmente linhas de todos os elementos químicos, mas este é espectro da superfície solar, da fotosfera. Isso acontece porque a composição química do Sol reflete tudo o que existia na nebulosa protossolar de onde ele se formou: todos os elementos químicos que existem no Sol atualmente, bem como na Terra e nos demais corpos do sistema solar, já existiam na nebulosa protossolar antes dele se formar, por isso eles são detectados na superfície do Sol quando os fótons vindos do interior solar interagem com os átomos da fotosfera.

Envio: 19/05/2020

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas

Resposta:
Planetas, satélites e até as estrelas têm forma quase esférica, mas não exatamente. A razão para essa diferença não é apenas a rotação diferencial. Apenas os corpos gasosos como as estrelas e os planetas gigantes têm essa diferença por conta de existir rotação diferencial, ou seja, do equador girar um pouco mais rápido que os polos. Tais diferenças existem também em corpos rochosos como a Terra, cujo diâmetro equatorial é um pouco maior que o diâmetro polar, e esses corpos evidentemente não têm rotação diferencial, nesse caso a diferença está associada à formação do próprio corpo: quaisquer corpos em rotação que tenham uma certa viscosidade, como é o caso dos planetas em formação, tendem a aumentar seu diâmetro de forma ortogonal ao eixo de rotação, essa é uma propriedade da dinâmica dos corpos.

Envio: 07/05/2020

Nome: Fernanda Tinti

Cidade: Praia Grande -Sp

Resposta:
Existem no mundo alguns serviços de monitoramento de asteroides. O mais ativo e mais conhecido é o CNEOS (Center for Near Earth Object Studies) da NASA, que tem como objetivos procurar, traçar as órbitas e descrever os asteroides que possam vir a significar risco para a Terra. Existe também uma colaboração internacional com o mesmo objetivo chamada "International Asteroid Warning Network". O que se faz nesses projetos é observação e monitoramento de objetos pequenos do sistema solar, procurando identificar aqueles que possam potencialmente se tornar riscos. Em termos específicos, esse tipo de pesquisa é feita através de imagens de campo largo sucessivas do céu. Comparando imagens da mesma região, objetos móveis destacam-se por "moverem-se" quando as imagens são superpostas. Assim que eles são detectados.

Envio: 26/04/2020

Nome: Carlos Mario F. Neto

Cidade: Rio De Janeiro, Rj.

Resposta:
Os planetas jovianos, que em nosso sistema solar são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, de fato não têm superfície sólida. Uma sonda que se aproxime de um deles (como a sonda Galileo fez em Júpiter) verá a pressão atmosférica aumentando de forma contínua, até que o gás passe a se comportar como um líquido, depois um líquido denso, depois um sólido. Por convenção, a "superfície" destes planetas é definida como a altitude em que a pressão atmosférica é de um bar, ou 101 kPa, ou seja, a mesma pressão atmosférica da Terra ao nível do mar. Em Júpiter a sonda Galileo conseguiu transmitir dados até descer cerca de 146 km abaixo do nível de 1 bar até ser destruída pela pressão. O último valor de pressão medido foi de 22 bars, com temperatura de 153 C.

Envio: 11/04/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não existe uma correlação direta entre a intensidade do campo magnético e a atmosfera de um planeta. Tome os casos de Vênus e Marte por exemplo: enquanto Marte tem uma atmosfera muito tênue, com menos de 1% da pressão atmosférica terrestre, Vênus tem atmosfera muito espessa, com cerca de 93 vezes a pressão atmosférica da Terra. E os dois planetas têm baixíssimo campo magnético. Estima-se que a espessa atmosfera de Vênus originou-se a partir de uma atmosfera similar à da Terra na origem, gerada por degasagem das rochas que formaram o planeta. Mas como ele está bem mais próximo do Sol, o dióxido de carbono na atmosfera deve ter gerado um efeito-estufa descontrolado, que aqueceu ainda mais a atmosfera e por sua vez provocou a liberação de ainda mais gases a partir das rochas, chegando na situação que se encontra hoje. A temperatura na superfície de Vênus é tão quente (cerca de 467 C) que não existem diferenças entre inverno e verão, nem dos polos para o equador do planeta.

Envio: 19/03/2020

Nome: Antonio Lins Rolim Junior

Cidade: Recife

Resposta:
Não, esta possibilidade não existe porque as duas órbitas estão em ressonância. Este é um termo da mecânica celeste e indica que as órbitas são múltiplos uma da outra. Plutão e Netuno estão em ressonância 2:3, o que significa que a cada 2 órbitas de Plutão em torno do Sol, Netuno dá 3. A consequência desta propriedade é que as posições relativas dos planetas se repetem e eles nunca chegarão a colidir.

Envio: 19/03/2020

Nome: Antonio Lins Rolim Junior

Cidade: Recife

Resposta:
Não, as evidências observacionais de que o sistema solar tem o Sol e não a Terra no centro vieram historicamente de outras origens. O modelo heliocêntrico de Copérnico, formulado no começo do século 16, usava como argumento principal a simplicidade do novo modelo, que explicava de forma natural os movimentos dos planetas, tais como o movimento retrógrado dos mesmos no céu. Esse modelo não foi formulado a partir de observações astronômicas e sim das leituras e cálculos do autor sobre o movimento dos corpos celestes. As observações de Galileo mostrando o ciclo das fases de Vênus são outro bom exemplo, elas não podem ser explicadas através do modelo geocêntrico. Quanto ao movimento de precessão, ele pode ser usado para demonstrar que a Terra não é estática, seu eixo precessiona com período de 25.800 anos.

Envio: 10/03/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
O que define um planeta ser rochoso ou gasoso é a sua composição química e não a distância ao Sol. Nada impede que um planeta rochoso, de tipo terrestre, estivesse na mesma distância que Netuno está, que é aproximadamente 30 vezes maior que a distância Terra-Sol. Existem especulações de que talvez exista pelo menos um planeta de tipo terrestre além da órbita de Plutão Este corpo hipotético é chamado de Planeta X ou Planeta 9, mas sua existência ainda não foi comprovada. Dependendo da composição dos gases, um planeta assim poderia ter atmosfera, porém muito rarefeita e baixa, junto à superfície.

Envio: 16/02/2020

Nome: Tatiana Regina Da Silva Lustosa

Cidade: Praia Grande

Resposta:
Toda a energia emitida pelo Sol está na forma de fótons, sejam eles na faixa da luz visível ou em outras faixas como ultravioleta e infravermelho, e os fótons não necessitam nenhum meio para de deslocar, eles viajam pelo vácuo sem nenhum problema. É desta forma que toda a energia emitida pelo Sol chega à Terra e aos demais corpos do sistema solar.

Envio: 14/02/2020

Nome: Henrique Dal Bo Campanilli

Cidade: Luiz Antônio, Sp

Resposta:
A formação dos anéis nos planetas gigantes é um mecanismo bastante análogo à formação do disco planetário do sistema solar e de outros sistemas planetários extrassolares: a formação do disco se dá sempre num plano perpendicular ao eixo de rotação do corpo principal. Isso ocorre como consequência de uma propriedade física fundamental, a conservação do momentum angular: uma vez que o corpo está girando, a ejeção do material do disco será sempre pelo plano do equador e este material vai girar sempre conservando seu momentum angular, ou seja, no mesmo sentido e na mesma direção que o corpo principal gira.

Envio: 02/02/2020

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: Piracicaba

Resposta:
Todos os planetas do sistema solar formaram-se na mesma época, quando o próprio Sol se formou. Portanto não se pode invocar diferenças nas idades dos planetas para explicar diferentes condições dos mesmos. A grande diferença entre estes dois planetas está na massa e consequentemente na atmosfera de cada um: Vênus tem aproximadamente a massa da Terra e Mercúrio é muito menor, tem menos de 10% da massa de nosso planeta. Com essa pouca massa e a proximidade com o Sol, Mercúrio não reteve sua atmosfera após se formar. E como não tem a atmosfera para atuar como um "colchão" para atenuar as variações de temperatura, a mesma na superfície do planeta varia de cerca de 430 C durante o dia até -170 C durante a noite. Já em Vênus acontece o oposto: sua atmosfera é muito espessa e densa, de modo que a temperatura não varia do dia para a noite nem do equador para os polos, mantendo-se ao redor de 462 C sempre, fazendo que que ele seja o planeta mais quente do sistema solar.

Envio: 05/12/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
A energia escura é detectada apenas em escalas muito grandes, da ordem dos aglomerados de galáxias. Já a matéria escura é detectada na escala de tamanho das galáxias. Assim sendo, caso existisse matéria escura no sistema solar, seria numa escala tão pequena que é indetectável e não desempenha nenhum papel na dinâmica do sistema solar, mas tudo leva a crer que ela só exista no halo das galáxias. Quanto à energia escura, esse nome é dado ao processo de aceleração da expansão do universo, sua verdadeira natureza ainda não é conhecida, mas como ela é detectável apenas em escalas muito grandes, certamente é insignificante (e provavelmente indetectável) na escala do sistema solar.

Envio: 19/11/2019

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
A cada 584 dias a posição de Vênus se repete para os observadores na Terra. Esse período, conhecido como "período sinódico" do planeta, é uma combinação da órbita da Terra em torno do Sol, que define o nosso ano, e da órbita de Vênus em torno do Sol, que é de 225 dias. Assim sendo, não existe uma época preferencial do ano para observar Vênus ao pôr do Sol que se repita todos os anos, pois a cada ano essa época será diferente em função do período sinódico de 584 dias, mas entre outubro de 2019 e maio de 2020 ele estará visível no início da noite.

Envio: 18/11/2019

Nome: George André Rodrigues Maia

Cidade: Campos Dos Goytacazes

Resposta:
Até hoje não foi encontrada nenhuma evidência de vida em Marte. Claro que o conhecimento de sua superfície é ainda muito limitado e não se conhece nada do subsolo marciano, mas até agora nenhuma evidência de vida presente ou passada (na forma de fósseis) foi encontrada. Será preciso aguardar mais exploração daquele planeta para ter-se uma resposta definitiva.

Envio: 04/11/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Sim, porque esse valor depende da massa e da densidade do planeta, Cada planeta tem seu valor para a aceleração da gravidade. Veja no link abaixo uma tabela comparativa:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidade#Compara%C3%A7%C3%A3o_da_for%C3%A7a_da_gravidade_no_Sistema_Solar

Envio: 22/10/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Sim, qualquer corpo que estiver suficientemente próximo de outro para que a força gravitacional exercida por este seja diferente em distintas regiões do corpo, terá o efeito das forças de maré. O caso típico é a força gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra: um lado e outro de um oceano sofrerão forças de atração diferentes dependendo da posição da Lua, desse efeito resultam as marés. Em outros corpos o efeito é o mesmo: as 4 grandes luas de Júpiter por exemplo, sofrem forças de maré pelo próprio planeta que está muito próximo. O mesmo ocorre no sistema Saturno-Titã. Deve-se notar também que a própria estrutura do planeta pode se deformar por forças de maré, a Terra por exemplo não é 100% rígida e sua estrutura se deforma cerca de 30-40 centímetros diariamente pela força de maré lunar. O mesmo efeito deve ocorrer em outros planetas e satélites pois a física envolvida é exatamente a mesma.

Envio: 18/10/2019

Nome: Juliana

Cidade: Florianópolis, Sc

Resposta:
As marés são determinadas pela distância da Lua e do Sol à Terra, portanto inclinação diferentes do eixo não teriam efeito sobre elas. Mas o clima teria variações sazonais mais extremas se a inclinação fosse maior. Ao contrário, se a inclinação fosse menor, as diferenças sazonais diminuiriam e se a inclinação fosse nula, elas não existiriam: as condições climáticas seriam as mesmas ao longo do ano todo, existindo apenas as variações entre o equador (mais ensolarado e mais quente) e os polos (menos ensolarados e mais frios). No sistema solar, o planeta que tem variações climáticas sazonais mais extremas é Urano, cujo eixo de rotação é inclinado de 97,77 graus em relação ao plano de sua órbita.

Envio: 11/10/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Urano tem mesmo grande inclinação do seu eixo de rotação em relação ao plano da órbita. Essa inclinação é de 97,77 graus, o que faz com que ele tenha as estações climáticas mais extremas do sistema solar, com o Sol incidindo quase diretamente em um de seus polos em um dado momento de seu período orbital de 84 anos terrestres, depois incidindo no equador e depois no outro polo. Estima-se que a razão dessa inclinação tenham sido colisões com outros corpos nos estágios iniciais de formação do sistema solar.

Envio: 01/10/2019

Nome: Isabelle

Cidade: Resende, Rj

Resposta:
Sim, esse é um comportamento comum nas órbitas dos corpos do sistema solar e ocorre inclusive com os planetas. O nome técnico é "precessão do periélio": o eixo maior da elipse que corresponde à órbita vai girando em torno do Sol. Esse efeito ocorre porque nunca se tem um sistema de dois corpos (objeto e Sol) isolado, as influências gravitacionais dos demais corpos do sistema solar ao longo de suas órbitas provocam o efeito que você percebeu.

Envio: 01/10/2019

Nome: Isabelle

Cidade: Resende, Rj

Resposta:
Tanto a Terra como os asteroides orbitam o Sol. Para haver uma colisão é necessário que suas trajetórias se encontrem em um dado ponto, o que é muito difícil de ocorrer em função das velocidades e órbitas diferentes. Para que ele fosse atraído pela gravidade da Terra, teria que estar em uma órbita muito próxima da nossa, e já num curso muito próximo do curso de colisão. Essas colisões são raras mas ocorrem. O último grande asteroide a colidir com a Terra foi o de Chelyabinsk, na Rússia, que colidiu com a Terra em 15 de fevereiro de 2013. Ele tinha cerca de 20 metros de diâmetro. Apenas para comparar, o asteroide 2019 OK, tem cerca de 100 metros de diâmetro.

Envio: 20/09/2019

Nome: Jeferson De Jesus Almeida

Cidade: Três Rios

Resposta:
Atualmente não existe nenhuma evidência de que tenha existido vida em Marte, seja ela simples ou complexa. Mas ainda se sabe muito pouco sobre Marte, apenas uma fração muito pequena de sua superfície foi estudada e não se sabe nada do seu subsolo. Assim sendo, nenhuma hipótese sobre o surgimento ou evolução da vida nesse planeta pode ser descartada. Será preciso esperar os resultados das missões de exploração a serem executadas nas próximas décadas para que essas questões possam começar a ser respondidas.

Envio: 13/09/2019

Nome: Jeferson Oliveira Da Silva

Cidade: Francisco Morato, Sp

Resposta:
De fato, às vezes usam-se cores artificiais para realçar distintos detalhes nas imagens dos corpos celestes. Essa é a regra quando as imagens são feitas em comprimentos de onda que nossos olhos não veem como infravermelho ou ultravioleta, mas muitas vezes mesmo as imagens feitas em luz visível são processadas para realçar detalhes. Mas as cores dos planetas normalmente mostradas em fotos coloridas são reais. De modo geral as cores são: Mercúrio: cinza escuro; Vênus: amarelo pálido, Terra: azul com as nuvens brancas; Marte: marrom avermelhado; Júpiter: faixas laranja escuro e mais claras se alterando; Saturno: amarelo pálido; Urano e Netuno: azul pálido; Plutão: marrom

Envio: 07/09/2019

Nome: Felipe Oliveira Costa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Essa característica é uma das indicações da origem comum de todos os corpos do sistema solar. Quando nossa estrela estava em formação, a força centrífuga da rotação do Sol favoreceu a ejeção de material no plano do equador e assim foi formado o disco planetário num plano que coincidia com o equador solar. Todos os planetas se formaram nesse plano e portanto têm planos orbitais muito semelhantes entre si.

Envio: 02/09/2019

Nome: Vitor Cazarotti Venante

Cidade: Itapoá, Sc

Resposta:
Nem sempre. No caso de Marte, suas pequenas luas são asteroides capturados há muito tempo, com composição diferente do planeta. Já para os quatro planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), os satélites têm composição bem diferente devido à natureza desses planetas, que são compostos principalmente por hidrogênio e hélio.

Envio: 19/08/2019

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Os raios cósmicos são partículas (e não radiação) que circulam pelo universo. Eles são constituídos majoritariamente por prótons, elétrons e núcleos de hélio. Sim, parte da radiação cósmica de baixa energia que chega na Terra vem do Sol, sendo ejetada da superfície solar por conta da energia produzida em seu núcleo, mas a maior parte vem de estrelas da nossa galáxia tais como novas ou binárias interagentes. Os raios cósmicos de alta energia são originados fora da Via Láctea, em supernovas, quasares ou explosões de raios gama (gamma-ray bursts) por exemplo.

Envio: 12/08/2019

Nome: Saler C. Lourenço

Cidade: Ibiúna

Resposta:
Deve-se lembrar que o círculo é um caso particular de elipse com os dois semieixos iguais. A excentricidade nas órbitas decorre do fato que em todos os casos, sejam corpos orbitando em torno do Sol, sejam os satélites em torno dos planetas, ou mesmo estrelas orbitando o centro galáctico, nunca são de sistemas de dois corpos isolados que se formaram em condições ideais. Em todos os casos existem outros corpos celestes que induzem perturbações gravitacionais. Assim sendo, que acabam resultando nas órbitas elípticas. Não é possível comprovar uma lei física, seja ela qual for, sem um teste experimental e isso vale também para as leis de Kepler.

Envio: 05/08/2019

Nome: Paulo

Cidade: Barueri, Sp

Resposta:
A massa de nosso planeta é de 6 septilhões de toneladas, ou seja, o algarismo "6" seguido de 24 zeros. Essa massa é surpreendentemente fácil de determinar a partir da lei da gravitação de Newton: quando alguém sobe numa balança, o valor que ela mostra depende da massa da pessoa e também da massa do planeta. Assim sendo, uma vez que se conheça o raio da Terra, o valor de uma massa de referência e o valor da constante da gravitação, a massa do planeta pode ser calculada.

Envio: 05/08/2019

Nome: Flávio

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
A temperatura do núcleo solar é de 15 milhões de graus Celsius.

Envio: 25/06/2019

Nome: Moisés

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Esse disco continua viajando com as naves, se afastando cada vez mais da Terra. Atualmente (2019) as naves estão a mais de 130 unidades astronômicas de distância (uma U.A. equivale à distância Terra-Sol). Seu objetivo é mostrar a origem das naves e dar uma pequena amostra de nossa civilização para eventuais inteligências que venham a encontrá-lo num futuro remoto.

Envio: 25/06/2019

Nome: Moisés

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Existem várias maneiras de se demonstrar que Terra gira em torno do Sol. A primeira, feita por Galileo no início do século 17, é pelas fases de Vênus. Visto com qualquer pequeno telescópio, Vênus tem fases como a Lua e seu ciclo de fases só pode ser entendido se a Terra girar em torno do Sol. Mais tarde, no século 19, foi descoberta a paralaxe estelar, ou seja, o fato que quando fotografadas com 6 meses de intervalo, as estrelas mais próximas parecem mover-se um pouquinho em relação às estrelas de fundo. Isso mostra que a Terra gira em torno do Sol pois, quando vistas de linhas de visada diferentes pela Terra estar em distintos lados de sua órbita, as estrelas são vistas em linhas de visada um pouco diferentes.

Envio: 17/06/2019

Nome: Israel Sousa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, em Marte existem traços bem evidentes da existência de água livre em grandes quantidades num passado remoto. Existem por exemplo canais de erosão que demonstram a existência de rios com correnteza, existem também bacias sedimentares que podem ter sido leitos de antigos oceanos. A questão sobre a existência prévia de vida em Marte é muito atual e muito debatida, os especialistas acreditam que possa sim ter existido vida lá, porém falta ainda a prova definitiva, como registros fósseis por exemplo. Nada assim foi encontrado ainda. Estima-se que o campo magnético terrestre desempenhe um papel importante na origem e evolução da vida, desviando para os polos as partículas eletricamente carregadas com que o Sol diariamente bombardeia a Terra e facilitando dessa forma a manutenção da atmosfera e dos oceanos. Marte tem um campo magnético muito menor que o da Terra, mas no passado deve ter tido um campo bem mais intenso.

Envio: 13/06/2019

Nome: Israel Sousa

Cidade: São Paulo

Resposta:
O termo "gasoso" deve ser empregado com cuidado quando se trata dos planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). O fato deles terem superfície gasosa não significa que sejam inteiramente de baixa densidade, pois a grande massa e o grande campo gravitacional fazem com que o material de suas camadas externas (basicamente hidrogênio e hélio) tenha densidade cada vez maior em direção ao núcleo, começando na forma gasosa, depois passando para líquido e mais para o centro na forma de hidrogênio metálico, um sólido! No caso de Júpiter isso significa que o seu núcleo rochoso não está em contato com a forma gasosa. A formação de todos os planetas ocorreu logo após a formação do próprio Sol: um disco de material foi formado pela rotação da protoestrela e desse disco formou-se primeiro um número muito grande de corpos pequenos chamados planetesimais. Esses corpos foram colidindo entre si e se aglutinando, formando os planetas. Essa formação ocorreu com os corpos mais densos (os planetas rochosos) acomodando-se em órbitas mais próximas do Sol e os menos densos em órbitas mais afastadas deste.

Envio: 10/06/2019

Nome: Fabiana

Cidade: Jacarei-Sp

Resposta:
Os satélites de Júpiter constituem-se de um grupo muito variado. Existem os chamados satélites regulares, que giram em torno do planeta em órbitas quase circulares e num plano perpendicular ao eixo de rotação do planeta. Mas além desses existem os chamados satélites irregulares, que são uma família muito variada, com órbitas muito elongadas e em planos orbitais variados. Muitos desses objetos provavelmente eram asteroides que vagavam pelo sistema solar e foram capturados pelo grande campo gravitacional de Júpiter. Mais ainda, alguns satélites irregulares giram no mesmo sentido de rotação do planeta e outros, no sentido contrário. Essa dispersão toda é que garante que eles não colidam: as órbitas são muito variadas, em planos diferentes e espalhadas ao longo de uma grande faixa de distâncias ao planeta.

Envio: 15/05/2019

Nome: Thainara Lorena

Cidade: Brasília

Resposta:
A origem e evolução das atmosferas planetárias ainda é um tema de estudo. De modo geral, elas se originaram quando o sistema solar estava em formação e os planetas se formaram a partir das colisões de corpos menores chamados planetesimais. Suas atmosferas originaram-se por aquecimento, liberação de gases e reações químicas envolvendo os materiais voláteis presentes, tudo isso durante o processo de formação desses planetas. O que distinguiu a composição química das atmosferas dos planetas terrestres dos gasosos foi basicamente as massas dos planetas: os terrestres têm massa muito menor que os gasosos e seus campos gravitacionais permitem apenas manter moléculas com peso atômico maior, como é o caso do dióxido de carbono, ou mesmo das moléculas de nitrogênio e oxigênio no caso da Terra. Já os planetas gasosos, por terem massas muito maiores, conseguem manter capturadas as moléculas mais leves como o metano e a amônia.

Envio: 12/05/2019

Nome: Moisés

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
A atmosfera de Marte é composta quase que exclusivamente por dióxido de carbono, que corresponde a 95% do total. Não tem oxigênio livre lá e seria impossível respirar.

Envio: 08/05/2019

Nome: Mauro Da Silva Costa

Cidade: São Bernardo Do Campo

Resposta:
O eixo de rotação da Terra de fato é inclinado de 23 graus 27 min em relação a uma perpendicular ao plano da órbita em torno do Sol. A origem dessa inclinação está na formação do próprio sistema solar, quando colisões entre os corpos em formação eram muito comuns. Supõe-se que o principal motivo dessa inclinação no caso da Terra seja sua colisão com um corpo menor, o que ocorreu entre 50 e 100 milhões de anos após a formação do sistema. Essa colisão deu origem à Lua e deve ter provocado a inclinação do eixo. Vale lembrar que todos os planetas têm uma certa obliquidade, ou seja, seus eixos de rotação sao todos inclinados, o que confirma o cenário de múltiplas colisões nas fases iniciais de formação do sistema solar

Envio: 24/04/2019

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
Sim, isso acontece com frequência com alguns cometas que têm o que se chama de "órbita hiperbólica". Eles passam pela vizinhança do Sol mas com direção e velocidade tais que apenas desviam sua trajetória e não voltam mais. Recentemente também foi muito falado na imprensa o caso do asteroide Oumuamua, um objeto de alta velocidade, de origem interestelar, que passou pelo sistema solar interno, desviou sua trajetória devido ao campo gravitacional do Sol, mas seguiu adiante sem entrar em órbita.

Envio: 23/04/2019

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
Caso exista, é em quantidades extremamente pequenas e não tem nenhuma influência na dinâmica do Sistema. Sabe-se que a matéria escura existe em grande escala por sua influência gravitacional na rotação das galáxias, mas sua natureza ainda não é clara. Estima-se que a mesma exista principalmente na forma de halos em torno das galáxias.

Envio: 13/04/2019

Nome: Fernando De Assis

Cidade: Guarujá

Resposta:
Sim, com os conhecimentos que temos atualmente sobre mecânica celeste, sabe-se que os planetas orbitam o baricentro do sistema solar, que não coincide com o centro do Sol. Note também que, como cada par planeta-Sol não é isolado dinamicamente dos demais planetas, o baricentro do sistema como um todo não é matematicamente idêntico ao baricentro de cada par planeta-Sol. Mas quando nos referimos às leis de Kepler, não podemos deixar de considerar que elas são leis empíricas, deduzidas no começo do século 17, mais de meio século antes de Newton formular a teoria da gravitação. No momento em que essas leis foram deduzidas não existia o conceito de baricentro como conhecemos hoje e elas são usadas sempre na forma simplificada com que Kepler as deduziu.

Envio: 09/04/2019

Nome: Celso Luiz Piaia

Cidade: Jundiai

Resposta:
A velocidade média dos meteoros que chegam em nossa atmosfera é de 17 km/s, o que equivale a cerca de 60.000 km/h. As velocidades típicas desses corpos variam entre 40.000 km/h e 260.000 km/h. Os grandes asteroides que orbitam o Sol têm velocidades também nessa faixa. Os mecanismos de aceleração destes objetos são variados: eles podem ser ejetados de planetas a grandes velocidades por colisões ocorridas no passado, podem acelerar por efeito da atração gravitacional ao passarem perto de um corpo maior ou podem sofrer colisões no próprio meio interplanetário. Não é razoável imaginar que corpos com velocidades muito maiores que essas possam existir.

Envio: 06/04/2019

Nome: Valquiria

Cidade: São Gonçalo

Resposta:
Plutão nunca deixou de ser considerado planeta. A única diferença é que com a descoberta de uma grande família de corpos similares a ele no chamado "Cinturão de Kuiper", situado além da órbita de Netuno, em 2006 ele foi reclassificado como "planeta anão". Essa classificação continua em vigor. Existem vários outros como ele, tais como Ceres, Eris, Haumea, Makemake, etc. Acredita-se que possam existir muitas dezenas de outros ainda a ser descobertos, talvez algumas centenas! Plutão nem mesmo é o maior dos planetas anões já descobertos,

Envio: 29/03/2019

Nome: Jhulia

Cidade: Ribeirão Preto

Resposta:
Marte não tem oxigênio na atmosfera nem água na superfície, a não ser na forma de gelo, nos polos. Além disso 95% da atmosfera marciana é composta por dióxido de carbono e a pressão atmosférica equivale a apenas 0,6% do que existe na Terra. Isso significa que ele poderia ser habitado apenas nas mesmas condições em que a Lua também poderia: com os habitantes vivendo exclusivamente em locais fechados, com atmosfera artificial em termos da mistura de gases, temperatura e pressão.

Envio: 23/02/2019

Nome: Klaus Costa Utescher

Cidade: São Paulo

Resposta:
O fato da Lua ter sempre a mesma face voltada para a Terra é um fenômeno chamado travamento gravitacional por forças de maré, ou simplesmente travamento por maré. Ele ocorre em diversas outras luas do sistema solar. Em Marte por exemplo, as duas luas, chamadas Deimos e Fobos, são gravitacionalmente travadas com o planeta e têm a mesma face voltada para ele. Algumas das Luas de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno também têm sempre a mesma face voltada para o planeta pela mesma razão. Em Plutão ocorre um um duplo travamento: a lua Caronte tem sempre a mesma face voltada para o planeta e o próprio Plutão tem sempre a mesma face voltada para Caronte. E nosso sistema planetário não existem planetas extremamente próximos ao Sol, porém em outros sistemas tais planetas existem e supõe-se que o mesmo efeito deve ocorrer em sistemas que tenham planetas muito próximos de suas respectivas estrelas: eles devem ser travados de modo a ter sempre a mesma face voltada para a estrela.

Envio: 06/02/2019

Nome: Misael Dos Santos

Cidade: Maceió, Al

Resposta:
Não, essa possibilidade não existe. Os planetas e seus satélites foram formados quando o Sistema Solar se formou, há cerca de 4,6 bilhões de anos atrás. Lá no início do processo de formação, os planetas se estabilizaram em suas órbitas em torno do Sol e os satélites se estabilizaram em suas órbitas em torno dos planetas, mas tudo isso ocorreu há muito tempo. Todo esse processo de formação e acomodação em órbitas estáveis ocorreu há mais de 4 bilhões de anos. Não existem luas "perdidas" no Sistema Solar que poderiam ser capturadas pela Terra.

Envio: 23/12/2018

Nome: Letícia Alexandra

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Os cometas não são visíveis todos os anos de maneira regular pois as órbitas dos mesmos em torno do Sol são muito variáveis. Alguns têm órbita pequena e passam próximos ao Sol a cada 3-4 anos, outros como o cometa Halley têm órbitas de muitas dezenas de anos (cerca de 76 no caso do cometa Halley). Outros ainda têm órbita parabólica, passam apenas uma vez próximos ao Sol e nunca mais retornam. É possível sim calcular órbitas de cometas com grande precisão. No caso do cometa Halley, ele foi visível da Terra no ano 12 A.C. e depois no ano 66 D.C.

Envio: 11/12/2018

Nome: Daniel Calixto Dos Santos

Cidade: Paulo Afonso

Resposta:
Sim, isso existe desde os anos 1950. Chama-se "bomba de hidrogênio"! A explosão dessas armas libera energia por fusão nuclear de hidrogênio, exatamente como no núcleo do Sol.

Envio: 05/11/2018

Nome: Gustavo

Cidade: Sp

Resposta:
Sua questão pode ser colocada de forma mais ampla: Por que os planetas giram? Por que as estrelas giram? Por que as galáxias giram? Em termos ainda mais gerais, qual a origem do momentum angular das galáxias e como parte do mesmo é transferido para as estrelas e seus planetas? Esse é um tema de pesquisa ainda em aberto e a resposta com certeza não cabe em poucas palavras. O que se sabe ao certo é que os discos das galáxias espirais giram e, nas galáxias elípticas, ainda que não exista um movimento ordenado das estrelas como no disco de uma espiral, as estrelas também giram em torno do centro de massa. A origem do momentum angular está lá atrás, nos mecanismos de formação das galáxias: as nuvens de matéria (basicamente hidrogênio e hélio) que existiam logo após a formação do universo, foram se condensando e esse mecanismo de condensação deu origem ao movimento de rotação global das galáxias. Uma vez estabelecido esse movimento, ele é transferido para as nuvens interestelares das quais as estrelas se formam, apenas por uma questão de conservação: não existe atrito que possa dissipar tal energia. A partir das nuvens, as estrelas delas formadas também giram, e consequentemente os planetas, cometas, asteroides e todos os demais objetos que formam um sistema planetário.

Envio: 05/11/2018

Nome: Gustavo

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
Em síntese, aTerra gira porque o Sol gira, nós "herdamos" esse movimento do próprio Sol. Todos os planetas giram em torno do Sol com o mesmo sentido, e aproximadamente no mesmo plano, quase como se estivessem sobre uma mesa. Todos os planetas também giram em torno de seu eixo e, salvo algumas perturbações, essa rotação tem o mesmo sentido. Qual a razão de tudo isso? É uma propriedade física chamada "conservação do momentum angular", ou da quantidade de movimento angular. A origem desse movimento é a seguinte: a nebulosa da qual o Sol se formou girava num um dado sentido; à medida que a mesma foi se condensando, o que levou à formação do Sol, a ação dessa rotação formou um disco equatorial, ou seja, perpendicular ao eixo de rotação. Neste disco formaram-se os planetas, todos girando para o mesmo lado em torno de si mesmos e em torno do Sol. Existem vários sites de física com experimentos sobre conservação de momentum angular que demonstram esse movimento.

Envio: 17/10/2018

Nome: Diego Silveira

Cidade: São Paulo

Resposta:
A evolução das condições ambientais dos planetas está relacionada à evolução da temperatura do Sol. Enquanto o mesmo estiver na Sequência Principal, que é a fase mais longa e mais estável de evolução de uma estrela, as condições pouco vão mudar. Porém quando o Sol esgotar seu hidrogênio central e passar a ser uma gigante vermelha, isso vai afetar todos os planetas simultaneamente, porém isso só vai acontecer dentro de 5 bilhões de anos. Assim sendo, não se pode dizer que as condições ambientais dos planetas evoluam continuamente e eles representem "estágios" de evolução.

Envio: 14/09/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Os planetas gasosos são compostos basicamente por hidrogênio e hélio, esses são os gases que dominam sua composição química, tanto no interior como na atmosfera. O que define a base da atmosfera dos mesmos é apenas a transparência. A estrutura interna desses planetas é totalmente diferente dos planetas rochosos como a Terra, no caso dos gasosos, não existe uma superfície definida como nos rochosos, a densidade vai aumentando de forma contínua. Os modelos indicam que eles têm um núcleo sólido, porém esse núcleo é uma fração pequena da massa, entre 5% e 14% da massa total.

Envio: 07/09/2018

Nome: Antonio Augusto Silva Da Luz

Cidade: Brasília

Resposta:
O planeta Marte não tem um campo magnético bipolar como a Terra, sua atividade magnética é apenas local e está relacionada à composição do solo em distintos locais, não existe um campo magnético planetário como na Terra. A magnetosfera de Júpiter é muito maior que a da Terra, o campo magnético na superfície é de 4,28 gauss (na Terra é 0,31) e a dimensão chega a 7 milhões de km (a da Terra é de 10 vezes o raio terrestre aproximadamente). Mesmo assim, Marte está muito longe de Júpiter e mesmo da Terra, portanto não existe influência.

Envio: 30/08/2018

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru

Resposta:
Quando observadas da Terra, a trajetória dos planetas no céu descrever um aparente "laço", às vezes eles se deslocam num sentido e às vezes em outro. Mas esse efeito é apenas aparente, ele é o resultado da combinação de dois movimentos: enquanto o planeta gira em torno do Sol, a Terra também gira, e com velocidade orbital diferente pois nenhum planeta tem velocidade orbital igual a outro. A consequência dessa combinação de movimentos é que produz esse efeito aparente "vai-e-vem" dos planetas no céu. Veja em mais detalhes aqui: http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/Retrogrado/retrogrado.html

Envio: 23/08/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
O diâmetro do Sol é definido pela sua fotosfera, a região que emite a luz. A espessura da fotosfera é surpreendentemente pequena, ela tem apenas cerca de 100 quilômetros de profundidade, o que é muito pequeno em relação aos 1,4 milhões de quilômetros do diâmetro solar. Assim sendo, pode-se medir o diâmetro solar com bastante precisão através de sua fotosfera.

Envio: 06/08/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
O estudo de outros sistemas planetários é recente, tem cerca de 20 anos, então pouco se sabe ainda sobre propriedades gerais de todos eles. Existe ainda o problema adicional de que planetas gigantes gasosos são muito mais fáceis de ser detectados que os rochosos, que são bem menores, então quase nunca é possível ter uma visão completa de outro sistema planetário. Mas os dados até agora indicam que existe uma grande quantidade de planetas gigantes gasosos bem próximos de suas estrelas, alguns com período orbital de poucos dias. Então não se pode dizer de modo algum que a distribuição que vemos em nosso sistema solar seja geral. No caso do Sistema Solar, os planetas rochosos se formaram mais próximos do Sol por gravidade: são compostos de material mais denso e mais massivo e devido ao campo gravitacional do proto-Sol, esse material era mais abundante na região mais interna quando o sistema estava em formação. A estrutura dos planetas gasosos se mantém estável pelo equilíbrio entre duas forças contrárias: a atração gravitacional "segura" o gás atraindo-o para baixo, enquando a grande pressão interna "empurra" o mesmo, impedindo que ele se aproxime ainda mais do núcleo.

Envio: 20/07/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Com pressão alta o suficiente, todos os elementos podem assumir o que se chama de fase metálica, que é uma compressão tão grande que o material passa a ser eletricamente condutor. O elemento não passa a ser sólido, deve se comportar como um líquido de alta densidade. Isso não ocorre apenas para o hidrogênio, pode ocorrer com qualquer elemento e nos interiores estelares deve ocorrer regularmente para o hélio, carbono e oxigênio, entre outros. Como curiosidade, o iodo passa para a fase metálica com pressão de 6 bilhões de atmosferas.

Envio: 20/07/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
As tempestades de areia marcianas são análogas às que acontecem na Terra: são desencadeadas por efeito das variações de temperatura da atmosfera que ocorrem devido às estações climáticas. O que tem de diferente é que a atmosfera marciana é muito menos densa que a terrestre, tem cerca de 1% da densidade média da atmosfera da Terra. Essa característica favorece o surgimento de tempestades que se estendem por áreas muito grandes. Outra diferença é que Marte também tem seu eixo de rotação inclinado em relação ao plano da órbita como a Terra, mas sua órbita em torno do Sol é mais elíptica que a da Terra: quando é verão no hemisfério sul, ele está mais perto do Sol e portanto os verões são muito quentes e desencadeiam tempestades de areia que podem cobrir o planeta todo por alguns meses.

Envio: 18/07/2018

Nome: Hariel Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Os planetas gigantes gasosos têm muitos satélites e esse número varia com frequência à medida que pequenas luas vão sendo descobertas. Em outras palavras, o número de satélites desses planetas não pode ser visto como definitivo. A última contagem das luas de Saturno é de 62.

Envio: 03/07/2018

Nome: Jose Edimar Da Silva

Cidade: Boa Vista Da Aparecida - Pr

Resposta:
A partir de Marte, Júpiter ou Saturno um ser humano poderia sim ver a Terra a olho nu como um ponto brilhante no céu. Isso também seria possível de Mercúrio ou Vênus que estão relativamente próximos. A partir de Urano e dos demais planetas exteriores a Terra só seria visível com uso de um telescópio.

Envio: 17/06/2018

Nome: Raul Rizato

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não, o núcleo de Júpiter, assim com o de qualquer planeta, não tem temperatura e pressão altas o suficiente para desencadear fusão nuclear. Sua massa teria que ser cerca de 80 vezes o que é para que a fusão de hidrogênio iniciasse a ocorrer. Seu núcleo tem temperatura estimada em cerca de 35.000 graus, bem alta, mas sem fusão nuclear. Estima-se que seu núcleo ainda esteja se contraindo desde a formação do sistema solar e essa temperatura seja mantida pela contração, ou seja, pela conversão de energia potencial gravitacional em energia térmica.

Envio: 17/06/2018

Nome: Rogério

Cidade: Goiânia

Resposta:
Não, os cometas podem ser observados de ambos os hemisférios de maneira equivalente. Pode haver a impressão de existirem mais cometas visíveis a partir do hemisfério norte apenas porque existe uma população muito maior (e portanto mais astrônomos, tanto amadores quanto profissionais) que observam o céu a partir do hemisfério norte.

Envio: 20/05/2018

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: Piracicaba

Resposta:
A grande mancha vermelha é análoga a um furacão na Terra, ou seja, é uma região de grande turbulência na atmosfera onde os gases giram a grande velocidade. Mas ao contrário dos furacões terrestres que duram dias ou poucas semanas, a grande mancha existe há pelo menos 400 anos já que foi observada pela primeira vez no início do século 17. Ela se move em torno do planeta à medida que o mesmo gira, mas não se move para norte ou para sul. Devido às características da atmosfera de Júpiter que é dividida em "faixas" paralelas ao equador, a mancha fica sempre na mesma latitude. Não existem vulcões em Júpiter, ele é um gigante gasoso, composto basicamente por hidrogênio e hélio. A grande mancha é apenas uma gigantesca turbulência atmosférica.

Envio: 27/04/2018

Nome: Bárbara

Cidade: Águas Vermelhas

Resposta:
Essa inclinação não existe apenas na Terra, alguns outros planetas também têm eixos de rotação inclinados em relação aos planos de suas órbitas. Elas resultam dos processos de formação dos planetas: eles foram formados por colisões entre corpos menores e em consequência dessas colisões os eixos de rotação em alguns casos se inclinaram. Mas as órbitas, com pouquíssima flutuação, têm planos que coincidem com o plano do equador do Sol, indicando que os planetas se formaram junto com o próprio Sol.

Envio: 19/04/2018

Nome: Marlon Ferreira Perez

Cidade: Juiz De Fora, Mg

Resposta:
As estrelas da nossa galáxia não têm um eixo de rotação preferencial. O plano do equador do Sol é inclinado de aproximadamente 63 graus em relação ao plano galáctico, isso ocorre porque o sistema solar como um todo é muito pequeno em relação à estrutura da galáxia e sua formação não foi influenciada por ela. O que definiu seu plano principal (que é o plano do equador do Sol) foram as condições da nebulosa protosolar da qual o sistema se originou, em particular a velocidade e o sentido de rotação da mesma. Esses parâmetros são resultantes principalmente da turbulência local no disco e não estão relacionados diretamente com o plano de rotação da Galáxia.

Envio: 12/03/2018

Nome: Clovis Firmino Da Silva Junior

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
O que determina o movimento de rotação dos planetas é o processo de formação dos mesmos. A Terra e Marte por exemplo giram com praticamente a mesma velocidade de rotação, 24 horas para a Terra e 24h37min para Marte. Vênus por outro lado tem período de rotação de 116 dias. Essas propriedades foram determinadas quando os planetas se formaram, não estão diretamente relacionadas à ação gravitacional do Sol

Envio: 27/02/2018

Nome: Jaqueline De Fátima Martins

Cidade: Goiânia

Resposta:
Água é uma das moléculas mais comuns do universo. Aqui em nosso sistema solar, além da Terra existe grande quantidade de água nas luas de Júpiter e nos anéis e luas de Saturno. Mesmo na nossa Lua existe água congelada no fundo de algumas crateras onde o Sol não bate. Nas calotas polares de Marte também tem água, mas nesse caso misturada com dióxido de carbono. Estima-se que deve existir água também em grandes quantidades nos planetas em torno de outras estrelas, mas isso ainda não foi comprovado. Quanto à possibilidade de consumo da mesma, virtualmente qualquer água pode ser filtrada ou destilada, tornando-se própria para consumo.

Envio: 24/02/2018

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
Meteoritos podem ter composição química muito variada. A maioria deles são os chamados "condritos" ou os "acondritos", materiais rochosos compostos basicamente por óxidos de ferro e de silício. Existem também meteoritos ferrosos que, como diz o nome, possuem alta concentração de ferro. A presença de carbono é muito rara, e quando aparece é apenas em quantidades muito baixas. A cristalização do carbono para formar diamante requer altas pressões e elas não existem no meio interplanetário, portanto o carbono nunca está nessa forma nos meteoritos.

Envio: 24/02/2018

Nome: Hariel Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
As estrelas NÃO nascem de nuvens deixadas pela "morte" de outras estrelas. Quando o ciclo evolutivo duma estrela se conclui, o material ejetado é jogado no meio interestelar e eventualmente se mistura com as nuvens de poeira e gás existentes entre as estrelas. As estrelas nascem dessas nuvens interestelares. Como o Sol e todas as demais estrelas giram em torno do centro galáctico (o Sol já deu em torno de 20 voltas no disco da Via Láctea desde que se formou), não é possível tentar localizar a região onde ele se formou.

Envio: 09/01/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O comportamento é diferente para as estrelas e para planetas ou satélites. No caso das estrelas, elas produzem sua própria energia no núcleo por fusão nuclear, daí vem a luz e o calor do Sol por exemplo. Assim seus interiores sempre serão mais quentes que a superfície externa. No caso dos planetas e satélites, a origem do calor interno é múltipla: parte do calor é originado na própria formação do corpo, quando o sistema estelar se formou. Outra parte, como no caso da Terra por exemplo, é originada do decaimento dos minerais radioativos. Esse é o chamado "calor radiogênico"; no caso da Terra, 50% do calor interno é radiogênico, a outra metade é primordial. No caso dos demais planetas e satélites os mesmos mecanismos ocorrem mas não na mesma proporção. E ainda podem estar presentes outros mecanismos como as forças de maré, que são responsáveis pela atividade dos vulcões de Io, uma das luas de Júpiter.

Envio: 07/12/2017

Nome: Alexandre Stenert

Cidade: Gravataí

Resposta:
O asteroide Oumuamua foi descoberto em outubro de 2017 e sua trajetória demonstrou que esse é o primeiro objeto detectado que se originou fora do Sistema Solar. De fato, ele tem um formato muito peculiar bem alongado, com comprimento de cerca de 400 metros e diâmetro de aproximadamente 50 metros. Não existe uma explicação definitiva para seu formato, até porque ele apenas "passou" pelas vizinhanças da Terra e seguiu seu caminho, com muito pouco tempo para análise. Todas as imagens dele que existem na imprensa são apenas reconstruções artísticas, nenhuma foto do mesmo foi feita. As hipóteses para seu formato sugerem a origem em algum evento violento como uma colisão de protoplanetas em torno de uma estrela distante, que teria ejetado uma porção de massa a grande velocidade, e na baixa temperatura do meio interestelar essa porção se solidificou nesse formato.

Envio: 01/12/2017

Nome: Jeyson

Cidade: Guaramirim, Sc

Resposta:
O Sol se move realmente ao redor do centro galáctico. Sua velocidade orbital é de aproximadamente 800.000 km/h e o tempo para dar uma volta completa é de aproximadamente 230 milhões de anos. Essa propriedade foi descoberta a partir de observações cuidadosas das velocidades de um conjunto muito grande de estrelas situadas a distâncias diferentes do Sol e do centro galáctico. Decompondo-se cuidadosamente os movimentos dessas estrelas, a órbita do Sol pode ser deduzida. É interessante notar que essa não é uma descoberta nova, os primeiros resultados sobre ela foram obtidos por William Herschel no final do século 18.

Envio: 30/11/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
A Nuvem de Oort é o "reservatório" dos cometas que circulam pelo Sistema Solar. Ela tem forma aproximadamente esférica, mas com um disco que coincide com o plano do disco planetário, onde estão todos os planetas. Sua distância ao Sol é de fato muito grande, varia entre 10.000 e 100.000 Unidades Astronômicas (uma U.A. é a distância Terra-Sol). A razão de tal distância está na acomodação dinâmica do material que a compõe. Acredita-se que os corpos que formam a Nuvem de Oort se formaram a distâncias muito menores do Sol, tipicamente menores que 1000 U.A., mas com a interação gravitacional dos corpos do sistema solar ainda em formação, foram ejetados para posições muito mais distantes. Por isso mesmo os cometas têm órbitas tão excêntricas. Vale lembrar também que a massa total da Nuvem de Oort é muito baixa, estima-se que tenha entre 50 e 100 vezes a massa da Terra, ainda que seja composta por bilhões de objetos similares aos núcleos cometários.

Envio: 01/11/2017

Nome: Saulo Gonzaga

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
Para calcular a aceleração da gravidade nas vizinhanças de outro corpo celeste é necessário conhecer a sua massa, além da distância do artefato até a superfície, claro. Para obter a massa de um planeta ou satélite, pode-se usar as Leis de Kepler, que relacionam os períodos orbitais com as respectivas massas de dois corpos em movimento, como um planeta e seus satélites: se um satélite tem órbita em torno de um planeta a uma certa distância, o tempo dessa órbita é proporcional à massa. No caso de planetas sem satélites como Mercúrio e Vênus, a técnica é mais complexa mas ainda assim as massas podem ser obtidas.

Envio: 31/10/2017

Nome: Valdemar Martins Filho

Cidade: Limeira-Sp

Resposta:
De fato, a Terra é um ponto muito pequeno na vastidão do espaço, mesmo para deslocamentos dentro do Sistema Solar. Porém as leis que governam o movimento orbital da Terra, descritas através da mecânica celeste, são perfeitamente conhecidas há vários séculos. É possível prever exatamente onde a Terra estará a cada instante e isso permite que se possam traçar trajetórias dentro do Sistema Solar com extrema precisão. Existe uma especialidade dentro da mecânica celeste chamada "mecânica orbital" que de dedica a elaborar ferramentas matemáticas que permitam quaisquer trajetórias entre os planetas. Foi isso que permitiu façanhas muito mais difíceis que o deslocamento entre a Terra e Marte ou vice-versa, como o sobrevoo rasante de Plutão pela sonda New Horizons em 2015. Plutão é muito menor que a Terra e a distância do mesmo até nós é cerca de 80 vezes maior que a distância mínima Terra - Marte. As órbitas dos planetas todos são praticamente coplanares, estão num mesmo plano. Então o deslocamento entre eles permanece nesse plano.

Envio: 22/10/2017

Nome: Ariel

Cidade: São José Dos Campos, Sp

Resposta:
As luas não têm brilho próprio, apenas refletem a luz do Sol, podemos falar apenas em seu brilho aparente, que depende da localização do observador. Evidentemente, é nossa Lua a mais brilhante de todas se observarmos da Terra. Depois dela, Ganimedes, a maior lua de Júpiter, é a mais brilhante de todas.

Envio: 21/10/2017

Nome: Polly

Cidade: Brasília, Df

Resposta:
As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra, em sua órbita anual em torno do Sol, atravessa o caminho por onde passou um cometa. Cometas deixam detritos no caminho por onde passam e quando a Terra atravessa esse caminho, tais detritos (pequenos pedaços da ordem dos centímetros) entram na atmosfera da Terra e queimam por atrito, produzindo o que se chama de chuva de meteoros. Muito raramente existem chuvas de meteoros associadas a asteroides, mas nesse caso são asteroides que cortam a órbita da Terra e não asteroides do cinturão, entre Marte e Júpiter.

Envio: 27/09/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, a Nuvem de Oort está muito além da heliopausa. Essa região indica a fronteira da influência do vento solar. Dentro dela, onde estão todos os planetas, o vento solar "varre" o meio interestelar formando uma região caracterizada por prótons e elétrons emitidos pelo vento solar. Essa região termina a cerca de 130 Unidades Astronômicas do Sol. Já a Nuvem de Oort está a cerca de 50 mil U.A. do Sol, e portanto muito longe da heliopausa. Mas ainda assim a força gravitacional do Sol mantém a mesma ligada à nossa estrela. Não se deve esquecer que a força gravitacional tem alcance teoricamente infinito, ela só deixa de existir quando for superada pela força gravitacional de outro corpo e, para os corpos da Nuvem de Oort, as estrelas mais próximas estão a distâncias muito maiores que a do Sol.

Envio: 23/09/2017

Nome: Luna Ares, Amanda Caregnato E Ana Julia

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
O oxigênio é o terceiro átomo mais abundante do Universo, só perde para o hidrogênio e para o hélio. Como todos os demais elementos químicos, ele é fabricado nos núcleos das estrelas. O oxigênio que temos aqui na Terra atualmente já existia na nebulosa da qual o Sol se formou. Ele existe em grandes quantidades no sistema solar todo, mas não na forma de oxigênio molecular como temos na nossa atmosfera e sim combinado com dois átomos de hidrogênio, formando a molécula de água. Existe água em grande quantidade nas luas de Júpiter e de Saturno por exemplo. O oxigênio não surgiu na lua, mas existe água congelada (e portanto átomos de oxigênio) no fundo de algumas crateras da Lua. Aqui na Terra o elemento oxigênio foi identificado e descrito pela primeira vez pelo químico inglês Joseph Priestley em 1774.

Envio: 19/09/2017

Nome: Anônimo

Cidade: Brasilia

Resposta:
A mancha vermelha é uma turbulência atmosférica análoga aos furacões aqui na Terra: é uma grande tempestade com ventos que circulam muito rápido em torno do núcleo, só que no caso da grande mancha os ventos circulam com velocidade de 600 - 700 km/h. A cor avermelhada se deve ao fato que as diferentes camadas da densa atmosfera de Júpiter têm cores diferentes e essa tempestade puxa para fora camadas mais internas da atmosfera que tem cor avermelhada. Deve-se notar também que aqui na Terra as tempestades duram algumas semanas no máximo enquanto a grande mancha vermelha vem sendo observada em Júpiter há mais de 400 anos!

Envio: 09/09/2017

Nome: Edson Alarcão

Cidade: Goiânia-Go

Resposta:
O cientista em questão era o dinamarquês Ole Roemer. Ele procurava medir a velocidade da luz e para isso acompanhou cuidadosamente os momentos dos trânsitos de Io, uma das luas de Júpiter, na frente ou atrás do mesmo. Com essas medidas ele percebeu que os trânsitos adiantavam quando a Terra estava mais próxima de Júpiter, ou seja, quando os dois planetas estavam do mesmo lado do Sol, ou então esses trânsitos atrasavam quando os planetas estavam em lados opostos. Essas medidas permitiram-no medir pela primeira vez a velocidade da luz.

Envio: 01/08/2017

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, a hipótese é plausível. Já foi especulado que fósseis de organismos microscópicos de origem marciana poderiam ter sido encontrados em meteoritos localizados na Terra e, ainda que essa hipótese não tenha sido totalmente provada, é possivel que isso tenha acontecido. Então o mecanismo inverso também pode ter ocorrido! Porém até agora não foi encontrada nenhuma evidência da contaminação de ambientes extraterrestres por organismos terrestres.

Envio: 30/07/2017

Nome: Sergio Arruda Accioly

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
As partículas de poeira que estão no meio interplanetário são compostas basicamente por silicatos porosos com dimensões típicas de 5 a 50 micrômetros e densidades da ordem de 2 g/cm3. Deve-se notar porém que a quantidade total de material é muito pequena, a densidade numérica, ou seja, a concentração desses materiais é muito baixa, da ordem de 5 partículas por centímetro cúbico. Isso faz com que a massa total das partículas do meio interplanetário seja equivalente à massa de um asteroide com cerca de 15 km de diâmetro.

Envio: 17/07/2017

Nome: Gilson Roberto

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Sim, essa informação está correta. Chama-se heliosfera a "bolha" dentro da qual estão o Sol e o nosso sistema planetário. Essa bolha é criada pelo vento solar que, por pressão de radiação, atua contra as partículas do meio interestelar, criando essa cavidade no meio interestelar. A nave Voyager I chegou ao final dessa "bolha", cuja fronteira se chama heliopausa, em 2012. Daí para mais longe, o vento solar deixa de ser o mecanismo mais importante para definir o ambiente, acaba o meio interplanetário e se inicia o meio interestelar. Já o campo gravitacional do Sol se estende muito além disso. Deve-se lembrar que a força gravitacional cai com o quadrado da distância mas é uma força de alcance teoricamente infinito, ela diminui mas nunca acaba. Na prática a influência graviacional do Sol acabará quando for superada pelas das estrelas da vizinhança, o que significa alguns anos-luz de distância.

Envio: 13/07/2017

Nome: José Laerte

Cidade: Sumaré

Resposta:
As técnicas usadas para caracterizar meteoritos são as mesmas da mineralogia: é analisada sua composição química e a distribuição dos isótopos de cada elemento. Os planetas têm composições químicas e isotópicas diferentes entre si e o solo de Marte já está bem caracterizado, pois desde a década de 1970 têm sido feitos lá pousos de sondas automáticas que analisaram o terreno. Quando se fala que um material marciano foi encontrado na Terra, tal afirmação é feita justamente porque a composição do mesmo é analisada e comparada com amostras comprovadamente marcianas analisadas por sondas que lá pousaram. Esses materiais foram arrancados de Marte por colisões de grandes corpos, que os jogaram para fora do planeta. Com o passar do tempo, alguns deles caíram na Terra. Aqui no Brasil, no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, existe um meteorito marciano em exposição.

Envio: 27/05/2017

Nome: Jonathan Fernando Silva

Cidade: Cruzeiro

Resposta:
Você está observando de forma bem minuciosa o planeta Vênus! Ele é conhecido popularmente como Estrela Dalva e é o objeto mais brilhante do céu depois do Sol e da Lua, portanto é possível sim observá-lo durante o dia sabendo-se onde procurar. Como você já deve ter observado, às vezes ele está visível no início da noite, logo após o por do Sol e atualmente está visível na madrugada, como você descreve. As posições de Vênus no céu, que são chamadas tecnicamente de Período Sinódico do planeta, se repetem a cada 584 dias, o que dá aproximadamente 19 meses e 10 dias. Isso significa que a cada 584 dias Vênus é visível na mesma posição, na mesma hora do dia.

Envio: 18/05/2017

Nome: Edilma

Cidade: Arapiraca

Resposta:
Mercúrio é mais próximo do Sol e portanto mais exposto à radiação solar, porém não tem atmosfera, então sua temperatura varia muito. Na face voltada para o Sol a temperatura pode subir até 465 C enquanto que na face oposta a ele, ou seja, durante a noite, a temperatura cai para -184 C devido à ausência de atmosfera. Já Vênus é o caso oposto, tem uma atmosfera muito espessa e em função dela a temperatura é constante do equador aos polos e não varia do dia para a noite. A temperatura média é de aproximadamente 460 C. Assim sendo, se formos pensar na média planetária de temperaturas, Vênus é mais quente.

Envio: 13/05/2017

Nome: Jurema De Carvalho

Cidade: Londres

Resposta:
Em outras palavras, sua questão é se existe um sistema de referências absoluto, que seja aplicável em qualquer lugar. Tal sistema não existe. Em princípio uma rede de quasares muito distantes, com posições bem determinadas e distribuídos por todo o céu, poderia ser usado com tal finalidade, mas isso ainda não foi estabelecido. Ou seja, não é possível definir um "endereço do Sol" que seja compreensível em qualquer lugar de nossa galáxia ou fora dela.

Envio: 12/05/2017

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
Todos os elementos químicos estáveis, dos mais leves como o hidrogênio e o hélio até os mais pesados como o urânio, o plutônio e o tório, podem ser encontrados na superfície do Sol. Isso pode ser constatado usando um espectroscópio, que é um instrumento que decompõe a luz em suas componentes, permitindo assim a análise da composição química da fonte emissora da luz. Já o núcleo do Sol é formado exclusivamente por hidrogênio e hélio.

Envio: 09/05/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
A estrela Gliese 710 é uma anã vermelha com cerca de metade do tamanho do Sol. Seu movimento, medido pelo satélite Hipparcos, indica que dentro de 1,5 milhões de anos ela vai se aproximar do sistema solar, chegando próxima à Nuvem de Oort, de onde se originam os cometas. A órbita ainda não é totalmente conhecida, mas a possibilidade dessa aproximação é estimada em 86%. Tal aproximação provavelmente vai desencadear uma "chuva" de cometas no sistema solar interno, onde está a Terra. Talvez nossos remotos descendentes tenham que desenvolver um sistema de proteção que evite esses cometas de colidirem com a Terra ou com outros locais onde existam pessoas morando. Deve-se notar porém que esse evento vai acontecer daqui a 1,5 milhões de anos, um tempo maior do que o tempo de existência de nossa espécie. Por enquanto não dá para dizer nem mesmo se o Homo sapiens será a espécie dominante na Terra nessa época.

Envio: 03/05/2017

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
Os elementos químicos que existem em outros corpos celestes são os mesmos que existem na Terra. Por outro lado, os compostos minerais podem ser diferentes já necessitam diferentes condições para formação. Os compostos que requerem água para sua formação por exemplo, não existem em locais onde não há água. Existem sim casos de minerais que foram descobertos apenas em outros corpos celestes, um bom exemplo são os minerais descobertos no meteorito Allende, que caiu no México em 1969 e vem sendo intensamente estudado através uma técnica chamada nanomineralogia. Nele já foram descobertos 9 novos minerais, que receberam nomes como allendeita, hexamolibdênio, tistarita, kangita e o último a ser descoberto, panguita, em 2016. Sua composição química é Ti4+,Sc,Al,Mg,Zr,Ca.

Envio: 30/04/2017

Nome: Charles Oliveira Da Silva

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
Marte e a Terra têm órbitas bem definidas, sendo que Marte orbita o Sol a uma distância cerca de 50% maior que o raio orbital da Terra. De acordo com a Terceira Lei de Kepler, a Terra gira em torno do Sol mais rápido do que Marte, que está mais longe dele. Observando daqui da Terra, o movimento aparente de Marte no céu noturno, em relação ao fundo das estrelas, parece de fato fazer um "laço": ele se desloca em uma direção, depois na direção oposta e novamente na primeira direção. Tal movimento é apenas um efeito de projeção e resulta das órbitas dos dois planetas em velocidades diferentes. Veja no link abaixo algumas figuras e animações que ajudarão a entender o problema:
http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/Retrogrado/retrogrado.html

Envio: 24/04/2017

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
A produção de energia do Sol não é por combustão, não existe nada "queimando" lá, portanto não há necessidade de oxigênio livre. A produção de energia nas estrelas, como é o caso do Sol, se dá por fusão nuclear. Já os foguetes usados fora da atmosfera da Terra, tais como aqueles usados no pouso em Marte por exemplo, utilizam como propelente uma mistura de combustível com oxigênio, de modo que não necessitam de oxigênio livre para funcionar.

Envio: 29/03/2017

Nome: Adrian Fernandes Neves

Cidade: Araxá, Mg

Resposta:
Exatamente! O círculo é um caso particular de elipse com os dois semieixos iguais. Uma órbita rigorosamente circular só aconteceria se os dois corpos envolvidos estivessem isolados de todos os outros, ou seja, sem nenhuma atração gravitacional externa, e além disso no caso dos planetas isso só aconteceria se o início da órbita, quando o planeta se formou, acontecesse em condições rigorosamente ideais, com velocidade adequada para que ele entrasse numa órbita circular e estável em torno do Sol. Na prática essas condições não acontecem e todas as órbitas são elípticas.

Envio: 15/03/2017

Nome: Victor Albuquerque

Cidade: Olinda

Resposta:
Isto ocorre por mais de uma razão. Os planetas telúricos têm massa menor que os jovianos, portanto ficou mais difícil capturar corpos em órbitas estáveis quando o sistema solar estava se formando. Marte capturou dois pequenos corpos, Deimos e Fobos, porque está muito próximo do cinturão de asteroides, onde existem muitos deles. Já os planetas jovianos têm massa muito maior, o que facilitou a captura de corpos menores. Além disso, como os telúricos estão mais próximos do Sol, o campo gravitacional deste torna ainda mais difícil a captura de corpos pelo planetas pois os corpos tendem a ser atraídos pelo próprio Sol. Atualmente isso não ocorre mais, porém quando o sistema solar estava se formando há 4,5 bilhões de anos essa distribuição das massas dos planetas e o jogo de forças dos campos gravitacionais do Sol e dos próprios planetas teve um papel decisivo na formação do sistema como ele é hoje.

Envio: 09/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, todas as estrelas devem produzir uma "bolha" em torno de si, análogas à heliosfera. Elas são resultantes da emissão de partículas pela fotosfera estelar. O que tem fora delas é o meio interestelar, composto basicamente por plasma de hidrogênio e hélio em baixíssima densidade, ao redor de um átomo por centímetro cúbico. Como o Sol gira em torno do centro da galáxia, a sua heliosfera encontra pela frente esse plasma que forma o meio interestelar e o "vento" está relacionado apenas com o deslocamento do Sol dentro deste meio.

Envio: 08/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Marte "morreu" por mais de uma razão. Em primeiro lugar, sua baixa massa produz apenas 38% da gravidade da Terra, isso ocasionou a perda de grande parte de sua atmosfera, simplesmente porque a gravidade não conseguiu retê-la. Em segundo lugar, por razões que ainda não são claras, o dínamo interno de Marte deixou de funcionar, talvez também por sua baixa massa, e em consequência disso o planeta deixou de ser protegido do bombardeio de partículas carregadas emitidas pelo Sol. Os mecanismos como esses eventos aconteceram ainda não são claros e são objetos de intensa pesquisa atualmente.

Envio: 15/02/2017

Nome: Camila Sales

Cidade: Ribeirão Preto

Resposta:
Não, este boato é totalmente falso.

Envio: 01/02/2017

Nome: Márliton Pereira Dos Santos

Cidade: Janaúba

Resposta:
Os danos foram bem menores que em Hiroshima por diversas razões: em primeiro lugar, não foi uma explosão nuclear, portanto não houve intensa emissão de calor nem de radiação. Além disso, a explosão ocorreu a cerca de 10 km acima da superfície enquando a bomba de Hiroshima explodiu a poucas centenas de metros acima da cidade. Para finalizar, a região de Chelyabinsk é muito menos densamente povoada do que Hiroxima. Deve-se notar que o meteoro não explodiu diretamente acima da cidade, mas na região rural.

Envio: 18/01/2017

Nome: Marcia Braga De Oliveira

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Assim como todas as estrelas da Via Láctea, a nossa galáxia, o Sol descreve uma órbita em torno do centro da mesma, dando uma volta a cada 250 milhões de anos aproximadamente. O aglomerado estelar das Plêiades, do qual faz parte a estrela Alcyone, está a cerca de 440 anos-luz do Sol e, assim como nossa estrela, também descreve uma órbita em torno do centro da galáxia. Não é verdade nem faz o menor sentido imaginar que nossa estrela orbite em torno de outra!

Envio: 17/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O meteorito que você menciona se chama ALH84001 e foi datado como tendo 4,091 bilhões de anos. Os cristais de magnetita encontrados no mesmo têm sido intensamente estudados e muitas vezes têm sido citados como prova da existência de vida primitiva marciana, já que são similares a algumas categorias de magnetofósseis terrestres, porém essas interpretações ainda são muito controvertidas e questionadas por distintos especialistas. Quanto ao campo magnético marciano, ele existe e foi mapeado há alguns anos pelo magnetômetro a bordo da sonda Mars Global Surveyor, da NASA. O campo tem cerca de 1/40 da intensidade do campo magnético terrestre e é extremamente assimétrico, sendo muito mais intenso no hemisfério sul. Existem evidências muito claras da existência prévia de água fluindo na superfície marciana, como por exemplo sulcos de erosão marcando os leitos de antigos rios. A busca pelas evidências da ocorrência de vida em algum momento da história de Marte está agora numa fase mais adiantada e deve ser alvo das sondas que devem pousar e explorar a superfície do planeta nos próximos anos.

Envio: 11/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, a Nuvem de Oort está gravitacionalmente ligada ao Sol, e seu limite exterior, ainda que seja apenas estimado, varia de 0,5 a 3 anos-luz de raio. Portanto a informação procede, o limite da influência gravitacional do Sol pode ter até 3 anos-luz de raio, dependendo, é claro, da influência de outras estrelas. Por exemplo, o sistema estelar de Alfa Centauri está a pouco mais de 4 anos luz do Sol e portanto naquela direção o limite da influência gravitacional do mesmo será bem menor que 3 anos-luz.

Envio: 21/12/2016

Nome: Nayane

Cidade: Uberlandia

Resposta:
É quase verdade! A soma dos diâmetros de todos os planetas é de aproximadamente 403.000 km e a distância média Terra-Lua é de 383.000 km, quase o mesmo. Mas como a órbita da Lua em torno da Terra não é um círculo perfeito e sim uma elipse, a distância varia ao longo do mês lunar, chegando a um máximo de 406.000 km, maior portanto do que a soma dos diâmetros dos planetas.

Envio: 20/11/2016

Nome: Nayane

Cidade: Uberlândia

Resposta:
Sim, está. A composição das grandes luas de Júpiter, incluindo Europa, já é conhecida e pode ser comprovada tanto por sondas automáticas que passaram por lá como a partir da Terra, através de telescópios. Europa é uma lua rochosa totalmente envolvida por água, que por sua vez é coberta por uma espessa crosta de gelo. Estima-se que a crosta de gelo tenha de 10 a 20 quilômetros de espessura e que, abaixo, existe entre 50 e 100 km de profundidade de água. Surpreendentemente, existe mais água em Europa do que na Terra!

Envio: 02/11/2016

Nome: Jean Carlos Vieira Batista

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Supernovas ejetam material com velocidade muito alta; estas nebulosas, como a Nebulosa do Caranguejo por exemplo, não formam estrelas pois estão se expandindo muito rápido. O material assim ejetado se mistura no meio interestelar e vai enriquecer em elementos químicos pesados as regiões de formação estelar como aquela que deu origem ao Sol. Apesar do Sol ter se formado duma nebulosa previamente enriquecida por material produzido por supernovas, por novas e por nebulosas planetárias, não se pode esquecer que de cada 100 átomos que existem no universo, 90 são de hidrogênio e 9 são de hélio, portanto estes dois elementos sempre serão maioria em todas as estrelas.

Envio: 27/10/2016

Nome: Laura Tafner

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Raios são descargas elétricas atmosféricas. Elas ocorrem quando uma nuvem é carregada eletrostaticamente devido à turbulência do ar e descarrega sua carga no solo ou em outra nuvem. Relâmpago é apenas o clarão provocado por tal descarga. Existem sim raios em outros planetas! Já foram fotografadas descargas elétricas em Vênus, Júpiter e Saturno. É provável que ocorram também em Urano e Netuno, que eles têm atmosferas espessas. Em todos os casos, o fenômeno fisicamente é o mesmo: uma nuvem acumula uma grande carga elétrica devido à turbulência atmosférica e, num dado momento, esta carga rompe o isolamento dielétrico da atmosfera e descarrega, seja para o solo ou para outra nuvem. A título de curiosidade, na Terra ocorrem em média 3000 raios por minuto!

Envio: 16/10/2016

Nome: Cláudio José Mendes Pedrosa

Cidade: Itapecerica

Resposta:
Pode sim! Você viu um bólido, que é um tipo mais raro de observação do que a de um meteoro comum. Normalmente um meteoro é aquele "traço" de luz no céu noturno, resultante de um fragmento pequeno de material rochoso que queima em consequência do atrito com o ar. Caso algum fragmento sobreviva ao atrito e caia no solo, esse material restante é chamado meteorito. Já o bólido é exatamente o que você descreveu: um fragmento que entrou na atmosfera, provavelmente era maior que a média e passou muito próximo de onde estava enquanto queimava por atrito, produzindo muita luz. Ele pode ter caído na região ou queimado totalmente na atmosfera, não temos como saber. Em alguns casos é possível ouvir também um estrondo sônico pois o bólido se desloca com velocidade maior que a do som.

Envio: 18/07/2016

Nome: Diegosilva Santos

Cidade: São Gonçalo

Resposta:
A produção da energia no Sol e nas demais estrelas não é por combustão, portanto não tem nada pegando fogo. A energia do Sol é produzida em seu núcleo, por um processo chamado fusão nuclear. Lá no núcleo solar, átomos de hidrogênio submetidos a intensa pressão e altíssima temperatura são fundidos e transformados em núcleos de hélio. Esse processo produz uma enorme quantidade de energia. É esta energia, na forma de luz, que é emitida na superfície do Sol e ilumina todo o sistema solar. O mesmo tipo de processo ocorre em todas as estrelas.

Envio: 12/07/2016

Nome: Sérgio Roberto Adriano Prati

Cidade: Maringá

Resposta:
Existem dois cometas de nome Elenin. Muito sensacionalismo foi feito em torno do cometa Elenin quando o mesmo foi descoberto em 2010. Seu nome técnico é cometa C/2010 X1(Elenin), este último em homenagem ao astrônomo russo que o descobriu. Ao longo de 2011 falou-se muito que esse cometa colidiria com a Terra e causaria grandes devastações pois na época as famosas profecias maias sobre 2012 estavam na moda. Nada disso aconteceu. A distância mínima à Terra que ele se aproximou foi de 44 milhões de quilômetros e depois ele seguiu sua órbita que é extremamente aberta. Ele só deve voltar à região interna do sistema solar, onde estão a Terra e os demais planetas, dentro de 10 a 12 mil anos. Mas curiosamente, as mesmas notícias alarmistas falsas de 2011 continuam a voltar todos os anos... Já o segundo cometa Elenin, tecnicamente cometa P/2011NO1(Elenin), descoberto em 2011 pelo mesmo astrônomo Leonid Elenin que havia descoberto o primeiro, tem periélio (a distância mais próxima ao Sol de sua órbita) de 1,24 Unidades Astronômicas, o que significa que sua distância mínima à Terra, que está a 1 Unidade Astronômica do Sol por definição, é de 0,24 U.A., ou seja, 36 milhões de quilômetros. Nenhum desses corpos apresenta o mínimo risco à Terra.

Envio: 10/06/2016

Nome: Rodrigo Freyre

Cidade: Recife

Resposta:
Existem 5 planetas que são visíveis a olho nu: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno, porém nem sempre se pode observar todos eles. A título de curiosidade, atualmente (junho de 2016) estão visíveis no céu noturno Júpiter, Marte e Saturno.O local em que está o observador não importa, os planetas são visíveis praticamente de toda a Terra, e certamente de todo o Brasil. A melhor maneira de identificar os planetas que estão visíveis no céu noturno numa dada época é usando programas tipo "planetário" com os quais você visualiza o céu de sua localidade, na data e hora que quiser. Existem vários deles que são gratuítos e podem ser baixados livremente. Os mais usados são o Stellarium e o Cartes du Ciel. Apesar dos nomes, ambos têm versão em português.

Envio: 25/04/2016

Nome: Letícia Oliveira

Cidade: Sorocaba

Resposta:
Os planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) têm apenas um núcleo sólido, que é envolto por uma grande camada de gás, porém esse gás é extremamente comprimido, a pressões muito altas, nas camadas internas, logo abaixo da região visível. Assim sendo, seria impossível pousar qualquer sonda neles. Como não há uma superfície sólida, a sonda iria afundando até ser esmagada pela alta pressão dos gases, muito antes de atingir o núcleo sólido.

Envio: 12/04/2016

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
É possível observar tais colisões porque, ao entrar na atmosfera, o material rochoso do meteoro é rápida e intensamente aquecido, provocando uma explosão de gás ainda na própria atmosfera. Este fenômeno foi observado em detalhes pela primeira vez em Júpiter em julho de 1994 quando da colisão do núcleo do cometa Shoemaker Levy 9 com aquele planeta.

Envio: 07/04/2016

Nome: Mara Silvia Tolari Antunes

Cidade: Parapuã, Sp

Resposta:
As informações sobre este tema são de fato desencontradas. Isso se deve à rápida evolução tecnológica das últimas décadas que permitiu aos astrônomos encontrarem diversos satélites pequenos em torno dos planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) que não haviam sido contados antes. Em função disso, muitas vezes os livros didáticos e mesmo os sites têm informações desatualizadas. Em vez de colocarmos números aqui, que talvez fiquem desatualizados em breve, vamos colocar o link de um site da NASA que sempre mantém informações atualizadas sobre o tema. Você verá que o número de satélites dos planetas varia desde 67 no caso de Júpiter até zero no caso de Mercúrio e Vênus. http://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/factsheet/

Envio: 04/04/2016

Nome: Hadrian De Sousa

Cidade: Ceilandia-Df

Resposta:
O sistema solar, compreendendo o Sol, a Terra e todos os demais planetas, já teve sua idade determinada com precisão. Isso foi feito tanto usando argumentos geológicos para o cálculo da idade da Terra como usando argumentos astronômicos calculando-se a idade do Sol. Nosso sistema solar tem 4,6 bilhões de anos de idade.

Envio: 03/03/2016

Nome: Marianne

Cidade: São Paulo

Resposta:
No caso de Júpiter e dos demais planetas exteriores à órbita da Terra, este momento chama-se Conjunção. E esse período, ou seja, a repetição de duas conjunções, chama-se "período sinódico". O período sinódico de Júpiter é de 398,88 dias. A cada período a posição relativa de Júpiter e da Terra se repetem. Na conjunção o brilho aparente de Júpiter é máximo, com sua magnitude aparente chegando a -2,70. Quando, ao contrário, Júpiter e a Terra encontram-se em lados opostos do Sol e a distância entre ambos é máxima, sua magnitude aparente é de 1,61.

Envio: 02/03/2016

Nome: Ana Luisa Amati

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
A última contagem, segundo a NASA, é de 67 luas. A contagem dos satélites naturais de Júpiter tem mudado com muita frequência nos últimos anos. Isso se deve à contínua busca de pequenos corpos do sistema solar e, como Júpiter tem um campo gravitacional muito grande e está próximo do Cinturão Principal de Asteroides, ele capturou corpos muito pequenos ao longo do tempo que só recentemente estão sendo contabilizados. Apenas no século 21, ou seja, de 2001 para cá, foram descobertos 16 novos satélites naturais em Júpiter, os 2 últimos em 2011, e nada impede que nos próximos anos mais alguns sejam descobertos.

Envio: 15/02/2016

Nome: Rodolfo Rodrigues

Cidade: Lorena-Sp

Resposta:
Para a exploração do sistema solar exterior, a única solução para geração de potência elétrica são os geradores térmicos aquecidos por radioisótopos, também conhecidos como geradores nucleares ou termopares nucleares. Nos mesmos um isótopo radioativo é usado para aquecer uma das extremidades de uma liga metálica específica chamada termopar e esta diferença de temperatura produz uma corrente elétrica. É este tipo de gerador que alimenta todas as sondas que exploram o sistema solar exterior. Não há atualmente outra tecnologia que possa substituí-los em regiões onde células fotovoltaicas não podem ser usadas por causa da grande distância ao Sol.

Envio: 01/02/2016

Nome: Flavio Bobs

Cidade: Distrito Federal

Resposta:
Inicialmente é importante ressalvar que não existe tal possibilidade. Não existem um "planeta "perdido" nas vizinhanças do Sol, ainda que tais planetas efetivamente existam na nossa galáxia. Se outro planeta se aproximasse de nosso sistema planetário, as órbitas de todos os demais seriam perturbadas até que o sistema todo se acomodasse em uma nova distribuição de órbitas estáveis.

Envio: 23/11/2015

Nome: Rodrigo Raffa

Cidade: Itapetininga

Resposta:
Sim, a atmosfera de Netuno é rica em carbono e, devido as condições de temperatura e pressão lá existentes, este carbono deve ser organizar em forma cristalina (ou seja, como diamantes) e então se precipitar como se fosse um "granizo" de diamantes! Estes diamantes devem ser pequenos, menores que um centímetro, e evidentemente não são polidos e cortados como aqueles vistos nas joias, são pedras brutas.

Envio: 16/10/2015

Nome: Milena

Cidade: Camaçari, Ba

Resposta:
Sim, a chamada "migração planetária" ocorre quando um planeta que se forma a uma dada distância de sua estrela se desloca para outra órbita, mais próxima ou mais afastada da estrela. Esse mecanismo é controlado pela interação gravitacional do planeta com o disco de gás que envolve a estrela ou com corpos menores chamados planetesimais. Estes processos ocorrem nas fases iniciais de formação de um sistema planetário, aqui no Sistema Solar, o mecanismo da migração é utilizado para explicar a posição atual do Cinturão de Kuiper, o cinturão externo de corpos menores localizado além da órbita de Netuno. Este cinturão se formou numa região mais próxima do Sol e posteriormente migrou para a região externa. De forma análoga, acredita-se que os planetas Urano e Netuno também se formaram mais próximos do Sol e depois migraram para suas posições atuais. Estes processos devem ter ocorrido numa escala de tempo de algumas centenas de milhões de anos e portanto se encerraram há cerca de 4 bilhões de anos atrás, lembrando que o Sistema Solar tem 4,6 bilhões de anos de idade.

Envio: 12/10/2015

Nome: Fabiana

Cidade: Cotia

Resposta:
De fato, a velocidade orbital da Terra e dos demais planetas varia. Como as órbitas são elipses e não círculos perfeitos, quando o planeta está mais perto do Sol, sua velocidade é maior. Este efeito foi descrito por Kepler no início do século 17. Sem dúvida, essas órbitas são estáveis e o que as mantém é a velocidade orbital: justamente porque o corpo tem uma velocidade que aumenta no periélio (o ponto mais perto do Sol de cada órbita), ele não "cai" no Sol. Em outras palavras, o movimento orbital produz o que se chama em mecânica de "força centrífuga", que impede o corpo de "cair" no Sol, mesmo sob ação de seu campo gravitacional.

Envio: 10/10/2015

Nome: Eloiza Viana

Cidade: São Paulo

Resposta:
Por sua grande distância do Sol, Plutão é extremamente frio. A temperatura média em sua superfície é de 229 C negativos! Nestas condições evidentemente não é possível existir água líquida. Quanto a abrigar formas de vida, vale a pena lembrar que as condições para a existência de vida extraterrestre só agora podem ser estudadas com alguma precisão. Não se pode garantir, claro, mas é altamente improvável que um corpo tão frio quanto Plutão ofereça condições para abrigar alguma forma de vida.

Envio: 08/10/2015

Nome: Milena

Cidade: Camaçari,Ba

Resposta:
Os seres humanos são uma espécie exploradora por natureza. Há dezenas de milhares de anos, nossos ancestrais saíram da África, onde nossa espécie se originou, e colonizaram o planeta inteiro. Hoje, pouco mais de um século depois da invenção dos primeiros aviões, já enviamos sondas para todos os planetas do sistema solar, já enviamos homens à Lua e já está em consideração o envio de homens a Marte. Quem sabe onde estaremos daqui a 500 ou 1000 anos? Não existem ameaças reais à humanidade, existe a vontade de explorar, a curiosidade que é inerente à nossa espécie.

Envio: 07/10/2015

Nome: Harnowd Felipe Nogueira De Carvalho

Cidade: Campos Sales, Ce

Resposta:
Estes cálculos são feitos de forma sequencial, alguns resultados dependem que se obtenham outros previamente. A distância ao Sol pode ser calculada a partir das posições relativas dos planetas e de seu padrão de repetição, o chamado período sinódico dos planetas. Esse cálculo foi feito originalmente por Nicolau Copérnico no século 16. O período de translação e a massa podem ser calculados usando-se as Leis de Kepler, a partir da medida do período orbital. Já o diâmetro requer que se saiba previamente a distância e que seja medido o diâmetro angular (normalmente dado em segundos de arco) com um telescópio. O período de rotação requer também observações astronômicas com um telescópio que permita acompanhar a repetição de padrões na superfície do planeta que indiquem a rotação.

Envio: 05/09/2015

Nome: Rondônia

Cidade: Canela Rio Grande Do Sul

Resposta:
Inicialmente um esclarecimento: não existem "gigantescos asteroides" andando no sistema solar. Todos os grandes asteroides são conhecidos. No caso de objetos desconhecidos como núcleos de cometas, eles são observados em geral alguns anos antes da passagem pela Terra. Quanto a explosões solares, elas só são detectadas quando ocorrem e o tempo do material chegar à Terra é de alguns dias, porém vale lembrar que não existe registro histórico de danos significativos no nosso planeta causados por tais explosões.

Envio: 31/08/2015

Nome: Camila Facciocchi

Cidade: Francisco Beltrão

Resposta:
O único satélite natural da Terra recebeu o nome de Lua. Por extensão, os satélites naturais dos outros planetas também são chamados genericamente de "luas", porém quando você ler "Lua" com "L" maiúsculo, o termo se refere à nossa lua. A maioria dos satélites (ou luas) dos demais planetas também têm nomes próprios, Deimos e Fobos são as luas de Marte por exemplo.

Envio: 29/08/2015

Nome: Luis Antonio Da Silva

Cidade: Itumbiara Go

Resposta:
No caso dos planetas do Sistema Solar, a determinação da densidade de um planeta não é difícil de obter pois é possível medir suas massas (pela Terceira Lei de Kepler) e diâmetros (por medida direta) com facilidade. Obtidos a densidade, é direto concluir se o planeta é de tipo sólido como a Terra ou gasoso como Júpiter ou Saturno. Para os planetas extrassolares, aqueles em torno de outras estrelas, o processo é mais complexo, mas as vezes é possível. Quando um planeta transita na frente de sua estrela é possível estimar seu diâmetro, e a massa pode ser medida a partir do efeito gravitacional que ele causa na mesma. Assim, como as massas estelares podem ser calculadas a partir da luminosidade das estrelas, a massa dos planetas podem ser calculadas a partir da massa de suas estrelas. E a partir dos valores da massa e do diâmetro, é possível estimar a densidade e portanto a estrutura dos mesmos.

Envio: 26/08/2015

Nome: Luiz Henrique Nistal

Cidade: Mairiporã

Resposta:
A estrutura interna dos planetas é descrita a partir do que se pode medir deles: composição química, dimensões, massas, densidades, velocidade de rotação e momento de inércia são parâmetros importantes para tanto. Essas informações, junto com o que se sabe sobre o processo de formação do sistema planetário, são usadas como ingredientes em modelos para representar a estrutura interna de distintos planetas. No caso da Terra, o mapeamento cuidadoso da propagação de ondas sísmicas produzidas em terremotos também é um dado extremamente importante para o mapeamento da estrutura interna. Esse tipo de mapeamento também já está sendo feito para Marte e para a Lua.

Envio: 21/08/2015

Nome: Marianne

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, nada impede que planetas rochosos tenham aneis, basta que o material "se acomode" em órbita estável em torno do mesmo. Em 2014 foi descoberto inclusive um asteroide com um anel, como descrito no texto abaixo:
http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1410/

Envio: 09/08/2015

Nome: Felipe Eduardo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
O período orbital de Vênus em torno do Sol, ou seja, o seu "ano", é de 224 dias. Porém como a Terra não está estática e também gira em torno do Sol, o ciclo das posições de Vênus para um observador na Terra se repetem mais lentamente. A cada 19 meses as posições de Vênus no céu se repetem: Agora (10 agosto de 2015) ele está desaparecendo pois vai passar na frente do Sol, depois de uns dias vai começar a aparecer no horizonte leste antes do nascer do Sol. Em números, Vênus aparece no final da tarde por cerca de 260 dias, depois passa na frente do Sol (sem necessariamente transitar na frente do disco solar), depois aparece na madrugada por outros 260 dias e circunda o Sol por trás, sumindo por cerca de 50 dias. O ciclo completo, chamado tecnicamente de Período Sinódico de Vênus, dura 584 dias.

Envio: 31/07/2015

Nome: Joao Silva

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Todos os corpos rochosos que se movimentam no Sistema Solar, exceto os planetas, planetas anões e suas luas, são chamados genericamente de "asteroides". Os maiores deles são chamados "planetoides" porém não existe uma definição precisa para esse termo. Já os cometas são corpos de natureza totalmente distinta, eles não são rochosos e sim compostos basicamente de gelo e impurezas (ou gelo sujo, como falam os especialistas). Plutoides são os planetas anões do cinturão de Kuiper, onde está Plutão. Quando um dado objeto é localizado pela primeira vez, é preciso investigá-lo para saber sua natureza. Essa investigação envolve a órbita, as dimensões, uma determinação da densidade e, se possível, espectroscopia por reflexão para que se possa descrever a natureza do mesmo. A órbita pode ser determinada por imagens sucessivas e estimativas de distância: o deslocamento do mesmo na imagem demonstra como ele se move em relação ao movimento da própria Terra e sua órbita pode ser determinada. Existem inclusive programas de monitoramento de objetos próximos para procurar prever eventuais riscos de impacto de grandes corpos com a Terra.

Envio: 31/07/2015

Nome: Fernando Correia De Lima

Cidade: Guarulhos, Sp

Resposta:
Sedna é um planeta anão que descreve uma órbita elíptica muito elongada mesmo. No periélio, o ponto mais próximo do Sol, ele chega a 76 Unidades Astronômicas do mesmo, mas no afélio, o ponto mais distante, ele vai até 937 U.A. do Sol! Mas trata-se de uma órbita estável, não há razão para que ele escape. A Nuvem de Oort, de onde vêm os cometas, está a cerca de 50.000 U.A. do Sol e ainda assim está gravitacionalmente ligada a ele. Não se pode esquecer que a estrela mais próxima está a mais de 4 anos-luz de distância, o que é muitíssimo mais que a distância do afélio de Sedna, portanto não há outro grande corpo capaz de perturbar a sua órbita.

Envio: 31/07/2015

Nome: Fernando Correia De Lima

Cidade: Guarulhos, Sp

Resposta:
Sim, a evolução do Sol não irá alterar significativamente a sua massa, portanto a atração gravitacional continuará a mesma e os planetas continuarão nas mesmas órbitas que estão hoje.

Envio: 27/07/2015

Nome: Rony De Azevedo Sodré

Cidade: Macaé, Rj

Resposta:
Porque, como todos os objetos naturais orbitando o Sol, o cometa Halley se move obedecendo as leis de Kepler e de acordo com a Segunda Lei, a velocidade orbital diminui bastante quando o corpo se afasta do Sol. Já a sonda foi acelerada artificialmente com o objetivo de encurtar sua viagem, ela não se deslocou até Plutão obedecendo as leis de Kepler.

Envio: 22/07/2015

Nome: Samoél Bannach

Cidade: Mandirituba, Pr

Resposta:
A rotação de Saturno foi descoberta e medida pela primeira vez por William Herschel em 1793, que estimou um período de rotação de 10h 16min. Esse valor não é muito diferente daquele medido por técnicas modernas, que é de 10h 32min 35s. Saturno tem, assim como a Terra, seu eixo de rotação inclinado em relação ao plano da órbita. No caso da Terra são 23 graus e em Saturno são 27 graus de inclinação, o que resulta nas estações climáticas como conhecemos. Como o período de revolução de Saturno em torno do Sol é de 29,46 anos terrestres, cada estação deve durar 1/4 deste período como na Terra, porém não encontramos na literatura quem fez essa descrição pela primeira vez.

Envio: 18/07/2015

Nome: Rayane Aguiar

Cidade: Guarulhos , Sp

Resposta:
Não, as órbitas dos planetas são estáveis. Não existem mecanismos físicos capazes de tirar um planeta de sua órbita.

Envio: 17/07/2015

Nome: Robson

Cidade: Canela Rio Grande Do Sul

Resposta:
Para extinguir completamente a vida na Terra seria preciso um impacto esterilizante, ou seja, produzido por um corpo tão grande que destruísse a crosta terrestre totalmente, fazendo com que o planeta voltasse à condição que estava logo depois de sua formação. Só que tais corpos felizmente não existem mais! Existiram corpos muito grandes em órbitas caóticas logo que o sistema solar se formou, mas eles se estabilizaram em órbitas mais regulares ou então caíram nos demais. Um desses grandes corpos, com tamanho similar ao do planeta Marte, colidiu com a Terra quando ela tinha entre 50 e 100 milhões de anos de idade (lembre que a Terra, o Sol e os demais planetas se formaram há 4,6 bilhões de anos) e desta colisão se originou a Lua. Portanto não tem sentido pensar numa ameaça dessas para o futuro pois simplesmente não existem esses corpos vagando no sistema solar. O que pode ocorrer são colisões de corpos menores como asteroides ou núcleos de cometas, estes eventos podem provocar extinções em massa como a dos dinossauros, ocorrida há 65 milhões de anos, mas não são eventos esterilizantes.

Envio: 07/07/2015

Nome: Danilo Correa

Cidade: Votorantim

Resposta:
Inicialmente é preciso lembrar que não existe mecanismo físico capaz de reduzir a massa de um planeta. Estabelecido isso, temos que lembrar também que a estabilidade das órbitas planetárias, como descrito pelas Leis de Kepler, depende das massas. Portanto a diminuição da massa de um planeta significaria que a órbita do mesmo seria alterada. Essa alteração é complexa de descrever porque há interação com os campos gravitacionais do Sol e dos demais planetas. Em princípio o planeta migraria para outra órbita, mas não há como especular sobre qual seria ela sem simular matematicamente todas as condições deste novo planeta, principalmente sua massa, densidade e velocidade orbital.

Envio: 04/07/2015

Nome: Robson

Cidade: Gramado

Resposta:
Define-se como "zona habitável" a faixa de distâncias de uma estrela na qual a água pode existir em estado líquido na superfície de um planeta ou satélite. Essa definição está baseada na hipótese de que a vida requer água em estado líquido para se organizar e para evoluir. Uma estrela mais fria teria sua zona habitável mais próxima da estrela e uma mais quente, a zona habitável mais distante da mesma. É possível sim existir mais de um planeta na zona habitável de uma estrela: em torno do Sol, a Terra está evidentemente na zona habitável, mas Marte também está, situado no bordo externo da mesma. Seria possível sim haver distintos planetas, ou talvez planetas gigantes gasosos tipo Júpiter com distintos satélites, dentro da zona habitável de uma estrela.

Envio: 30/06/2015

Nome: Maria Da Graça Freitas

Cidade: São Borja - Rs

Resposta:
Não são estrelas, são os planetas Vênus (o mais brilhante) e Júpiter. Essa configuração com os dois muito próximos um do outro no céu chama-se "conjunção". É um fenômeno raro e muito bonito.

Envio: 23/06/2015

Nome: Érico Percy Alcântara De Moraes

Cidade: São José Dos Campos

Resposta:
A Nuvem de Oort é muito extensa e está muito distante dos planetas. O bordo interno da mesma está a cerca de 5000 Unidades Astronômicas do Sol e o bordo externo próximo das 100.000 U.A. A sonda Voyager 2, a mais distante delas, está atualmente a 130 U.A. do Sol. Na sua velocidade de 3,2 U.A./ano, ela vai chegar no bordo interno da Nuvem de Oort daqui a cerca de 1500 anos e sair da mesma em um pouco mais de 30.000 anos.

Envio: 11/06/2015

Nome: Mayara Cristina

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, como se sabe com precisão a distância de Saturno, não é difícil medir as dimensões dos satélites e sua distância ao planeta. Saturno tem um conjunto de anéis concêntricos, todos alinhados com o plano equatorial do planeta. O anel mais interno está a 7000 km acima da superfície do planeta e o mais externo, a 80.000 km da superfície. É interessante notar também que os anéis são muito finos, sua espessura varia entre 10 e 1000 metros apenas. Eles são compostos em 99,9% por água na forma de gelo e os outros 0,1% são impurezas como óxidos e silicatos. Os anéis não são sólidos e sim compostos por blocos de gelo com tamanhos que variam entre alguns centímetros e alguns metros.

Envio: 06/06/2015

Nome: Felipe Eduardp

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
O satélite Io é relativamente pequeno, tem aproximadamente o tamanho de nossa Lua. Assim sendo, seu campo gravitacional é pequeno e não permite reter uma atmosfera espessa, porém os dados indicam que ele tem uma tênue atmosfera composta principalmente de dióxido de enxofre, provavelmente um resíduo da atividade vulcânica.

Envio: 26/04/2015

Nome: Ronaldo Monteiro Da Rocha

Cidade: Curitiba - Pr

Resposta:
Velocidade de escape é um conceito dinâmico. Ela significa a velocidade que deve ser atingida para um objeto deixar a superfície de um planeta ou satélite. Mas à medida que a altitude aumenta, a velocidade de escape vai diminuindo. Por exemplo: a velocidade de escape para sair do campo gravitacional do Sol na superfície solar é de 617,5 km/s porém aqui na Terra a velocidade necessária para deixar o campo gravitacional do Sol é de 42,1 km/s. Já a velocidade de escape para deixar a superfície da Terra é de 11,2 km/s. As naves Pioneer 10 e 11 estão atualmente muito distantes do Sol, respectivamente a 114 UA e 92 UA da Terra. Uma Unidade Astronômica (UA) equivale a 150 milhões de quilômetros. Suas velocidades atuais são respectivamente de 12 km/s e de 11,3 km/s.

Envio: 23/04/2015

Nome: Nayara Daisy Barbosa

Cidade: São Paulo

Resposta:
São dois grandes conjuntos de pequenos corpos orbitando em torno do Sol. O Cinturão de Kuiper é um cinturão de corpos pequenos como asteroides de planetas anões que está situado após a órbita de Netuno a cerca de 40 unidades astronômicas do Sol. Uma unidade astronômica é a distância média Terra-Sol e vale 150 milhões de quilômetros. No cinturão de Kuiper estão Plutão e vários outros planetas anões recentemente descobertos como Eris, Sedna, Quaoar e Makemake. Já a nuvem de Oort é uma nuvem de cometas situada entre 40.000 e 50.000 unidades astronômicas do Sol. É de lá que saem os cometas que circulam eventualmente pelo sistema solar interno, onde nós moramos.

Envio: 30/03/2015

Nome: Lucas

Cidade: Cavernoso

Resposta:
De forma alguma. A força gravitacional de um planeta depende exclusivamente de sua massa. A inclinação do eixo de rotação em relação ao plano da órbita em nada interfere na gravidade.

Envio: 20/03/2015

Nome: Cassio Machado

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
As orbitas dos corpos do sistema solar podem ser perfeitamente descritas apenas usando a gravitação, não é necessário invocar a presença de matéria escura. Inicialmente, precisamos considerar que o círculo é apenas um caso particular da elipse (tecnicamente um círculo é uma elipse com excentricidade nula). Como é bem descrito pelas leis de Kepler, em uma órbita elíptica um corpo não ganha energia no periastro (o ponto mais próximo) e perde no apoastro (o ponto mais distante) porque existe uma variação de velocidade ao longo da órbita, de forma que a energia total se conserva e as órbitas elípticas são perfeitamente estáveis do ponto de vista dinâmico. O caso de uma órbita circular é possível, porém altamente improvável devido às perturbações gravitacionais exercidas pelos demais corpos do sistema.

Envio: 11/03/2015

Nome: Felipe Kubo Uemura

Cidade: São Paulo

Resposta:
A temperatura da superfície do Sol é de 5505 C. Tecnicamente este valor é chamado de temperatura efetiva, o que está relacionado ao modo como a mesma é determinada. A temperatura não varia muito, porém no interior das manchas solares ela é bem menor, variando de 2700 a 4200 C, dependendo da mancha.

Envio: 10/03/2015

Nome: Tales Fernandes

Cidade: São Paulo-Sp

Resposta:
A produção de energia pelo Sol é por fusão nuclear do hidrogênio em seu núcleo. Portanto tecnicamente não se pode falar em "combustível" já que não existe combustão. De todo o modo, a produção de energia só existirá enquanto houver material suficiente para a fusão nuclear no núcleo solar. Ainda que o Sol seja muito grande, sua massa é finita e portanto o material fusionável vai acabar no futuro. Isso deve ocorrer dentro de aproximadamente 5 bilhões de anos. Quando ocorrer, o Sol vai virar uma estrela muito pequena e fraca chamada "anã branca"

Envio: 08/03/2015

Nome: Matheus Castro Hypolito Pinto

Cidade: São Paulo

Resposta:
Os anéis são um disco equatorial em torno do planeta, eles são compostos basicamente por blocos de gelo, por isso mesmo refletem muita luz e são tão claros e brilhantes nas imagens. Todos os planetas do tipo gigante gasoso têm anéis, no Sistema Solar são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Mas os de Saturno são muito maiores e mais brilhantes que os dos demais planetas. Os anéis não têm importância fundamental para o planeta em si ou para o sistema solar, eles são uma característica que resultou da formação do sistema planetário. Espera-se no futuro ver anéis similares em torno de planetas em outros sistemas planetários, ou seja, em torno de outras estrelas.

Envio: 08/03/2015

Nome: Gabriel Paulo Vieira

Cidade: São Paulo Sp

Resposta:
O Sol existe há cerca de 4,6 bilhões de anos. Estrelas como ele tem ciclo evolutivo de aproximadamente 11 bilhões de anos, ele só vai se expandir e se transformar numa gigante vermelha daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos.

Envio: 05/03/2015

Nome: Sofia Souza Oliveira

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, apenas estrelas de massa muito maior que a do Sol explodem ao final de seu ciclo evolutivo. Estas explosões, chamadas de Supernovas, ocorrem no final da evolução das estrelas cujas massas sejam no mínimo 10 vezes a do Sol.

Envio: 04/03/2015

Nome: Camila

Cidade: São Paulo

Resposta:
Plutão não "deixou de ser". Ele foi reclassificado porque atualmente se sabe muito mais sobre os corpos menores do Sistema Solar. Hoje se sabe que Plutão é apenas um corpo de uma família muito grande, que recebeu o nome de "planetas anões". Reclassificar corpos celestes à medida que o conhecimento vai avançando não é novidade: na metade do século 19 haviam mais de 20 corpos celestes classificados como planetas, então descobriu-se que muitos deles eram diferentes dos demais e foram classificados como asteroides. São corpos como Ceres, Palas e Vesta, que pertencem ao cinturão de asteroides que existe entre Marte e Júpiter. Com Plutão ocorreu o mesmo: hoje se sabe que ele é apenas mais um corpo do cinturão transnetuniano (após a órbita de Netuno) e nem mesmo é o maior deles! O planeta anão Eris é maior que Plutão e membro da mesma família.

Envio: 04/03/2015

Nome: Camila

Cidade: São Paulo

Resposta:
Ainda não existe tecnologia capaz de levar pessoas até Marte e trazê-las de volta à Terra em segurança. Esta seria uma viagem muito longa (cerca de 2 anos no total) e de custo extremamente elevado, da ordem dos trilhões de dólares. Existem planos nos Estados Unidos de executar um voo tripulado a Marte dentro de aproximadamente 20 anos, que seria o tempo necessário para construir e testar a tecnologia a ser utilizada, mas esses prazos são muito incertos, não dá para garantir.

Envio: 16/02/2015

Nome: Luiza Renó, 9 Anos

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Sim, os ingredientes para a vida, pelo que sabemos da vida na Terra, são a existência de água no estado líquido (e não como gelo ou vapor), a existência de elementos químicos que possibilitem as reações químicas que produzam a evolução da vida e uma fonte de luz e calor apropriada. Estas são as hipóteses básicas para a evolução e manutenção da vida, e tais condições existem em muitos outros lugares.

Envio: 08/02/2015

Nome: Luiza Braga Renó

Cidade: São Paulo, Sp.

Resposta:
Como todas as estrelas, o Sol tem um ciclo evolutivo. Ele existirá enquanto existir hidrogênio suficiente em seu núcleo para produzir a energia que recebemos dele. No caso do Sol esse material vai se esgotar daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos e ele deixará então de existir. Ele não vai explodir, isso só acontece com as estrelas de grande massa, com no mínimo 10 vezes a massa do Sol. Ele vai apenas esgotar seu combustível nuclear e, depois de algumas etapas transitórias rápidas, vai se transformar numa estrela chamada "anã branca", que não produz praticamente nada de energia. Note que o tempo para isso acontecer, 5 bilhões de anos, é MUITO maior que o tempo de evolução das espécies e portanto nossa espécie, os humanos, já terão deixado de existir muito antes disso, apenas por conta da evolução natural de todos os seres vivos.

Envio: 08/02/2015

Nome: Mayara Cristina

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, Europa é recoberta por uma espessa camada de gelo, com 10 a 20 km de espessura e abaixo dela existe um oceano com profundidade estimada em 100 km. E abaixo de tudo isso existe um núcleo rochoso como o da nossa Lua. Apesar de ser bem menor que a Terra em diâmetro, estima-se que em Europa exista mais água do que em nosso planeta.

Envio: 31/01/2015

Nome: Mariana

Cidade: Teresópolis,Rj

Resposta:
Tal corpo não existe. Todos os asteroides que passam próximos à Terra têm suas órbitas mapeadas, justamente como precaução para a hipótese de alguma colisão. Seria preciso uma combinação muito precisa de ângulo de aproximação e velocidade para que uma captura assim ocorresse. Caso isso acontecesse, na prática nada mudaria para a Terra, só ganharíamos uma pequena Lua adicional, mas formalmente ocorreriam alterações nas marés, dependendo da massa do corpo. Acredita-se que as duas pequenas luas de Marte, Deimos e Fobos, são asteroides que foram capturados por aquele planeta exatamente como você imaginou. Isso ocorreu porque Marte fica bem próximo do Cinturão de Asteroides, onde existe uma grande quantidade de corpos pequenos.

Envio: 23/01/2015

Nome: Lucas Stefano

Cidade: São Paulo

Resposta:
De fato, é impossível captar diretamente sons vindo do espaço. O que são captados são sempre ondas eletromagnéticas, ou seja, ondas de rádio, que podem ser medidas em diversas fontes. A captação é feita através de antenas instaladas em sondas e todas as ondas que estão dentro da faixa de audição do ouvido humano (entre 20 e 20.000 Hz) e são convertidas em sinais sonoros da mesma maneira que os alto-falantes de um rádio doméstico transformam em som as ondas eletromagnéticas vindas de uma emissora, que por sua vez foram produzidas por músicas ou voz.

Envio: 20/01/2015

Nome: Tiago

Cidade: Pato Branco, Pr

Resposta:
Para determinar com precisão a massa de um planeta, é necessário que exista um corpo orbitando em torno do mesmo, tal como uma lua ou mesmo um satélite artificial. Neste caso a massa pode ser determinada pela lei da gravitação de Newton, combinada com a terceira lei de Kepler: a partir do período orbital e de seu raio, a massa pode ser derivada. Caso não exista um satélite orbitando o corpo, sua massa pode ser estimada por sua influência nas órbitas de outros corpos. Isso foi feito para a determinação inicial da massa de Plutão por exemplo. Já as massas das estrelas são estimadas por sua luminosidade: como se sabe o funcionamento das estrelas interno das estrelas e seu mecanismo de produção de energia, é possível determinar a massa de cada estrela a partir da sua luminosidade, ou seja, a partir da energia que ela emite.

Envio: 17/11/2014

Nome: Mayara Cristina

Cidade: São Paulo

Resposta:
Provavelmente você se refere a uma norte-americana de 13 anos chamada Alysson Carson, que apareceu em vários órgãos de imprensa nas últimas semanas dizendo que gostaria de participar de uma hipotética primeira missão tripulada a Marte em 2033. O caso deve ser examinado com calma: em primeiro lugar, não existe nenhuma definição sobre a realização desta missão. A tecnologia para sua execução ainda está em desenvolvimento e nem de longe a data de 2033 é precisa. Pode ser uma década depois, ou talvez ainda mais tarde. Quanto ao projeto da menina, ele é apenas o que realmente é: o projeto de uma adolescente. Não existe nenhum compromisso das autoridades com ela, nem mesmo qualquer iniciativa de seleção de candidatos para uma missão que ninguém sabe quando (e se) será executada. Resta porém o mérito de uma menina interessada em ciências que tem um sonho e está correndo atrás dele.

Envio: 09/11/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru

Resposta:
Os anéis de Saturno são de fato muito achatados, muito mais do que as pessoas imaginam. Eles têm apenas aproximadamente 10 metros de espessura! Os anéis estão no plano do equador do planeta e foram originados quando o mesmo se formou, pela própria rotação do planeta em formação, e seu extremo achatamento está relacionado com sua natureza. Os anéis são compostos basicamente por água solidificada (ou seja, gelo) em partículas cobertas com uma camada fofa. Em função desta natureza, as colisões entre as partículas que compõem os anéis são inelásticas: quando elas colidem, o movimento horizontal, no plano do equador, pode ser grande devido à rotação mas o movimento vertical tende sempre a ser amortecido e o material tende a se acomodar rigorosamente no plano equatorial.
Vale a pena lembrar também que todos os planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) têm anéis.

Envio: 02/11/2014

Nome: Luiz Pereire

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
O período de rotação de Marte é um pouco maior que o da Terra. Em primeiro lugar, deve-se notar que o período de rotação da Terra não é de 24 horas. Este é o valor médio do "dia solar", que leva em conta não só a rotação mas também a revolução em torno do Sol. O período físico de rotação de nosso planeta, o chamado "dia sideral", é de 23,9345 horas. Para Marte, o período de rotação é de 24,6229 horas. Para os demais planetas o valor do período de rotação varia muito: em Vênus é de 243,686 dias e em Netuno é de 16,11 horas. Não há uma razão física para a rotação de Marte ter período similar à Terra. Para os outros planetas terrestres (Mercúrio e Vênus) tal similaridade não ocorre.

Envio: 18/10/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
Os corpos não "caem" no Sol devido às suas velocidades orbitais. A Terra por exemplo gira em torno do Sol com velocidade média de aproximadamente 30 quilômetros por segundo. Se estivesse mais lenta, sua órbita não seria estável. O mesmo vale para todos os planetas, para os satélites em torno dos planetas, e mesmo para os satélites artificiais que estão em torno da Terra, de Marte e de outros corpos.
Quanto ao "impulso gravitacional" que uma sonda pode utilizar para ganhar velocidade ao passar próxima de um planeta, este efeito é usado regularmente para sondas de espaço profundo, ou seja, que deixam a órbita da Terra e vão até os outros planetas. Ele também é chamado de "efeito estilingue" e consiste em fazer a sonda acelerar por ação da gravidade de um dado corpo, passar bem perto dele e seguir viagem com velocidade maior que a de entrada. Existe um ganho líquido de velocidade neste processo porque, rigorosamente, é a soma das energias cinéticas do planeta e da sonda que deve se conservar. A sonda "rouba" uma fração da energia cinética do planeta no processo, mas como a massa deste é infinitamente maior, o resultado líquido é um ganho de velocidade da sonda.

Envio: 09/10/2014

Nome: Augusto Dalla Bernardina Chiarelli

Cidade: Vila Velha

Resposta:
Todos os dias cai material do meio interplanetário na Terra. Em geral são partículas muito pequenas, com poucos centímetros de diâmetro, que se queimam totalmente ao entrar na atmosfera e que conhecemos como meteoros ou "estrelas cadentes". Os maiores podem sobreviver à passagem pela atmosfera e cair no solo, este material que chega ao solo é chamado "meteorito". Eventualmente corpos maiores também caem, como por exemplo o grande meteorito que caiu na Rússia em fevereiro de 2013 e que causou ferimentos em muitas pessoas devido à onda de choque que quebrou vidraças e danificou prédios. Os grandes asteroides, cuja colisão com a Terra teriam impacto planetário, felizmente são muito raros. A última colisão deste porte resultou na extinção dos dinossauros e ocorreu há cerca de 65 milhões de anos. Todos os grandes asteroides que poderiam representar perigo já têm suas órbitas bem determinadas e atualmente não existe risco de grandes colisões, o que não exclui a possibilidade de pequenos corpos,com alguns metros de diâmetro e que são impossíveis de detectar com antecedência, virem a colidir com a Terra a qualquer momento.

Envio: 18/09/2014

Nome: Luiz Carlos Helou

Cidade: São Paulo

Resposta:
A tendência à forma esférica é consequência da força gravitacional, que tende a acomodar toda a massa do corpo o mais próxima possível de seu centro de massa. Para corpos muito pequenos, a força gravitacional é muito pequena, e portanto menor do que a resistência mecânica do material, impedindo que o mesmo assuma a forma esférica. Esse mecanismo de acomodação nos grandes corpos como a Terra é chamado de ajuste isostático pelos geofísicos. O limite inferior das dimensões de um corpo para que assuma a forma esférica depende de vários fatores como a composição química, a densidade e a velocidade de rotação.Corpos compostos basicamente por gelo assumem forma esférica para diâmetros maiores que 200 km e corpos rochosos assumem tal forma para diâmetros maiores que 300 km. O link abaixo mostra um artigo científico (em inglês) com a demonstração destas propriedades: http://www.mso.anu.edu.au/~charley/papers/Potato%20Radiusv8.pdf

Envio: 29/08/2014

Nome: João Figueiredo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
O movimento de precessão é comum a todos os planetas. Na Terra ele é o resultado das forças de maré exercidas pela Lua e pelo Sol sobre nosso planeta e tem período de 25.700 anos. O mesmo tipo de efeito ocorre nos outros planetas. O período da precessão de Vênus é de 29 mil anos, o de Marte é de 178 mil anos e de Júpiter é de 500 mil.

Envio: 09/08/2014

Nome: Marcio Neves

Cidade: São Paulo

Resposta:
A produção de energia pelo Sol não é um processo de "queima", ou seja, uma reação química que necessite a presença de combustíveis e comburentes. O Sol brilha porque em seu núcleo existe produção de energia por fusão termonuclear: núcleos de hidrogênio são fundidos sob altíssima pressão e temperatura, transformando-se em núcleos de hélio. Esta é uma reação nuclear e não uma reação química, e resulta em liberação de grandes quantidades de energia. Esta energia é posteriormente transportada do interior do Sol para a superfície através de processos de troca como convecção e irradiada para o exterior na forma de fótons, ou seja, de luz.

Envio: 04/07/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
Quando um corpo é colocado em órbita de outro, pode-se pensar que ele tende a uma órbita circular já que a força gravitacional atua em direção aos centros de massa de ambos, porém esta é uma situação ideal. No caso da formação do sistema solar, os protoplanetas foram submetidos a diversas acelerações não-centrais devido às colisões entre os mesmos e às quedas de corpos menores. Assim, os movimentos orbitais descrevem elipses mais ou menos elongadas. Não se pode esquecer que o círculo é apenas um caso particular de elipse cujos focos coincidem, ou seja, nada impede que um corpo tenha órbita circular em torno de outro porém este seria um caso muito particular.

Envio: 28/06/2014

Nome: Luiz Augusto

Cidade: Angra Dos Reis

Resposta:
Chamam-se alinhamentos quando, vistos da Terra, vários planetas ficam visíveis na mesma região do céu, como se estivessem quase "alinhados" em relação a nós. Tais eventos são periódicos e perfeitamente previsíveis já que os movimentos dos planetas em torno do Sol são conhecidos há muito tempo. Os alinhamentos não têm nenhum efeito sobre a Terra. Os únicos efeitos periódicos de corpos celestes sobre a Terra são as marés, causadas pela posição aparente do Sol e da Lua. Mas com exceção destes dois, os demais corpos não exercem nenhuma influência sobre nós devido às grandes distâncias em que se encontram. O Sol está mais longe do que alguns planetas, claro, porém sua massa imensa faz com que ele tenha efeito sobre as marés, mas mesmo assim a força de maré exercida pela Lua é 2,5 vezes maior do que aquela exercida pelo Sol.

Envio: 22/06/2014

Nome: Felipe Eduardo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Sim, todos os planetas gasosos (no sistema solar são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) não têm superfície sólida. Eles são compostos basicamente por hidrogênio e hélio em densidades que começam muito rarefeitas na alta atmosfera e vão aumentando em direção ao núcleo. A densidade aumenta tanto nas camadas mais internas que, devido à pressão, o hidrogênio passa a se comportar como um líquido (chamado hidrogênio metálico). Portanto é verdade, eles não têm uma superfície sólida como nos planetas rochosos como a Terra. Quanto ao núcleo de Júpiter, ele é sólido sim, composto de rochas. Ainda que esse núcleo corresponda apenas a 20% do raio do planeta, devido à grande massa de Júpiter, ele é muito mais massivo que a Terra. Veja no link abaixo uma boa descrição da estrutura interna dos planetas:
http://astro.if.ufrgs.br/planetas/planetas.htm

Envio: 02/06/2014

Nome: Eloíza Viana Carvalho

Cidade: São Paulo- Sp

Resposta:
Em princípio, satélites de Júpiter como Europa e Ganimedes têm água no estado líquido e têm fontes de calor devido à atividade sísmica induzida pela massa de Júpiter, portanto têm os ingredientes para o surgimento da vida. O mesmo vale para as luas de Saturno. Porém nada mais que isso pode ser dito pois é só isso que se sabe até agora. É impossível saber no momento se existe (ou se já existiu) alguma forma de vida lá e de que natureza seria. A única coisa que se pode afirmar com certeza é que a vida humana é consequência das condições físicas, químicas e biológicas existentes na Terra, bem como da evolução das espécies que aqui ocorreu.

Envio: 16/05/2014

Nome: Alessandro Souza

Cidade: Jaú - Sp

Resposta:
Novos cometas em geral são descobertos poucos meses antes de sua passagem pela Terra. Atualmente não existe nenhum cometa brilhante com passagem prevista, ainda que todos os anos sejam descobertos cometas fracos, que podem ser observados com telescópios. Cometas mais antigos, com passagem periódica pelas proximidades da Terra, também podem ser vistos todos os anos, porém raramente são visíveis a olho nu. Quanto a asteroides, não existe nenhum grande o suficiente, ou que passe muito próximo da Terra, para que seja visto a olho nu.

Envio: 05/05/2014

Nome: Javier

Cidade: Curitiba

Resposta:
A origem da água na Terra continua a ser um tema de pesquisa, as respostas que dispomos ainda não são definitivas. A água é uma das substâncias mais comuns de se encontrar no sistema solar: existe muita água na Terra mas existe mais ainda nas luas de Júpiter e nos anéis de Saturno (que são compostos basicamente por água). Também existe água nas calotas polares de Marte e no fundo de algumas crateras da Lua. A origem desta água toda está na própria origem do sistema solar: quando o Sol e os planetas se formaram, os gases hidrogênio e oxigênio foram aos poucos sendo liberados das rochas incandescentes e a água foi se formando. Estima-se também que boa parte da água que existe atualmente na Terra não se formou aqui, ela literalmente caiu! Cometas outros corpos formados principalmente por água devem ter caído na Terra primitiva nas etapas iniciais de sua formação.

Envio: 21/04/2014

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina, Pi

Resposta:
De fato, a cada dia caem na Terra dezenas de toneladas de material do meio interplanetário. Porém a Terra também perde massa, principalmente pelo topo da atmosfera, entre 200 e 500 km de altitude. Como a densidade lá é muito baixa, é comum as moléculas adquirirem velocidade acima da velocidade de escape e se afastarem definitivamente da Terra, principalmente elementos de pouco peso atômico como átomos de hidrogênio e de hélio. Fazendo o balanço entre perda e ganho de massa, a cada ano a Terra ganha cerca de 40.000 toneladas de material que cai pela atmosfera, mas por outro lado perde cerca de 100.000 toneladas de material leve que escapa. Então o balanço destes mecanismos é que a terra está perdendo massa! Mas vale lembrar que estes valores, mesmo que somados ao longo dos 4,6 bilhões de anos que o planeta existe, são desprezíveis face à massa total do mesmo.

Envio: 21/04/2014

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
De modo algum. Ceres tem uma órbita quase circular e perfeitamente estável, entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Envio: 11/04/2014

Nome: Gilglécia Mendes

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
A União Astronômica Internacional em sua Assembléia Geral de 24 de agosto de 2006 aprovou resolução segundo a qual um planeta é um corpo celeste que: (a) está em órbita ao redor do Sol; (b) tem forma determinada pelo equilíbrio hidrostático (arredondada) resultante do fato de que sua força de gravidade supera as forças de coesão dos materiais que o constituem; (c) é um objeto de dimensão predominante entre os objetos que se encontram em órbitas vizinhas. Dessa definição resulta que o Sistema Solar possui apenas 8 (oito) planetas conhecidos: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Plutão perdeu o status de planeta que lhe havia sido atribuído por ocasião de sua descoberta como resultado de uma errônea avaliação de suas reais dimensões, pois ele não obedece à condição (c) acima, existem outros corpos análogos ou até maiores que ele em sua órbita. Asteroides são corpos menores, com diâmetros de centenas de quilômetros ou menos, que também orbitam em torno do Sol. Já as luas têm uma característica bem específica: elas orbitam outro planeta, que por sua vez orbita o Sol.

Envio: 20/03/2014

Nome: Adriano

Cidade: Sao Luis

Resposta:
Não, Júpiter é mais denso que a água. Considerando que a densidade da água é de uma grama por centímetro cúbico, Saturno tem 0,69 g/cm3 enquanto Júpiter tem 1,33 g/cm3. A título de comparação, a Terra tem 5,52 g/cm3.

Envio: 18/03/2014

Nome: Ronaldo Monteiro Da Rocha

Cidade: Curitiba - Pr

Resposta:
Estas sondas têm massas bem conhecidas, foram lançadas numa data bem conhecida e com velocidade e direção bem conhecidas. Posteriormente elas interagiram gravitacionalmente com outros planetas para alterar a rota ou ganhar velocidade. Todas estas manobras podem ser calculadas e as posições podem ser previstas instante a instante já que se trata de mecânica clássica, aplicada à navegação espacial. As equações de movimento que descrevem as rotas e as posições destas sondas são as da dinâmica clássica: uma vez conhecido o tempo de viagem, as interações gravitacionais e as variações de velocidade, é possível prever com segurança a posição da sonda.

Envio: 17/03/2014

Nome: Maria Antonia Justiniano

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Existem grandes quantidades de água já detectadas em outros planetas e satélites do sistema solar. As calotas polares de Marte, ainda que sejam compostas principalmente por dióxido de carbono, também têm água. Os anéis de Saturno são compostos majoritariamente por água congelada. As quatro grandes luas de Júpiter: Io, Europa, Ganimedes e Calisto, tem muita água. Europa em particular tem mais água que a Terra. Quanto aos planetas em torno de outras estrelas, ainda se conhece muito pouco sobre eles, porém tudo leva a crer que sejam como os do sistema solar e devem conter muita água. Vale a pena lembrar que água é uma das moléculas mais abundantes do universo, só perde em quantidade para as moléculas de hidrogênio e hélio, portanto deve existir grande quantidade de água nos planetas e satélites em torno de todas as estrelas.

Envio: 14/03/2014

Nome: Robenil Santos

Cidade: Amargosa, Ba

Resposta:
A densidade das nuvens moleculares é muito baixa, da ordem de umas poucas centenas de átomos por centímetro cúbico. Tal densidade é muito mais alta que a do meio interestelar, que é de aproximadamente um átomo por cm3, porém em valores absolutos é muito baixa. Se o sistema solar passasse por uma dessas nuvens, nós não a veríamos nem notaríamos a sua presença, a não ser medindo variações na densidade do meio interestelar local.

Envio: 13/03/2014

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Estima-se que no cinturão principal, aquele localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, exista massa equivalente a apenas meio milésimo da massa da Terra, e a maioria desta massa está concentrada em apenas 4 asteroides: Ceres, Palas, Vesta e Hygiea. O cinturão de Kuiper, localizado além da órbita de Netuno, é muito maior, tem massa estimada em 1/10 da massa da Terra porém esta estimativa ainda é muito incerta, a massa pode ser maior que a própria massa da Terra. Estima-se que ele tenha mais de 100.000 objetos com diâmetro maior que 100 km.

Envio: 08/02/2014

Nome: Ana Cristina

Cidade: Manaus, Am

Resposta:
Porque no núcleo do sol existe produção de energia a partir de reações termonucleares: átomos de hidrogênio submetidos a altíssima pressão e temperatura da ordem de 15 milhões de graus se fundem, transformando-se em átomos de hélio. Este processo produz muita energia e esta energia é irradiada pela superfície do sol na forma da luz que chega à Terra.

Envio: 05/02/2014

Nome: Ingrid Paulino Neves

Cidade: Taquarituba/Sp

Resposta:
Todos os dias caem corpos do espaço na Terra. São pequenos objetos do Sistema Solar, normalmente com poucos milímetros ou alguns centímetros de diâmetro que se queimam totalmente ao atravessar a atmosfera e nem chegam ao chão. São os meteoros, que chamamos normalmente de "estrelas cadentes" e que podem ser observados em noites sem nuvem. Eventualmente alguns maiores sobrevivem à passagem pela atmosfera e chegam ao solo; estes remanescentes sólidos são chamados meteoritos. Eles caem porque estão se deslocando pelo sistema solar e a Terra, em sua órbita anual em torno do Sol, "colide" com eles e para nós que aqui estamos eles parecem cair. Na verdade é a Terra que vai de encontro a eles.

Envio: 03/02/2014

Nome: Jossano De Rosso Morais

Cidade: São Sepé, Rs

Resposta:
Em seus 10 anos de operação em Marte a sonda Opportunity viajou apenas 38,7 quilômetros. A Curiosity ainda não percorreu 10 km. Para ter-se uma ideia, nos últimos 2 dias ela percorreu 13,37 metros. O objetivo de ambos não é se deslocar muito mas fazer um levantamento minucioso do solo onde passam, as vezes parando por vários dias ou semanas num ponto. Como eles estão a milhares de quilômetros um do outro, jamais se encontrarão.

Envio: 17/12/2013

Nome: Luiz

Cidade: Mairiporã

Resposta:
Nāo. Há alguns anos falou-se que o asteroide Apophis poderia colidir com a Terra em 2036, porém com o aumento das informaçōes sobre esse objeto foi possível determinar sua órbita com melhor precisāo e desde janeiro de 2013 sabe-se que uma eventual colisāo deste objeto com a Terra está totalmente descartada.

Envio: 17/11/2013

Nome: Islan Victor

Cidade: Teresina

Resposta:
Na verdade isso ocorre praticamente todos os dias. Já que o Sol é o corpo mais massivo do sistema solar, ele atrai grande quantidade de objetos. Por exemplo, todos os anos vários cometas caem no Sol, e eles tem diversos elementos químicos em sua composição. Da mesma forma, pequenos asteroides caem no Sol todos os dias. O resultado disso é rigorosamente nulo para a estrutura do Sol pois a massa do mesmo é imensamente maior do que a soma das massas de todos os demais corpos do sistema solar, inclusive as dos planetas!. Ao caírem, tais corpos são imediatamente vaporizados pelo calor da fotosfera do Sol e seus elementos constituintes passam a fazer parte da composição química do mesmo.

Envio: 25/10/2013

Nome: Maradona Morais

Cidade: Apodi - Rn

Resposta:
A rotação de Vênus tem duas características singulares: em primeiro lugar, é muito lenta. Um dia de Vênus corresponde a 243 dias terrestres. Além disso, a rotação é retrógrada em relação à órbita, ou seja, o planeta gira em torno do sol num sentido enquanto gira em torno de seu próprio eixo no sentido oposto. Para o caso da Terra, tanto a rotação quanto o período orbital são num sentido único, que é o mesmo sentido da rotação do Sol. Estas características se originaram na formação do sistema solar: o disco protoplanetário de onde se formaram todos os planetas girava no mesmo sentido do Sol e a maioria dos planetas guarda essa "memória". Esta é uma propriedade física bem conhecida chamada conservação do momentum angular. Mas a rotação retrógrada de Vênus não é um caso isolado, Urano também tem essa característica. Estes efeitos se originaram de perturbações no disco protoplanetário quando o sistema solar todo estava em formação: nessa época as colisões entre corpos menores que vieram posteriormente a formar os planetas devem ter invertido o sentido de rotação de Vênus e Urano.

Envio: 23/10/2013

Nome: Luiz

Cidade: Mairiporã

Resposta:
Exato, os planetas giram em torno do Sol mais ou menos no mesmo plano, como se estivessem todos sobre uma mesma mesa. Em vista disso, as distâncias de Vênus ou Mercúrio à Terra podem variar bastante. Para Vênus, a distância à Terra varia de um mínimo de 38 milhões de quilômetros quando ambos estão do mesmo lado do Sol até um máximo de 261 milhões de km quando estão em lados opostos. No caso de Mercúrio, a distância à Terra varia entre 77 e 222 milhões de quilômetros.

Envio: 17/10/2013

Nome: Flavio Alarsa

Cidade: Santo André

Resposta:
O cometa ISON (ou Ison) atualmente está se aproximando do Sol e ficando aos poucos mais brilhante. Infelizmente as previsões de que seria extremamente brilhante até agora não se confirmaram. Ele ainda não está visível a olho nu, e mesmo com telescópios amadores é difícil vê-lo. Para tentar observá-lo, a recomendação é usar um instrumento de campo largo como um telescópio com pouco aumento ou um binóculo montado num tripé de câmera fotográfica e procurar fazer a observação a partir de um lugar sem iluminação artificial, de preferência numa noite sem Lua. A melhor época para observá-lo é no início de novembro, porém todos os cometas se movem rapidamente em relação ao fundo das estrelas, é preciso ter um mapa do céu sabendo onde o mesmo estará em cada época específica. Veja no link a seguir várias informações sobre sua magnitude e mapas do céu com sua localização mês a mês:

http://www.cdcc.usp.br/cda/eventos/2013/COMETA-ISON/index.html

Envio: 08/10/2013

Nome: Everton

Cidade: Carbonita, Mg

Resposta:
Isso é fisicamente impossível, não há um mecanismo capaz de alterar as órbitas planetárias pois elas são estáveis há bilhões de anos. Se um objeto com massa comparável à da Terra passasse por Júpiter, a grande massa do mesmo implicaria num desvio de sua órbita. Mas não há como especular sobre o que aconteceria pois isso dependeria de um grande número de variáveis.

Envio: 17/09/2013

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: São Paulo -Sp

Resposta:
A Voyager 1 está atualmente a cerca de 123 Unidades Astronômicas (UA) do Sol, ou seja, 123 vezes mais longe do Sol do que a Terra. O que foi constatado recentemente é que ela deixou a heliosfera, ou seja, a região em que as partículas emitidas pelo Sol prevalecem. Agora ela está no meio interestelar, onde a influência do Sol no meio é igual à das demais estrelas. Mas isso NÃO quer dizer que ela já tenha deixado a influência gravitacional do Sol! Como você diz, a Nuvem de Oort, de onde se originam os cometas, pode se estender até 100.000 UA e está gravitacionalmente ligada ao Sol. Na velocidade em que viaja de 3.6 UA/ano, a Voyager 1 só ultrapassará a Nuvem de Oort depois de cerca de 28.000 anos de viagem.

Envio: 02/09/2013

Nome: Luiz

Cidade: Mairiporã

Resposta:
As estrelas, não importa o quão brilhantes sejam, sempre são percebidas como um ponto luminoso devido a suas grandes distâncias. Já os planetas visíveis a olho nu são angularmente maiores, ou seja, vistos com um pequeno telescópio eles não parecem pontos e sim "discos". Em vista disso, sua luminosidade aparente é menos sensível à turbulência da atmosfera da Terra e "oscila" menos. Ainda assim, esta luminosidade não está imune às turbulências da atmosfera! É comum vermos um planeta como Vênus, Marte, Júpiter ou Saturno com luminosidade irregular. Isso é consequência da turbulência da atmosfera da Terra na hora e local em que o planeta está sendo observado. Vênus em particular sempre está perto do Sol e em consequência disso sempre vemos ele próximo ao horizonte, onde a turbulência é mais aparente, por isso é comum vermos o mesmo oscilar em brilho.

Envio: 01/08/2013

Nome: Luiz

Cidade: Mairiporã

Resposta:
Urano foi descoberto em 1781 por William Herschel. Ele é fracamente visível mesmo a olho nu, porém como seu movimento próprio entre as estrelas é muito pequeno, sua identificação como um objeto do sistema solar levou tempo. Quase um século antes de Herschel ele já havia sido observado por John Flamsteed, que o catalogou como uma estrela. Herschel por sua vez inicialmente o descreveu como um cometa e só depois de aproximadamente dois anos de observação o mesmo foi confirmado como um planeta.
<p>
Já Netuno foi descoberto porque as posições previstas para Urano não coincidiam com as posições medidas. Aplicando a lei da gravitação de Newton foi possível estimar que existia um outro corpo cuja massa influía na sua órbita. Em 1846 o astrônomo francês Urbain Le Verrier, um especialista em mecânica celeste, fez os cálculos que previam a posição deste novo planeta em coordenadas bem definidas. Estes resultados levaram à identificação de um novo planeta exterior a Urano, que recebeu o nome de Netuno.

Envio: 30/06/2013

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Asteroides são corpos pequenos que orbitem o Sol, eles têm diâmetros que podem ir de metros até centenas de quilômetros e são compostos de rochas e metais. Os cometas também são corpos relativamente pequenos que orbitam o Sol, porém eles são compostos por materiais bem mais voláteis, tipicamente água e impurezas como óxidos e silicatos. Quando se aproximam do Sol os cometas se caracterizam por apresentar uma "coma" ou cabeleira produzida pela sublimação do material do núcleo induzida pela radiação solar, e frequentemente exibem uma cauda do mesmo material.

Envio: 24/05/2013

Nome: José Henrique

Cidade: Goiânia

Resposta:
Não existem planetas que estejam permanentemente ocultos atrás do Sol. Se eles existissem, seria possível detectar a sua presença pela influência gravitacional dos mesmos sobre os planetas conhecidos. Foi através da influência de corpos então desconhecidos sobre as órbitas de Júpiter e Saturno que os planetas Urano e Netuno foram descobertos. Se um planeta assim existisse, seria relativamente fácil detectá-lo, mesmo sem vê-lo diretamente. Além disso, nunca é demais lembrar que já enviamos sondas automáticas que foram muito mais longe que a órbita da Terra, a sonda Cassini por exemplo foi até Saturno. E a nave Voyager fez imagens do sistema solar interior quando estava além da órbita de Saturno, sem detectar corpos adicionais aos que já eram conhecidos. Onde provavelmente existem corpos ainda desconhecidos é no chamado Cinturão de Kuiper, ou Cinturão Transnetuniano. Nesta região encontram-se os planetas-anões como Plutão, Eris, Sedna e outros; talvez aí ainda existam outros corpos do porte dos planetas anões a ser descobertos.

Envio: 22/05/2013

Nome: Julio Ataliba

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Os planetas se movem em torno do Sol em órbitas levemente elípticas, quase circulares. Por séculos, durante toda a antiguidade clássica, a idade média e o início da idade moderna, discutiu-se a natureza das órbitas planetárias, se orbitavam o Sol ou a Terra, e ainda se eram círculos perfeitos ou não. A resposta definitiva foi dada por Johann Kepler no início do século 17. Ele demonstrou, apenas através do mapeamento cuidadoso da posição dos planetas no céu ao longo de décadas e do uso meticuloso de geometria, que os planetas se movimentam de acordo com leis precisas. Estas leis são hoje chamadas "Leis e Kepler" e foram posteriormente demonstradas dentro da mecânica clássica por Isaac Newton.

Envio: 16/05/2013

Nome: Tatiana Yurie Kanashiro Ishikawa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Até hoje, a maior distância da Terra atingida por um astronauta foi a Lua, que está "apenas" a 380 mil quilômetros de nós. Isto ocorreu entre 1969 e 1972, época em que o Projeto Apollo estava em execução pelo governo dos Estados Unidos. Depois de dezembro de 1972 os voos tripulados se limitaram à órbita da Terra.

Envio: 28/03/2013

Nome: Camila Lopes Nascimento

Cidade: São Bernardo Do Campo, Sp

Resposta:
Os anéis dos planetas gigantes gasosos são compostos por partículas que têm tipicamente de 1 centímetro a 10 metros de diâmetro. Essas partículas são compostas basicamente por gelo, mais de 99% de sua composição é água. O resto são impurezas como óxidos e silicatos.

Envio: 27/03/2013

Nome: Érico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
A existência de Nêmesis é apenas uma hipótese. Ela se baseia na evidência, alegada por alguns especialistas, de que existe uma periodicidade nos eventos de extinção. E estes eventos seriam desencadeados pela passagem próxima ao Sistema Solar interno de uma estrela anã vermelha ligada gravitacionalmente ao Sol. Esta hipótese tem defensores e adversários, existem argumentos para os dois lados e ainda está longe de ser uma certeza.

Envio: 27/03/2013

Nome: Mauro Nemirovsky De Siqueira

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não existe nenhuma conexão provada entre o evento de Tunguska e os dois eventos ocorridos na Russia em fevereiro último. Isto por uma razão simples: não se conhece o precursor daquele evento e os dois eventos deste ano foram causados por asteróides cuja órbita pode ser determinada. Existiu uma especulação de que poderia haver uma conexão entre o evento de Tunguska e o asteróide 2005NB56, que passou próximo à Terra em 27 de junho de 1908, apenas 3 dias antes do evento, porém nada foi provado.

Envio: 19/03/2013

Nome: Jonny

Cidade: Embu

Resposta:
Plutão foi reclassificado como "planeta-anão" em 2006 quando a União Astronômica Internacional redefiniu o conceito de planeta. Isto ocorreu porque diversos corpos semelhantes a ele foram descobertos no Cinturão de Kuiper, um disco de objetos existente além da órbita de Netuno. Com esta descoberta ficou claro que Plutão não era um planeta como os demais e sim um objeto de natureza diferente. Veja no link abaixo um texto bem explicativo sobre a nova definição de planeta e o caso de Plutão: http://www.astro.iag.usp.br/~dinamica/iau-planeta.html

Envio: 09/03/2013

Nome: Érico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
O planetóide Haumea foi descoberto em 2004 e já teve sua órbita calculada. Ele é um objeto típico do cinturão de Kuiper, o cinturão externo do Sistema Solar localizado além da órbita de Netuno, e tem órbita elíptica bem elongada em tudo análoga às dos demais planetas anões já descobertos naquela região como Plutão, Eris, Sedna ou Makemake. No caso de Haumea, seu afélio (ponto mais distante do Sol) é de 51 unidades astronômicas (UA) e seu periélio de 35 UA. Uma UA é, por definição, a distância média Terra - Sol e equivale a cerca de 150 milhões de quilômetros. Em outras palavras, ele está sempre mais distante da Terra do que está Netuno. A grande distância que separa Haumea e os demais planetas anões dos planetas gigantes gasosos descarta qualquer possibilidade de interação gravitacional que venha a perturbar suas órbitas, movendo-os para o sistema solar interno. Como curiosidade, Haumea tem dois pequenos satélites que foram batizados de Hiiaka e Namaka.

Envio: 07/03/2013

Nome: Edson Dalla Vecchia

Cidade: São Paulo

Resposta:
Klepler só obteve sucesso na formulação das três leis empíricas para o movimento planetário porque dispunha de mais de 20 anos de observações minuciosas das posições dos planetas no céu, em particular de Marte, feitas pelo seu mestre, Tycho Brahe. Em princípio é possivel sim repetir este procedimento mas é um trabalho extremamente longo. A demonstração de que as órbitas planetárias são elipses e não círculos foi feita assim: exatamente a cada período orbital de Marte, ou seja, a cada 687 dias terrestres, são calculados os ângulos internos do triângulo formado por Marte, Sol e Terra; esta medida é feita repetidas vezes em "anos" marcianos sucessivos. Como a medida é feita sempre com Marte na mesma posição de sua órbita, a distância Sol-Marte é constante. Através da solução deste triângulo em anos marcianos consecutivos, demonstra-se que a distância Sol-Terra varia ao longo da órbita terrestre e a melhor aproximação para esta órbita é uma elipse. A demonstração pode ser encontrada em detalhes no livro "Conceitos de Astronomia" de R. Boczko (Editora Edgard Blücher, 1984), disponível na biblioteca do IAG/USP.

Envio: 22/02/2013

Nome: Clube De Astronomia Carl Sagan

Cidade: Campo Grande, Ms

Resposta:
Segundo a União Astronômica Internacional, que é o órgão responsável pela definição de todos os termos ligados à astronomia, a diferença fundamental é o tamanho. Meteoróides são corpos que se movem no meio interplanetário e têm tamanho "consideravelmente maior que um átomo porém consideravelmente menor que um asteróide". Na prática, objetos que têm menos que 10 metros são chamados de meteoróides e maiores que isso, de asteróides. As composições químicas de ambos são análogas: eles são compostos de materiais rochosos e/ou ferrosos. Deve-se notar que os asteróides podem ser muito grandes, com dimensões de dezenas ou mesmo de centenas de quilômetros. Já o termo "meteoro" não se refere a um corpo mas sim à luminosidade produzida pela passagem de um corpo na atmosfera. Se um corpo não queima totalmente na passagem pela atmosfera e parte dele chega no solo, esse remanescente é chamado "meteorito".

Envio: 08/02/2013

Nome: Érico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Os chamados planetas gasosos possuem núcleo rochoso sim. Porém esses núcleos são apenas frações pequenas do volume total de cada um. No caso de Júpiter, os primeiros 20% de seu raio correspondem ao núcleo de material sólido (rochas e metais a alta pressão).

Envio: 30/01/2013

Nome: Thiago Graça

Cidade: São Paulo

Resposta:
Assim como a Terra, os demais planetas giram em torno do Sol. Em consequência disso, as distâncias entre os mesmos e a Terra podem variar bastante; se ambos estão do mesmo lado do Sol a distância é menor, ou se estão em lados opostos, é maior. Tomemos o exemplo de Marte por exemplo: a distância mínima entre o mesmo e a Terra é de aproximadamente 57 milhões de quilômetros e a distância máxima, quando ambos estão em lados opostos do Sol, é de aproximadamente 225 milhões de quilômetros.

Caso você deseje saber a distância dos planetas ao Sol, consulte a tabela deste link:
http://astro.if.ufrgs.br/ssolar.htm

Envio: 22/01/2013

Nome: Lívia Grausstroy

Cidade: Umuarama-Pr

Resposta:
Plutão é um planeta anão, bem menor que os demais planetas. Ele tem atualmente 5 luas conhecidas: Caronte, Nyx, Hydra e outras duas que não tem nome, são catalogadas como S/2011 P1 e S/2012 P1.

O grande número de luas para um corpo tão pequeno deve-se a que ele está no chamado Cinturão de Kuiper, também chamado de Cinturão Transnetuniano já que está além da órbita de Netuno. Trata-se de um cinturão de objetos análogo ao cinturão de asteróides existente entre Marte e Júpiter e provavelmente existe uma dupla explicação para a origem das luas: as maiores devem ter se originado da colisão de um corpo com Plutão ainda nas fases iniciais de formação do sistema planetário, exatamente como a Lua da Terra foi formada. Outros corpos menores devem ser objetos capturados oriundos do Cinturão de Kuiper.

Envio: 26/12/2012

Nome: Pamella

Cidade: São Paulo

Resposta:
O tempo de vida de uma estrela é inversamente proporcional à sua massa: quanto maior ela é, menor é o seu tempo de vida. O Sol já existe há cerca de 4,6 bilhões de anos e continuará a existir por cerca de 5,5 bilhões de anos mais. Estrelas como ele tem ciclo evolutivo de aproximadamente 10 bilhões de anos.

Envio: 04/11/2012

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: ??

Resposta:
Olá,

Mitos catastrofistas surgem de maneira recorrente na imprensa ou, em épocas mais atuais, na internet. Por ocasião dum belo alinhamento de planetas ocorrido em maio de 2000 falava-se a mesma coisa: que iria provocar catástrofes em todo o planeta e que os governos saberiam e estariam escondendo para evitar pânico. Um cálculo simples das forças de maré envolvidas no problema demonstrava com clareza que não existia risco algum, mas algumas
pessoas preferiam acreditar no pior.

Com relação a Nibiru/Hercólubus é o mesmo. Tal astro simplesmente não existe! Se ele existisse e fosse se aproximar da Terra em menos de um ano, seria impossível escondê-lo, qualquer astrônomo amador no quintal de casa poderia localizá-lo pois ele estaria visível a olho nu.

Os movimentos dos planetas em torno do Sol são conhecidos há séculos e totalmente previsíveis. Um corpo adicional teria um efeito gravitacional importante sobre os demais e seria muito fácil identificá-lo. Mais ainda: um corpo que se aproximasse da Terra a ponto de exercer atração gravitacional sobre ela teria que ter o tamanho de um planeta! E se tal corpo existisse ele já seria visível a olho nu, não poderia ser escondido.

Em resumo: tudo, rigorosamente TUDO o que se fala desse objeto é mera fantasia.

Envio: 28/01/2024

Nome: Sofia Rodrigues De Mendonça

Cidade: Rio Verde

Resposta:
Atualmente os mapeamentos do céu são feitos por levantamentos fotográficos automáticos, usando técnicas de varredura que cobrem grandes áreas do céu com altíssima sensibilidade. Esses levantamentos descobrem literalmente milhões de galáxias simultaneamente, não existem mais galáxias descobertas individualmente.

Envio: 06/12/2023

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Cerca de 60% das galáxias têm formato espiral, outros 15% são elípticas e cerca de 25% têm formato irregular. A origem da estrutura espiral tem sido tema de debate e pesquisas por muitas décadas. Atualmente entende-se que existem duas causas principais para a formação de uma estrutura espiral, causas essas que não são mutualmente excludentes, podendo ocorrer simultaneamente:
1- o modelo das ondas de densidade: essas ondas são formadas por assimetrias na distribuição de gás e estrelas no plano do disco. Como o disco gira, as interações gravitacionais na distribuição assimétrica de matéria do mesmo provocam ondas de densidade que tendem a formar estruturas espirais, como é demonstrado por simulações baseadas na mecânica celeste;
2- o modelo da formação estelar auto-propagante estocástica. Este modelo sugere que a formação estelar propague-se num disco galáctico através do meio interestelar, por ação de ondas de choque desencadeadas por explosões de supernovas ou ventos estelares. E nos discos galácticos que estão em rotação (como é o caso da maioria deles), essa propagação induz a formação de braços espirais.

Envio: 11/09/2023

Nome: José Maqngolini Neves

Cidade: Pitangueiras Asp

Resposta:
O Sol está realmente numa galáxia espiral, a Via Láctea. Nossa galáxia tem dois grandes braços, que têm o nome de Braço do Centauro (mais próximo do centro galáctico que o Sol) e Braço de Perseu (mais externo). A posição precisa do Sol é num braço secundário chamado Braço de Órion, que fica entre os dois braços principais. E como se sabe tudo isso? Não é por fotografias! O mapeamento da forma de nossa galáxia é feito por radiotelescópios: os braços possuem grandes quantidades de nuvens de hidrogênio que podem ser detectadas com precisão em termos da localização no céu e da distância até nós usando através de técnicas de radioastronomia. A imagem neste link (o texto está em inglês) foi construída a partir de dados obtidos por radiotelescópios e mostra claramente a posição do Sol: https://www.syfy.com/syfy-wire/where-is-the-sun-located-in-the-milky-way

Envio: 04/08/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A analogia melhor não é um fundo de garrafa mas sim um recipiente esférico, daqueles chamados de "balões" em laboratórios de química. Se um frasco assim for cheio de água, olhando através dele você verá uma ampliação, pois ele funcionará como uma lente esférica. Da mesma forma, uma concentração de massa muito grande, como um aglomerado de galáxias por exemplo, deformará localmente o espaço-tempo, de forma que raios de luz divergentes vindo de uma fonte atrás ele serão concentrados, provocando assim o efeito de ampliação. A matéria do link a seguir (em inglês) tem boas imagens e ilustrações que ajudam a compreender o problema:
https://earthsky.org/space/what-is-gravitational-lensing-einstein-ring/

Envio: 16/06/2023

Nome: Claudinier

Cidade: Praia Grande

Resposta:
O chamado "Grande Atrator" foi descoberto a partir dos movimentos das galáxias próximas da Via Láctea. Atualmente acredita-se que ele seja o centro de massa do superaglomerado Laniakea, que contém aproximadamente 100.000 galáxias. Ele está localizado entre 200 e 250 milhões de anos-luz de nós, porém é de difícil visualização já que está aproximadamente na direção do plano da nossa própria galáxia, cujas nuvens de poeira e gás impedem muito da observação de objetos extragalácticos. Não se trata de modo algum de uma anomalia, no sentido de ser algo inexplicável em termos da teoria da gravitação, trata-se de uma grande concentração de massa, porém de difícil visualização e análise devido à sua posição.

Envio: 09/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A curvatura da trajetória dos raios luminosos existe sim, é uma propriedade do espaço prevista pela Relatividade Geral e já demonstrada várias vezes. Mas essa curvatura só é perceptível caso a trajetória da luz passe muito próxima de uma grande massa, como a de uma galáxia ou de um aglomerado de galáxias. Mas para o efeito ocorrer, essa proximidade deve ser muito grande, de uns poucos minutos de arco no máximo. É este efeito que provoca as "lentes gravitacionais" que são amplificadores naturais da luz de galáxias muito distantes, que estão "atrás" de outras galáxias massivas em relação à nossa linha de visada. Por outro lado, caso não existem galáxias muito próximas do caminho do feixe de luz, não existe desvio a ser notado.

Envio: 21/04/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A classificação mais usada para as galáxias é a morfológica, na qual elas são divididas em quatro tipos principais: espirais, lenticulares, elípticas e irregulares. Essa classificação também chamada de Classificação de Hubble, Além dela, existe também a classificação de luminosidade, que vale dentro do tipo morfológico das espirais. Neste esquema os tipos de galáxia são representados pelos números romanos I, II, III, IV, V, o tipo I corresponde às mais luminosas e o tipo V às mais fracas. Assim, as espirais por exemplo são classificadas em classes de luminosidade de I a V e a Via Láctea é do tipo I ou II, nossa posição imersa em seu disco impede uma classificação precisa.

Envio: 02/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Não necessariamente. As estrelas mais próximas certamente são do braço de Órion, o mesmo em que está o Sol, mas diversos objetos muito mais distantes são visíveis a olho nu e pertencem a outras estruturas da nossa galáxia. O aglomerado globular Omega Centauri por exemplo, que pode ser visto próximo ao Cruzeiro do Sul, é um objeto de fora do disco galáctico, localizado no halo da Via Láctea. O bojo galáctico é outro bom exemplo: é uma estrutura muito grande que, visto a olho nu, tem a forma dum disco difuso na direção das constelações de Sagitário e Capricórnio. Ele na verdade é um esferoide situado no centro de nossa galáxia, a mais de 20.000 anos-luz do Sol, muito distante do braço de Órion.

Envio: 01/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Em princípio a grande maioria das galáxias se formaria como tipo disco, pois o momentum angular da protogaláxia, ou seja, a rotação de seu material, leva à formação de um disco achatado e uma galáxia espiral se forma. Porém, se as nuvens primordiais que irão constituir a galáxia tiverem momentum angular muito pequeno, protodiscos em formação se chocam em diversos sentidos diferentes até se fundir num único objeto. Assim, a não ser no caso improvável de todos estes protodiscos serem coplanares, as colisões que ocorrem em diversas direções resultam na formação de um objeto esferoidal sem disco rotante, ou seja, uma galáxia elíptica. Vale notar que os modelos de formação de galáxias são muito complexos e dependem de múltiplos fatores, este é um tema de pesquisa ainda em aberto.

Envio: 02/02/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
O papel dos buracos negros supermassivos na evolução inicial das galáxias ainda é tema de discussão. Pesquisas recentes indicam que buracos negros supermassivos "ativos", ou seja, em galáxias tipo Seyfert ou em quasares, contribuem para ejetar gás de suas galáxias hospedeiras, desta forma diminuindo ou mesmo parando a formação estelar nas mesmas já que é deste gás que as estrelas se formam, porém este ainda é um tema em aberto. Os buracos negros supermassivos não-ativos, por outro lado, não contribuem para a formação estelar, mas também não a impedem. De modo geral, nas galáxias elípticas não existe formação estelar porque falta nas mesmas a matéria-prima de onde as estrelas se formam. Elas se formam a partir de nuvens moleculares de gás e poeira e as mesmas não existem nas galáxias elípticas, ou então existem em pouquíssimas quantidades. A discussão está em entender-se como os buracos negros contribuem para o aumento ou diminuição deste reservatório de material.

Envio: 14/01/2023

Nome: Jarbas Oliveira Nobrega

Cidade: Pindamonhangaba

Resposta:
A descoberta da forma da Via Láctea e a posição do Sol dentro dela foram descobertas feitas lentamente, ao longo de muito tempo. O primeiro trabalho sobre a forma da nossa galáxia foi feito por William Herschel no início do século 19, foi ele que descobriu que a distribuição das estrelas no céu não é esférica e sim achatada. Mas apenas no século 20 as dimensões precisas da nossa galáxia foram determinadas. Não existe um nome específico para esta descoberta, ela foi feita através do trabalho conjunto de muitos astrônomos. Foi o uso da radioastronomia, a partir da metade do século 20, que permitiu mapear com boa precisão a posição e a distância dos braços espirais de nossa galáxia e a posição do Sol em relação ao centro e aos braços da mesma.

Envio: 26/09/2022

Nome: Luca Almeida

Cidade: Bady Bassitt

Resposta:
O que essas galáxias têm de diferente das galáxias comuns é que contam com pouquíssimo gás entre as estrelas e é este gás que é o responsável pela formação de novas estrelas. Sendo assim, as chamadas "galáxias ultra-difusas" praticamente não formam estrelas, as que estão lá são estrelas de baixa massa, e portanto pouco luminosas, formadas há muito tempo. Por esta razão elas têm luminosidade superficial (o brilho por unidade de área do céu) muito baixa.

Envio: 15/10/2021

Nome: Clau Stucki

Cidade: Rib.preto

Resposta:
Estrelas que orbitam outras estrelas são os sistemas duplos ou múltiplos. Nossa estrela, o Sol, é uma estrela isolada, ele não pertence a um sistema duplo ou múltiplo. Assim como todas as demais estrelas de nossa galáxia, a Via Láctea, o Sol descreve órbitas em torno do centro da galáxia, dando uma volta a cada 230-240 milhões de anos aproximadamente. Quanto à nossa galáxia, ela pertence a um aglomerado de aproximadamente 50 galáxias, chamado por razões óbvias de Grupo Local, e este aglomerado por sua vez pertence a um superaglomerado, ou seja, um grupo de aglomerados de galáxias, que é chamado Superaglomerado Local. O mesmo abrange cerca de 100 aglomerados e tem cerca de 47.000 galáxias no total.

Envio: 27/07/2021

Nome: Erik José De Santana

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
Nada no universo é estático. Nossa galáxia pertence a um aglomerado de galáxias chamado Grupo Local, que tem cerca de 30 galáxias. Este grupo como um todo se move em relação ao aglomerado galáxias de Virgo, que tem cerca de 1300 galáxias. E esses grupos todos pertencem ao Superaglomerado Local, que tem cerca de 100 aglomerados. E nem mesmo nosso superaglomerado é estático, ele se move em relação aos outros superaglomerados do universo.

Envio: 13/07/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Não são todos os tipos de nebulosas que formam estrelas. Isso NÃO ocorre, por exemplo, nas nebulosas planetárias, que são ejetadas por estrelas no final de sua evolução, nem nas nebulosas resultantes das explosões de supernovas, como é o caso da Nebulosa do Caranguejo. Nas nebulosas das quais se formam estrelas como a Nebulosa de Órion, o processo de formação estelar inicia com algum tipo de perturbação da nuvem que provoque algum processo de compressão. Essas perturbações podem ser de várias naturezas, tais como uma onda de choque provocada por uma explosão de nova ou supernova ou a passagem de uma estrela nas vizinhanças da nuvem que provoque algum arrasto gravitacional. Uma vez que um processo de compressão assim começa, ele não se detém mais e a gravidade continua o serviço: um segmento da nuvem começa a colapsar e uma protoestrela irá se formar.

Envio: 03/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Buracos negros supermassivos existem apenas no centro das galáxias de tamanho médio ou grande. No centro de nossa galáxia, a Via Láctea, tem um com massa equivalente a 3,3 milhões de vezes a do Sol. O mecanismo de formação destes objetos ainda não é bem conhecido. Em linhas gerais, sabe-se que eles devem se formar logo no início da formação das galáxias, por um processo de colisão de buracos negros menores. Estes por sua vez são originados pela rápida evolução das estrelas de massa muito alta que se formam logo no início da existência das galáxias. Tais estrelas têm altíssima massa e tempo de existência muito curto, da ordem do milhão de anos ou menos, resultando em buracos negros. Estima-se que alguns milhares de buracos negros dessa natureza sejam a "semente" dos buracos negros supermassivos, mas essa ainda é apenas uma hipótese. São necessários mais resultados e mais modelos para chegar-se a uma conclusão definitiva sobre estes objetos, que podem ter massa de mais de um bilhão de vezes a do Sol.

Envio: 03/03/2021

Nome: Daniela

Cidade: Erechim

Resposta:
Sim, Andrômeda está se aproximando da Via Láctea. As duas galáxias deverão se encontrar em aproximadamente 4 bilhões de anos. Mas isso não quer dizer que as estrelas das duas galáxias irão colidir umas com as outras, as duas estruturas irão se acomodar em termos gravitacionais e uma nova galáxia, combinação das duas anteriores, será o resultado final. O processo é análogo a dois bandos de aves que se encontram no céu: as aves não colidem umas com as outras e os dois bandos se unem, formando um só. Este processo de fusão de duas galáxias é muito lento, ele deve se iniciar em cerca de 4 bilhões de anos, mas leva vários bilhões para haver a acomodação final. A Terra não existirá até lá, pois em 4 bilhões de anos o Sol já estará se transformando em uma estrela de tipo gigante e nosso planeta terá desaparecido. Um observador na Via Láctea veria a outra galáxia como uma estrutura grande e brilhante no céu. Quando a galáxia estivesse próxima, seria possível ver a estrutura dos braços espirais em detalhe.

Envio: 12/02/2021

Nome: Pedro

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
É equivocado achar que buracos negros são "ralos universais" que engolem tudo. Se fosse assim, o universo não existiria mais. Existem muitos buracos negros na Via Láctea que são resultantes da evolução das estrelas de grande massa, eles têm tipicamente 3 a 10 vezes a massa do Sol e portanto têm pouca influência gravitacional, a não ser em sua vizinhança muito próxima e não têm nenhuma influência na existência de nossa galáxia. Além destes, existe um grande buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia, com 3,3 milhões de vezes a massa do Sol. Apesar do número parecer impressionante, essa massa é insignificante em relação à massa total da Via Láctea, que é de aproximadamente um trilhão de vezes a massa do Sol, e o buraco negro central também não tem influência na existência da galáxia.

Envio: 05/02/2021

Nome: Auriane Miranda

Cidade: Trairi-Ce

Resposta:
Não, não são todas. Ainda não existe uma estatística clara que informe qual a fração das galáxias que têm tais objetos. Sabe-se que eles são comuns nas galáxias espirais de tamanho normal como a nossa, a Via Láctea, e também nas galáxias gigantes. Eles existem em todas as chamadas "galáxias de núcleo ativo", pois o que se chama de núcleo ativo é exatamente a emissão de radiação de alta energia gerada no entorno dos buracos negros supermassivos. Por outro lado, galáxias pequenas como as Nuvens de Magalhães, que são duas galáxias-satélite da nossa, não têm tais objetos. Aparentemente, entre as galáxias anãs, que são uma fração grande do número total de galáxias, não existem BN supermassivos ou eles são muito raros. Deve-se notar também que os BN supermassivos são de natureza totalmente diferente dos BN estelares, resultantes da evolução das estrelas de grande massa. Os supermassivos são resultantes da formação das galáxias, e portanto são tão antigos quanto elas.

Envio: 07/01/2021

Nome: Donizetti Eliel

Cidade: Campinas

Resposta:
A galáxia anã do Cão Maior é uma pequena galáxia esferoidal que está em processo de ser capturada pela Via Láctea. Ela está de fato bem próxima da nossa, a cerca de 25.000 anos-luz do Sol e a 42.000 anos-luz do centro da Via Láctea, mas está acima do plano do disco e não imerso nele. Esse objeto é tão pequeno que existem discussões na literatura questionando a natureza da mesma, existem alguns astrônomos que acreditam que não se trata de outra galáxia mas sim de uma região de sobredensidade de nossa própria galáxia.

Envio: 05/01/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Não, porque as estrelas da vizinhança solar também estão girando em torno do centro galáctico com velocidades orbitais comparáveis. Seria como estar sentado no banco dum carrossel girando a uma certa velocidade e querer que seu banco alcance o banco da frente.

Envio: 01/01/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Como todas as galáxias, a nossa foi criada no primeiro bilhão de anos após o Big Bang, quando o universo era muito menor em tamanho. Sendo assim, não dá para estimar deslocamentos como você pergunta, simplesmente porque as distâncias eram diferentes, em consequência disso as forças gravitacionais envolvidas também eram diferentes e portanto os movimentos relativos das galáxias também eram diferentes. Sua questão sobre o Grupo Local também tem resposta análoga: o chamado "universo local" sempre foi assim, porém o "sempre" tem que ser entendido como os últimos bilhões de anos.

Envio: 20/11/2020

Nome: Adolfo Larson O. Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
M74 é de fato uma galáxia Sc quase vista de face. As determinações mais recentes da massa estelar são baseadas em observações no Infravermelho. Estas medidas dependem de várias hipóteses (por exemplo, razão massa/luminosidade e absorção pelo poeira) e diferentes pesquisadores usam hipóteses diferentes. Por outro lado, a massa média das estrelas em uma galáxia não é necessariamente a mesma que a massa média na vizinhança solar. Combinando todas as incertezas, não é incomum ver estimativas de número de estrelas terem uma diferença de um fator 2. Possivelmente, a estimativa de 100 bilhões de estrelas é um limite superior e a estimativa de 50 bilhões pode ser mais razoável. Para uma análise mais aprofundada, seria necessário estudar os artigos onde estes valores foram publicados.

Envio: 03/06/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
A massa luminosa de uma galáxia é calculada a partir da chamada "relação massa-luminosidade". Essa é uma propriedade das estrelas, sabe-se que para produzir uma certa luminosidade, uma estrela deve ter uma determinada massa. Então medindo-se a luminosidade total de uma galáxia é possível estimar a massa de estrelas (ou seja, a massa luminosa) que produz aquela luminosidade. Deve-se notar que estamos aqui falando de "luminosidade", ou seja, do brilho intrínseco, tanto das estrelas como das galáxias. Não estamos falando do brilho aparente, que depende da distância.

Envio: 03/06/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
É possível observar galáxias jovens no universo distante, pois o limite da velocidade da luz faz com que observemos todas as galáxias muito distantes ainda muito jovens. Mas quando falamos do universo local, ou seja, na região do entorno da Via Láctea, dentro de distâncias relativamente pequenas em relação ao tamanho do universo observável, galáxias jovens são extremamente raras e mesmo assim suas pequenas idades são questionáveis. Alguns exemplos são DDO 68 (ou UGC 5340), cuja idade estimada está entre 200 e 900 milhões de anos, e I Zwicky 18, cuja idade estimada está entre 500 milhões e um bilhão de anos. Mas nos dois casos, essas idades pequenas não são unanimidade entre os astrônomos, há quem conteste que os dois sistemas sejam tão jovens assim. Ainda faltam dados observacionais para garantir a validade destes resultados.

Envio: 02/06/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
As galáxias vão crescendo aos poucos, por fusões, ao longo da história do universo. No caso das espirais, este crescimento por acréscimo de massa tem que ser relativamente lento, senão o disco estelar é destruído é a galáxia deixa de ser uma espiral. Assim sendo, dada a idade do universo e a taxa de fusões possíveis para manter uma galáxia espiral sem destruí-la, não se espera mesmo que existam galáxias espirais muito maiores do que a Via Láctea, por exemplo. As muito grandes são exceções. Outro ponto importante: a propriedade que melhor define uma galáxia é a massa e não o tamanho. Quando falamos de diâmetro de uma galáxia, estamos geralmente falando do disco estelar e o que conta é a massa.

Envio: 20/04/2020

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
Quasares fazer parte da família dos "núcleos galácticos ativos", junto com as galáxias Seyfert e as radiogaláxias. Eles são buracos negros supermassivos que estão "engolindo" matéria e a energia emitida por eles não vem da singularidade em si mas sim do disco de matéria turbilhonando em alta velocidade no seu entorno. São estes discos que produzem a grande quantidade de energia emitida por estes objetos. O buraco negro supermassivo que existe no centro da Via Láctea não é um quasar, mas estima-se que deve ter sido um nos estágios iniciais de formação da galáxia, quando havia grande quantidade de matéria na sua vizinhança. Como tal matéria já foi absorvida pelo buraco negro, o núcleo ativo "apagou", restando apenas o burago negro supermassivo.

Envio: 13/04/2020

Nome: Felipe Eduardo Barros

Cidade: Campos Dos Goytacazes, Rj

Resposta:
A faixa leitosa que vemos no céu noturno não é um braço único de nossa galáxia. Como o sistema solar está imerso no plano do disco, vemos ele sempre de perfil, o que "mistura" os braços em nossa linha de visada, alguns estão mais próximos e outros mais longe, mas na mesma direção. Além disso, dependendo da época do ano diferentes braços estão acima do horizonte e são visíveis durante a noite. A região do centro da Via Láctea por exemplo, corresponde ao braço de Sagitário e é visível na metade do ano.

Envio: 13/02/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
O tipo de estrelas, as chamadas populações estelares, de uma galáxia Sa (bojo grande) e uma Sc (formação estelar bem ativa) não são tão parecidas, por isso a resposta não é simples nem única. Se esse brilho estiver sendo medido no azul, a Sc vai parecer mais brilhante por conta das regiões de formação estelar ativas, mas se olharmos no infravermelho aí a luminosidade estelar é proporcional à massa em estrelas e essa vantagem da Sc desaparece. Quanto à questão do "tamanho igual", como a Sa tem um bojo grande, ou seja luz mais concentrada, isso indica que, dadas um Sa e um Sc de mesmo amanho, a Sa deve ser mais brilhante.

Envio: 02/02/2020

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Depende do que você entende por "estar ao alcance". Devido à grande distância que está de nós, cerca de 27.000 anos-luz, não existe nem existirá nenhuma influência do mesmo na evolução do Sol, da Terra ou do sistema solar como um todo. Por outro lado, como a força da gravidade tem alcance infinito, a massa deste buraco negro supermassivo é parte da massa do centro de nossa galáxia e dessa forma ajuda a determinar a órbita do sistema solar em torno do centro galáctico.

Envio: 24/01/2020

Nome: Marcos

Cidade: São José Do Rio Preto

Resposta:
Os neutrinos de alta energia detectados pelo detector Ice Cube no polo sul não vêm de um núcleo estelar como o de Betelgeuse. O tipo de aceleração medido nessas partículas só acontece nos chamados núcleos galácticos ativos, ou seja, no entorno de um buraco negro supermassivo que está em sua fase ativa. Esses objetos ejetam matéria em jatos altamente colimados e nesse caso o jato deve estar apontado diretamente para nós, por isso os neutrinos chegaram até nós com altíssima energia. Em vista disso, concluiu-se que esses neutrinos vêm de fora da nossa galáxia, do objeto TXS 0506+056, situado a cerca de 5,7 bilhões de anos-luz de distância.

Envio: 12/01/2020

Nome: Kim

Cidade: São Paulo

Resposta:
Os buracos negros supermassivos existem no centro de grande parte das galáxias e resultam do processo de formação das mesmas. É importante notar que todos os quasares estão a bilhões de anos-luz de distância, o que indica que são objetos antigos, que existiam em fases primitivas da existência das galáxias. Enquanto esses buracos negros estão consumindo os objetos que existem seu entorno, este processo produz uma grande quantidade de energia e eles são denominados "quasares". Quanto o material do entorno dos mesmos se esgota, o buraco negro torna-se inativo e o quasar deixa de existir, restando apenas o buraco negro supermassivo.

Envio: 12/01/2020

Nome: Kim

Cidade: São Paulo

Resposta:
Quasares e blasares são os chamados "núcleos ativos de galáxias", que se constituem por buracos negros supermassivos que emitem grande quantidade de energia enquanto "engolem" a matéria que existe em seu entorno. Este processo produz intensos feixes de radiação sempre na direção perpendicular ao plano da galáxia hospedeira. Caso esse feixe aponte para a nossa direção, o objeto é chamado "blasar", apenas porque a luz emitida nesse caso tem característica bem distinta do caso em que não vemos tal feixe. Portanto fisicamente blasares e quasares são o mesmo tipo de objeto.

Envio: 15/12/2019

Nome: Shiroem

Cidade: Reinbek

Resposta:
Sim, é possível obter a composição química das galáxias de modo análogo ao que é feito com estrelas ou planetas. E, de fato, a velocidade radial de uma galáxia "desvia" o espectro para o vermelho (se estiver se afastando) ou para o azul (se estiver se aproximando). Para obter a composição química de um corpo celeste, seja ele um planeta, estrela ou galáxia, é essencial fazer previamente a correção da velocidade radial: é feita uma calibração em comprimento de onda do espectro e o mesmo é corrigido para o que se chama de "velocidade zero", ou seja, corrige-se o efeito da velocidade radial nos comprimentos de onda das linhas de emissão ou de absorção que permitem o cálculo da composição química. Só depois dessa etapa é que a determinação das abundâncias é feita, evitando-se o risco de enganos.

Envio: 07/12/2019

Nome: Marcelo Bires Almeida

Cidade: Araxá, Mg

Resposta:
Quando se fala da distância de uma galáxia, fala-se sempre do seu centro de massa, mas essas distâncias são tão grandes que a variação interna da distância de uma galáxia, do ponto mais próximo ao mais distante, é insignificante e na maioria das vezes está dentro da incerteza da própria determinação da distância da galáxia como um todo. Quanto a variações na forma pela variação na distância, isso não existe porque tipicamente as galáxias têm dezenas de milhares de anos-luz de diâmetro (as maiores têm algumas centenas de milhares) enquanto que o período de rotação dos braços espirais de uma galáxia é muito maior, da ordem das centenas de milhões de anos. Portanto essas pequenas variações internas na distância não implicam em variações de forma. Não existem softwares como o que você pergunta porque eles não são necessários.

Envio: 16/10/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Não, isso não é possível. É equivocado achar-se que buracos negros são "atratores universais" que atraem tudo que está no seu entorno, não importando a distância. As leis da gravitação valem para eles da mesma forma que para qualquer objeto, eles vão atrair apenas o que estiver muito próximo, da mesma forma que o Sol não "engole" os planetas que giram em torno dele mas eventualmente pode "engolir" um cometa que se aproxime muito. Mesmo os buracos negros supermassivos têm seus horizontes dos eventos relativamente pequenos. Chama-se "horizonte dos eventos" o "ponto sem retorno" para objetos que se aproximem deles. Nossa própria galáxia tem um buraco negro supermassivo central sem que isso comprometa a existência da galáxia.

Envio: 03/10/2019

Nome: Felipe Costa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Apenas nas galáxias espirais como a nossa a rotação das estrelas é ordenada e num mesmo sentido, nas galáxias elípticas isso não ocorre. A origem dessa característica é uma lei física bem fundamental: a conservação do momentum angular, ou da quantidade de movimento angular. Em outras palavras, as estrelas giram todas para o mesmo lado numa galáxia espiral porque a matéria que deu origem à galáxia quando a mesma se formou, lá atrás na origem do universo, também girava para o mesmo lado. Sendo assim, por uma questão de conservação de energia essa rotação se mantém. É um efeito análogo ao que se vê no sistema solar: todos os planetas giram em torno do Sol para o mesmo lado, coincidindo com o sentido de rotação do próprio Sol, porque o material que deu origem ao sistema solar girava num determinado sentido.

Envio: 09/09/2019

Nome: Robson Silva De Oliveira

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, o número estimado de galáxias no universo é de 2 trilhões. Mas essa é apenas uma estimativa baseada em critérios estatísticos, o número real pode ser bem maior do que isso. A nossa galáxia, a Via Láctea, não é uma das maiores. A maioria das galáxias são elípticas anãs mas as maiores, com centenas de vezes mais estrelas que a nossa, são as elípticas gigantes.

Envio: 06/09/2019

Nome: Luiz Do Nascimento Pereira Lapa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Essa questão não tem uma resposta única porque não existe no universo um sistema de referências absoluto (ou, tecnicamente, um sistema absolutamente inercial). Assim sendo, é possível determinar a velocidade de nossa galáxia em relação a Andrômeda, ou então a velocidade do grupo local de galáxias (incluindo a Via Láctea e Andrômeda) em relação ao aglomerado de galáxias de Virgo, ou então a velocidade de todo o superaglomerado local (que inclui nosso grupo, o de Virgo e muitos outros) em relação a outros superaglomerados e assim sucessivamente. Em outras palavras, como não existe uma posição privilegiada no universo, também não existe uma velocidade absoluta.

Envio: 11/06/2019

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O valor de 100.000 anos-luz para o diâmetro da Via Láctea refere-se ao diâmetro do disco, onde estão os braços espirais. Além do disco existem estruturas mais externas como anéis muito difusos, além do halo de aglomerados globulares. Em termos mais amplos pode-se dizer que o diâmetro da nossa galáxia seja de 150 a 200 mil anos-luz, porém essa é uma medida mais técnica que não invalida os 100.000 anos-luz de diâmetro do disco galáctico que concentra a maioria das estrelas.

Envio: 11/04/2019

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
As estrelas em si, mesmo existindo em grandes quantidades nas regiões centrais das galáxias, não impedem a obtenção da imagem pois não encobrem totalmente o alvo. Por outro lado, as nuvens de poeira e gás, muito maiores que as estrelas, estas sim obscurecem a visão dessas regiões. O segredo para obter a imagem absolutamente inédita do buraco negro central da galáxia M87 está no comprimento de onda. Ela não é uma imagem em luz visível e sim na faixa das ondas de rádio. Essa faixa de comprimento de onda permite observar-se através das nuvens de poeira e gás do meio interestelar, possibilitando assim obter-se imagens das regiões centrais de nossa galáxia e de outras.

Envio: 01/03/2019

Nome: Luiz Cesar De Oliveira

Cidade: Cuiaba

Resposta:
O Universo está de fato se expandindo, mas essa expansão ocorre apenas em larga escala, os aglomerados de galáxias estão se afastando uns dos outros. Não existe expansão em pequena escala: a Terra não está se afastando do Sol, nem o Sol está se afastando do centro de nossa galáxia. Da mesma forma, o movimento de aproximação entre a Via Láctea e Andrômeda é local, ele decorre dos movimentos internos entre as galáxias mais próximas da nossa e não é de forma alguma afetado pela expansão do Universo.

Envio: 27/02/2019

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Nem todas as galáxias têm formato de disco. Cerca de 10% delas são as chamadas elípticas, que não têm disco, são apenas esferoides mais ou menos achatados. Quanto às espirais, de fato a espessura do disco é bem menor que o diâmetro. No caso da Via Láctea, o disco tem cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro e 2000 anos-luz de espessura.

Envio: 19/02/2019

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
As massas dos buracos negros supermassivos não são determinadas pela luminosidade dos quasares associados a eles. É necessário usar recursos de dinâmica, como as dimensões e os movimentos das massas de gás e estrelas que existem em torno dos mesmos. A partir das massas estimadas destes objetos e de seu movimento em torno do BN, a massa do mesmo pode ser estimada. Porém poucos BN supermassivos tiveram suas massas já estimadas justamente pela dificuldade em obter os parâmetros observacionais que permitem este cálculo.

Envio: 14/02/2019

Nome: Maria Eduarda Rodrigues Meneguesso

Cidade: Bebedouro

Resposta:
Porque, quando vistas por um telescópio, elas não têm forma definida como as galáxias, e também não são apenas pontos brilhantes como as estrelas. Elas são difusas, parecem as nuvens que vemos no céu. Por isso foram chamadas de nebulosas desde que as primeiras foram descobertas no século 18.

Envio: 22/11/2018

Nome: Washington

Cidade: Itatiba, Sp

Resposta:
Sim, sabe-se que a matéria escura existe devido à sua atração gravitacional sobre outros corpos. Não ocorre um colapso gravitacional pela mesma razão que o sistema solar não colapsa em direção ao Sol, mesmo que ele atraia todos os planetas. No caso do sistema solar, este colapso não ocorre porque os planetas, asteroides e todos os demais corpos do sistema estão em órbitas estáveis. No caso da matéria escura não se sabe sua verdadeira natureza, mas o simples fato das galáxias existirem mesmo estando envoltas em halos de matéria escura demonstra que os constituintes da mesma estão em órbitas estáveis em torno do centro de massa das galáxias ou dos aglomerados de galáxias.

Envio: 14/09/2018

Nome: Ivan

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
O espaço entre as galáxias, conhecido como meio intergaláctico, não é vazio, ele é preenchido com gás (principalmente hidrogênio e hélio) em baixíssimas densidades, em torno de um átomo por metro cúbico. Além do meio intergaláctico, este volume pode conter estrelas também. Apenas entre a Via Láctea e Andrômeda já foram catalogadas cerca de 700 estrelas. Estima-se que essas estrelas sejam formadas normalmente dentro de galáxias e aceleradas posteriormente para fora delas por algum mecanismo de interação, como a passagem pelas proximidades de um buraco negro supermassivo por exemplo. Uma interação assim pode facilmente fazer com que a estrela adquira velocidade acima da velocidade de escape de sua galáxia-mãe.

Envio: 29/08/2018

Nome: Ivan

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
Não, o buraco negro mais próximo do sistema solar é V616 Mon, que fica a aproximadamente 2800 anos-luz de distância. Depois dele tem Cygnus X-1 a cerca de 6000 anos-luz e a seguir V404 Cygni que fica a 7800 anos-luz. Existem ainda outros que são mais próximos que o buraco negro supermassivo que fica a cerca de 26.500 anos-luz de nós.

Envio: 31/07/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, o termo "escura" nesse contexto significa exatamente isso: ela não emite nenhum tipo de radiação eletromagnética, seja luz visível ou ondas de rádio ou ainda radiação de alta energia como raios X ou gama. Sabe-se que a matéria escura existe apenas por seu efeito gravitacional sobre a matéria visível: é possível detectar movimentos da massa visível de uma galáxia (ou seja, as estrelas) que demonstram a existência da matéria escura em torno dela. Mas o que que essa matéria escura realmente é, qual sua verdadeira natureza? Essas são questões ainda em aberto.

Envio: 18/07/2018

Nome: Nicolas

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
A descoberta da existência de matéria no meio interestelar foi feita nas primeiras décadas do século 20, antes de 1920. Não foi uma descoberta isolada, através de resultados diferentes, diversos astrônomos da época concluíram que a luz das estrelas que atravessa o espaço interestelar era de certa forma afetada por ele. Assim concluiu-se que existe um meio interestelar difusa composto por gás em baixíssima densidade (tipicamente um átomo por centímetro cúbico) e também nuvens interestelares de poeira e gás um pouco mais densas, com algumas centenas de átomos por centímetro cúbico.

Envio: 10/06/2018

Nome: Carl Sagan

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Quasares são tipos muito particulares de núcleos de galáxias, são os chamados "núcleos ativos" cuja luz emitida não é a soma das luzes das estrelas que compõem o núcleo em si. A luminosidade dos quasares se deve à presença de matéria turbilhonando antes de entrar em buracos negros supermassivos que existem nesses núcleos. Outras galáxias como a nossa, a Via Láctea, também têm buracos negros supermassivos em seu núcleo porém eles são "inativos", não estão absorvendo matéria em grande quantidade como acontece nos núcleos ativos.
Já os pulsares são estrelas de nêutron girando com grande velocidade de rotação, que emitem pulsos de rádio (daí seu nome).

Envio: 14/03/2018

Nome: Adriel

Cidade: Campina Grande, Pb

Resposta:
A distribuição da matéria escura ainda é um tema de estudo, não existem ainda respostas definitivas sobre sua distribuição, nem mesmo sobre a sua verdadeira natureza. Pelo que se sabe atualmente, ela se encontra predominantemente ao redor da região luminosa onde se encontra a maioria das estrelas e não nos centros das galáxias. A matéria escura existe em todas as galáxias e não apenas naquelas que têm buracos negros centrais.

Envio: 20/02/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Existem duas maneiras básicas de se estimar a massa de uma galáxia: sabe-se com segurança que existe uma relação entre a massa de uma estrela e a luz que ela emite, portanto medindo-se toda a luz emitida por uma galáxia, tem-se uma estimativa de sua massa na forma de estrelas. Por outro lado, quando a massa da mesma galáxia é estimada por técnicas dinâmicas (envolvendo a velocidade de rotação e as dimensões da galáxia), ela é muito maior do que a massa estimada pela emissão de luz, normalmente entre 10 e 100 vezes maior. Essa constatação levou à conclusão que a maior parte da massa das galáxias não está na forma de estrelas e a essa "massa faltante" deu-se o nome de matéria escura.

Envio: 04/02/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Ainda que os buracos negros sejam formados de matéria estelar, e portanto bariônica, uma vez que ela passa a integrar o buraco negro, deixa de ser composta por bárions, e portanto deixa de ser bariônica. Ainda assim, reformulando sua questão, a soma das massas dos buracos negros numa galáxia poderia constituir a matéria escura detectada indiretamente na mesma? A resposta é não. Buracos negros só se formam a partir das estrelas de massa muito grande, e essas são uma fração muito pequena da massa de uma galáxia. A maior parte da massa de estrelas de uma galáxia é composta por estrelas de baixa massa, que não formam BNs.

Envio: 02/02/2018

Nome: Thomas Brito

Cidade: Campinas

Resposta:
Quando se fala de galáxias do chamado "universo local", os primeiros 200-300 milhões de anos-luz a partir de nós, existem dois componentes do desvio para o vermelho: um deles é a expansão do universo, é o chamado redshift cosmológico que resulta do próprio universo está se expandindo. O outro componente é a velocidade da galáxia em si, os movimentos locais das galáxias em seus grupos. Note que em nenhum caso se trata do fóton perder energia, essa é uma velha hipótese que era conhecida como "luz cansada" que há muito tempo foi descartada. O que vemos como desvio para o vermelho cosmológico resulta da expansão do espaço-tempo no intervalo entre a saída do fóton de sua galáxia de origem e sua chegada a nós.

Envio: 13/09/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Existem raras estrelas "errantes" entre as galáxias. Entre a Via Láctea e Andrômeda por exemplo foram identificadas cerca de 600. Estima-se que essas estrelas foram arrancadas de uma galáxia por interações gravitacionais muito fortes, tão fortes que fizeram com que elas adquirissem velocidade acima da Velocidade de Escape de sua galáxia-mãe. Deve-se lembrar que a gravidade é uma força de alcance infinito, ela teoricamente nunca é zero, portanto mesmo que uma estrela esteja fora de uma galáxia, ela ainda vai ter sua velocidade retardada ou acelerada por ação da gravidade das galáxias próximas.

Envio: 04/09/2017

Nome: Douglas

Cidade: Ribeirão Preto - Sp

Resposta:
O espaço entre as galáxias não é vazio. Ele é preenchido pelo chamado "meio intergaláctico" composto de gás, basicamente hidrogênio e hélio, em baixíssimas densidades. A densidade típica é de apenas um átomo por metro cúbico! Além deste gás, existem sim algumas raras estrelas entre as galáxias, e se existem estrelas podem existir também todos os outros corpos que orbitam essas estrelas tais como planetas, cometas e asteroides. Supõe-se que essas estrelas tenham sido arrancadas de suas galáxias por interações gravitacionais. Entre nossa galáxia, a Via Láctea, e a galáxia espiral mais próxima que é Andrômeda já foram contadas um pouco mais de 600 estrelas 'desgarradas' que podem ter sido arrancadas tanto da nossa quando de Andrômeda.

Envio: 10/08/2017

Nome: César Gomes

Cidade: Teresina, Pi

Resposta:
Sim, as estrelas giram em torno do núcleo de uma galáxia da mesma forma que os planetas giram em torno do Sol: os mais próximos do centro giram mais rápido. No nosso sistema solar por exemplo, Mercúrio gira em torno do Sol mais rápido que Vênus, que gira mais rápido que a Terra e assim por diante. Com as estrelas em torno do centro de uma galáxia o mecanismo é exatamente o mesmo. Esse tipo de movimento é chamado Rotação Kepleriana, pois foi descrito pelas Leis de Kepler no começo do século 17. A diferença entre as órbitas dos planetas em torno do Sol ou das estrelas em relação ao centro galáctico é a duração das mesmas. O Sol por exemplo leva aproximadamente 240 milhões de anos para dar uma órbita em torno do centro de nossa galáxia. Mesmo as estrelas próximas do centro levam muitos milhões de anos para completar uma volta, portanto não é possível observar variações significativas nas posições, essas órbitas são determinadas a partir das velocidades e da direção dos movimentos das estrelas e não dos deslocamentos medidos.

Envio: 05/07/2017

Nome: Mayara

Cidade: Ribeirão Preto - Sp

Resposta:
É a sua rotação. Quando a chamada protogaláxia, ou seja, a massa de gás que forma uma galáxia, está girando, ela se achata no sentido do eixo de rotação. Essa é uma propriedade física que aparece em vários contextos: é pela mesma razão que o diâmetro equatorial do Sol é um pouco maior que o diâmetro polar, porque ele está girando. No caso de uma galáxia acontece o mesmo, ela está girando e em consequência o gás se achatou no sentido do eixo de rotação até tomar a forma de um disco. Note porém que nem todas as protogaláxias giravam, aquelas que não giravam formaram as galáxias elípticas, que não têm a forma de discos achatados.

Envio: 26/06/2017

Nome: David Machado Santos Filho

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, esse efeito só se torna significativo quando observamos uma massa muito grande numa única linha de visada, como uma galáxia ou um aglomerado de galáxias muito distantes. Como estamos imersos na Via Láctea, o efeito de distorção gravitacional não existe nesse caso.

Envio: 21/06/2017

Nome: João Ricardo R. Mattos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Hoje se sabe que os chamados buracos negros supermassivos existem na maioria, provavelmente em todas, as galáxias massivas, com massas da ordem da massa de nossa galáxia, a Via Láctea, ou ainda maiores. Eles são consequência do processo de formação dessas estruturas e estão em seu centro de massa. Deve-se notar porém que as massas desses objetos, apesar de serem muito grandes, são ainda muitíssimo menores que as massas de suas galáxias hospedeiras, assim sendo eles não são importantes do ponto de vista dinâmico, a não ser para os objetos muito próximos. Para colocar em números, o buraco negro central da Via Láctea tem massa de 3,3 milhões de vezes a do Sol, mas a galáxia como um todo tem massa em torno de um trilhão de massas solares. Em outras palavras, nada muda globalmente numa uma galáxia se ela tiver ou não um buraco negro supermassivo em seu centro.

Envio: 17/05/2017

Nome: Jurema De Carvalho

Cidade: Londres

Resposta:
A nossa galáxia gira no sentido contrário aos ponteiros do relógio para um observador situado no polo norte galáctico, que por definição é o polo que está no hemisfério celeste norte. O Sol por sua vez tem o eixo de rotação inclinado de 63 graus em relação ao plano da Galáxia

Envio: 16/05/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O limite a partir do qual um corpo é capturado por um buraco negro de massa qualquer é bem conhecido, chama-se Raio de Schwarzschild Esse limite é definido pela massa do mesmo e vale tanto para os buracos negros estelares como para os supermassivos. No caso do buraco negro supermassivo do centro da Via Lactea, seu raio de Schwarzschild é de 7,8 milhões de km. Se fosse possível transformar o Sol num buraco negro, seu raio de Schwarzschild seria de 3 km.

Envio: 30/04/2017

Nome: Rodolfo Oliveira

Cidade: Santa Maria -Rio Grande Do Sul

Resposta:
Esta é uma dúvida que muitas pessoas têm. De fato, Andrômeda e a Via Láctea se unirão daqui a cerca de 4 bilhões de anos. Este processo não contradiz a expansão geral do universo porque é um efeito local. Os movimentos das galáxias dentro dos aglomerados de galáxias são governados pela atração gravitacional entre os membros, e essas duas galáxias estão dentro do mesmo aglomerado, que por razões óbvias é chamado de Grupo Local. É importante notar-se que a expansão é um efeito de larga escala, que só ocorre em escalas de distância das centenas de milhões de anos-luz. Em distâncias bem menores, ele não ocorre e a Via Láctea e Andrômeda estão a "apenas" 2,5 milhões de anos-luz uma da outra. Assim como a Terra não está se afastando do Sol, nem o Sol se afasta do centro de nossa galáxia, a Via Láctea e Andrômeda não têm seus movimentos relativos definidos pela expansão do universo, tais movimentos são governados por propriedades locais como as massas das mesmas, as velocidades e as distâncias que estão uma da outra.

Envio: 02/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, a nossa galáxia se move a aproximadamente 600 km/s em relação à radiação cósmica de fundo, que é o que existe de mais próximo a um sistema de referência inercial aplicável ao universo todo. O campo gravitacional interno da galáxia não tem como movê-la, isso seria uma violação da primeira lei de Newton. Seria a mesma coisa que você tentar erguer a si próprio puxando seus cabelos para cima. Ela se move por influência dos campos gravitacionais das outras galáxias e aglomerados de galáxias da vizinhança.

Envio: 08/01/2017

Nome: Márliton Pereira Dos Santos

Cidade: Janaúba

Resposta:
Essa é uma excelente pergunta! Com certeza é muito mais simples mapear galáxias externas do que a nossa, já que estamos imersos nela e como você disse, não temos tecnologia para vê-la "de fora". O mapeamento da forma da nossa galáxia, com a posição e o formato dos braços espirais, do bojo e do halo galáctico e de todas as subestruturas dos mesmos é feita através de mapeamento, usando distintas técnicas. Os braços espirais por exemplo têm grande quantidade de hidrogênio em forma de nuvens e podem ser mapeados usando-se radiotelescópios sensíveis à emissão da molécula do hidrogênio. Já o bojo e o halo são mapeados pelas posições e velocidades das estrelas e aglomerados estelares que os compõem. Em outras palavras, quando se trata de visões externas de nossa galáxia, são sempre modelos!
Já as sondas Voyager estão ainda muito perto do Sol e têm suas posições determinadas a partir de suas velocidades e direções de deslocamento.

Envio: 22/11/2016

Nome: Valnei Vieira Salles

Cidade: Boa Vista , Rr

Resposta:
Não é possível fotografar nossa própria galáxia "de fora", pela simples razão que você aponta: não temos habilidade técnica para ir tão longe. É possível mapear a forma de nossa galáxia usando técnicas de astronomia profissional, em particular usando radioastronomia para determinar a posição e forma dos braços espirais. Também é possível determinar a posição do Sol na mesma. A partir destes mapas é possível então estimar a forma da Via Láctea e compará-la com as outras galáxias. Já as demais galáxias, ao menos as mais próximas da nossa, é possível mapear com precisão usando imagens obtidas com telescópios profissionais.

Envio: 10/10/2016

Nome: Robson Santana

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
Afastado de uma estrela em particular como o Sol, o meio interestelar é iluminado pelo conjunto das estrelas. A visibilidade seria a mesma de uma noite sem lua na Terra, num lugar bem escuro, sem iluminação artificial. Ou seja, a iluminação não seria rigorosamente nula, mas seria bem escuro.

Envio: 08/10/2016

Nome: Nayane

Cidade: Uberlândia

Resposta:
Existem várias evidências de que a matéria escura efetivamente existe. Por exemplo, quando a massa de uma galáxia é medida por parâmetros dinâmicos, como pela sua velocidade de rotação por exemplo, o valor obtido é tipicamente dezenas de vezes maior do qua a massa estimada pela luz das estrelas. Isso indica que a maior parte da massa das galáxias não está na forma de estrelas e portanto não emite luz. Daí o nome "matéria escura". Quanto às hipóteses sobre sua natureza, também existem várias, mas a resposta definitiva ainda está por ser estabelecida: pode ser matéria comum, como anãs marrons, buracos negros ou simplesmente halos de partículas. Também pode ser matéria mais exótica, na forma de halos de WIMPs (weakly interagent massive particles), um tipo de partículas que por enquanto é hipotética.

Envio: 08/09/2016

Nome: Joaquim Farias

Cidade: Uruoca - Ce

Resposta:
Buracos negros de massa intermediária são aqueles com massas grandes demais para ser produzidos pelo colapso do núcleo de uma estrela massiva, porém pequenas demais para serem classificados como buracos negros supermassivos como o que existe no núcleo da Via Láctea. A massa destes objetos é estimada entre 100 e um milhão de vezes a do Sol. Ainda não existem evidências diretas que confirmem a natureza destes objetos, porém diversas equipes de astrônomos já anunciaram a confirmação da existência dos mesmos por vias indiretas. Em 2012 um grupo de astrônomos australianos anunciou que a radiofonte HLX-1, na galáxia ESO 243-29, situada a 300 milhões de anos-luz de distância, é um buraco negro com massa estimada entre 20 mil e 90 mil massas solares, compatível portanto com um buraco negro de massa intermediária. Posteriormente, em 2015, um grupo de astrônomos japoneses propôs que a forma e o padrão de velocidades da nuvem compacta de gás CO-0.40-0.22, situada próxima do centro da Via Láctea, só podem ser explicadas se ela estiver próxima de um buraco negro de 100 mil massas solares, o que seria outra evidência indireta da existência de tais objetos, desta vez em nossa própria galáxia.

Envio: 31/08/2016

Nome: Renata Carvalho Pasqua

Cidade: Guaxupé. Mg

Resposta:
Essa é uma dúvida que muitos têm: se um telescópio profissional consegue ver objetos que estão a bilhões de anos-luz de distância, por que é tão difícil fazer imagens de planetas que estão a poucas centenas de anos-luz? A resposta está nas dimensões e características destes alvos: galáxias distantes, a bilhões de anos-luz de distância, são galáxias! São estruturas imensamente grandes e compostas por um número muito grande de estrelas, todas elas emitindo luz. Tomemos a nossa galáxia, a Via Láctea: ela tem 100.000 anos-luz de diâmetro e é composta por cerca de 200 bilhões de estrelas. Um extraterrestre que tivesse a tecnologia que dispomos agora, poderia fazer imagens de nossa galáxia mesmo de bilhões de anos-luz de distância. Já os planetas são muito pequenos, não têm luz própria e estão muito próximos de suas respectivas estrelas, o que torna extremamente difícil localizá-los.

Envio: 03/08/2016

Nome: Izabella Oliveira

Cidade: Itatiaia

Resposta:
Os astros estão sempre em galáxias. O que os mantém unidos é a força da gravidade. Uma galáxia tem um campo gravitacional imenso, que mantém ligados a ela todos os corpos que a ela pertencem. Teoricamente existem objetos que podem ser "ejetados" de uma galáxia se tiverem velocidade muito altas, acima da chamada "velocidade de escape" da galáxia, mas na prática é muito difícil disso acontecer. Entre as galáxias existe o meio intergaláctico, composto de gás (principalmente hidrogênio e hélio) em baixíssimas concentrações, tipicamente com densidade de um átomo a cada 10 centímetros cúbicos.

Envio: 14/06/2016

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: São Paulo

Resposta:
A órbita do Sol tem sim uma suave ondulação devido ao campo gravitacional do disco galáctico. O período orbital do Sol em torno do bojo galáctico é de aproximadamente 240 milhões de anos e mais ou menos a cada 32 milhões de anos o mesmo passa de cima para baixo do plano galáctico ou vice-versa. Vale lembrar que o disco galáctico tem cerca de 1000 anos-luz de espessura e essa oscilação da órbita do Sol é de apenas 200 anos-luz acima ou abaixo do plano de referência.

Envio: 29/05/2016

Nome: Diago

Cidade: Santa Cruz, Rn

Resposta:
Não existem estrelas no meio intergaláctico. Porém existe sim material entre as galáxias, não existe vácuo. Este meio é composto basicamente por átomos, principalmente de hidrogênio e hélio, em concentrações muito baixas. Para ter-se uma ideia da baixíssima densidade do meio intergaláctico, vamos comparar o mesmo com o meio interestelar, o espaço que existe entre as estrelas, dentro de nossa galáxia. A densidade do meio interestelar é de aproximadamente um átomo por centímetro cúbico, enquanto a densidade do meio intergaláctico é 10 vezes menor, cerca de 0,1 átomos por centímetro cúbico. É exatamente essa baixíssima densidade que impede a formação de estrelas entre as galáxias: simplesmente a concentração de gás é baixa demais para que o mesmo se aglutine e forme estrelas.

Envio: 25/04/2016

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Entre as galáxias existe o chamado "meio intergaláctico", composto de gás em densidades extremamente baixas, mas ainda assim possível de ser medido e ter sua composição estudada. Além desse gás, existe também a matéria escura, que NÃO pode ser diretamente observada pois não emite em nenhum comprimento de onda, mas que tem efeito gravitacional que, este sim, pode ser detectado. A natureza da matéria escura ainda não é conhecida com certeza, existem apenas hipóteses para explicá-la. Tem sido proposto que ela é composta por partículas tais como neutrinos, ou então por partículas hipotéticas chamadas WIMPs (weakly interagent massive particles), mas a resposta definitiva ainda não foi obtida.

Envio: 12/04/2016

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, os quasares são uma das categorias dos núcleos galácticos ativos, que compreende também as galaxias Seyfert, os LINERs e os blazares. Todos esses objetos são núcleos de galáxias que contêm um buraco negro supermassivo que está "ativo" ou seja, que está consumindo matéria do seu entorno. A grande quantidade de energia emitida por esses núcleos provem da matéria que é aquecida até os milhões de graus ao entrar no buraco negro.

Envio: 19/11/2015

Nome: Gabriel

Cidade: Belo Horizonte,Mg.

Resposta:
Andrômeda e a nossa galáxia, a Via Láctea, estão muito próximas uma da outra em termos das dimensões do universo. Nesta escala a expansão do espaço-tempo não é significativa e o que domina o movimento entre elas é o campo gravitacional mútuo: ambas são muito massivas e se atraem. Quanto à sua outra questão sobre o meio interestelar, ele existe sim! O chamado "avermelhamento interestelar", que é consequência dos gases e da poeira existente entre as estrelas, necessita ser avaliado e descontado quando se mede o desvio para o vermelho cosmológico. Mas uma vez feita essa correção, constata-se que o avermelhamento cosmológico, que é consequência da expansão do universo, existe sim.

Envio: 13/09/2015

Nome: Arnóbio Vieira Souza

Cidade: Goiânia

Resposta:
A origem dos braços espirais das galáxias foi motivo de estudo por muito tempo. Agora se sabe que os mesmos se originam da interação gravitacional entre os componentes da própria galáxia, tais como nuvens moleculares gigantes, combinadas com o efeito da rotação do disco. Em muitos casos a interação com os campos gravitacionais de galáxias-satélite, como o caso das Nuvens de Magalhães em relação à Via Láctea também tem um papel importante na formação dos braços. Assim sendo, a presença de buracos negros supermassivos no centro, como é o caso de nossa galáxia, não é um fator determinante da forma. Estes objetos são o que se chama em dinâmica de "potencial central", eles atuam de forma simétrica sobre toda a estrutura e não formam braços.

Envio: 04/09/2015

Nome: Aris Varillas Valles

Cidade: Lima-Perú

Resposta:
A origem dos buracos negros supermassivos ainda é um campo aberto de pesquisas. Não existem ainda respostas definitivas a essa questão, porém tudo indica que esses objetos se formam nas fases iniciais de formação das galáxias massivas. Sua origem provavelmente está associada à rápida formação de estrelas supermassivas muito próximas umas das outras na região central da galáxia em formação, estas estrelas evoluem rápidamente para buracos negros estelares, que por sua vez colapsam uns sobre os outros por ação do potencial gravitacional da galáxia, formando assim um objeto supermassivo. Nuvens de gás ultraconcentradas na região central da galáxia em formação também poderiam colapsar formando as "sementes" de buracos negros supermassivos. Outra hipótese ainda indica que esses objetos podem ter se formado antes mesmo das galáxias, logo após o Big Bang. Já os buracos negros "normais", aqueles originados da evolução de uma estrela de grande massa, podem se formar a qualquer instante nas galáxias. Estrelas com massa inicial superior a 15-20 massas solares têm seu ciclo evolutivo muito rápido e resultam na formação de buracos negros caso, ao final do ciclo evolutivo, seus núcleos ultrapassem o chamado Limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, que é de aproximadamente 3 massas solares.

Envio: 14/08/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza Ceara

Resposta:
Os quasares estão de fato relacionados a buracos negros supermassivos, mas sua luminosidade não é emitida pelo buraco negro em si, ela se origina da matéria em turbilhão que está na região de alta densidade nas imediações do mesmo. Antes de ultrapassar o Horizonte dos Eventos do buraco negro e desaparecer, as partículas que compõem esse material colidem e interagem fortemente entre si, produzindo a luminosidade denominada "quasar".

Envio: 19/07/2015

Nome: Horacio Marques

Cidade: Campinas

Resposta:
Plasma são partículas carregadas como prótons e elétrons. Tais partículas têm massa portanto interagem com campos gravitacionais sim. O mesmo vale para a matéria escura: se ela tem massa, esta interação pode ocorrer sim.

Envio: 10/05/2015

Nome: Elderson Gomes Da Cunha

Cidade: Recife

Resposta:
Mapear a forma de nossa galáxia é mais difícil do que fazer o mesmo para galáxias externas, pela óbvia razão que estamos dentro dela. É como mapear uma floresta a partir de um ponto dentro dela ou fazer o mesmo mapa a partir de fotos aéreas. O mapeamento da estrutura galáctica, em particular a posição dos braços espirais, é feita com radiotelescópios. Usando telescópios ópticos é impossível obter informações do lado oposto do bojo galáctico (a região central) em relação àquele em que o Sol está, porque a poeira do meio interestelar impede a visualização, porém usando ondas de rádio é possível. Assim que a forma e a posição dos braços foram mapeadas. A distância do Sol ao centro pode ser estimada de várias maneiras: calculando-se o centro da distribuição dos aglomerados globulares (que coincide com o centro da galáxia) e comparando-se a posição do Sol com esta, ou então a partir de estrelas próximas ao centro cuja distância até nós pode ser determinada com precisão, como as cefeidas ou as estrelas tipo RR Lyrae.

Envio: 21/04/2015

Nome: Rodrigo Felipe Raffa

Cidade: Itapetininga,Sp

Resposta:
Chama-se quasar o objeto extremamente luminoso que existe nos núcleos de algumas galáxias. O termo vem da contração das palavras "quase estelar" e significava originalmente um objeto puntual como uma estrela, porém tão luminoso quando uma galáxia inteira. Atualmente se sabe que quasares são a luminosidade produzida por matéria que está sendo absorvida por um grande buraco negro supermassivo. Tais objetos existem no centro de muitas galáxias. Mesmo na nossa existe um destes buracos negros, só que é inativo e não produz luminosidade como um quasar. Estes buracos negros supermassivos estão associados aos quasares e são resultantes da formação das próprias galáxias. O de nossa galáxia tem massa de 3,2 milhões de massas solares. Não se pode confundir estes objetos com os buracos negros estelares, que têm massa de algumas vezes a do Sol e são produzidos ao final do ciclo evolutivo das estrelas de grande massa, que têm no mínimo 10 vezes a massa do Sol.

Envio: 16/04/2015

Nome: Alex Cordeiro

Cidade: Sorocaba

Resposta:
A hipótese da matéria escura é necessária justamente porque os seus efeitos gravitacionais são constatados. Este não é só um efeito que aparece nos núcleos das galáxias espirais mas em diversos outros contextos e mesmo uma eventual estimativa errada das massas destas galáxias não explicaria outros efeitos. Por exemplo, o padrão de rotação observado nas galáxias espirais, a chamada "curva de rotação", só pode ser explicado se uma grande quantidade de matéria escura existir nas regiões externas destas galáxias. Quanto à massa do buraco negro supermassivo que existe no núcleo de nossa galáxia, conhecido como radiofonte Sagitário A, ele é muito bem determinado a partir da Terceira Lei de Kepler aplicada a uma amostra de estrelas cujas massas podem ser determinadas e que se deslocam em sua vizinhança. Acredita-se que quasares são o efeito de matéria turbilhonando ao entrar em um buraco negro supermassivo, assim, o que existe no centro de nossa galáxia não é um quasar ativo mas sim um buraco negro supermassivo inerte que já exauriu a matéria que existia em sua vizinhança.

Envio: 01/02/2015

Nome: Rinaldo

Cidade: Saõ Paulo

Resposta:
Existem diversos tipos de nebulosas. A de Órion é o que se chama de Região H-II, é uma nuvem composta basicamente de hidrogênio (mas com muitos outros elementos químicos em pouca quantidade) que existe desde que a a nossa galáxia se formou. Estas nebulosas existem desde a origem do universo. Órion é o exemplo mais próximo de nós de uma "maternidade" de estrelas: a partir de um "gatilho" inicial que pode ter sido uma explosão de supernova nas vizinhanças da mesma, iniciou-se nela um vigoroso processo de formação estelar e existem atualmente lá cerca de 700 estrelas em distintos estágios de formação. Nesta taxa, em algumas centenas de milhares de anos o gás vai ser insuficiente para formar novas estrelas e vai restar um aglomerado de estrelas jovens e quentes em seu lugar.

Envio: 21/01/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza -Ceara

Resposta:
Lentes gravitacionais são uma consequência de deformação do espaço na presença de um corpo de grande massa, como previsto pela Teoria da Relatividade Geral. Na verdade a existência dessas lentes é uma prova da validade da Relatividade Geral. O que ocorre é que uma massa muito grande tal como uma galáxia deforma o espaço em sua vizinhança, que passa a se comportar como uma lente esférica. Deste modo, um observador distante que veja esta galáxia, verá também objetos muito mais distantes, atrás da mesma, que seriam invisíveis se a galáxia não estivesse ali por serem muito fracos, mas que podem ser vistos pelo efeito da lente.

Envio: 14/01/2015

Nome: Caroline Domingos De Souza

Cidade: São Paulo

Resposta:
De fato, uma supernova que explodiu relativamente próxima daquela estrutura poderá vir a destruí-las quando a onda de choque chegar lá, daqui há cerca de 1000 anos. Porém a explicação ainda é controversa porque não se sabe exatamente as condições desta onda. Será que ela tem grandes quantidades de poeira que irão realmente destruir os pilares ou o aumento no fluxo de radiação nas faixas de rádio e de raios-X apenas farão com que os mesmos se tornem mais brilhantes? Não há ainda uma explicação. Será preciso conhecer melhor, com instrumentos mais sensíveis, as características da onda de choque da supernova. Ou então esperar 1000 anos e ver o resultado...

Envio: 26/11/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
As galáxias espirais como a Via Láctea têm discos achatados porque estão em rotação. Por estarem em rotação, durante as fases iniciais de formação das mesmas, o material (gás, poeira, protoestrelas) tende a se acomodar num disco, por ação das forças envolvidas no movimento de rotação. Neste caso não é só a força em direção ao centro de massa que atua mas também as forças centrífugas associadas à rotação. A matéria forma então um disco, da mesma forma como no caso do Sistema Solar, o proto-sol em formação produziu um disco (alinhado com o equador solar) no qual estão todos os planetas.

Envio: 27/05/2014

Nome: Geraldo Roberto Moreira Júnior

Cidade: Vargem Grande Do Sul, Sp

Resposta:
Sim, a fusão de dois buracos negros perturba violentamente o espaço ao seu redor, através da geração de intensas ondas gravitacionais, num agitado balé gravitacional. Depois da fusão dos buracos negros, a geração de ondas gravitacionais intensas cessa e o que resta é um único buraco negro supermassivo cuja massa é a soma das massas dos dois buracos negros anteriores. Correspondentemente, o raio do horizonte de eventos corresponde à soma dos raios dos buracos negros anteriores. Os astrônomos têm observado vários sistemas que são candidatos a "sistemas binários de buracos negros supermassivos" no universo, no centro de algumas galáxias.

Caso um quasar -- que é um buraco negro supermassivo voraz no seu centro de uma galáxia, ativamente almoçando uma grande quantidade de gás (um rodízio de churrasco cósmico para o buraco negro) -- entrasse em rota de colisão com o buraco negro formado no processo descrito acima, este processo geraria por si só um sistema binário de buracos negros que passaria novamente a gerar fortes ondas gravitacionais. Tal evento culminaria na fusão destes objetos e formação de um buraco negro ainda mais massivo.

Envio: 24/02/2014

Nome: Manuel Ferreira Filho

Cidade: São Paulo

Resposta:
Nossa galáxia, a Via Láctea, a a galáxia de Andrômeda realmente estão se aproximando uma da outra e num futuro distante vão se encontrar. Ainda que se chame esse evento de "colisão", é importante saber que quando isso ocorrer, as estrelas de cada galáxia não vão colidir umas com as outras, o que vai acontecer é a formação de uma nova galáxia, somando as estrelas de ambas. O fenômeno é análogo ao encontro de dois bandos de andorinhas no céu: quando isso ocorre, as aves não colidem uma com a outra, apenas os dois bandos se unem e formam um bando maior. A "colisão" da Via Láctea com Andrômeda vai ocorrer daqui a 4 bilhões de anos.

Envio: 05/01/2014

Nome: Jesriel

Cidade: Ituiutaba-Mg

Resposta:
As chamadas Bolhas de Fermi são duas grandes estruturas que se projetam acima e abaixo do plano do disco da Via Láctea. Elas emitem energia basicamente na faixa dos raios gama, e foram detectadas pelo telescópio espacial Fermi, que é um detetor de raios gama. A origem de tais bolhas ainda está em discussão, provavelmente elas estão associadas ao buraco negro central da nossa galáxia. Ele atualmente é inativo mas as bolhas podem indicar os últimos episódios de atividade do mesmo. No link abaixo (em inglês) existem ilustrações e um texto explicativo maior sobre estas estruturas: http://www.nasa.gov/mission_pages/GLAST/news/new-structure.html

Envio: 12/12/2013

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Nāo, chama-se "matéria escura" à fraçāo da massa das galáxias que nāo emite luz, porém é detectável porque exerce efeito gravitacional que pode ser medido. Já a "energia escura" é um conceito totalmente diferente. Ele é utilizado para explicar a aceleraçāo da expansāo do universo, uma descoberta feita há cerca de 15 anos. Sabe-se agora que a expansāo do universo está acelerando e energia escura é o termo utilizado para descrever a energia responsável por essa aceleraçāo. Sua natureza ainda é desconhecida.

Envio: 16/11/2013

Nome: David Alexandre

Cidade: Tatuí

Resposta:
Chama-se matéria escura a fração não observada da massa das galáxias. Existem duas maneiras básicas de se estimar a massa de uma galáxia: a primeira é por sua luminosidade, sabe-se que para uma certa luminosidade ser emitida é necessário uma dada massa de estrelas. Porém através dos movimentos das galáxias e de suas energias cinética e potencial é possível estimar a massa das mesmas por argumentos puramente dinâmicos, sem usar a luminosidade das estrelas. Da comparação entre estes dois valores chega-se à conclusão que uma fração muito grande da massa das galáxias, algo em torno de 80 a 90% da massa total, é "escura" ou seja, não está na forma de estrelas. É a esta fração que se denomina "matéria escura". Sua natureza ainda é fonte de controvérsias: há várias possibilidades que podem inclusive coexistir. Alguns exemplos são objetos compactos como anãs marrons, partículas subatômicas como os neutrinos ou então partículas exóticas como axions ou WIMPs.

Envio: 15/11/2013

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: São Paulo

Resposta:
O chamado "Grande Atrator" é uma grande concentração de massa localizada a aproximadamente 250 milhões de anos-luz de nossa galáxia, na direção das constelações de Hydra e Centauro e que, como o nome diz, exerce atração gravitacional sobre uma grande região do universo local, incluindo o Grupo Local de galáxias. Ele foi descoberto em 1987 através do estudo dos movimentos dos aglomerados de galáxias mais próximos da nossa. A região em que o mesmo está é difícil de ser observada por telescópios porque está mais ou menos na linha de visada do disco de nossa galáxia e a poeira e estrelas da própria Via Láctea atrapalham a observação de objetos remotos. Sabe-se porém que o Grande Atrator é uma concentração difusa porém muito extensa de galáxias, sendo que o aglomerado de galáxias Abell 3627 marca seu centro aproximado. Ainda que essa atração gravitacional seja importante para o universo local, ela não desempenha nenhum papel na expansão do universo como um todo.

Envio: 08/10/2013

Nome: Ronaldo Monteiro Da Rocha

Cidade: Curitiba - Pr

Resposta:
O disco da nossa galáxia não tem espessura uniforme. Na verdade existem duas estruturas discoidais superpostas, o chamado "disco fino" que tem espessura média de aproximadamente 3000 anos-luz e o "disco espesso", com espessura tipicamente 5 vezes maior. A galáxia de Andrômeda por sua vez é bem maior do que a nossa, seu disco tem aproximadamente o dobro do diâmetro do disco da Via Láctea, porém a espessura do disco é similar ao da nossa galáxia.

Envio: 19/08/2013

Nome: Franklin

Cidade: Feira De Santana - Ba

Resposta:
A resposta depende do que se entende por "conhecer". Já se sabem as dimensões da nossa galáxia e o número aproximado de estrelas (entre 200 e 400 bilhões), existem levantamentos automáticos com centenas milhões de objetos com posições catalogadas, porém para a maioria deles não se conhecem os detalhes. Por exemplo: apenas para as estrelas muito próximas do Sol, poucas centenas delas, sabe-se que existem planetas ao redor. Nada ainda foi feito para distâncias maiores. As abundâncias químicas também são conhecidas apenas para uma fração muito pequena do total de objetos.

O mesmo vale para o Universo em larga escala. Existem levantamentos de posições de um grande número de galáxias e de aglomerados de galáxias, porém cada um destes objetos é muito pouco (ou nada) conhecido em seus detalhes.

Envio: 10/08/2013

Nome: Jedel Lucio Rabello

Cidade: Criciuma - Sc

Resposta:
O disco da galáxia contribui com cerca de 70% da luminosidade total e o bojo com cerca de 30%. A luminosidade do halo é insignificante se comparada com a dos outros dois componentes.

Envio: 05/08/2013

Nome: Renato Manocchio Barbosa

Cidade: Osasco

Resposta:
As estimativas para o número de estrelas na nossa galáxia e do número de galáxias no Universo observável, como não poderia deixar de ser, são incertas e baseadas em argumentos estatísticos. Atualmente estima-se que existam aproximadamente 200 bilhões de galáxias no Universo observável, que significa a fração do universo cuja luz emitida desde o Big Bang já chegou até nós. As estimativas do número de estrelas na Via Láctea variam de 200 a 400 bilhões, dependendo do número de estrelas bem pequenas, as anãs vermelhas e anãs marrons, cujo total é muito incerto.

Envio: 31/05/2013

Nome: Maria

Cidade: São Paulo

Resposta:
Galáxias têm dois tipos fundamentais, as elípticas e as espirais. Existem também outras morfologias como as lenticulares, as peculiares e as irregulares, porém estes são grupos minoritários. As elípticas, como o nome diz, têm a forma de elipsoides e se caracterizam pela cor mais avermelhada, que é um indicativo da idade média elevada das estrelas que as compõem. Elas também têm pouca poeira e gás, pouca formação de novas estrelas e não giram como as espirais. Já as galáxias espirais como a Via Láctea em que está o Sol se caracterizam pela forma discoidal, com braços espirais. Elas têm muita poeira e gás, mostram sinais de expressiva formação estelar recente, os discos giram e têm uma mistura de estrelas jovens e velhas. A formação de um tipo ou de outro depende fundamentalmente da protogaláxia girar ou não: caso existe momentum angular global, uma espiral será formada, caso contrário, forma-se uma elíptica. Para saber mais, veja este link: http://astro.if.ufrgs.br/galax/index.htm

Envio: 21/03/2013

Nome: Érico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Quasares são associados aos chamados "buracos negros supermassivos" que existem no centro de algumas galáxias, que recebem o nome de "galáxias ativas". A luz emitida por eles não vem do buraco negro em si mas sim do seu entorno. A luz é emitida pela matéria que está em vias de ser absorvida pelo buraco negro, porém que ainda não ultrapassou o chamado Horizonte dos Eventos, que é a fronteira além da qual a luz não sai mais.

Envio: 18/02/2013

Nome: Robson Silva De Oliveira

Cidade: São Paulo

Resposta:
As estimativas para o número total de planetas na nossa galáxia ainda são muito incertas. As técnicas de busca de planetas extrassolares ainda privilegiam os gigantes gasosos como Júpiter e além disso as buscas limitam-se às estrelas não muito distantes do Sol. Na literatura especializada, os números variam muito. Tomando-se os resultados do satélite Kepler e extrapolando-se os resultados já encontrados para todo o volume da galáxia chega-se a um número estimado de 50 bilhões de planetas, porém este valor poderia ultrapassar 100 bilhões usando-se outros estimadores estatísticos. Outra estimativa, apresentada na reunião da American Astronomical Society em janeiro de 2013, fala em 17 bilhões de planetas. Em ambos os casos, a fração destes planetas na chamada Zona Habitável, ou seja, onde existe água no estado líquido e onde portanto poderia existir vida, é da ordem de 1% do total.

Envio: 02/03/2024

Nome: Dhaniel

Cidade: Viçosa - Mg

Resposta:
A busca pela vida extraterrestre está apenas começando e não existe a distinção entre buscar planetas que tenham ou aqueles que possam vir a ter atividade biológica. Atualmente o que existe de forma concreta é a procura de biomarcadores, que são sinais detectados com radiotelescópios que indicariam a presença de atividade biológica, mas também existe uma ativa procura por planetas de tipo terrestre que estejam na zona de habitabilidade. Tais planetas são aqueles cuja distância à sua estrela permite a existência de água na forma líquida na superfície. Como nossa tecnologia está ainda extremamente distante de fazer voos interestelares, a ideia de adaptar um planeta para a habitabilidade humana por enquanto é mera ficção científica, visto que no Sistema Solar não existe outro planeta além da Terra que permita aos humanos viver sem estar num ambiente protegido e isolado.

Envio: 22/08/2023

Nome: Franklin Sanches Nogueira

Cidade: Muriaé - Mg

Resposta:
Sim, com certeza! A estrela Próxima Centauri, em torno da qual este planeta está, é a mais próxima do Sol, a 4,25 anos-luz de distância de nós. Vale a pena lembrar que TODOS os cerca de 5500 planetas extrassolares descobertos até agora estão em estrelas da Via Láctea, até agora nunca foi descoberto um planeta extragaláctico. Isso acontece porque os instrumentos de medida ainda não permitem esse tipo de descoberta.

Envio: 03/07/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
O que tem de diferente é que pela primeira vez a molécula CH3+, que se supõe ser um dos ingredientes para a química da vida, foi descoberta FORA do sistema solar., numa estrela em formação próxima da Nebulosa de Órion, a 1350 anos-luz do Sol.

Envio: 29/06/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Diversas moléculas que incluem átomos de carbono foram já identificadas em Titã com o uso de radiotelescópios. Entre elas o ciclopropenilideno (C3H2), um ingrediente importante para a química orgânica e, potencialmente, um ingrediente para a atividade biológica. O aspecto importante da recente descoberta do cátion metila (CH3+) pelo telescópio James Webb é que ela foi feita num objeto de fora do sistema solar! Ela foi encontrada num disco protoplanetário, ou seja, num sistema solar em formação, a cerca de 1350 anos-luz de distância, próximo à nebulosa de Órion.

Envio: 15/05/2023

Nome: João Miguel Bido De Almeida

Cidade: São Paulo

Resposta:
Títulos como "a maior", "a menor", etc. são sempre temporários. Eles só valem até que outro objeto mais extremo seja encontrado. Por enquanto a maior estrela conhecida chama-se Stephenson-2, que tem cerca de 2200 vezes o diâmetro do Sol, mas esse valor, como ocorre sempre nas medidas astronômicas, tem uma margem de incerteza, Se ela estivesse onde está o Sol, encheria todo o sistema solar até a órbita de Saturno aproximadamente.

Envio: 15/05/2023

Nome: Martim E Arthur

Cidade: São Paulo

Resposta:
Por enquanto este título pertence ao planeta KELT-9b, que tem temperatura estimada em 4300 C, mais quente do que muitas estrelas. Ele tem essa temperatura porque está muito próximo de sua estrela. Mas títulos como "o maior", "o menor", etc são sempre temporários, só valem até que outro objeto mais extremo seja encontrado.

Envio: 12/05/2023

Nome: Alcides Dutra

Cidade: São Paulo

Resposta:
Vamos tomar o sistema duplo de Alfa Centauri por exemplo, que são as estrelas mais próximas do Sol. Elas estão separadas por 23 Unidades Astronômicas, o que equivale mais ou menos à distância de Urano ao Sol. Se imaginarmos planetas pequenos e próximos das respectivas estrelas, assim como Mercúrio está do Sol ou menos, é bem razoável que um planeta orbite apenas uma das estrelas do par. Já se for um planeta de órbita muito distante, tal como Plutão ou os demais planetas anões do sistema solar, eles orbitariam o centro de massa do sistema. Em outras palavras, tudo vai depender das distâncias dos planetas. E como a estatística sobre planetas extrassolares ainda é muito limitada, não é possível estabelecer leis gerais sobre eles.

Envio: 10/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A gravidade é uma propriedade intrínseca a todos os corpos, não importa a sua massa. Claro que corpos como os planetas ou as estrelas, por terem muito mais massa que um prédio ou uma pessoa, têm atração gravitacional muito maior, porém todo o corpo que tem massa, exerce força gravitacional sobre sua vizinhança. Buracos negros são corpos cuja força gravitacional é tão grande que nem mesmo a luz escapa deles, são "poços sem fundo" em termos gravitacionais. Essa é a essência do conceito de buraco negro. Em seu centro está uma massa que é finita e determinável usando as leis físicas, mas cujo volume tende a zero, e portanto cuja densidade tende ao infinito. Este ponto é chamado se singularidade.

Envio: 25/04/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Trata-se apenas de um viés observacional. Estrelas anãs vermelhas são tipicamente muito fracas, o que torna muito mais difícil a busca de exoplanetas em torno das mesmas. O número de exoplanetas atualmente reconhecido está em torno de 5300, o que é muito pouco em relação ao número de estrelas da nossa galáxia, estimado entre 200 e 400 bilhões. Os dados do satélite Kepler, que operou entre 2009 e 2018, indicam que a maioria, ou talvez todas, as estrelas devem ter planetas, portanto é impossível por enquanto tentar tirar conclusões estatísticas gerais sobre exoplanetas a partir da amostra atualmente disponível.

Envio: 11/04/2023

Nome: Marco Antônio Do Nascimento

Cidade: Motuca-Sp

Resposta:
Em outras palavras, sua questão é se, com tecnologia análoga ao que atualmente existe na Terra, seria possível detectar não apenas a existência de biomarcadores, mas marcadores da existência de uma civilização tecnológica em nosso planeta. Em primeiro lugar, seria muito difícil distinguir um planeta como a Terra num sistema estelar próximo, pois com os métodos de detecção de planetas atualmente existentes é muito difícil detectar planetas rochosos pequenos. Se isso fosse possível, os biomarcadores mais evidentes na atmosfera de nosso planeta seriam moléculas como o ozônio (indicador da existência de fotossíntese) e o metano, que é um biomarcador para a existência de atividade biológica. Ambas seriam possíveis de serem detectadas com a tecnologia atual. Quanto a marcadores para inteligência, isso não existe. O que existem são hipóteses para marcadores que indiquem a existência de tecnologia, as chamadas tecnoassinaturas, que poderiam ser projetos de engenharia suficientemente grandes para serem distinguidos a partir de outra estrela, sinais de origem planetária tais como radiação eletromagnética de origem artificial (como sinais de rádio), ou então veículos com origem em outro sistema planetário. No caso da Terra, apenas emissões eletromagnéticas (de baixíssima potência) poderiam, talvez, ser detectadas de um planeta em torno de outra estrela. Tudo isso, é claro, por enquanto pertence exclusivamente ao campo das especulações.

Envio: 29/03/2023

Nome: Heber Leandro Nunes

Cidade: Recife

Resposta:
Não existe um limite superior bem estabelecido para a formação de estrelas, porque as de massa ultra-alta, acima de 100 Msol (massas solares), são muito raras e ainda pouco conhecidas. A partir dos objetos extremos estudados, como a estrela R136a1 na Nebulosa da Tarântula, na Grande Nuvem de Magalhães, sabe-se que as massas estelares podem chegar próximas a 300 Msol, mas não é impossível que cheguem a 500 Msol. Existe ainda muito debate entre os especialistas em formação estelar para estabelecer tal limite, isso se existir um limite único. Além da massa de uma protoestrela, existem outros fatores como momentum angular, campo magnético e composição química da nuvem protoestelar que também irão influir no limite superior das massa das estrelas eventualmente formadas desta nuvem. Não é possível que uma nuvem protoestelar colapse diretamente num buraco negro, pois em nuvens muito massivas o aquecimento e compressão das regiões mais densas leva à fragmentação da mesma em diversas estrelas e formação de um sistema múltiplo ou então de um aglomerado estelar. A formação de um buraco negro requer o colapso gravitacional de uma estrela de nêutrons, um processo totalmente distinto daquele que leva à formação de uma estrela ou conjunto de estrelas.

Envio: 01/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Os buracos negros estelares formam-se a partir do colapso gravitacional dos núcleos das estrelas de grande massa. Apesar de ser possível calcular a massa de buracos negros com razoável precisão a partir de argumentos dinâmicos, o interior dos mesmos ainda é muito pouco conhecido. Sabe-se que a massa está concentrada no seu centro, conhecido como "singularidade". O que vem a ser na prática uma singularidade? É uma concentração de massa finita, mas com volume tendendo a zero, ou seja, com a densidade tendendo ao infinito. Estima-se que a descrição precisa das singularidades gravitacionais requeira uma teoria quântica da gravitação, porém ainda não existe uma teoria que possa fazer tais predições.

Envio: 18/02/2023

Nome: Walburga

Cidade: Tomé-Açú

Resposta:
Anãs brancas marcam o final do ciclo evolutivo das estrelas de massa baixa ou intermediária (até 8 vezes a massa do Sol). De fato, elas não têm mais fusão nuclear e a energia emitida é residual, ou seja, é o que foi produzido previamente e agora é lentamente perdido para o meio interestelar. Elas são inicialmente muito quentes, com temperaturas da ordem dos 100.000 graus, e são também extremamente densas, com densidades da ordem de um milhão de toneladas por metro cúbico. Como a perda de energia para o meio interestelar ocorre apenas pela superfície, leva muito tempo até toda a energia térmica ser perdida. Os modelos de evolução indicam que mesmo anãs brancas formadas pouco tempo depois da formação do universo ainda não devem ter perdido toda a sua energia interna.

Envio: 17/02/2023

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Nessas condições talvez fosse mais correto chamar o sistema de planeta duplo e não um sistema planeta+lua. O sistema Plutão+Caronte é similar, já que Caronte tem cerca de 12% da massa de Plutão, uma fração muito maior do que a nossa Lua, que tem apenas 1,2% da massa da Terra. Não existem regras gerais para definir as condições em que as luas podem se formar ou ser capturadas em órbitas estáveis em torno de planetas durante a formação de um sistema planetário, já que tudo isso depende das condições físicas (tais como massa, densidade e velocidade de rotação) do disco protoplanetário. Como o estudo das exoluas tem ainda muito poucos dados disponíveis, os resultados são muito incertos. O link a seguir reporta a descoberta de uma lua gigante ao redor de um planeta com massa comparável a Júpiter: https://news.am/eng/news/682255.html . Existem também estudos que sugerem a existência de luas gigantes gasosas (como o próprio Netuno) orbitando planetas muito massivos, do tipo Superjúpiter. Veja este artigo por exemplo: https://www.aanda.org/articles/aa/full_html/2018/02/aa31760-17/aa31760-17.html

Envio: 08/02/2023

Nome: Fernando Amaral

Cidade: São Paulo

Resposta:
Dentro do contexto da astrofísica, esse termos em geral se referem às massas de objetos como estrelas ou buracos negros, mas às vezes eles também são usados para definir as massas de algumas galáxias. Eles podem ser entendidos de forma bem literal: "massivo" significa "que tem muita massa". Estrelas massivas são aquelas que têm no mínimo 8 vezes a massa do Sol. No contexto dos buracos negros, usa-se o termo "supermassivos" para designar os buracos negros centrais das galáxias, que podem ter milhões ou bilhões de vezes a massa do Sol. Com essa expressão eles são distinguidos dos chamados buracos negros estelares, resultantes da evolução das estrelas de alta massa e que têm massas da ordem de algumas vezes (tipicamente 3 a 10) a do Sol. Finalmente, galáxias massivas são aquelas que têm mais massa do que a nossa, a Via Láctea e supermassivas são as que têm centenas ou milhares de vezes a massa da nossa.

Envio: 23/01/2023

Nome: Antônio David

Cidade: São Paulo

Resposta:
Para todos os efeitos, buracos negros são sim objetos físicos. A massa dos mesmos existe e é possível de ser medida usando argumentos gravitacionais. Outras propriedades como o momentum angular também podem ser inferidas a partir dos movimentos dos objetos do entorno. A descrição precisa da singularidade em si continua a ser um desafio teórico já que requer simultaneamente uma descrição relativística e quântica, e estas teorias fundamentais da natureza não são compatíveis em muitos casos. Em princípio, na singularidade a massa é finita mas o volume tende a zero, o que portanto faz com que a densidade, entendida como Massa/Volume, tenda ao infinito. Uma descrição exata das singularidades continua a ser um problema teórico em aberto.

Envio: 14/01/2023

Nome: Jarbas Oliveira Nobrega

Cidade: Pindamonhangaba

Resposta:
Você está equivocado. Todos os sistemas planetários extrassolares (ou seja, os exoplanetas) descobertos até hoje estão na Via Láctea! Ainda não existe tecnologia capaz de descobrir planetas em outras galáxias.

Envio: 29/12/2022

Nome: Walburga

Cidade: Tomé-Açú

Resposta:
Existem muitas diferenças entre as estrelas. As principais são as variações em termos da temperatura efetiva (ou seja, aquela de sua superfície) que tipicamente variam entre 2500 e 50.000 graus, e das suas massas que, em termos da massa do Sol, variam entre 0,1 e 100 vezes. Também existem variações importantes das abundâncias químicas de distintos elementos, das velocidades de rotação, da intensidade dos campos magnéticos e diversos outros parâmetros.

Envio: 14/12/2022

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Um buraco negro é composto de duas partes principais. A primeira é o Horizonte dos Eventos, uma superfície aproximadamente esférica (ela pode ser achatada no sentido do eixo de rotação) em torno do centro que marca a fronteira além da qual, se um objeto ou mesmo a luz, entrar, não sairá mais devido à intensidade do campo gravitacional. E no centro está a Singularidade, que é definida como um ponto infinitamente pequeno e infinitamente denso. A massa típica dos buracos negros estelares (aqueles resultantes do final do ciclo evolutivo das estrelas de grande massa) é da ordem de algumas vezes a massa do Sol. Mas, além desta explicação simples, a descrição exata dos processos físicos que ocorrem no interior de um buraco negro é extremamente complexa e ainda incerta, já que nas vizinhanças da singularidade os efeitos quânticos devem se combinar com os efeitos gravitacionais muito intensos e ainda não existe uma teoria quântica da gravitação para explicar todos esses problemas.

Envio: 19/10/2022

Nome: Inácio Ramos De Vargas

Cidade: Canoas

Resposta:
Buraco negro é sinônimo de massa, e toda a massa produz gravidade. Os buracos negros são o estágio final de evolução dos núcleos das estrelas muito massivas. Assim sendo, cada um deles tem uma massa que pode ser determinada pelas mesmas técnicas utilizadas para determinar massas de estrelas normais. O que os buracos negros têm de particular em relação às estrelas é que sua densidade tende ao infinito, como demonstrado pela Teoria da Relatividade Geral. E por causa desta propriedade, nem mesmo a luz pode sair deles.

Envio: 01/10/2022

Nome: Ana Mendes

Cidade: Aveiro

Resposta:
O Sol é uma estrela isolada, que não pertence a nenhum aglomerado estelar.

Envio: 07/08/2022

Nome: Eugênio Leiros

Cidade: Natal-Rn

Resposta:
Sem dúvida que existem planetas girando em torno de suas estrelas em diversos planos. O chamado "método do trânsito" que você descreve, de fato só permite identificar um planeta que transite na frente de sua respectiva estrela, ou seja, cujo plano orbital seja aproximadamente perpendicular ao plano do céu. Mas este não é o único método! Existe também a possibilidade de medir-se com extrema precisão a posição da estrela ao longo do tempo e procurar detectar uma oscilação periódica nesta posição. Tal oscilação vem do fato de que, quando um planeta gira em torno de sua estrela, tecnicamente ele não gira em torno do centro da mesma, os dois corpos giram em torno do centro de massa do sistema. Em consequência disso, a posição da estrela "bamboleia" enquanto o planeta gira em torno da mesma. Ao contrário do método do trânsito, este último é mais eficiente para detectar planetas cujo plano orbital coincida com o plano do céu.

Envio: 23/06/2022

Nome: Julio Augusto Toledo Veiga

Cidade: Piracicaba-Sp

Resposta:
A matéria absorvida por um buraco negro passa a fazer parte do mesmo. Em outras palavras, cada dado buraco negro tem uma massa determinada e quando uma estrela é absorvida por um deles, sua massa aumenta. Essa nova massa passa a fazer parte da singularidade gravitacional, apenas isso. Tecnicamente, o raio do Horizonte dos Eventos, que é a fronteira da qual nada sai, nem a luz, aumenta sempre que a massa da singularidade aumenta.

Envio: 16/06/2022

Nome: Lukas Daniel

Cidade: João Pessoa

Resposta:
Sim, sem dúvida! O que define um corpo celeste como uma estrela é a capacidade de produzir energia no seu núcleo através de fusão nuclear. Esta é a fonte da energia do Sol e de todas as demais estrelas, sejam elas visíveis a olho nu ou não. Vale a pena lembrar que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem entre 200 e 400 bilhões de estrelas.

Envio: 18/04/2022

Nome: Davicley Da Silva Araújo

Cidade: Realeza

Resposta:
Ambas as respostas estão corretas. O Sol sem dúvida é a estrela mais próxima de nós, mas EXCETO pelo Sol, a estrela mais próxima é de fato Alfa do Centauro.

Envio: 11/04/2022

Nome: Lucas

Cidade: Teresina -Pi

Resposta:
Existem planetas "desgarrados", que não estão ligados gravitacionalmente a nenhuma estrela e vagam pela galáxia. Esses corpos certamente foram formados próximos a estrelas, como todos os planetas, mas foram arrancados de suas estrelas-mãe pelas interações gravitacionais e colisões que podem ocorrer durante a fase de formação de um sistema planetário. Da mesma forma, existem estrelas "desgarradas" entre as galáxias. Entre a nossa, a Via Láctea, e a galáxia de Andrômeda já foram encontradas muitas dessas estrelas. Quanto a planetas isolados e fora de uma galáxia, até agora nenhum foi encontrado, mas isso não quer dizer que não existam. É muito difícil procurar planetas extrassolares (aqueles que não estão no nosso sistema solar) porque eles são muito pequenos e não emitem luz, mas não é impossível que os mesmos mecanismos de interação gravitacional que arranquem um planeta de sua estrela-mãe, possam acelerá-lo até adquirir velocidade acima da velocidade de escape da galáxia e eles saiam dela.

Envio: 17/03/2022

Nome: Shiroe Miller

Cidade: Reinbek

Resposta:
Ao contrário dos buracos negros, cuja existência já foi provada, buracos brancos são apenas uma especulação. Eles são objetos hipotéticos e não existe nenhuma evidência de que eles existam, nem mesmo que possam fisicamente existir. O conceito por trás dos mesmos saiu da teoria da relatividade geral, invertendo os sinais de algumas das equações de campo de Einstein, que relacionam a geometria do espaço-tempo num dado volume com a distribuição de matéria e energia dentro do mesmo. Não tem sentido falar em uma colisão no sentido literal porque, por definição, nada entra num buraco branco, nem mesmo um buraco negro. A questão é especulativa demais para elaborar muito e a resposta dependeria de outras variáveis tais como a relação das massas entre ambos, ou a existência ou não de momentum angular em cada um dos objetos. Outro ponto importante a considerar é que tanto a singularidade do buraco negro como a do buraco branco são muito pequenas e efeitos quânticos devem ser considerados para descrever esse cenário. Assim, uma resposta precisa iria requerer uma formulação quântica da relatividade geral, o que não existe.

Envio: 08/03/2022

Nome: Rodrigo

Cidade: São Caetano Do Sul

Resposta:
Mintaka e Alnitak são de fato estrelas duplas. Por outro lado, Alnilam é uma estrela isolada. Mas não é totalmente correto dizer que o cinturão é composto de 5 estrelas porque, vistas a olho nu, são apenas 3 pontos luminosos e assim elas são conhecidas há muito tempo e em diversas culturas. Do ponto de vista técnico, o número de estrelas da região é muito maior pois se trata de uma região de formação estelar com nuvens moleculares complexas como a nebulosa NGC 1990. A nebulosa da Cabeça do Cavalo que também está na região é outro exemplo de nebulosa aí presente.

Envio: 18/02/2022

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Não pode. O colapso do núcleo de uma estrela, com a consequente formação de uma estrela de nêutrons ou buraco negro, só ocorre em estrelas cujos núcleos ultrapassam o limite de Chandrasekhar de 1,44 massas solares . Os planetas rochosos têm um limite teórico de massa que é de aproximadamente 20 vezes a da Terra, o que corresponde a um diâmetro entre 2,5 e 3 vezes o da Terra. Esses planetas são chamados "super Terras". Massas maiores acabam resultando em núcleos rochosos de planetas gasosos, justamente porque sua grande massa induz a captura de envoltórios de hidrogênio e hélio ao redor. E um planeta com 20 massas terrestres teria apenas 6% da massa de Júpiter! Colapsos gravitacionais só ocorrem em núcleos estelares extremamente massivos, são escalas de massa totalmente diferentes.

Envio: 18/02/2022

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Teoricamente sim, são os reatores de fusão nuclear, mas até agora eles são apenas experimentos, longe de estarem operacionais. Existem alguns reatores de fusão em desenvolvimento, porém até hoje eles consomem mais energia do que produzem, portanto ainda estão longe de serem usados como fontes de energia. Esses projetos são extremamente complexos e caros. Veja esse por exemplo: https://www.iter.org/

Envio: 06/02/2022

Nome: Renato Cunha

Cidade: São Paulo

Resposta:
Buracos negros são o produto final da evolução das estrelas de grande massa, que tenham no mínimo 10 vezes a massa do Sol. Segundo os modelos de evolução da Via Láctea, muitas dezenas de milhões (talvez centenas de milhões) de buracos negros devem existir apenas na nossa galáxia. Como são objetos de massas comparáveis àquelas das estrelas, eles seguem o mesmo padrão de deslocamento de todas as estrelas de nossa galáxia, girando lentamente no disco em torno do núcleo galáctico. Tomando os próprios números que você cita, mesmo que este objeto estivesse se dirigindo exatamente para o Sol a 42 km/s (o que não é verdade pois ele está girando em torno do centro galáctico), sua velocidade corresponde a 0,00014 anos-luz por ano e ele só chegaria por aqui em 36 milhões de anos. O que é importante saber é que, como as distâncias entre as estrelas do disco da galáxia são muito grandes, não existe nenhum risco de colisões entre elas, sejam elas estrelas normais ou buracos negros.

Envio: 20/12/2021

Nome: Guilherme Barbosa Corrêa

Cidade: Lorena

Resposta:
Aqui no Sistema Solar não existe um planeta com essas características, mas ainda se sabe muito pouco sobre os planetas em torno de outras estrelas, os chamados exoplanetas. Quase 5000 deles já foram detectados e catalogados, mas ainda não existe tecnologia para examiná-los com muito detalhe e estudar estruturas como os anéis por exemplo. Aqui em nosso Sistema Solar, todos os planetas do tipo gigante gasoso, que são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, têm anéis, mas os de Saturno são bem maiores que os demais. É bem possível que existam planetas similares em torno de outras estrelas, mas por enquanto não temos essas informações.

Envio: 23/11/2021

Nome: Mariana Batista

Cidade: São Paulo

Resposta:
Atualmente se sabe que as mesmas condições que levaram ao surgimento da vida na Terra existem em outros planetas. Diversos planetas em torno de outras estrelas estão na chamada "zona de habitabilidade", o que significa que eles têm órbitas estáveis em torno de suas estrelas, que as estrelas não são variáveis e que estão na faixa de distâncias à estrela tal que podem ter água na forma líquida livre na superfície. Entende-se que esses são os ingredientes básicos para o surgimento da vida. Então, respondendo a questão, é possível sim existir vida em outros planetas, mas até agora nenhuma evidência foi encontrada. Será preciso muito mais tempo de pesquisa e desenvolvimento de novos equipamentos para testar essas possibilidades.

Envio: 13/11/2021

Nome: Artur

Cidade: Feira

Resposta:
Estrelas de nêutrons emitem radiação na forma de campos magnéticos e mesmo luz visível. Assim sendo, elas perdem energia com o tempo. O campo magnético por exemplo é gerado pela rotação, portanto a energia rotacional vai sendo perdida com o tempo pela emissão do campo magnético. Estima-se que com o passar do tempo, numa escala dos bilhões de anos, uma estrela de nêutrons isolada se torne praticamente invisível, não emitindo nenhuma radiação. Porém outro destino pode ocorrer: no caso de ser uma estrela muito massiva, a diminuição da rotação pode levar a um colapso gravitacional e formação de um buraco negro.

Envio: 05/11/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Existem estrelas de distintas cores, que refletem a temperatura da superfície das mesmas. Durante a maior parte de seu ciclo evolutivo, a chamada "sequência principal", as mais quentes são azuis, as de temperatura intermediária são brancas ou amarelas, e as mais frias são vermelhas. No final do ciclo, após a exaustão do combustível nuclear no núcleo estelar, as estrelas 'inflam", aumentam muito em volume, tornando-se gigantes ou supergigantes. Em função desse aumento de volume, a energia emitida por unidade de área da superfície estelar cai muito e, em consequência, a temperatura efetiva da estrela cai, ou seja, ela se torna vermelha.

Envio: 24/10/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Este raciocínio faz mais sentido para buracos negros supermassivos, nos quais se pode determinar com alguma precisão a luminosidade do disco de acreção. No caso do buraco negro supermassivo de M87, que tem 3 bilhões de massas solares, a taxa de acreção pode ser calculada a partir da energia emitida em raios-X e é de aproximadamente 0,1 massas solares por ano. Daí pode-se ver que o processo de acreção em si é muito lento já que as massas das estrelas são grandes. A resposta não é única e depende de diversos fatores tais como a massa da estrela (e portanto do gás), a massa do buraco negro e a distribuição de velocidades do disco de acreção.

Envio: 14/10/2021

Nome: Guilherme Ramos Greco

Cidade: São Caetano Do Sul

Resposta:
Todos os telescópios atualmente em construção, não apenas o James Webb mas também os novos grandes telescópios em terra como o ELT e o GMT, têm entre seus objetivos científicos a investigação de exoplanetas. O que estas duas estrelas têm em comum são variações atípicas de luminosidade que ainda não podem ser explicadas e talvez sejam sistemas planetários complexos, com discos equatoriais de poeira. Não temos como afirmar se estas estrelas em particular estão nas listas de alvos prioritários mas certamente o estudo de estrelas com possíveis exoplanetas é um os objetivos científicos destes instrumentos.

Envio: 12/09/2021

Nome: Ari Dias De Campos Junior

Cidade: Sorocaba

Resposta:
O número de sistemas planetários extrassolares cresce praticamente todas as semanas já que existem diversos programas de localização de exoplanetas em andamento. Existem diversas técnicas possíveis: a mais antiga, usada há cerca de 25 anos, é medir a pequena oscilação na posição da estrela ao longo de meses ou anos, causada pela atração gravitacional de um planeta massivo orbitando em torno da mesma. Outra técnica é a do trânsito planetário: consiste em monitorar a luminosidade de uma estrela e detectar pequenas diferenças periódicas causadas pela passagem de um planeta na frente da mesma, ou seja, um trânsito planetário. O número de exoplanetas conhecidos, atualizado em 10 de setembro de 2021, é de 4836. Mas esse número varia muito rapidamente. Se você quiser acompanhar, use este site: http://exoplanet.eu/

Envio: 10/09/2021

Nome: Guilherme Gurevich Tosati

Cidade: Balneario Camboriu

Resposta:
Não, esse passo evolutivo não acontece porque a massa das anãs brancas é baixa demais e elas não têm ciclo evolutivo como as estrelas normais. Uma anã branca é um antigo núcleo estelar que perdeu seu envoltório nas fases finais de evolução das estrelas de massa baixa ou intermediária, ou seja, aquelas que não explodem como supernovas. Anãs marrons por outro lado são objetos sub-estelares de baixíssima massa, que produzem um pouco de energia por fusão de deutério. De acordo com seus modelos evolutivos, com o passar do tempo e o esgotamento do deutério elas passam a encolher e esfriar, sem nunca chegar na fase de ejeção de nebulosas planetárias e formação de anãs brancas.

Envio: 16/08/2021

Nome: Heraldo Henrique Felix De Moraes

Cidade: Paranapanema-Sp

Resposta:
Existem modelos para o interior das estrelas de nêutrons, que são elaborados com base em nossos conhecimentos das leis físicas que regulam sua formação e estrutura. A densidade do interior das mesmas é variável, começando com cerca de um bilhão de kg/m3 próximo da superfície e aumentando até 10 elevado a 18 (o algarismo 1 seguido de 18 zeros) kg/m3 no centro. A densidade média é estimada como sendo da ordem de 10 elevado a 17 kg/m3. Essas densidades não variam com a massa da estrela. Claro que não existe a possibilidade de trazer uma amostra de tal objeto para a Terra. Se não conseguimos chegar nem no Sol que está a 150 milhões de km de nós, menos ainda até uma estrela de nêutrons a milhares de anos-luz. Hipoteticamente, uma amostra desse objeto não poderia ser contida na superfície, desceria até o centro da Terra e, após algumas oscilações por conta da inércia do movimento, pararia naquela posição. Por meio de uma mensagem como esta não é possível dar uma visão geral sobre tais objetos. O artigo da Wikipédia em inglês é bem completo e dá uma boa visão geral sobre estrelas de nêutrons: https://en.wikipedia.org/wiki/Neutron_star

Envio: 13/08/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
O conhecimento sobre planetas extrassolares ainda é muito limitado. Os dados obtidos pelo satélite Kepler, que operou há cerca de uma década, indicam que a grande maioria das estrelas têm planetas ao seu redor, mas essa é uma estimativa ainda muito incerta. Por enquanto não é possível estabelecer regras gerais sobre os mesmos.

Envio: 13/08/2021

Nome: Eduardo Santos Rosso

Cidade: Amambai

Resposta:
Ainda não. A busca por planetas em torno de outras estrelas, os chamados exoplanetas, é muito difícil. Até hoje essa busca só foi feita em estrelas relativamente próximas do Sol, todas elas pertencentes à nossa galáxia. O mais distante exoplaneta atualmente conhecido está a cerca de 13.000 anos-luz de distância. Estender essa busca para estrelas de outras galáxias ainda está fora de nossas possibilidades técnicas.

Envio: 10/07/2021

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas/Sp

Resposta:
Não é. A massa de um buraco negro estelar recém formado é a massa do núcleo da estrela progenitora. De acordo com os modelos, uma estrela que tenha massa inicial de 30 Msol, formaria um buraco negro com massa de 3 a 5 Msol. Todo o resto é ejetado ao longo da vida da estrela e na explosão da supernova que dá origem ao buraco negro. Não há nenhum ganho de massa do núcleo estelar apenas pelo aumento da densidade.

Envio: 07/07/2021

Nome: Bogdan Vilicic Neto

Cidade: Cotia

Resposta:
A palavra "buraco" nesse contexto é apenas uma analogia. Tecnicamente, buracos negros são concentrações de massa, cuja densidade tende ao infinito. É fácil provar que eles têm grande massa: o buraco negro supermassivo que existe no centro da Via Láctea por exemplo, vem sendo monitorado há mais de 20 anos e foi possível medir as órbitas de diversas estrelas que circulam em torno do mesmo. Como se sabe a distância em que ele está e as características dessas estrelas, foi possível estimar suas massas e com elas, usando a Terceira Lei de Kepler, foi possível calcular a massa desse buraco negro, que é de aproximadamente 3,3 milhões de massas solares.

Envio: 21/06/2021

Nome: Jean Matias Ferreira

Cidade: Jandira

Resposta:
Sim, buracos negros têm massa e giram, portanto têm momentum angular, ou seja, têm energia rotacional. Existe inclusive um possível processo de extração dessa energia, proposto pelo físico inglês Roger Penrose e que se chama Processo (ou Mecanismo) de Penrose. Num serviço de perguntas e respostas como este não é possível descrever as equações envolvidas, que são aquelas da relatividade geral. Veja por exemplo o link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_Penrose . Nele você encontrará uma descrição do mecanismo e nas referências você encontrará os artigos científicos com as equações.

Envio: 19/06/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Sim, tudo indica que Betelgeuse irá concluir seu ciclo evolutivo como uma supernova, já que tem massa estimada entre 16 e 19 vezes a do Sol e está na fase de supergigante, que é imediatamente anterior ao colapso do núcleo estelar e consequente explosão. Mas não é possível estimar o momento dessa explosão, ela pode acontecer em qualquer momento dos próximos 10.000 anos. Esse intervalo de incerteza parece muito longo, mas é muito pouco para a escala de vida de uma estrela, por isso diz-se que ela está na fase "pré-supernova".

Envio: 16/06/2021

Nome: Joao Calmon

Cidade: Sligo Ie

Resposta:
O que define o tempo de vida de cada estrela é sua massa: quanto maior, mais rápido é o ciclo evolutivo. Estima-se que a progenitora de Sírius B tivesse 5 massas solares e, com essa massa, ela tornou-se uma anã branca em menos de 200 milhões de anos. Sírius A por outro lado tem 2 massas solares e vai evoluir para gigante vermelha dentro de 1,5 bilhões de anos aproximadamente. Quando isso acontecer, existe sim a possibilidade da transferência de massa para a companheira ser grande o suficiente para que a massa desta atinja o limite de Chandraseskhar e o sistema evolua para uma SN 1A, mas a possibilidade não é grande já que a separação entre as duas estrelas é de 25 Unidades Astronômicas, o que não é tão pouco assim. Além disso existem ainda as chances da transferência de massa não ser tão grande e de haver queima superficial do material transferido, sem aumento da massa da anã branca. Caso o sistema evoluísse para uma supernova, haveria sim risco para a atmosfera da Terra devido à proximidade, porém isso só aconteceria daqui a cerca de 1,5 bilhões de anos, quando a evolução do nosso próprio Sol já terá alterado profundamente a atmosfera de nosso planeta.

Envio: 14/06/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Teoricamente, se um buraco negro evaporar completamente emitindo radiação Hawking, toda a sua massa desaparece, será transformada em radiação e emitida pelo mecanismo de Hawking. Para um buraco negro com massa equivalente a uma massa solar, o tempo necessário para a evaporação completa é estimado em 10E67 anos (o algarismo 1 seguido de 67 zeros), o que muito maior que o tempo de existência do universo, portanto este é um problema exclusivamente teórico no que se refere aos buracos negros estelares.

Envio: 10/05/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Buracos negros têm massa finita e portanto potencial gravitacional finito. Em termos da dinâmica, a situação não é diferente de um disco planetário com vários planetas girando em torno uma estrela. Se eles tiverem velocidade orbital suficiente para que orbitem o corpo central em órbitas estáveis, podem ficar indefinidamente nessa situação, mas caso percam momentum angular por alguma razão, irão "cair" na estrela. Estima-se que na formação de um sistema planetário como o nosso, diversos protoplanetas tenham caído no Sol nas fases iniciais de formação do sistema porque perderam momentum angular por colisões e assim foram diminuindo seu raio orbital até "caírem" no Sol. A situação com o disco de acreção de um buraco negro é análoga: caso a matéria tenha velocidade orbital suficiente para contrabalançar a força gravitacional do buraco negro e não sofra colisões que a desacelerem, poderia ficar indefinidamente em órbita, mas na prática essa situação não existe porque o disco de acreção é muito mais denso e turbulento do que um disco planetário, então a matéria vai perdendo velocidade e momentum angular até entrar no horizonte dos eventos.

Envio: 02/04/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Este é um exoplaneta em torno da estrela V1400 Centauri, a cerca de 434 anos-luz da Terra. Trata-se de um planeta muito massivo, com aproximadamente 20 vezes a massa de Júpiter, que tem um sistema de anéis realmente muito grandes. Aqui no sistema solar todos os planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) têm anéis, mas estes são muito diferentes entre si. Enquanto os de Saturno são muito grandes (cerca de 270.000 km de diâmetro), os demais são bem menores e muito menos brilhantes. No caso deste exoplaneta, estima-se que os anéis tenham diâmetro de aproximadamente 180 milhões de km. Tudo em relação a este exoplaneta ainda é muito incerto pois ele foi descoberto apenas em 2007 e pouco se conhece sobre ele. De acordo com o que se sabe a partir do sistema solar, nada impede que um sistema de anéis seja muito grande, basta que ele seja "abastecido" de material do disco planetário. Uma diferença importante em relação aos anéis de Saturno é que V1400 Cen é um sistema planetário extremamente jovem, a estrela tem apenas 16 milhões de anos, enquanto o Sol e seu sistema têm 4,6 bilhões de anos, para comparar. Isso significa que talvez as estruturas visíveis agora sejam temporárias e desapareçam com a evolução do sistema como um todo.

Envio: 23/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
É um tipo de estrela. Todas as estrelas chamadas "anãs" são aquelas que estão em sua vida "adulta", no sentido de que já estão formadas e estáveis e ainda não estão nos seus estágios finais de evolução, quando passam por fases denominadas gigantes ou supergigantes. O termo "amarela" está relacionado à temperatura efetiva da mesma: as mais quentes são as azuis, depois brancas, amarelas, laranjas e vermelhas, essas últimas são as mais frias. O Sol é uma anã amarela.

Envio: 23/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Tais fotos são feitas com uma técnica chamada coronografia: o ponto de luz brilhante que corresponde à respectiva estrela é "tampado" por uma máscara, permitindo assim a visualização dos planetas próximos. Para essa técnica funcionar, além de encobrir a luz da estrela também é necessária uma altíssima qualidade de imagem, que só é obtida em telescópios profissionais equipados com óptica adaptativa. Vale a pena lembrar que, mesmo usando esses recursos todos, não existem fotos de exoplanetas que mostrem detalhes de suas superfícies ou atmosferas, eles são visualizados apenas como pontos fracamente iluminados.

Envio: 22/03/2021

Nome: Milton

Cidade: Sp

Resposta:
Porque elas são extremamente brilhantes! Como produzem sua própria energia por fusão nuclear, as estrelas emitem para o espaço uma grande quantidade de energia na forma de luz, o que permite que sejam vistas a distâncias muito grandes.

Envio: 18/03/2021

Nome: Auriane Miranda

Cidade: Trairi-Ce

Resposta:
Singularidades nuas seriam objetos análogos a buracos negros, porém sem horizonte dos eventos. Nesse caso seria possível observar a própria singularidade de fora, o que é impossível no caso dos buracos negros reais. Teoricamente, um buraco negro girando extremamente rápido poderia produzir uma singularidade nua, porém jamais foi observado um objeto dessa natureza. Sua existência por enquanto é meramente uma hipótese.

Envio: 12/03/2021

Nome: Pedro

Cidade: São Gonçalo

Resposta:
Apenas as estrelas de grande massa, com no mínimo 10 vezes a massa do Sol, podem virar supernovas no final de seu ciclo evolutivo. Nas vizinhanças do Sol não existe nenhuma com tal massa. Claro que existem na nossa galáxia, a Via Láctea, muitíssimas estrelas de grande massa que um dia explodirão como supernova, mas nenhuma está próxima para que tal explosão resulte em algum risco para o sistema solar. Um bom exemplo é Betelgeuse, na constelação de Órion. Ela provavelmente vai explodir como supernova em algum momento dos próximos 10.000 anos, e quando isso acontecer será um belíssimo espetáculo noturno pois por alguns meses ela vai brilhar tanto que provavelmente será vista inclusive de dia. Mas tal evento não implicará em risco algum a nosso planeta pois ela está a 642 anos-luz de distância. É importante notar também que não é possível prever com exatidão a explosão de uma supernova. Voltando ao exemplo de Betelgeuse, talvez ela exploda amanhã, ou talvez daqui a 10.000 anos.

Envio: 08/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
A massa de uma estrela é calculada a partir de sua luminosidade. Sabe-se que, para produzir uma determinada luminosidade, é preciso que o núcleo estelar produza uma determinada energia e para isso é necessário uma massa também determinada. Essa relação foi obtida a partir dos modelos de interiores estelares, testados e validados pelas observações de estrelas próximas. Então o caminho é esse: medem-se a luminosidade aparente (que depende da distância e do brilho intrínseco) e a própria distância. A seguir, determina-se ao tipo de estrela (anã, gigante, supergigante, etc.) e com essas informações é calculada a luminosidade (ou brilho intrínseco). Tendo-se a luminosidade e o tipo de estrela, é possível obter-se a massa.

Envio: 27/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Determinar a luminosidade, também chamada de brilho intrínseco, de uma estrela não é muito simples. É necessário determinar inicialmente seu brilho aparente, isso é que é simples, basta fazer uma medida com um fotômetro. Também é necessário determinar sua distância e fazer uma estimativa do tipo espectral da estrela, ou seja, se é uma anã, uma gigante, uma supergigante, etc. Essas informações são obtidas através de espectroscopia, uma técnica de medida baseada na decomposição da luz em suas cores e características. A partir destes parâmetros é possível determinar a luminosidade das estrelas.

Envio: 11/02/2021

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sua pergunta pode ser dividida em duas: 1- qual a origem dos meteoritos de ferro/níquel? 2- qual a origem do ferro e do níquel? Os meteoritos são componentes do sistema solar, portanto, assim como os planetas, os satélites, os asteroides e os cometas, eles se originaram da nebulosa protossolar, que deu origem ao Sol e a todo o sistema. Eles são pedaços pequenos de material que estavam vagando pelo disco planetário desde que o sistema se formou há 4,6 bilhões de anos e eventualmente vieram a cair na Terra. Quanto aos elementos químicos, estes também estavam dispersos no meio interestelar e faziam parte da nebulosa da qual o Sol se formou. Elementos pesados como o ferro e o níquel são produzidos nos estágios finais de evolução das estrelas de grande massa, imediatamente antes da explosão de supernovas.

Envio: 11/02/2021

Nome: Daniela

Cidade: Chapecó

Resposta:
Existe sim a possibilidade da existência de pares de buracos negros. Basta que exista um sistema binário formado por duas estrelas de grande massa. Se elas tiverem massa suficiente, ambas explodirão como supernovas e seus núcleos podem evoluir para buracos negros. Nesse caso, eles podem vir a se juntar devido a efeitos gravitacionais e esse processo, tecnicamente chamado de coalescência de buracos negros, é uma das fontes mais prováveis para emissão de ondas gravitacionais. Este processo resulta em outro buraco negro, cuja massa é a soma das massas dos dois primeiros.

Envio: 10/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
É o que está em órbita da estrela mais próxima do Sol, Próxima Centauri, a apenas 4,24 anos-luz de distância.

Envio: 10/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
De acordo com a relatividade geral, a maior velocidade possível na natureza é a velocidade da luz no vácuo e o que define o horizonte dos eventos de um buraco negro é exatamente o fato de que sua velocidade de escape é igual à velocidade da luz no vácuo. Portanto nada pode escapar dele. Para escapar, seria preciso uma velocidade maior que a da luz, o que é fisicamente impossível.

Envio: 10/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Buracos negros giram muito rápido mesmo. Suas velocidades de rotação chegam próximas à velocidade da luz. Isso não acontece em função de suas massas. Vale a pena lembrar que buracos negros estelares são os antigos núcleos das estrelas de grande massa e têm massas relativamente pequenas, tipicamente entre 3 e 10 vezes a massa do Sol. Suas altíssimas velocidades de rotação são consequência das leis de conservação da mecânica clássica, em particular a conservação do momentum angular: se uma determinada massa gira com uma certa velocidade de rotação e subitamente encolher sem perder massa, a velocidade de rotação vai aumentar para que o momentum angular se conserve. Por isso mesmo, o núcleo de uma estrela que se transforma numa estrela de nêutrons após a explosão de uma supernova, passa a girar muito rápido, com período de rotação da ordem dos segundos ou, em alguns casos, uns poucos milissegundos. No caso dos buracos negros, o colapso é ainda maior e as velocidades de rotação resultantes são bem maiores.

Envio: 10/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Sim, buracos negros giram e portanto têm momentum angular. Esta conclusão é a chamada "solução de Kerr" para as equações de campo de Einstein da relatividade geral e são as que melhor descrevem os buracos negros. Esta solução diz que os buracos negros têm 3 parâmetros fundamentais que os descrevem: massa, carga elétrica e momentum angular.

Envio: 10/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Buracos negros têm distintas partes. Uma das mais importantes é o chamado "horizonte dos eventos", que em primeira aproximação é uma esfera cujo raio, que é chamado "raio de Schwarzschild" e é contado a partir da singularidade central, define a fronteira a partir da qual a luz não escapa mais. Como buracos negros têm massa finita e este volume é calculável, a densidade pode ser calculada e é finita. Mas no centro desta esfera está a singularidade central. Esta sim, de acordo com a relatividade geral, tem volume nulo, portanto apesar de ter massa finita, quando se divide uma massa finita por um volume nulo, tem-se densidade infinita.

Envio: 09/02/2021

Nome: Davi De Magalhães Kottwitz

Cidade: Jundiaí

Resposta:
Em primeiro lugar, é necessário lembrar que matéria estranha é uma hipótese teórica, nada garante que ela exista. O risco potencial que existe é que, de acordo com alguns modelos, a matéria estranha, quando colocada em contato com a matéria comum, pode interagir com ela, transformando-a em "strangelets", que em termos simples são uma "sopa" de quarks de diferentes tipos. Em outras palavras, isso destruiria o planeta inteiro. Mas não podemos esquecer que nosso planeta existe há 4,5 bilhões de anos e nada na história geológica da Terra indica que tenha ocorrido uma catástrofe dessa natureza, pois não existem aqui nem matéria estranha nem strangelets. Por enquanto, é mera especulação.

Envio: 07/02/2021

Nome: Auriane Miranda

Cidade: Trairi-Ce

Resposta:
A maior estrela encontrada em nossa galáxia até agora é UY Scuti, na constelação do Escudo (Scutum), que tem aproximadamente 1700 vezes o diâmetro do Sol. Veja no link abaixo uma lista das maiores estrelas encontradas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_das_maiores_estrelas_conhecidas
A nossa galáxia continua a produzir estrelas. A região da Nebulosa de Órion, que fica perto das Três Marias e é bem conhecida, é uma região ativa de formação estelar.

Envio: 04/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Estrelas de Planck são objetos hipotéticos. Elas existiriam dentro do horizonte dos eventos dos buracos negros e a possibilidade de sua existência surgiu a partir de uma formulação que combina a Relatividade Geral com a Mecânica Quântica: seria possível explicar a existência um objeto dentro do horizonte dos eventos se o seu colapso gravitacional para um buraco negro for impedido por condições ditadas pelo princípio da incerteza de Heisenberg, antes do objeto atingir a chamada "escala de Planck" de densidade e dimensões. Tal explicação só é válida assumindo-se que a gravidade e a estrutura do espaço-tempo são quantizadas, o que são apenas hipóteses. Nada garante que tais objetos existam na realidade, a hipótese foi proposta há poucos anos atrás, em 2014, e o tema ainda é objeto de discussão.

Envio: 25/01/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Note que se você fez a pergunta é porque já ouviu falar em conceitos como "buraco de minhoca" e "buraco branco". O fato desses conceitos serem de domínio público já demonstra que eles são conhecidos e estudados há bastante tempo. A resposta é sim, essa questão já foi levantada há muito tempo. O problema é que buracos de minhoca e buracos brancos são apenas exercícios de matemática, eles não são objetos reais como os buracos negros. Esses conceitos são apenas soluções válidas das equações da teoria da relatividade geral, mas não existe nenhuma evidência que sejam objetos reais. Vale lembrar também que o termo "buraco negro" pode levar à falsa ideia de que eles são cavidades, com um "fundo" em algum lugar. Essa ideia é falsa, buracos negros são esféricos! São objetos resultantes do colapso gravitacional dos núcleos das estrelas de grande massa, cujo campo gravitacional é tão intenso que a luz não escapa dele. Eles não são "passagens" para outros pontos do universo.

Envio: 17/01/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Essa matéria passa a fazer parte da massa do mesmo. Em outras palavras, a massa de um buraco negro cresce à medida que ele vai absorvendo a matéria que cai nele, mas isso não quer dizer que ele aumenta de tamanho, pois a densidade dos mesmos é infinitamente grande. O que aumenta é o raio do "horizonte dos eventos", a fronteira a partir da qual tudo o que entra não sai mais. Esse "horizonte" depende da massa e vai crescendo à medida que a massa aumenta. E importante notar que a matéria não vai para lugar algum! Apesar do nome, buracos negros não são "buracos", na verdade são esferas.

Envio: 13/01/2021

Nome: Ilan Vitor Santos De Aguiar

Cidade: Vitória De Santo Antao Pe

Resposta:
Não escapam! A emissão de raios-X detectadas em buracos negros não vem de dentro deles. Essa emissão vem de sua vizinhança imediata. O intenso campo gravitacional no entorno de um buraco negro provoca turbilhonamento da matéria que está bem próxima do horizonte dos eventos, a "fronteira" de um BN, essa intensa agitação transfere energia para a matéria, que é liberada na forma da emissão de raios-X e ultravioleta.

Envio: 12/01/2021

Nome: Auriane

Cidade: Trairi-Ce

Resposta:
Teoricamente um buraco negro pode evaporar devido a um mecanismo chamado "radiação Hawking", que é efeito quântico resultante da produção de partículas junto do limite definido pelo Horizonte dos Eventos e do princípio da incerteza. Esse efeito deve diminuir a massa e o momentum angular de um buraco negro, resultando em sua evaporação, porém numa escala de tempo MUITO grande, no mínimo de 10^67 anos (10 elevado à 67a potência)

Envio: 06/01/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Buracos brancos são objetos hipotéticos, não existe nenhuma evidência de que eles existam no universo, nem mesmo que possam fisicamente existir. O conceito por trás dos mesmos saiu da teoria da relatividade geral, invertendo os sinais de algumas das equações de campo de Einstein, que relacionam a geometria do espaço-tempo num dado volume com a distribuição de matéria e energia dentro do mesmo. Essas são as equações clássicas para descrever buracos negros. Ao contrário dos buracos negros, nos buracos brancos seria impossível entrar, mas matéria e energia poderiam sair. E também ao contrário dos buracos negros, cuja existência é bem comprovada, os buracos brancos permanecem como uma especulação teórica.

Envio: 03/01/2021

Nome: Aline Couto

Cidade: Duque De Caxias

Resposta:
Não, de maneira nenhuma! A massa mínima para que uma estrela se forme equivale a 8% da massa do Sol. Em termos da massa de Júpiter, seriam precisos mais de 80 deles somados para formar uma estrela.

Envio: 10/12/2020

Nome: Lucas P. Gomes

Cidade: Sao Joao Da Boa Vista

Resposta:
O comportamento dos buracos negros é descrito pela Teoria da Relatividade Geral, portanto é a ela que precisamos recorrer para descrever o que ocorre em seu entorno. Primeiro é necessário desfazer alguns equívocos: é equivocado achar que buracos negros são atratores infinitos que atraem tudo o que existe. Se isso fosse verdade o universo não existiria! Eles têm massa finita e portanto sua atração gravitacional é finita também. O que os difere de uma estrela normal é que, muito próximo deles, a força gravitacional é extremamente grande, até que, passada uma determinada fronteira chamada Horizonte dos Eventos, nem mesmo a luz sai deles. Devido a essa imensa força, objetos tendem a ser alongados no sentido do próprio B.N., num processo que os especialistas chamam de "espaguetificação": primeiro as estruturas maiores são alongadas até serem destruídas, depois as menores, depois os próprios átomos e finalmente os núcleos atômicos. A matéria que ingressa num B.N. passa a fazer parte dele, aumentando a sua massa, porém sem aumentar o volume já que a densidade do mesmo tende ao infinito. É um objeto cujas características fogem muito do senso comum, mas é assim que a teoria da relatividade os descreve.

Envio: 07/12/2020

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Toda a matéria que conhecemos é composta por átomos que se compõem de um núcleo com prótons e nêutrons, circundado por uma nuvem de elétrons. Os prótons e nêutrons por sua vez são compostos por partículas elementares chamadas quarks. O termo "matéria estranha" se refere a um tipo muito particular de matéria da qual faz parte um quark chamado "strange" (estranho). Essa matéria seria ultradensa e não existe na Terra. Muito se discute sobre a origem e mesmo sobre a existência da matéria estranha, há alguns físicos de partículas que acreditam que ela não existe. Caso existir, ela deve ocorrer apenas no interior das estrelas de nêutrons, um tipo muito particular de estrela que se forma no final do ciclo evolutivo das estrelas de grande massa. Não existe nenhum risco associado a esses objetos aqui na Terra já que todos estão a distâncias muito grandes.

Envio: 25/11/2020

Nome: Felipe Carias

Cidade: São José Dos Campos

Resposta:
Define-se a zona habitável em torno de uma estrela como uma faixa de distâncias, da mínima até a máxima, em que um planeta rochoso em torno da mesma possa ter água na forma líquida livre na superfície. Planetas mais próximos da estrela do que o limite mínimo da zona habitável só teriam água na forma de vapor e os mais distantes, apenas na forma de gelo. Aqui no Sistema Solar a Terra evidentemente está na zona habitável do Sol e Marte, que já teve água livre na superfície está na sua borda externa. À medida que o ciclo evolutivo de uma estrela vai ocorrendo, sua temperatura efetiva vai mudando e a zona habitável vai mudando também. Citando novamente o sistema solar como exemplo, daqui a cerca de 2 bilhões de anos o Sol estará mais luminoso e a Terra não estará mais na zona habitável, que vai se deslocar em direção a Marte.

Envio: 27/10/2020

Nome: Gabriela

Cidade: Santana De Parnaíba, Sp

Resposta:
Para os planetas do Sistema Solar é simples, basta examinar a superfície do planeta com telescópios aqui da Terra e estudar sua atmosfera. Mas sua questão provavelmente se refere aos planetas extrassolares, aqueles em torno de outras estrelas. Para eles, essa tarefa é muito difícil já que, comparados com suas estrelas hospedeiras, eles são muito pouco brilhantes, para não falar que estão quase "encostados" nas suas respectivas estrelas. Existem duas maneiras principais de se estudar atmosferas planetárias nesse caso. A primeira é pelo método de trânsito: espera-se o planeta passar pela frente de alguma estrela que esteja ao fundo, ou seja, atrás dele quando visto daqui da Terra, e usa-se a luz que atravessa a atmosfera planetária para estudá-la. Outra maneira mais sutil (mas que também funciona!) é estudar a própria emissão da atmosfera do planeta. Isso é feito calculando-se a diferença entre a luz emitida pelo planeta junto com sua respectiva estrela, o que ocorre na maior parte do tempo, e a luz da estrela sozinha, medida quando o planeta em estudo está atrás dela.

Envio: 22/09/2020

Nome: José Eduardo De Lima

Cidade: Curitiba

Resposta:
Nebulosas planetárias são o produto da evolução das estrelas de massa baixa ou intermediária, até cerca de 8 vezes a massa do Sol. No final do seu ciclo evolutivo, essas estrelas ejetam suas camadas externas, que formam uma nebulosa planetária. Essas nebulosas se expandem com velocidades típicas de 30-40 km/s e têm em sua composição química os elementos produzidos pelo núcleo dessas estrelas ao longo de sua evolução, tais como hélio, carbono e nitrogênio. Já as nebulosas remanescentes de supernovas são formadas quando o núcleo de uma estrela de grande massa explode ao final do seu ciclo evolutivo. Essas nebulosas se expandem com velocidades muito maiores que as planetárias, em torno de 4000-5000 km/s e sua composição química inclui elementos mais pesados formados pela estrela progenitora, tais como ferro e outros mais pesados que este.

Envio: 26/05/2020

Nome: Raul Weslley

Cidade: Parauapebas Pa

Resposta:
A escala de magnitudes foi determinada originalmente por Hiparco de Nicea há 2200 anos! Em termos modernos, ela é definida a partir do logaritmo do fluxo de energia que vem de uma estrela. Num serviço de respostas como este não é possível mostrar os cálculos que definem a escala, então veja mais detalhes aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Magnitude_(astronomia)

A determinação da distância ENTRE as estrelas requer um cálculo de triangulação, mas primeiro é necessário calcular-se a distância de cada uma dessas estrelas até nós. Isso é feito por uma técnica chamada 'paralaxe trigonométrica': usa-se a distância Terra-Sol como referência para se calcular a distância até uma estrela. Sabida a distância entre duas estrelas e nós, bem como o afastamento entre elas no céu, é possível calcular a distância entre as mesmas.

Envio: 18/05/2020

Nome: Henrique Dal Bo Campanilli

Cidade: Luiz Antônio, Sp

Resposta:
Não é! O termo "buraco" nesse contexto é impreciso. Tecnicamente, um buraco negro é um ponto no espaço (ou melhor, no espaço-tempo para usar o conceito da teoria da relatividade) cujo potencial gravitacional é tão intenso que nenhuma matéria ou energia (como a luz) pode sair dele. Usa-se "buraco negro" como uma analogia, fazendo-se referência a um local de onde não se pode sair. No mesmo sentido, poderia ser usada a expressão "poço sem fundo" por exemplo. Tecnicamente o mais correto é usar "singularidade gravitacional" ou então "objeto gravitacionalmente colapsado" para descrever um buraco negro, mas esse termo, que começou a ser usado nos anos 1960, tornou-se tão popular e conhecido pelos cientistas, jornalistas e divulgadores científicos que atualmente não é mais necessário usar os termos mais técnicos.

Envio: 08/05/2020

Nome: Renato

Cidade: São Paulo

Resposta:
É verdade, buracos negros são singularidades, não têm dimensões. Mas um parâmetro importante associado à massa de cada um que tem dimensões e pode ser perfeitamente calculado, é o chamado "horizonte dos eventos". Ele é o raio que define a região da qual nem a luz consegue escapar devido à intensidade do campo gravitacional. E o que distingue dois buracos negros de massa diferente? É o raio do horizonte dos eventos, quanto maior for a massa, maior será este raio. Assim, ainda que qualquer buraco negro seja uma singularidade, os raios dos horizontes dos eventos são distintos e proporcionais à massa de cada um.

Envio: 06/05/2020

Nome: Stéfano Lopes Da Silva

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Esse objeto foi descoberto há muito pouco tempo e suas características ainda não são bem conhecidas. Também não é conhecida a quantidade deles que existe. Portanto é muito cedo para especular se tais objetos são tão abundantes assim que possam explicar a grande quantidade de matéria escura, cuja existência é inferida pelos seus efeitos gravitacionais

Envio: 27/04/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Em princípio todas as estrelas podem formar planetas em seu redor, porém tomando o único caso de vida que conhecemos, o da Terra, o tempo requerido para a vida evoluir é muito longo. No caso da Terra, a vida surgiu menos de um bilhão de anos após a formação do planeta, mas a vida complexa só surgiu mais de 3 bilhões de anos após o surgimento da Terra. Como existe uma imensa quantidade de alvos a serem escolhidos, a busca até agora tem se concentrado nas estrelas mais frias e de evolução mais lenta, e que portanto existem há mais tempo. Elas são as anãs tipo F,G,K. Mas, de novo, nada impede que essa busca seja futuramente estendida.

Envio: 10/04/2020

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Sim, caso a soma das massas das duas estrelas ultrapassar o limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, um buraco negro pode ser formado a partir dum evento assim. Tais eventos devem produzir também fortes jatos de raios gama, bem como devem ser fontes de ondas gravitacionais.

Envio: 10/04/2020

Nome: Adriel

Cidade: Campina Grande

Resposta:
A radiação Hawking consiste na emissão de radiação por buracos negros, devido a efeitos quânticos. Sua existência ainda é controversa mas, caso existir, é imensamente pequena e apenas buracos negros supermassivos, aqueles que existem nos centros das galáxias, é que evaporariam por esse mecanismo. Buracos negros resultantes da evolução de estrelas perderiam tão pouca energia pelo efeito Hawking que essa perda seria compensada pela absorção de fótons da radiação cósmica de fundo. De qualquer forma, os fótons que um buraco negro emite por radiação Hawking se dispersam no meio interestelar, como qualquer outro fóton.

Envio: 01/04/2020

Nome: Sofia Inoue

Cidade: Rio Do Sul, Sc

Resposta:
Sim, sem problema. Magnetar é um tipo de estrela de nêutrons com intenso campo magnético, e estrelas de nêutrons são o estágio final de evolução de estrelas de grande massa. Nada impede que tais estrelas formem-se em sistemas binários. Na verdade existem sistemas binários nos quais um dos componentes já foi identificado como um magnetar.

Envio: 30/03/2020

Nome: Heber Leandro Nunes

Cidade: Recife

Resposta:
Não se pode esquecer que estrelas de nêutrons são a fase final de evolução de estrelas de grande massa, e todas elas têm campos magnéticos. Estes campos se conservam, eles não desaparecem com a evolução da estrela nem com o colapso dos núcleo estelar que dá origem a uma estrela de nêutrons. Esta é uma parte da resposta, os campos magnéticos já estavam lá! Outro ponto importante a considerar é que uma estrela de nêutrons não é composta exclusivamente por nêutrons. De acordo com os modelos, elas têm uma estrutura interna: a maior parte do volume das mesmas é de fato composta por nêutrons, mas as camadas mais externas, submetidas a pressão menor, têm elétrons, prótons e íons. Tais partículas formam um ambiente altamente condutivo que pode manter o campo magnético.

Envio: 27/03/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
As propriedades físicas gerais dos planetas ainda são temas de muita discussão, existem diversos modelos debatidos na literatura. De modo geral, um planeta com 5 vezes a massa da Terra é classificado como rochoso, uma "superterra". Vários planetas assim já foram identificados em torno de outras estrelas, o mais massivo é Kepler 10c com massa estimada entre 15 e 19 vezes a da Terra. Por outro lado, existem planetas gasosos que podem ter massa muito pequena, o menor até agora identificado é Kepler 138d, com massa similar à da Terra. Em outras palavras, saber apenas a massa não é suficiente para determinar as condições físicas de um exoplaneta.

Envio: 20/03/2020

Nome: Antonio Roberto Rabitti

Cidade: São Paulo

Resposta:
De fato, elas brilham mesmo! Emitem radiação eletromagnética não apenas na faixa visível mas também em outras como raios X e raios gama. A origem dessa radiação está na turbulência e nos intensos campos magnéticos que as superfícies destes objetos têm. Nestas condições, o material é excitado por um processo chamado reconexão magnética, quando as linhas de força do campo magnético são continuamente interrompidas e reconectadas. Este processo acelera as partículas a velocidades muito próximas à da luz, e quando elas se desexcitam por colisões, a energia é emitida na forma de radiação eletromagnética.

Envio: 19/03/2020

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Híperons são partículas elementares compostas de pelo menos um quark do tipo "estranho", um dos 6 tipos de quarks existentes de acordo com o modelo-padrão das partículas elementares. De acordo com os modelos de evolução estelar, tais partículas devem existir nos núcleos das estrelas de nêutrons e sua existência estabelece limites de massa para estas estrelas que são compatíveis com os valores observados.

Envio: 04/03/2020

Nome: Heber Leandro Nunes

Cidade: Recife-Pe

Resposta:
A maioria das anãs brancas tem temperatura superficial entre 8000 e 40.000 K. Em função de sua massa, estima-se que a temperatura do Sol nesta fase estará entre 10-12 mil K. O tempo para uma anã branca esfriar totalmente e sua temperatura chegar naquela do meio interestelar é extremamente longo. Estima-se que uma estrela da massa do Sol leve entre centenas de trilhões de anos para atingir essa fase, mas mesmo estas estimativas podem ser muito conservadoras. Outros modelos indicam tempos ainda maiores.

Envio: 27/02/2020

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano -Sp

Resposta:
Sim, todas as estrelas visíveis a olho nu são de nossa galáxia. Os únicos objetos extragalácticos que se pode ver a olho nu são a galáxia de Andrômeda, que aparece como uma manchinha difusa em forma de amêndoa, e as duas Nuvens de Magalhães, que são galáxias-satélite da Via Láctea. Entre nossa galáxia e Andrômeda existem sim estrelas "desgarradas", provavelmente ejetadas de nossa galáxia ou da própria Andrômeda por interações gravitacionais. Já foram contadas mais de 600 estrelas entre as duas galáxias. Esse tipo de objeto recebe o nome de estrela intergaláctica.

Envio: 20/02/2020

Nome: Fabiano Bellini

Cidade: São Roque - Sp

Resposta:
Não, as alterações detectadas agora, com esse período de aproximadamente 11 meses, foram geradas há 640 anos atrás e agora a informação está chegando a nós. Como essa estrela é muito brilhante e vem sendo monitorada há décadas, temos já acumulado muito tempo de estatística sobre ela, mas sempre considerando um atraso de 640 anos entre o momento que a informação saiu dela e quando chegou aqui. Por exemplo, admitindo como exata essa distância de 640 anos-luz, uma perturbação gerada lá há 300 anos atrás só chegará até nós daqui a 340 anos.

Envio: 18/02/2020

Nome: Ronaldo Moraes

Cidade: Curitiba, Pr

Resposta:
Buracos negros não ejetam matéria. O que pode ocorrer é ejeção de matéria que está no entorno de um buraco negro, mas nesses casos a matéria ejetada nunca sai de dentro do mesmo, sempre é ejetada a partir das vizinhanças dele devido. Tal efeito pode ocorrer devido a interações gravitacionais entre a massa do próprio buraco negro com as de outros objetos gravitando em sua vizinhança.

Envio: 18/02/2020

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Esse tipo de evento é muito raro porque a distância média entre as estrelas é muito grande, mas eventualmente pode acontecer em sistemas binários, onde duas estrelas se formam e evoluem muito próximas uma da outra. Em caso de uma colisão, forma-se outra estrela com massa igual à soma das predecessoras. Mas se a massa do núcleo da nova estrela formada ultrapassar o chamado Limite de Chandrasekhar, equivalente a 1,44 vezes a massa do Sol, essa nova estrela irá explodir como uma supernova.

Envio: 13/02/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Esta é uma visão um pouco antropocêntrica pois estaríamos pressupondo que aquilo que existe na Terra, e que definimos como vida, é a única possibilidade de organização bioquímica possível. Mesmo supondo que procuremos apenas por vida similar ao que existe na Terra, ainda assim estrelas mais frias teriam o fator limitante da baixa luminosidade: apenas planetas muito próximos das mesmas receberiam uma quantidade de energia por unidade de área suficiente para as reações prébióticas. Em outras palavras, não existem atualmente argumentos sólidos para restringir a busca de vida fora da Terra apenas às estrelas mais frias que o Sol.

Envio: 25/01/2020

Nome: David Rodrigues

Cidade: Banabuiú

Resposta:
Supernovas são explosões de núcleos de estrelas muito massivas, com no mínimo 10 vezes a massa do Sol. Esses eventos produzem nebulosas chamadas "remanescentes de supernova" como é o caso da Nebulosa do Caranguejo que se caracterizam por velocidades de expansão muito rápida, da ordem de 5000 km/s. Já as nebulosas planetárias são envoltórios de estrelas de massa baixa ou intermediária, ejetados na fase final de evolução das mesmas. Ao contrário dos remanescentes de supernovas, as nebulosas planetárias não são produzidas em eventos explosivos e têm velocidades de ejeção muito mais baixas, da ordem de 30 a 50 km/s.

Envio: 13/01/2020

Nome: Andy

Cidade: Fortaleza

Resposta:
Para estrelas muito próximas é possível medir diretamente o diâmetro através de técnicas de imagem de ultra-alta definição em telescópios profissionais. Outra possibilidade é usar a ocultação de uma estrela pela Lua ou por um asteroide: nesse caso o diâmetro pode ser calculado a partir do padrão com que a intensidade da luz da mesma vai diminuindo à medida que a ocultação ocorre. Para a maioria dos casos, quando não é possível medir diretamente nem ocorrem ocultações, os diâmetros das estrelas podem ser estimados a partir de sua temperatura efetiva e luminosidade, usando modelos de estrutura estelar que já foram testados a partir das estrelas mais próximas.

Envio: 06/01/2020

Nome: Alice Da Silva

Cidade: Recife, Pe

Resposta:
As estrelas que vemos a olho nu estão a distâncias relativamente curtas, que tipicamente estão entre dezenas e centenas de anos-luz. Isso quer dizer que a luz saiu de lá a centenas de anos ou menos e esse tempo é muito pequeno na vida de uma estrela. Em geral elas vivem bilhões de anos, apenas aquelas que têm massa muito grande (10 vezes a do Sol ou mais) viram supernovas. Em outras palavras, claro que pode haver alguma exceção mas as estrelas que vemos daqui da Terra estão lá nas suas posições sim!

Envio: 16/11/2019

Nome: Ilmar Luiz Miranda De Barros Souza

Cidade: Campos Dos Goytacazes

Resposta:
Esse é um mecanismo que pode ser calculado sem dificuldade pois envolve apenas a interação gravitacional e o resultado vai depender das forças envolvidas. A interação com um corpo muito massivo pode acelerar outro e, no caso de uma estrela com planetas, os mesmos seriam também acelerados pelo mesmo mecanismo que acelerou a estrela. Para cada planeta, em função de sua massa, distância à estrela e velocidade orbital, seria necessário calcular se a velocidade adquirida através dessa interação permitiria ou não o escape do campo gravitacional da estrela.

Envio: 13/11/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Esse é um problema complexo de dinâmica. Teoricamente é possível sim, mas será uma órbita altamente instável e provavelmente os planetas não ficarão por muito tempo nesse arranjo. Isso deve ter acontecido com a Terra no sistema solar primitivo, estima-se que entre 50 e 100 milhões de anos após a formação dos planetas, um corpo com aproximadamente o tamanho de Marte e que tinha órbita muito próxima daquela da Terra colidiu com nosso planeta. Dessa colisão se formou a Lua. Outra possibilidade é um planeta duplo: dois corpos orbitando um centro de massa que por sua vez está em órbita do Sol. É um caso similar ao dos planetas que têm grandes satélites naturais, como o sistema Terra-Lua ou ou sistema Plutão-Caronte, em ambos os casos as órbitas são estáveis.

Envio: 12/11/2019

Nome: Arildo

Cidade: São Mateus

Resposta:
As estrelas que vemos no céu a olho nu estão tipicamente a dezenas ou centenas de anos-luz. As mais distantes da nossa galáxia, que estão a milhares ou dezenas de milhares de anos-luz, são vistas apenas por telescópios. O raciocínio que se deve fazer baseia-se na vida média das estrelas: elas vivem tipicamente entre centenas de milhões e dezenas de bilhões de anos. Como se conhece o estágio evolutivo das estrelas com facilidade, é possível estimar o tempo que elas ainda vão existir e pode-se dizer com absoluta certeza que as estrelas num raio de milhares de anos-luz estão lá sim! Do ponto de vista estatístico é possível que uma ou duas estrelas supergigantes, como Betelgeuse ou Eta de Carina por exemplo, venham a ser vistas como supernovas nos próximos anos e portanto neste instante já não existem mais, mas são poucas exceções. Para as outras galáxias as distâncias são muito maiores, as mais distantes estão a distâncias da ordem das centenas de milhões ou bilhões de anos-luz. Aí sim pode-se dizer que as gerações de estrelas já se sucederam e a luz dessas galáxias que vemos agora não vem exclusivamente das estrelas que existem lá atualmente.

Envio: 01/11/2019

Nome: Antonio Augusto Ferreira Ribeiro

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
As estrelas são fontes primárias de luz porque produzem sua própria energia. Nos seus núcleos a energia é produzida por um processo denominado "fusão nuclear".

Envio: 14/10/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Buracos negros são chamados de singularidades exatamente porque, de acordo com a teoria da relatividade geral, a densidade em seu centro é infinita. Isso significa que eles não aumentam de tamanho com o aumento da massa, porém o raio do horizonte dos eventos de cada buraco negro, esse sim aumenta com a massa. O Horizonte dos Eventos é o raio, a partir da singularidade, que marca a fronteira do "ponto sem retorno", qualquer objeto ou mesmo raio de luz que se aproxime de um buraco negro e ultrapasse o horizonte dos eventos, não sairá mais. E esse raio aumenta com a massa do mesmo.

Envio: 14/10/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
As estrelas e os corpos menores que elas (planetas, satélites, cometas, asteroides...) formam-se a partir de nuvens interestelares. Essas nuvens nunca estão estáticas e no processo de contração de uma nuvem para formar um sistema planetário sempre existe rotação. Assim sendo, por conservação do momentum angular (da energia contida no movimento de rotação), todos os corpos giram.

Envio: 14/10/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Em outras palavras, você pergunta se é possível existirem planetas duplos, cujo centro de massa orbite uma estrela. Em princípio é possível sim, mas as condições de formação de um sistema de dois corpos assim seriam muito particulares: quando o sistema estelar estivesse em formação, eles não poderiam colidir um com o outro nem se separarem para que cada um se acomodasse numa órbita própria. Do ponto de vista da mecânica celeste seria difícil a formação de um sistema estável com essas condições.

Envio: 11/10/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Não, o termo "buraco" para descrever esses objetos é apenas uma analogia, eles não são cavidades que possam ser preenchidas. Buracos negros são concentrações de massa cuja densidade tende ao infinito, caso mais massa seja adicionada a ele, o que acontece é apenas que a massa do mesmo vai aumentando. Isso pode acontecer indefinidamente, não existe um limite superior de massa para esses objetos.

Envio: 02/10/2019

Nome: Isabelle

Cidade: Resende, Rj

Resposta:
Buracos negros são extremamente frios, com temperaturas muito próximas do zero absoluto. Essa temperatura um pouquinho acima do zero absoluto é originada pela Radiação de Hawking, um efeito quântico que produz radiação residual nas fronteiras do horizonte dos eventos de um buraco negro.

Envio: 02/10/2019

Nome: Isabelle

Cidade: Resende, Rj

Resposta:
Não, a gravitação newtoniana não se aplica a buracos negros e seu entorno. Para explicar a física dos buracos negros é necessária outra teoria de gravitação, a Relatividade Geral de Einstein.

Envio: 24/09/2019

Nome: Wancley Ribeiro De Morais

Cidade: Itororó

Resposta:
As estrelas que vemos no céu noturno estão tipicamente a dezenas, centenas ou alguns milhares de anos-luz. Ou seja, a luz que recebemos delas saiu de lá há algumas dezenas, centenas ou milhares de anos. Tais intervalos de tempo são muito pequenos em relação ao ciclo de existência das estrelas, que tipicamente é de muitos bilhões e anos. Em outras palavras, é até possível que uma estrela que vemos hoje já tenha concluído seu ciclo evolutivo e desapareça de nossa vista em alguns anos ou séculos, mas não faz sentido acreditar que isso tenha acontecido com todas as 200 bilhões de estrelas de nossa galáxia. Se você imaginar um futuro extremamente distante, daqui a centenas de bilhões de anos (ou talvez ainda mais tempo!), muito tempo depois do Sol ter deixado de existir, aí sem faz sentido considerar que as estrelas vão esgotar suas fontes de energia e o universo será escuro.

Envio: 20/09/2019

Nome: Felipe Costa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, buracos negros têm massa finita e possível de ser determinada. Uma vez que tenham uma certa massa e absorvam, por exemplo, uma estrela da vizinhança, ele vai expandir seu horizonte dos eventos em função do acréscimo de massa. Um bom exemplo são os buracos negros de massa estelar, que têm seus horizontes dos eventos muito menores do que os existentes nos buracos negros supermassivos que existem no centro das galáxias.

Envio: 19/09/2019

Nome: Mayara Cristina

Cidade: São Paulo

Resposta:
A resposta não é simples. Esse tempo depende da massa do buraco negro, da massa da estrela e da distância entre eles. Uma estimativa bem geral coloca esse tempo entre um mês e um ano se estivermos pensando em um buraco negro supermassivo como o que existe no centro da Via Láctea. Para buracos negros estelares, esse tempo deve estar entre anos e décadas.

Envio: 18/09/2019

Nome: Bruna Helena De Paulo

Cidade: Passos - Mg

Resposta:
Astrobiologia é uma ciência altamente promissora. É uma área interdisciplinar que envolve astronomia, química e biologia, ela se destina a estudar as bases que levaram à formação e evolução da vida na Terra e a aplicação desses conhecimentos a outros corpos celestes. O que se espera é conhecer as possibilidades de surgimento da vida em ambientes fora da Terra e fora mesmo do sistema solar. Com a entrada em operação dos telescópios na faixa dos 30 a 40 metros de diâmetro, o que deve ocorrer em torno de 2025, será possível investigar as atmosferas de planetas em torno de outras estrelas assim procurar se existem bases para a vida extraterrestre nesses locais. Para maior informação sobre essa área, baixe gratuitamente o livro "Astrobiologia - uma ciência emergente" de nosso site nesse link:
https://www.iag.usp.br/astronomia/sites/default/files/astrobiologia.pdf

Envio: 09/09/2019

Nome: Felipe Oliveira Costa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Estrelas maiores de fato consomem seu "combustível" (atenção, fusão nuclear não é um processo de combustão, esse termo não é tecnicamente correto) mais rápido. Apesar delas terem mais material para produzir energia em seus núcleos, a taxa de produção, ou seja, a quantidade de energia produzida por unidade de tempo, é muito maior do que aquela produzida em uma estrela de baixa massa. Por isso o tempo de existência de uma estrela de grande massa é muito menor (centenas ou milhares de vezes menor) do que o de uma estrela de baixa massa.

Envio: 08/09/2019

Nome: Misael Dos Santos Silva

Cidade: Maceió, Al

Resposta:
Sim, mas isso é verdade apenas para os objetos que estejam mais próximos da singularidade do que o chamado "horizonte dos eventos", ou seja, na sua vizinhança muito próxima. Como a massa dos buracos negros é finita, o seu potencial gravitacional também é finito. Isso quer dizer que eles não são "atratores universais".

Envio: 04/09/2019

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
O Sol e todas as estrelas produzem sua própria energia por um processo chamado fusão nuclear, que ocorre no núcleo estelar. Esse processo é uma reação nuclear e portanto não necessita de oxigênio (como é necessário para que o fogo queime por exemplo), portanto pode ocorrer no vácuo sem problema algum. Essa energia é emitida para fora e, em nosso sistema solar, é o que ilumina a Terra e todos os demais corpos.

Envio: 03/09/2019

Nome: Paulo Cesar R Motta

Cidade: São Lourenço Mg

Resposta:
O ano-luz é uma unidade de distância real que equivale a 9,46 trilhões de quilômetros. Existem alguns métodos para calcular-se distâncias das estrelas. O mais direto e seguro é o cálculo de distância por paralaxe, descrito aqui: http://cdcc.usp.br/cda/dispositivos/paralaxe/index.html Usando esse método é possível obter distâncias, que em geral são dadas em anos-luz apenas por comodidade já que se fôssemos expressar as distâncias em quilômetros os números seriam muito grandes.

Envio: 14/08/2019

Nome: Leonardo Barca Moreira

Cidade: Araraquara

Resposta:
O que está sendo abordado nesta pergunta é o que tem sido chamado “Efeito Interestelar”, pois foi abordado no filme Interestelar de 2014. De acordo com a teoria da relatividade geral de Einstein, quanto mais forte for a gravidade—ou a curvatura do espaço-tempo na linguagem da relatividade—mais devagar o tempo passa nesta região comparado com outros lugares onde a gravidade é mais fraca. A consequência disto é que quanto mais perto você estiver de um objeto astronômico—que curva o espaço ao seu redor—mais devagar o tempo passa.

Envio: 08/07/2019

Nome: Lucca Rodrigues Hoshino

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
As estrelas começam a fusão nuclear em seu centro quando a temperatura e a pressão atingem valores suficientemente altos para que tal processo ocorra. Uma estrela se forma quando um certo volume de matéria interestelar começa a se contrair por força da atração gravitacional. À medida que a proto-estrela vai ficando mais densa, ela também vai se aquecendo e a temperatura e pressão no centro vão subindo por força da compressão exercida pelo campo gravitacional. Quando a temperatura no centro atinge 15 milhões de graus e a pressão atinge o equivalente a 260 bilhões de atmosferas, a fusão nuclear do hidrogênio começa a ocorrer e a existência de uma estrela se inicia.

Envio: 25/06/2019

Nome: Moisés

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Buracos negros podem se atrair e até mesmo colidir um com o outro. As leis da gravitação continuam a valer sem nenhum problema nesse caso, já que buracos negros têm massa finita. Quando isso acontece, o resultado é um buraco negro com massa igual à soma das massas dos dois primeiros.

Envio: 17/06/2019

Nome: Israel Sousa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Estas conclusões são obtidas a partir dos parâmetros possíveis de serem determinados. No caso dos planetas em torno de outras estrelas, é possível determinar-se diretamente sua distância à estrela, sua massa e sua densidade. A partir desses parâmetros, outras informações podem ser obtidas tais como a temperatura na superfície, o diâmetro e a composição estimada. Todos esses resultados são obtidos de forma indireta, supondo-se que tais corpos sejam análogos aos planetas do sistema solar, que podem ser estudados em detalhe.

Envio: 24/05/2019

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Um pulsar é uma estrela de nêutrons que gira muito rápido. São os campos magnéticos das estrelas de nêutrons em rápida rotação que produzem os pulsos de rádio que dão o nome aos pulsares. No caso do pulsar da Nebulosa do Caranguejo, ele é sim o remanescente da estrela que explodiu no ano de 1054.

Envio: 07/05/2019

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Nada sai de um buraco negro, isso é correto, mas jatos podem ser ejetados da matéria que turbilhona em torno dos mesmos. O mesmo vale para os discos luminosos que sempre são mostrados em simulações ou modelos de buracos negros: toda essa matéria e energia está no entorno da singularidade, portanto pode ser ejetada sem violar nenhuma lei física.

Envio: 06/05/2019

Nome: Moisés

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
No interior de um buraco negro o campo gravitacional é tão intenso que tudo o que cai nele é destruído, deixa de existir, porém a massa continua lá. Esse não é um conceito fácil de entender mas é como a natureza funciona. A força de atração de um buraco negro é a mesma de um planeta ou estrela, ou seja, a gravidade, que depende da massa do mesmo. Os objetos que estejam próximos de um buraco negro estão lá por conta da atração gravitacional, mas como os buracos negros têm massa finita, a força gravitacional na sua vizinhança também é finita; em outras palavras, é perfeitamente possível que existam estrelas ou planetas orbitando buracos negros em órbitas estáveis sem ser atraídas por ele, da mesma forma que os planetas giram em torno do sol sem "caírem" nele.

Envio: 03/05/2019

Nome: Fabrícia Regiane Borges

Cidade: Araraquara

Resposta:
Esta estrela é uma hipergigante vermelha. Ela é uma das maiores estrelas conhecidas em diâmetro, ainda que esteja longe de ser a mais massiva.Seu diâmetro estimado é de 1420 vezes o do Sol, com massa de aproximadamente 20 massas solares. Estrelas dessa natureza evoluem de maneira muito rápida, sua idade estimada é de 8,2 milhões de anos.

Envio: 23/04/2019

Nome: Paschoal Bronzo

Cidade: Mossoró, Rn

Resposta:
A resposta é outra pergunta: semelhantes até que ponto? Se você quer dizer estrelas de sequência principal, do tipo G (com temperatura similar à do Sol), a resposta é que aproximadamente 5% do total de estrelas da Via Láctea é similar. Caso você se refira à chamadas "análogas solares", aquelas muito similares ao Sol, esse número diminui bastante, provavelmente 7 a 10% das de tipo solar poderiam ser chamadas de análogas. Mas se a sua pergunta se refere àquelas quase idênticas ao Sol não apenas em termos de temperatura e estágio evolutivo mas também em termos de composição química e atividade magnética, aí muito poucas são conhecidas, apenas algumas dezenas.

Envio: 29/03/2019

Nome: Tania

Cidade: Ribeirão Preto

Resposta:
Não, este número pode apenas ser estimado usando argumentos estatísticos pois não é possível contar todas elas. Nem mesmo o número total de estrelas apenas de nossa galáxia pode ser contado, ele é apenas estimado. Para a nossa galáxia apenas, o número estimado de estrelas é entre 200 e 400 bilhões.

Envio: 18/03/2019

Nome: Mateus José Arruda

Cidade: Rafard, Sp

Resposta:
As estrelas extremamente massivas, que têm massas da ordem de 100 vezes a do Sol ou mais, são extremamente raras. Seu ciclo evolutivo é muito rápido, da ordem de um milhão de anos ou menos que isso. Elas concluem seu ciclo com a explosão de uma supernova superluminosa, ou hipernova. Dois mecanismos podem funcionar nesse caso: pode ocorrer uma supernova com instabilidade de pares, onde a produção da pares elétron-pósitron retarda o colapso gravitacional, proporcionando que toda a massa da estrela seja ejetada na explosão, sem deixar nenhum remanescente estelar tipo estrela de nêutrons ou buraco negro. Outra possibilidade é um colapso é análogo aos das demais estrelas massivas, porém elas não produzem estrelas de nêutrons em seu núcleo e sim buracos negros. Em ambos os casos é produzida uma supernova extremamente luminosa, cerca de 10 vezes mais brilhante que uma supernova comum.

Envio: 27/02/2019

Nome: Emanuel

Cidade: São Gonçalo

Resposta:
Nesse caso a massa do buraco negro aumentaria por um valor igual à massa da estrela por ele absorvida. O buraco negro em si continuaria a existir normalmente, apenas com uma massa maior. Esse processo de captura de objetos por buracos negros, sejam eles estrelas normais, estrelas de nêutrons ou mesmo outros buracos negros, geram ondas gravitacionais que já podem se detectadas. Os eventos dessa natureza detectados nos últimos anos são resultantes de processos de captura deste tipo.

Envio: 12/02/2019

Nome: Joice Fernanda Marcato Ferraro

Cidade: Bebedouro

Resposta:
Listas de "o maior" ou "o menor" são por definição provisórias, pois novas descobertas sempre irão alterá-las no futuro. Atualmente o maior planeta já encontrado encontra-se em torno da estrela KR Muscae (ou HD 100546), a cerca de 320 anos-luz do Sol. Sua massa é de aproximadamente 20 vezes a massa de Júpiter, o que coloca o mesmo na fronteira entre ser um planeta gigante ou ser uma estrela anã marrom.

Envio: 11/02/2019

Nome: Joice Fernanda Marcato Ferraro

Cidade: Bebedouro

Resposta:
Um Buraco Negro não é nenhum tipo de passagem, é apenas um ponto onde o campo gravitacional é tão forte que nem a luz escapa dele, por isso mesmo é chamado de "negro". Assim sendo, toda a matéria que cai num B.N. fica lá, contribuindo para aumentar a massa do mesmo.

Envio: 08/01/2019

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
É possível sim existirem planetas isolados. Eles também são chamados de desgarrados, ou órfãos. Estima-se que tais objetos são formados em torno das estrelas como todos os planetas, mas tenham de desconectado de suas estrelas-mães devido a interações gravitacionais com outros planetas, nas fases iniciais de formação de um sistema planetário. Muito poucos objetos dessa natureza foram encontrados até agora, e todos eles na nossa galáxia, mas as estimativas feitas com bases estatísticas indicam que pode haver um número muito grande desses objetos a descobrir. O link abaixo contém uma lista dos possíveis planetas isolados já descobertos em nossa galáxia: https://en.wikipedia.org/wiki/Rogue_planet

Envio: 05/01/2019

Nome: Sumaira Madlum

Cidade: São José Do Rio Preto, Sp.

Resposta:
O sistema de Alpha Centauri é composto de 3 estrelas: Alpha Centauri A, Alpha Centauri B e Proxima Centauri. Há poucos anos foi indentificado um planeta em torno de Proxima, nas outras duas ainda não. Quanto a Canopus, Sírius e Prócion, até agora nenhum planeta foi identificado em torno das mesmas, porém não se pode esquecer que a busca de planetas em torno de outras estrelas é relativamente recente. O fato de nenhum planeta ter sido identificado em torno dessas estrelas não quer dizer que eles não existam, talvez eles estejam lá mas ainda não foi possível identificá-los.

Envio: 01/01/2019

Nome: Mauro Ribeiro

Cidade: Piacatu Sp

Resposta:
Nem todas as estrelas que explodem ao final de seu ciclo evolutivo, isso ocorre apenas com uma minoria, as mais massivas, cuja massa inicial é no mínimo 10 vezes a do Sol. O ciclo evolutivo das estrelas (todas elas, não importa a massa) se conclui quando se esgota o hidrogênio do núcleo estelar apenas, onde ocorrem as reações de fusão nuclear, e não do volume inteiro da estrela. Assim sendo, quando ocorre a explosão de uma estrela, uma grande quantidade de hidrogênio é liberada sim, junto com todos os elementos químicos produzidos por fusão nuclear ao longo da evolução da mesma. É assim que se dá o enriquecimento químico do meio interestelar. Por outro lado, existem muitos tipos diferentes de nebulosas. A formação de novas estrelas ocorre nas chamadas "regiões de formação estelar", que são nuvens de hidrogênio e poeira. As nebulosas resultantes do final do ciclo evolutivo das estrelas, que são as nebulosas planetárias (resultantes do final das estrelas de baixa massa) e os remanescentes de supernovas (resultantes das explosões de estrelas de alta massa), não formam diretamente novas estrelas, elas apenas enriquecem o meio interestelar em elementos químicos.

Envio: 01/01/2019

Nome: Mauro Ribeiro

Cidade: Piacatu Sp

Resposta:
O objeto que resulta do resfriamento completo de uma anã branca é uma anã negra. Este é um objeto teórico, já que o tempo requerido para que uma anã branca se resfrie totalmente, até chegar na mesma temperatura do meio interestelar, é muito maior do que os 13,8 bilhões de anos transcorridos desde a formação do universo. Esse tempo ainda não é conhecido exatamente pois ainda não se conhece a verdadeira natureza da matéria escura nem o tempo de decaimento dos prótons. Estima-se porém que o tempo para formação de uma anã negra deve ser da ordem dos quatrilhões de anos (dez elevado à 15a potência) no mínimo. Outras estimativas para esse tempo podem ser muitas ordens de grandeza maiores, essa é uma questão ainda em aberto.

Envio: 23/12/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Sim, há evidência de que existe matéria escura na Via Láctea. Tal evidência vem da chamada "curva de rotação" da nossa galáxia. Se não houvesse matéria escura, a distribuição das velocidades de rotação das estrelas em torno do núcleo da galáxia obedeceriam as Leis de Kepler, mas isso não acontece e a explicação é que existe influência gravitacional nas órbitas das mesmas devido a um halo de matéria escura que envolve o disco da Via Láctea. Ou seja, a matéria escura não deve estar distribuída em todo o volume (até porque não existe nenhuma evidência de sua existência na região do disco onde está o Sol), mas sim num halo externo.

Envio: 21/12/2018

Nome: Renato Dos Santos Marques

Cidade: Belo Jardim - Pernambuco

Resposta:
Existem duas técnicas principais de detectar planetas em torno de uma estrela. Uma delas, como você descreveu, é a técnica do trânsito: quando, visto de nossa linha de visada, um planeta atravessa o disco de uma estrela, ele provoca uma pequena diminuição na luminosidade da mesma, mas muito pequena mesmo! Essa diminuição, na melhor das hipóteses, é de cerca de 0,1% do fluxo de luz. Quando o planeta não corta o disco da estrela existe outra técnica baseada no fato de quando um planeta gira em torno de uma estrela, ela se move sutilmente devido à atração gravitacional do próprio planeta. Em outras palavras, a estrela "balança" de um lado para outro ou para frente e para trás no plano do céu devido à atração gravitacional do planeta. Esse movimento é muito sutil mas pode ser detectado com instrumentos de alta precisão projetados especificamente para essa finalidade.

Envio: 09/11/2018

Nome: Luiz Lopes

Cidade: Amambai, Ms

Resposta:
Tudo passa a fazer parte do próprio buraco negro, aumentando a sua massa. Lá dentro não existe mais distinção entre matéria e energia, tudo passa a integrar a singularidade. Porém deve-se lembrar que buracos negros também devem perder energia na forma de Radiação Hawking, que é uma aplicação do princípio da incerteza de Heisenberg à física dos buracos negros.

Envio: 07/11/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O problema da origem da vida ainda é muito pouco conhecido, visto que só na Terra comprovadamente ela existe. Mas em princípio a origem da vida não requer recursos de fora de um sistema planetário.Teoricamente não haveria nenhum impedimento para que os processos de evolução química pré-biótica ocorressem em um planeta em torno de uma estrela "desgarrada" que exista entre duas galáxias.

Envio: 18/10/2018

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
As anãs brancas também giram, mas nem de longe atingem as altíssimas velocidades de rotação das estrelas de nêutrons. Os períodos de rotação das anãs brancas variam tipicamente de algumas horas a alguns dias, muito menos do que as estrelas de nêutrons que giram em menos de um segundo. A diferença principal entre elas é que, no caso das anãs brancas, não há o colapso do núcleo, que é o fator principal do grande aumento da velocidade de rotação. O processo de ejeção das camadas externas, que de fato ocorre na formação das anãs brancas, não é suficiente para aumentar significativamente a velocidade de rotação das mesmas.

Envio: 27/09/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Sim, a energia produzida por fusão nuclear é a mesma nos núcleos das estrelas e nas bombas de hidrogênio. A energia produzida pelo Sol equivale a 90 bilhões de megatons por segundo. Mas atenção, as bombas atômicas "convencionais" produzem energia por fissão de núcleos pesados como urânio ou plutônio, este processo nada tem a ver com a produção de energia nas estrelas. Da mesma forma, os reatores nucleares operam para fins de pesquisa ou para produção de energia são de fissão e não de fusão.

Envio: 26/07/2018

Nome: Sabrina Silva

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
O diagrama HR serve para comparar a cor (ou temperatura efetiva) com a luminosidade (ou magnitude) das estrelas e assim estudar seu estágio evolutivo. Estrelas de nêutrons são muito pequenas, têm tipicamente 10 quilômetros de raio apenas, e suas luminosidades são muitíssimo baixas, elas não podem ser comparadas com nenhum outro tipo de estrela e sua posição cairia completamente fora do diagrama HR como é usualmente utilizado. Assim sendo, não teria nenhuma utilidade colocá-las em tal diagrama, que tem finalidades comparativas para estudar o estágio evolutivo das estrelas.

Envio: 21/07/2018

Nome: Nicolas Pfeil

Cidade: São Paulo,Sp

Resposta:
Estrelas pré-sequência principal são aquelas que estão em formação e não chegaram ainda à fusão de hidrogênio no núcleo que caracteriza a fase estacionária e mais longa do ciclo evolutivo de uma estrela, a chamada Sequência Principal. Deve-se lembrar que antes da fase pré-SP uma estrela em formação passa pela fase chamada "protoestrela", quando ainda está adquirindo massa da nuvem interestelar da qual se formou. Existem dois tipos de estrelas pré-SP: as T Tauri que são aquelas com massas menores que 2 vezes a massa do Sol e as tipo Ae/Be de Herbig, que são aquelas com massa entre 2 e 8 massas solares. Estrelas de grande massa, maior que 8 Msol, têm ciclo evolutivo tão rápido que não passam por essas fases.

Envio: 17/07/2018

Nome: Sabrina Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
Transporte radiativo significa que a energia é transportada por radiação, ou seja, os fótons viajam transportando energia. Já no transporte convectivo é a matéria aquecida que se desloca, transportando a energia. Alguns exemplos: Quando você se aquece na frente de uma lareira, está se aquecendo por radiação pois são os fótons infravermelhos que estão se deslocando e transportando energia. Quando você vê o macarrão turbilhonando dentro da panela, ele está se aquecendo por convecção, é a matéria que se desloca: o que é mais quente sobe e o mais frio desce.

Envio: 09/07/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
A temperatura dum núcleo estelar na explosão de uma supernova pode atingir dezenas de bilhões de kelvins. Esse eventos são fontes muito intensa de neutrinos e são também a origem de parte dos raios cósmicos.

Envio: 03/07/2018

Nome: Hariel Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Essa área de estudos se chama nucleossíntese primordial. No Big Bang formou-se o hidrogênio, parte do hélio que existe hoje e traços de elementos mais leves como lítio, berílio e boro. Eles foram criados quando a energia por unidade de volume ainda era tão alta que foi possível que os prótons e os elétrons se combinassem no hidrogênio e que mesmo em núcleos atômicos um pouco mais pesados. A seguir, com a rápida expansão do Universo, a densidade caiu rapidamente e a nucleossíntese se encerrou. Deve-se notar também que com exceção do hidrogênio, todos os demais elementos são também fabricados nos núcleos das estrelas.

Envio: 03/07/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Pulsares SÃO estrelas de nêutrons, não há nenhuma diferença entre esses objetos. As estrelas de nêutrons têm polos magnéticos que não são rigorosamente alinhados com o o eixo de rotação e quando um dos polos magnéticos aponta para a Terra, o campo magnético é detectado como um pulso de rádio, daí o nome. As velocidades de rotação das estrelas de nêutrons são de fato altíssimas, elas podem girar mais rápido que uma broca de dentista que gira a 20.000 rpm. Essas altíssimas velocidades ocorrem através do seguinte mecanismo: no instante da explosão de uma supernova o núcleo estelar colapsa e passa de um tamanho típico de dezenas de milhares de quilômetros de diâmetro para algo entre 10 e 20 km, transformando-se numa estrela de nêutrons. Neste processo o momentum angular, ou seja, a energia contida no movimento de rotação, não tem como se dissipar e se conserva. Consequentemente, a velocidade angular aumenta muito, até atingir valores de milhares ou dezenas de milhares de rotações por segundo.

Envio: 30/06/2018

Nome: Ryan Ribeiro

Cidade: São Paulo

Resposta:
Estrelas que povoam a região do Diagrama de Hertzprung-Russell chamado "ramo assintótico das gigantes" são de massa intermediária, tipicamente de 0,6 a 8 vezes a massa do Sol. Esse estágio se caracteriza por um núcleo inerte de carbono e oxigênio, com fusão nuclear de hélio numa casca em torno do núcleo. Já as supergigantes são estrelas de massa maior, entre 10 e 60 massas solares, que ocupam o topo do Diagrama H-R. Elas se caracterizam pelas grandes dimensões, seus núcleos podem apresentar várias camadas sucessivas de fusão nuclear de elementos cada vez mais pesados. Elas têm ciclo evolutivo muito curto (10 a 50 milhões de anos apenas) e são progenitoras das supernovas.

Envio: 25/06/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
O movimento browniano só existe no caso de partículas em suspensão num fluido (líquido ou gasoso). No caso de um núcleo estelar existe movimento entre as partículas sim, mas não se trata de movimento browniano e sim da agitação que corresponde à temperatura termodinâmica do meio.

Envio: 16/06/2018

Nome: Sabrina Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, a fase de subgigante é uma etapa de transição entre a Sequência Principal, que é a mais longa e mais estável da vida de uma estrela, e a fase de Gigante, caracterizada pelo grande diâmetro, grande luminosidade e baixa temperatura superficial. Após exaurir o hidrogênio do núcleo, uma estrela como o Sol começa a fusão nuclear de hidrogênio numa casca esférica em torno do núcleo inerte de hélio e começa assim a aumentar seu volume. Essa é a fase de subgigante. Posteriormente a pressão a a temperatura do núcleo continuam a aumentar até que se inicie a fusão termonuclear do hélio. A duração desses passos depende fundamentalmente da massa da estrela.

Envio: 09/06/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Ainda não existe uma resposta definitiva para essa questão. Nem mesmo a estrutura interna dos nêutrons, que são compostos por quarks, deve sobreviver ao potencial gravitacional de um buraco negro. A matéria deixa de existir sob qualquer forma, seu volume tende a zero e sua densidade tende ao infinito. A explicação definitiva requer uma teoria que envolva o funcionamento da gravidade em nível quântico e tal teoria por enquanto não existe.

Envio: 08/06/2018

Nome: Eloíza Viana

Cidade: São Paulo- Sp

Resposta:
Sim, colisões de estrelas de nêutrons podem formar buracos negros. Esse mecanismo não requer que as estrelas de nêutron "religuem" e a fusão nuclear volte a ocorrer. A formação de um buraco negro requer apenas que a massa do par de estrelas de nêutrons esteja acima do chamado "limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff". Numa estrela de nêutrons isolada, a estrutura da mesma é sustentada pelas interações de curta distância entre os nêutrons, porém se esse limite for ultrapassado, a própria estrutura interna de cada nêutron não consegue sustentar a força gravitacional e objeto colapsa, formando um buraco negro. O valor exato desse limite é incerto pois depende de diversas variáveis teóricas, mas estima-se que esteja entre 2 e 3 vezes a massa do Sol. Assim sendo, a colisão de um par de estrelas de nêutron cuja massa somada ultrapasse o limite de T.O.V. irá formar um buraco negro.

Envio: 30/05/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Nas etapas iniciais de formação das galáxias, quando o universo era bem jovem, devem ter existido estrelas com massas de até 1000 vezes a do Sol, porém não se formam mais estrelas assim. Acredita-se que atualmente o limite superior de massa das estrelas seja de aproximadamente 150 vezes a do Sol, ainda que em casos extremamente raros possam existir estrelas ainda mais massivas como é o caso de R136A1 na nebulosa da Tarântula, que tem massa estimada em 260 massas solares, porém esse valor ainda é objeto de discussão já que pode se tratar de um sistema binário. Tais estrelas se formam exclusivamente em nuvens interestelares muito densas e têm ciclo evolutivo muito rápido, formando-se e desaparecendo em menos de um milhão de anos. O Sol, para comparar, terá seu ciclo evolutivo concluído em aproximadamente 11 bilhões de anos.

Envio: 30/05/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, o que separa planetas gigantes gasosos de estrelas é a massa. Normalmente usa-se a massa de Júpiter (Mjup) como termo de comparação. Objetos com massa até 13 Mjup são planetas gigantes gasosos, com massas entre 13 e 80 Mjup são estrelas anãs marrons, aquelas que não têm massa suficiente para fusão de hidrogênio no núcleo mas produzem um pouco de energia por fusão de deutério. E acima de 80 Mjup, o que equivale a cerca de 8% da massa do Sol, tem-se as primeiras anãs vermelhas, que são as estrelas "normais" de menor massa.

Envio: 29/05/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
O elemento químico estável mais pesado que existe é o urânio, com número atômico 92 e massa atômica 238. É possível que se formem sim elementos mais pesados nos interiores estelares porém eles são instáveis e decaem em frações de segundo para outros mais leves. A tabela periódica vai atualmente até o elemento 118, com massa atômica 294, porém todos os elementos mais pesados que o urânio até agora encontrados são instáveis. Assim sendo, caso tais elementos se formem nos núcleos estelares eles imediatamente decaem em outros mais leves e não podem ser detectados. Não existe até o momento nenhum indício astronômico da existência de elementos estáveis mais pesados.

Envio: 28/05/2018

Nome: Raphael Oliveira

Cidade: Dourados Ms

Resposta:
Toda a informação viaja com a velocidade da luz. Assim sendo, um observador que esteja a 700 milhões de anos-luz daqui, veria a Terra como ela era há 700 milhões de anos, pois esse é o tempo que a luz leva para viajar até lá.
Quanto à busca de vida em outros planetas, por enquanto isto é feito apenas nos planetas em estrelas próximas do Sol, a dezenas ou umas poucas centenas de anos-luz. O tempo de viagem da luz deles até nós é muito pequeno se comparado com a escala de tempo de evolução da vida, ao menos como a conhecemos na Terra.

Envio: 14/05/2018

Nome: Marcelo Alves

Cidade: São Paulo - Sp

Resposta:
Inicialmente vale a pena lembrar que se a Terra orbitasse Sírius, "nós" não existiríamos. Somos produto da evolução da vida na Terra orbitando o Sol. A vida num planeta em torno de outra estrela seguiria sem dúvida outro caminho evolutivo em função das condições de temperatura e luminosidade da mesma. Sírius é uma estrela tipo A, bem mais quente e mais luminosa que o Sol. Um planeta na mesma distância da mesma que a Terra está do Sol seria submetido a uma luz muito mais intensa e mais azulada, e também com uma incidência bem maior de radiação ultravioleta.

Envio: 10/05/2018

Nome: Felipe Eduardo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A resposta para essa questão depende de muitos fatores tais como a velocidade relativa entre os dois corpos, suas massas ou então a direção da colisão: colisões diretas entre corpos celestes são altamente improváveis porque seus tamanhos são muito pequenos em relação às distâncias que os separam. É muito mais provável supor dois objetos em órbitas próximas que vão diminuindo de tamanho até um encontro. Isso levaria milhões de anos. Na hipótese improvável de uma colisão direta, o tempo de absorção de uma estrela por um buraco negro levaria de dias a dezenas de anos, dependendo das massas de ambos os corpos.

Envio: 01/04/2018

Nome: João Pedro Siqueira Gallo

Cidade: Rio De Janeiro, Rj

Resposta:
Para responder, primeiro é necessário entender de forma correta o que é antimatéria. É matéria com as propriedades nucleares invertidas como carga elétrica, spin e todas as demais propriedades das partículas subatômicas. Mas com uma exceção importante, a massa! Não existe massa negativa, portanto matéria e antimatéria de uma mesma partícula, como elétrons e pósitrons por exemplo, têm a mesma massa. E buracos negros convertem tudo, inclusive energia de eventuais colisões partícula-antipartícula, em mais buraco negro. Assim sendo, simplesmente não existem "anti buracos negros". Um buraco negro formado a partir de antimatéria seria idêntico a um buraco negro normal e a colisão de um com outro apenas criaria um buraco negro de massa maior.

Envio: 23/02/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Esses dados são obtidos a partir da aplicação de leis físicas bem conhecidas. As massas por exemplo são obtidas a partir das leis de Kepler e as temperaturas a partir do princípio da radiação de corpo negro, uma lei física bem conhecida. Distâncias são obtidas por técnicas de paralaxe, a partir de argumentos geométricos muito simples e a partir da distância Terra-Sol, bem conhecida. As idades por sua vez são obtidas a partir das massas e temperaturas efetivas. Resumindo, claro que qualquer medida física tem uma incerteza, isso vale até para todas as medidas, inclusive aquelas feitas em laboratórios. Mas os parâmetros físicos estelares podem sim ser determinados com excelentes margens de certeza.

Envio: 21/02/2018

Nome: Hariel Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Pela quantidade de energia que ele emite, ou seja, pela sua luminosidade intrínseca. Estrelas amarelas de sequência principal têm uma luminosidade bem característica, que é igual à do Sol. Além disso o Sol tem características espectrais típicas das estrelas anãs, as gigantes e supergigantes têm espectros bem diferentes.

Envio: 17/02/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
Uma anã vermelha NÃO É um estágio avançado de outro tipo de estrela. O Sol é uma anã amarela e nasceu assim. Anãs vermelhas são estrela que nasceram assim, elas têm massas muito baixas, entre 8% e 50% da massa do Sol. Em sua fase "normal" de existência, na chamada 'sequência principal', cores das estrelas dependem de sua temperatura efetiva, e consequentemente de suas massas: estrelas mais massivas têm cor branca ou azulada e as menos massivas têm cor laranja ou vermelha.

Envio: 15/02/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Estrelas de nêutrons podem de fato girar muito rapidamente, mais do que uma turbina de avião ou que uma broca de dentista. Elas não se desfazem pela ação da força centrífuga devido à sua altíssima densidade, o que resulta em campos gravitacionais imensos. A densidade média de uma estrela de nêutrons varia de 300 a 600 milhões de toneladas por centímetro cúbico. Isso resulta numa aceleração da gravidade equivalente a 200 bilhões de vezes a da Terra. Por isso elas se mantêm coesas mesmo girando tão rápido.

Envio: 08/02/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
Supernova é a explosão do núcleo de uma estrela de grande massa, com no mínimo 10 vezes a massa do Sol. Nebulosa, como diz o nome, não é uma estrela e sim uma "nuvem" no meio interestelar. As nebulosas podem ter diversas origens, uma delas é a explosão de uma supernova, que ejeta para o espaço grandes quantidades de material da estrela. A Nebulosa do Caranguejo é um remanescente de supernova. Mas existem outras nebulosas bem diferentes como as regiões de formação estelar (como a Nebulosa de Órion) ou as nebulosas planetárias que são objetos ejetados por estrelas de baixa massa como o Sol, no final de seu ciclo evolutivo.

Envio: 08/02/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Quando uma estrela se forma, existem tipicamente todos os elementos químicos na mistura de gás e poeira interestelares que se condensam para formar a mesma, mas essa mistura de elementos tem sempre a mesma composição média: para cada 100 átomos, 90 são de hidrogênio, 9 são de hélio e outro é de um outro elemento. O ferro é muito pouco abundante no meio interestelar e compõe uma fração ínfima de uma estrela em formação. Apenas as estrelas de grande massa, aquelas que têm no mínimo 10 vezes a massa do Sol e que vão explodir como supernovas, sintetizam ferro em seu interior durante seu ciclo evolutivo e podem vir a ter grandes quantidades de ferro em seus núcleos em seus estágios finais de evolução.

Envio: 08/02/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Como previsto pela Teoria da Relatividade Geral, qualquer massa distorce o espaço-tempo ao seu redor, e em consequência dessa propriedade este efeito sempre ocorre, mesmo para objetos muito pequenos. O efeito é conhecido como "desvio para o vermelho gravitacional" e pode ser medido inclusive na Terra e no Sol através de experimentos científicos. Ao longo do século 20, diversos experimentos para testar esse efeito foram desenvolvidos para servir de testes da validade da Teoria da Relatividade e todos comprovaram a existência do mesmo. Se você procurar na internet, principalmente usando os termos em inglês "gravitational redshift", vai encontrar diversos artigos científicos sobre o esse efeito

Envio: 19/01/2018

Nome: Luan Guilherme Galvão De Andrade

Cidade: Itapetininga

Resposta:
Anãs brancas não geram energia por fusão nuclear como as outras estrelas, elas emitem energia que têm acumulada em sua estrutura. No futuro elas devem se transformar em "anãs negras", que têm a mesma temperatura do meio interestelar. Porém o tempo necessário para uma anã branca esfriar é maior do que o tempo transcorrido desde a formação do universo. Estima-se que seja necessário cerca de um quatrilhão de anos para as primeiras anãs negras se formarem, ou seja, muito mais do que os 13,8 bilhões de anos que o universo existe.

Envio: 17/01/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Por muito tempo a verdadeira natureza de Omega Centauri intrigou os astrônomos já que ele tem o que se chama em astronomia de "população múltipla", ou seja, suas estrelas não se formaram todas simultaneamente como nos demais aglomerados. Hoje se sabe que o mesmo é na verdade a região central de uma pequena galáxia elíptica anã que foi capturada pela Via Láctea há bilhões de anos.

Envio: 11/01/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Buracos negros são como "poços sem fundo" no espaço-tempo, definidos pela gravitação. Eles não são compostos nem por matéria nem por antimatéria já que a matéria como conhecemos desaparece dentro deles. Todas as propriedades que distinguem matéria de antimatéria tais como carga do elétron e paridade nuclear, desaparecem no momento de entrada num buraco negro. Se poderia pensar em BN formados por matéria ou antimatéria, mas nunca que são feitos "de" antimatéria. Vale lembrar também que nunca foi reportada a existência de estrelas de antimatéria, portanto essa discussão é apenas especulativa.

Envio: 08/01/2018

Nome: Suellen Leticia Martins Siqueira

Cidade: Caçapava

Resposta:
Apenas a União Astronômica Internacional concede nomes que serão realmente usados para corpos celestes. Tais nomes nunca são vendidos, eles são escolhidos por comitês dedicados especificamente à nomenclatura de corpos celestes. Não temos como discutir os aspectos legais da venda de nomes, mas certamente nomes vendidos por empresas privadas jamais serão usados por astrônomos ou pela imprensa.

Envio: 07/01/2018

Nome: Pedro Flavio Pereira Bernardini

Cidade: Queluz Sp

Resposta:
Eta Carinae (ou Eta de Carina) é um sistema estelar composto localizado no hemisfério celeste sul, na constelação de Carina. O grande destaque sobre o mesmo se deve à sua natureza: ele é composto por um par de estrelas hipergigantes muito próximas uma da outra e uma nebulosa que envolve este par, e esse sistema é extremamente instável. O sistema varia muito em brilho, no século 19 era conhecido como uma das estrelas mais brilhantes do hemisfério sul, depois enfraqueceu e agora só é visível com um telescópio. Estima-se que as duas estrelas do par tenham massas de aproximadamente 100 e 50 vezes a massa do Sol, tornando-as algumas das mais massivas estrelas conhecidas.

Envio: 03/01/2018

Nome: Bruno

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
As primeiras estrelas são chamadas "primordiais" porque eram compostas exclusivamente do material produzido no Big Bang, hidrogênio e hélio, sem contaminação de material sintetizado por outras estrelas como no caso das que se formaram posteriormente. Nunca uma estrela dessas foi encontrada, porém estima-se que tenham sido formadas no mesmo gás primordial que deu origem às galáxias, algumas centenas de milhões de anos após a origem do Universo. Elas devem ter sido "hipernovas", estrelas com centenas de vezes a massa do Sol que tiveram um ciclo evolutivo muito rápido, com menos de um milhão de anos.

Envio: 09/12/2017

Nome: Erick

Cidade: Conceição Da Feira-Ba

Resposta:
De acordo com as leis da física, se a matéria normal colidir com a antimatéria, ocorre aniquilação e toda a massa se transforma em energia, como predito pela Teoria da Relatividade. Porém quando se trata de buracos negros, o problema precisa ser examinado com mais cuidado. Nem mesmo a luz, ou seja, a energia, escapa de um B.N., portanto se houver colisão de uma porção qualquer de antimatéria com um B.N., não ocorre nada! Toda a energia vai continuar contida dentro do horizonte dos eventos do buraco negro e o que vai resultar é apenas um buraco negro de massa equivalente à soma das massas dos corpos que colidiram.

Envio: 23/11/2017

Nome: Jurema

Cidade: Londres

Resposta:
Estrelas de nêutrons se formam quando núcleos estelares de grande massa ultrapassam o Limite de Chandrasekhar, equivalente a 1,44 massas solares. Nesse caso, devido à altíssima densidade e pressão gravitacional, ocorre a fotodesintegração dos núcleos atômicos que existiam originalmente no núcleo estelar e, também pela pressão e temperatura, prótons e elétrons se combinam por um processo denominado 'captura eletrônica', formando nêutrons e liberando um grande fluxo de neutrinos no processo. Esse é o mecanismo de explosão de uma supernova.

Envio: 21/11/2017

Nome: Tiago Silva Lima

Cidade: Santana De Parnaíba

Resposta:
Não, é fisicamente impossível a existência de uma estrela com a massa de uma galáxia. Não existe matéria para formar objetos assim e, no universo primitivo quando existia tal quantidade de matéria dispersa na forma de gás, dela foram formadas as galáxias. Não é possível que uma quantidade tão grande de matéria se condense num único objeto. O limite superior de massa das estrelas, mesmo considerando os casos "patológicos" das estrelas hipergigantes, equivale a aproximadamente 200 vezes a massa do Sol. Para comparar, uma galáxia como Andrômeda tem centenas de bilhões de vezes a massa do Sol.

Envio: 18/10/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O processo de formação das chamadas 'estrelas supermassivas' ainda não é totalmente conhecido. Essas estrelas são extremamente raras, mas os princípios básicos da formação são os mesmos das demais: elas se formam a partir da condensação de nuvens de gás e poeira, porém no caso das supermassivas existem mecanismos da dinâmica do gás que está em queda para formar a estrela que ainda não são bem conhecidos. Como essas estrelas são extremamente luminosas, a pressão de radiação de dentro para fora deveria impedir a queda de mais gás (e o consequente aumento da massa) a partir de um certo limite ao redor de 30-40 vezes a massa do Sol, porém está provado que existem estrelas com mais de 100 massas solares, então devem existir mecanismos na dinâmica de fluidos que permitam o contínuo aumento da massa. Existem atualmente grandes simulações por computador para tentar descrever apropriadamente esses processos.

Envio: 10/10/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
As estrelas ejetam material no meio interestelar. Essa ejeção pode ser lenta e contínua como no caso do Sol ou muito forte como no caso da ejeção de nebulosas planetárias ou das explosões de novas e supernovas. Em todos esses casos as estrejas ejetam matéria numa certa taxa (normalmente expressada em massas solares por ano), e essa matéria ejetada consiste nos ventos estelares. O vento solar por exemplo produz a heliosfera, que é a "bolha" de influência do Sol dentro da qual os planetas do sistema solar estão.

Envio: 13/08/2017

Nome: Stéfano Silva

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Sim, é o raio do horizonte dos eventos, conhecido também como Raio de Schwarzschild e define o limite tal que, se qualquer objeto ou mesmo a luz se aproximar mais, não poderá mais sair. Esse limite pode ser calculado usando a teoria da relatividade geral e depende da massa do buraco negro. A título de curiosidade, se a massa de nosso Sol pudesse ser comprimida infinitamente, ele se tornaria um buraco negro com diâmetro de 6 quilômetros.

Envio: 25/06/2017

Nome: Bruno

Cidade: Cuiabá

Resposta:
A cor de uma estrela de fato está relacionada com a quantidade de fótons emitidos em distintas faixas de energia, sendo que cada faixas correspondem a distintas cores. Uma estrela que emita muitos fótons na faixa azul do espectro eletromagnético e poucos nas faixas do amarelo ou do vermelho, será vista como uma estrela azul. Ao contrário, se a estrela emitir muito mais no vermelho, será vista como uma estrela vermelha. O desvio para o vermelho (ou para o azul) depende da velocidade da fonte emissora, ou seja, da estrela. Se ela estiver se afastando de nós, os fótons serão desviados para o vermelho. Se ela estiver se aproximando, serão desviados para o azul. Esse efeito, como você disse, não depende dos fótons em si, depende apenas da velocidade. Esse efeito se chama "efeito Doppler óptico".

Envio: 24/06/2017

Nome: Roger Barbosa

Cidade: Volta Redonda

Resposta:
Novos planetas similares à Terra levantam a possibilidade de existir vida fora daqui, e essa é uma das perguntas mais instigantes que existem desde a aurora da humanidade. Além disso, a curiosidade científica é o que distingue nossa espécie de todas as demais espécies de seres vivos da Terra. Não adianta procurar objetivos práticos em descobertas trazidas pelas ciências básicas, elas são feitas exatamente para que se avancem as fronteiras do conhecimento. É isso o que distingue os seres humanos das outras espécies.

Envio: 24/05/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não, o par composto pelas estrelas Alpha Centauri A+B está relativamente distante de Proxima Centauri, ainda que as três formem um sistema gravitacionalmente ligado. Enquanto as maiores, A e B, têm distância entre si que varia de 11 a 35 unidades astronômicas (mais ou menos as distâncias de Saturno e de Netuno ao Sol), Proxima Centauri está a 13000 unidades astronômicas das demais, o que corresponde a aproximadamente 0,2 anos-luz. A essa distância, Proxima é apenas um ponto brilhante no céu como outra estrela, sem diâmetro aparente. A título de curiosidade, um observador bem próximo de Alpha Centauri B veria a estrela A com aproximadamente 3 minutos de arco de diâmetro, o que corresponde ao triplo do diâmetro aparente máximo de Vênus. A Lua tem diâmetro aparente de aproximadamente 30 minutos de arco.

Envio: 24/05/2017

Nome: Alan R. Macêdo Leal

Cidade: Várzea Grande, Mt

Resposta:
Não, isso não vai ocorrer. Deve-se notar que buracos negros têm massa finita, e portanto têm também campo gravitacional finito. É equivocado imaginar que eles se tornam "ralos universais" que engolem tudo. Se o campo gravitacional é finito, seu poder de atrair é finito também. Apenas as estrelas de grande massa concluem seu ciclo como buracos negros, e essas estrelas são muito poucas, se constituem numa fração pequena da massa total das estrelas. A maioria delas terminará seu ciclo evolutivo como anãs brancas. Como a massa total dos buracos negros (de uma dada galáxia por exemplo) é uma fração pequena da massa total do sistema, não haverá um colapso gravitacional.

Envio: 17/05/2017

Nome: Geraldo Inacio

Cidade: São Paulo

Resposta:
Numa resposta como esta não é possível dar uma explicação completa, mas a teoria dos buracos negros foi proposta em termos modernos pela primeira vez por Karl Schwarzschild em 1916, resolvendo as equações da Teoria da Relatividade Geral que havia sido publicada por Albert Einstein um ano antes, em 1915. O termo "Buraco Negro" foi criado pelo astrofísico John Wheeler em 1967. Ao longo do século 20 o que era apenas uma especulação matemática demonstrou ser real, foram descobertos objetos cujas características só poderiam ser explicadas se fossem buracos negros. O primeiro foi Cygnus X-1, descoberto em 1964. Finalmente, em 2016 foi detectada pela primeira vez uma onda gravitacional resultante da colisão de buracos negros, uma previsão da relatividade geral feita um século antes.

Envio: 09/05/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não, todas as estrelas que estão na fase mais longa e estável de seu estágio evolutivo, a chamada Sequência Principal, são chamadas "anãs". O Sol é uma anã. As estrelas de massa pequena (como as anãs vermelhas) ou intermediária (como o Sol) que estão no final de seu estágio evolutivo chamam-se "anãs brancas". As estrelas de grande massa não se tornam anãs brancas, elas explodem como supernovas antes disso.

Envio: 03/05/2017

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
Em princípio sim, basta reproduzir as condições ambientais da mesma, como temperatura, umidade, composição química e pressão da atmosfera. Deve-se notar porém que tal cultivo poderia ser extremamente perigoso. Aqui na Terra, elementos biológicos como plantas ou animais que são transportados de um continente para outro já causam grandes danos. Uma espécie extraterrestre poderia ser altamente nociva. Por isso mesmo existem protocolos extremamente cuidadosos para impedir o transporte de material biológico terrestre como bactérias ou fungos para outros planetas, bem como no sentido contrário, de fora para a Terra.

Envio: 03/05/2017

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
Essa é a premissa do projeto SETI (Search for Extraterrestrial Inteligence). Eles varrem o céu com radiotelescópios na esperança de um dia encontrar um sinal emitido por outra civilização. Esse projeto existe desde os anos 1960 e nunca encontrou um sinal positivo, porém continuam tentando. Não há como estimar se tal possibilidade é real.

Envio: 24/04/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
A temperatura do meio interestelar não é constante, ela varia de cerca de 10 K nas regiões nuvens moleculares até 10.000 K nas regiões ionizadas. Essas variações são definidas pela densidade e pela ação de vários mecanismos de aquecimento tais como colisões, aquecimento fotoelétrico, ondas de compressão (causadas por novas ou supernovas) ou ainda campos magnéticos. Existem também mecanismos de resfriamento atuantes como a desexcitação radiativa ou colisional dos átomos.

Envio: 19/04/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
A relação entre cores e temperaturas não está na sua composição química, as cores são definidas pela própria temperatura, como descrito pela chamada Curva de Corpo Negro, ou Curva de Planck. Em síntese, todo o corpo que está numa dada temperatura emite energia preferencialmente numa certa faixa de comprimentos de onda. Nossos corpos emitem no infravermelho. Os planetas também emitem no infravermelho. Já as estrelas, de acordo com suas temperaturas podem emitir mais na região azul ou ultravioleta do espectro eletromagnético, ou então mais no amarelo ou no vermelho. As estrelas quentes emitirão mais no azul e portanto são azuis, as mais frias, por outro lado, emitirão mais na faixa vermelha e serão avermelhadas.

Envio: 20/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não, as condições iniciais que fazem uma estrela ter a massa e composição química que tem estão relacionadas com a nuvem protoestelar de onde a mesma se formou e não com todo o braço da Galáxia. Existem programas sistemáticos de busca das chamadas "gêmeas solares", mas nada leva a crer que as estrelas similares ao Sol estejam localizadas preferencialmente nas vizinhanças do mesmo. Da mesma forma, a existência ou não de planetas é uma característica local da formação de uma estrela.

Envio: 20/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Eta Carinae é um sistema duplo constituído por duas estrelas hipergigantes, uma com aproximadamente 90 vezes a massa do Sol e outra com cerca de 30 massas solares. Tais estrelas evoluem muito rapidamente e o sistema como um todo varia muito em luminosidade. Na metade do século 19 ela foi a estrela mais brilhante do hemisfério sul por uns anos depois da explosão que sofreu em 1843, depois diminuiu consideravelmente de brilho mas nos últimos 80 anos vem aumentando o brilho regularmente. Estas oscilações estão associadas com a instabilidade de cada da estrela mais massiva, que no futuro deverá explodir como supernova. Tal explosão não pode ser prevista, tanto pode ocorrer amanhã como daqui a algumas dezenas de milhares de anos.

Envio: 09/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, a própria existência dessa radiação (que ainda é apenas hipotética) indica uma perda de energia. A radiação Hawking é resultante da formação de pares partícula-antipartícula na borda do horizonte dos eventos de um buraco negro e, pelo princípio da incerteza de Heisenberg, uma das partículas do par poderia se formar fora do horizonte e portanto escapar Assim sendo, existe sim uma "taxa de evaporação" calculável que poderia resultar no desaparecimento do buraco negro, mas isso numa escala de tempo de 10E67 anos (10 elevado à potência 67).

Envio: 08/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Buracos negros existem sim. Claro que eles nunca foram observados diretamente, mas existem evidências tanto observacionais como teóricas que apoiam a sua existência. Em termos observacionais, a intensa emissão de raios X detectada em alguns sistemas binários de alta massa só pode ser explicada pela presença de um buraco negro. No aspecto teórico, eles são previstos pela Teoria da Relatividade Geral, devem existir, e essa teoria até agora mostrou-se rigososamente válida em todos os testes feitos. Mas é claro que, como qualquer descoberta científica, a existência de buracos negros não é um dogma religioso, se no futuro surgirem evidências contrárias, toda a teoria deverá ser reavaliada. O buraco negro mais próximo é V616 Monocerotis, localizado a cerca de 3000 anos-luz de nós.

Envio: 28/02/2017

Nome: Marcia Marise Defraia

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, o que defina a cor de uma estrela é a sua massa. Estrelas que se formam com grande massa, tipicamente 20 ou mais vezes a do Sol, são estrelas azuis. Essas estrelas são muito mais luminosas e também são mais raras. Ao contrário, as estrelas que se formam com pequenas massas, entre 10% e 50% da massa do Sol, são vermelhas.

Envio: 24/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
As estrelas se formam a partir das nuvens interestelares densas. O "gatilho" para o início da condensação pode ocorrer de diversas formas, como uma compressão da nuvem pela onda de choque da explosão de uma supernova por exemplo, ou então ela atração gravitacional exercida pelas estrelas da vizinhança. Uma vez iniciada a condensação, ela prossegue por muito tempo, tipicamente dezenas de milhões de anos, até que adquira a forma de um esferóide. Com o tempo, a temperatura e a densidade no centro da protoestrela vão aumentando até que seja possível a ignição das reações de fusão nuclear do hidrogênio, o que marca o início do ciclo evolutivo de uma estrela.

Envio: 24/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Anãs brancas não possuem mais fusão nuclear, porém emitem energia por radiação térmica, ou seja, elas aos poucos perdem a energia nelas armazenada. Como uma anã branca é um antigo núcleo estelar, suas temperaturas internas são de dezenas de milhões de graus como o núcleo de qualquer estrela, mas a condutividade térmica é muito baixa, o que permite que as mesmas permaneçam irradiando energia por muito tempo. O tempo estimado para o resfriamento completo duma anã branca é da ordem dos trilhões de anos, muito maior que o atual tempo de existência do universo.

Envio: 24/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Pulsares binários se formam quando existem duas estrelas muito próximas de grande massa. Seguindo sua evolução, ambas viram supernovas e os antigos núcleos estelares podem transformar-se em estrelas de nêutrons, formando assim um pulsar binário.

Envio: 24/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Pulsares fontes de rádio que emitem pulsos. Tais pulsos são muito rápidos, tipicamente são emitidos desde alguns por segundo até algumas centenas por segundo. Tais objetos são estrelas de nêutrons em rápida rotação e os pulsos são consequência da rápida variação da orientação dos polos magnéticos do mesmo. Em outras palavras, todos os pulsares são estrelas de nêutrons, mas nem todas as estrelas de nêutrons são pulsares.

Envio: 23/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
sim, o colapso de um núcleo estelar, que resulta na explosão de uma supernova, pode produzir uma estrela de nêutrons ou um buraco negro, dependendo da massa do mesmo. Para que o colapso ocorra, é preciso que a massa do núcleo estelar tenha no mínimo 1,44 massas solares, o chamado Limite de Chandrasekhar. Para que o colapso resulte em um buraco negro, a massa do núcleo deve também superar o Limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, cujo valor é incerto mas situa-se entre 2 e 3 massas solares.

Envio: 12/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não se pode falar em uma distância média das estrelas, o que existe é uma distribuição muito grande nessas distâncias. Falando apenas nas estrelas visíveis a olho nu, a mais próxima é Alfa Centauri, a 4,3 anos-luz de distância. Por outro lado, existem várias que são visíveis a olho nu (em lugares sem iluminação artificial) a distâncias em torno de 7000 anos-luz. Um ano-luz corresponde a 9,5 trilhões de quilômetros.

Envio: 06/12/2016

Nome: Franz Lorant Szabo

Cidade: Santo André

Resposta:
As menores estrelas são as anãs marrons. Claro que esses rótulos como "a menor" ou "a maior" são provisórios, valem até que outro objeto mais extremo seja descoberto, mas atualmente a menor estrela conhecida é 2MASS J05233822-1403022. Note que o termo 2MASS é o nome de um catálogo, daí para frente tem-se o número da mesma no catálogo. Esta estrela tem cerca de 7% da massa do Sol e é um pouco menor que Júpiter em tamanho.

Envio: 28/09/2016

Nome: Luiz Carlos Helou

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sua questão tem dois pontos importantes: como são produzidos os campos magnéticos numa estrela de nêutrons e como eles são mantidos. Quanto à produção, eles são os campos que já existiam na estrela progenitora antes do colapso do núcleo estelar e da formação da estrela de nêutrons. No momento do colapso a estrutura estelar é reduzida até ter apenas 10 a 20 quilômetros de diâmetro, com isso o campo magnético que já existia se mantém mas o fluxo magnético é extremamente intensificado, por uma questão de conservação de energia. Sem o formalismo da matemática, pode-se descrever esse processo como se as linhas de força do campo magnético fossem "espremidas" quando ocorre o colapso, tornando o campo muito intenso. E quanto à manutenção do campo, isso ocorre porque, ao contrário do que muitas vezes é divulgado, uma estrela de nêutrons não é composta **exclusivamente** por nêutrons. Ela tem uma estrutura estratificada em que os nêutrons correspondem a cerca de 90% da massa, porém na camadas mais externas, onde a pressão é menor, existem ainda prótons e elétrons que são os responsáveis pela sustentação do campo magnético.

Envio: 13/09/2016

Nome: Nicolas Ferreira Martins

Cidade: Pirapetinga

Resposta:
Sim, as protoestrelas podem emitir jatos de radiação na faixa dos raios-X. Este tipo de emissão foi detectada várias vezes por satélites observatórios de raios X como ROSAT, ASCA, XMM-Newton e Chandra. A emissão em raios X ocorre em jatos, normalmente associados à ejeção de matéria em alta velocidade pelos polos de rotação da estrela.

Envio: 15/08/2016

Nome: Fabiola Cristina Reis

Cidade: União Da Vitória

Resposta:
Esta é uma resposta longa demais para um site de perguntas e respostas! Veja um artigo sobre a formação e o ciclo evolutivo das estrelas aqui: http://www.cdcc.usp.br/cda/aprendendo-superior/evolucao-estelar/ Quanto ao número de estrelas conhecidas, ele pode ser apenas estimado do ponto de vista estatístico: apenas na nossa galáxia, a Via Láctea, existem de 200 a 400 bilhões de estrelas. E o número de galáxias no universo é estimado em 100 bilhões. Faça as contas...

Envio: 01/08/2016

Nome: Jean Viegas Alves

Cidade: Cidade Ocidental

Resposta:
A fração de estrelas em sistemas binários ou múltiplos é muito difícil de se determinar com segurança. Um dos motivos é que estudos estatísticos mostram que essa fração não é a mesma para estrelas de tipos espectrais diferentes. De modo geral, acredita-se que de metade a 2/3 das estrelas esteja em sistemas binários ou múltiplos. É muito simples observar-se estrelas em sistemas binários movendo-se uma em relação à outra, porém tais movimentos não podem ser vistos a olho nu devido à grande distância das estrelas. Mesmo em sistemas binários muito próximos como Alfa Centauri, as componentes individuais não podem ser distinguidas a olho nu.

Envio: 26/06/2016

Nome: Nuno Miguel Monteiro

Cidade: Porto

Resposta:
Sem dúvida, existem estrelas de idades muito diferentes daquela do Sol. Em nossa galáxia já foram identificadas estrelas quase tão antigas quanto a própria Via Láctea, com mais de 13 bilhões de anos de idade, e por outro lado existem estrelas extremamente jovens, que se formaram há poucas dezenas de milhões de anos ou que estão em formação agora. Por outro lado, a evolução da vida como conhecemos é decorrência das condições físicas de nosso planeta, tais como temperatura, distância ao Sol, composição química das rochas, abundância de água, etc. Não é plausível imaginar que a mesma linha evolutiva tenha ocorrido em outro planeta, a vida, se tiver surgido, pode ter seguido cursos totalmente distintos daquele da Terra. Em outras palavras, os dinossauros são tão terrestres como nós, os humanos, não faz sentido imaginar que eles surgiram também em outros planetas.

Envio: 26/06/2016

Nome: Nuno Miguel Monteiro

Cidade: Porto/Portugal

Resposta:
Toda a informação viaja à velocidade da luz, portanto quando observamos uma estrela que está a 60 mil anos-luz de distância, estamos observando como ela era há 60 mil anos. Claro que o mesmo vale para um planeta em torno da mesma: mesmo que se fale em composição química "atual", a expressão evidentemente se refere à época em que a luz saiu da fonte, ou seja, há 60 mil anos no caso do seu exemplo.

Envio: 11/06/2016

Nome: Rodrigo Felipe Raffa

Cidade: Itapetininga

Resposta:
O conceito de temperatura varia em diferentes contextos. A maioria esmagadora da energia emitida pelo Sol vem de sua fotosfera, cuja temperatura efetiva é de aproximadamente 5780 K (~5500 C), porém a coroa solar, que tem baixíssima densidade e não contribui em quase nada para o fluxo de energia do Sol, tem temperatura efetiva de cerca de um milhão de graus. Os núcleos das estrelas de grande massa, onde são sintetizados os elementos mais pesados da tabela periódica, têm temperaturas que podem chegar a bilhões de graus.
Deve-se notar porém que quando falamos em temperatura, em geral estamos nos referindo à "temperatura efetiva", aquela medida externamente a partir do fluxo de energia emitido por um corpo. Nesse caso, as maiores temperaturas são as das estrelas tipo Wolf-Rayet, que ultrapassam um pouco os 200.000 K.

Envio: 03/06/2016

Nome: Bruna

Cidade: Maceió, Al

Resposta:
Buracos negros têm massa finita e possível de ser determinada pelas leis da mecânica celeste, e nesse sentido comportam-se como matéria. Em outras palavras, é possível que um corpo fique em órbita estável em torno de um buraco negro, desde que obedecidas as leis da mecânica sobre movimentos orbitais. Por outro lado, a singularidade que define um buraco negro é um ponto em que o potencial gravitacional é infinito, portanto a matéria que entra em um objeto destes perde toda a conexão com o resto do universo e deixa de existir como matéria comum.

Envio: 29/05/2016

Nome: Diago

Cidade: Santa Cruz, Rn

Resposta:
O motivo do Sol "segurar" o sistema solar todo em torno de si mesmo é muito simples: a gravidade! Sua grande massa impede que os planetas, os asteroides, os cometas e todos os demais corpos do sistema solar escapem de sua influência gravitacional. O número dos objetos de grande massa num sistema planetário, ou seja, o número de planetas, é definido pelo modo como cada sistema planetário se forma: no nosso, apenas 8 grandes corpos se estabilizaram em órbitas em torno do Sol. Outros corpos até podem ter existido nas etapas iniciais de formação do sistema solar há 4,6 bilhões de anos, mas eles foram colidindo entre si (ou talvez caindo no Sol), de modo que restaram 8 planetas em órbitas estáveis. Já se sabe que em outros sistemas planetários podem existir muito poucos planetas, talvez um ou dois, e nada impede que em outros o número de planetas seja bem maior que no nosso. Essa é uma área da astronomia que está em grande desenvolvimento e se vê na imprensa com grande frequência o anúncio da descoberta de novos planetas em torno de outras estrelas.

Envio: 15/04/2016

Nome: Ingrid Rocha

Cidade: Campinas Sp

Resposta:
A luz viaja com a velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Em um ano isso corresponde a 9,5 trilhões de quilômetros, o que equivale a um ano-luz. Assim sendo, se vemos uma estrela que está a 20 anos-luz de nós, na verdade estamos vendo como ela era há 20 anos. Se nesse intervalo aconteceu algo com a mesma, nós aqui só saberemos quando a luz correspondente chegar, 20 anos depois do evento. Se estamos observando uma estrela que está próxima ao centro da Via Láctea, a 25.000 anos-luz de nós, estamos vendo a mesma como ela era há 25.000 anos. Por outro lado, o tempo de evolução das estrelas é muito lento, tipicamente de centenas de milhões a bilhões de anos. Assim sendo, estatisticamente é pouco provável que muitas das estrelas visíveis a olho nu, que estão relativamente próximas de nós, já tenham deixado de existir, mas não é impossível que uma ou outra já tenha sim chegado ao final de seu ciclo evolutivo.

Envio: 03/04/2016

Nome: Hamilton Carvalho

Cidade: Barueri

Resposta:
Sem dúvida que o movimento próprio do Sol precisa ser levado em conta no cálculo da paralaxe estelar. Na verdade o problema é ainda mais complicado porque, assim como o Sol, as estrelas também não são estáticas, elas têm seu movimento próprio originado do fato que todas as estrelas da galáxia se movem, girando em torno do centro galáctico e tendo seus movimentos influenciados pelas demais. as determinações precisas de paralaxe levam em conta tanto o movimento próprio do Sol como os das estrelas. Na prática essas determinações são feitas através de medidas sucessivas de posição das estrelas-alvo ao longo de muito tempo, tipicamente vários anos, o que permite determinar-se com precisão o movimento "oscilatório" das posições em relação ao fundo das estrelas distantes devido à paralaxe, bem como o movimento próprio.

Envio: 11/02/2016

Nome: Francisco Ademio De Oliveira

Cidade: Manaus

Resposta:
De fato, com a radiação eletromagnética é possível determinar a distância em que está o corpo emissor. Para isso usa-se a chamada "Lei de Hubble", que relaciona a velocidade de afastamento, ou seja, o redshift, com a distância. Para ondas gravitacionais, a detecção recentemente anunciada pode ter sua distância estimada também, mas de maneira totalmente diferente. O que se fez foi estimar a energia contida nas ondas gravitacionais emitidas pelo objeto em questão. Inicialmente, a partir da duração e do padrão da onda detectada foi possível estimar as massas dos dois buracos negros que colapsaram. Depois, a partir da pequeníssima intensidade de energia detectada, e supondo que essa energia tenha se espalhado de forma homogênea pelo universo a partir do ponto em que foi emitida, foi possível fazer as contas "para trás" para se estimar a distância da fonte emissora.

Envio: 24/01/2016

Nome: Dayane

Cidade: Cuiabá

Resposta:
Com exceção do Sol que também é uma estrela, as demais estão muito longe e chegar até elas ainda está completamente fora das possibilidades tecnológicas da humanidade. Se considerarmos o Sol, precisamos lembrar que a temperatura de sua superfície é de 5780 graus Kelvin (em torno de 6050 graus Celsius), uma temperatura que vaporizaria qualquer material. Portanto não é possível fisicamente tocar-se em uma estrela como o Sol.

Envio: 10/01/2016

Nome: Alberto Carlos Pereira

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Buracos Negros são o estágio final de evolução das estrelas de grande massa. Como tais estrelas são raras, eles são muito poucos comparados com as cerca de 400 bilhões de estrelas da nossa galáxia. Não existe uma distância média entre eles. Pode ocorrer sim de dois buracos negros formarem-se extremamente próximos, isso ocorre se duas estrelas muito massivas num sistema binário evoluírem pra BNs. Nesse caso os dois podem se fundir num só, cuja massa total é, evidentemente, a soma das massas individuais. Tecnicamente esse processo é chamado de coalescência de buracos negros e existem vários artigos na literatura técnica descrevendo como ele ocorre.

Envio: 24/11/2015

Nome: Clube De Astronomia Centauri

Cidade: Itapetininga, Sp

Resposta:
Todas as estrelas emitem radiação eletromagnética de acordo com um padrão bem conhecido, a "curva de corpo negro". O máximo de emissão de cada estrela depende de sua temperatura efetiva, o que por sua vez depende de sua massa. O Sol por exemplo tem o máximo de sua emissão na faixa visível, na cor amarela, o que corresponde a uma temperatura efetiva de aproximadamente 5800 graus Celsius na superfície. Já as estrelas muito pequenas e frias, com temperaturas efetivas abaixo de 3000 graus, têm o máximo de sua emissão no infravermelho emitirão muito pouco na faixa visível. Deve-se notar porém que, ainda que tais objetos não sejam visíveis a olho nu, eles são perfeitamente detectáveis com câmeras infravermelhas.

Envio: 02/11/2015

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: São Paulo

Resposta:
Estrelas supermassivas têm ciclo evolutivo muito curto, de poucos milhões de anos. Portanto desde a origem do universo há 13,7 bilhões de anos, muitas delas já explodiram e a tabela periódica é aquela que conhecemos. Não é impossível que elementos químicos com massas atômicas muitos grandes sejam temporariamente formados em núcleos estelares durante a explosão se supernovas, porém os mesmos são instáveis e quase instantaneamente decaem naqueles que conhecemos. O elemento mais pesado atualmente conhecido, por exemplo, é sintetizado apenas em reatores nucleares, ele se chama ununoctium e tem massa atômica 294, mas tem meia-vida de 0,89 milésimos de segundo, decaindo posteriormente para outros elementos mais leves. Nada impede que o mesmo, e outros similares, sejam formados nos núcleos estelares, porém imediatamente eles decairão e não serão detectados em remanescentes de supernova.

Envio: 30/10/2015

Nome: Gabriel Vicino

Cidade: Ribeirão Preto, Sp

Resposta:
De acordo com a Teoria da Relatividade, existe sim um efeito chamado "dilatação gravitacional do tempo". Para uma aceleração gravitacional como a de Júpiter, a alteração na marcha do tempo é desprezível, porém nas vizinhanças de um buraco negro ou de uma estrela de nêutrons esse efeito seria fácil de perceber.

Envio: 18/10/2015

Nome: Francisco Siqueira

Cidade: Araruama - Rj

Resposta:
O Sol emite todos os tipos de neutrinos. Foi justamente a falta de neutrinos do elétron que deu origem ao chamado "problema dos neutrinos solares", explicado posteriormente quando se explicou o mecanismo da oscilação: os neutrinos podem se transformar de um tipo em outro. O mesmo vale para os demais corpos celestes: diversos mecanismos produzem neutrinos, tais como os núcleos estelares, as explosões de supernova, as atmosferas das estrelas e dos planetas (por interação com raios cósmicos) e também mecanismos geológicos como o decaimento radioativo. Os detetores de neutrinos não têm direcionalidade, portanto não é possível identificar uma dada fonte para um neutrino específico. De qualquer forma, não é possível mapear as abundâncias químicas de uma dada fonte através dos neutrinos por ela emitidos já que os mesmos tipos de neutrinos são emitidos por núcleos atômicos de distintos elementos.

Envio: 17/10/2015

Nome: Cristyana Yang

Cidade: São Paulo

Resposta:
Esses "concursos" tipo qual é a maior ou qual é a mais distante têm respostas que, pela evolução dos conhecimentos, são sempre transitórias. Além disso, quando se pergunta sobre "a maior", o que isso quer dizer? É a de maior massa? A de maior diâmetro? A mais luminosa? Para complicar ainda mais, todas as determinações de parâmetros estelares como massa ou diâmetro têm erro, a resposta tem sempre uma margem de incerteza. Por muito tempo, VY CMa foi considerada a maior estrela em dimensões. Mas determinações recentes indicam que NML Cyg é um pouco maior, ainda que seus parâmetros tenham também uma margem de erro. De qualquer forma, ambas são da família das estrelas hipergigantes, extremamente volumosas e luminosas, e estão entre as maiores estrelas conhecidas.

Envio: 08/10/2015

Nome: Robson

Cidade: Canela Rio Grande Do Sul

Resposta:
As erupções de raios gama não são previsíveis. Supõe-se que elas resultem da explosão se supernovas, ou então da colisão de dois objetos compactos como estrelas de nêutrons, ou um estrela de nêutrons e um buraco negro. Esses fenômenos não espalham energia em todas as direções. Ao contrário, são extremamente colimados, emitindo energia em direções muito específicas, associadas ao eixo de rotação de uma supernova por exemplo. Por serem tão colimados, eles só representariam risco para objetos relativamente próximos que estivessem situados exatamente "na mira" do jato de raios gama. Felizmente, tanto quanto sabemos, o sistema solar não está próximo de nenhum objeto assim.

Envio: 10/09/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza, Ce

Resposta:
Júpiter é um planeta do tipo gigante gasoso. Para que fosse uma estrela do tipo anã marrom, as menores que existem, ele precisaria ter massa de no mínimo 13 vezes a que realmente tem. Mas as anãs marrons são estrelas "falhadas", que de tão pequenas que são nem conseguem fazer fusão de hidrogênio em seu núcleo. Elas produzem energia por fusão de deutério, um isótopo pesado e raro do hidrogênio. Para que Júpiter fosse uma estrela "normal" de pequena massa, uma anã vermelha, ele precisaria ter no mínimo 80 vezes a massa que tem.

Envio: 08/09/2015

Nome: Rogerio Lima Tompson

Cidade: Vitoria

Resposta:
Não se pode. O que se pode dizer é que uma explosão nesta estrela foi detectada há 170 anos. O que significaria que a mesma ocorreu há 7500+170 anos atrás.

Envio: 05/09/2015

Nome: Manuel Ferreira Filho

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
Os modelos e simulações hidrodinâmicas da explosão de supernovas tipo 1A indicam que a estrela companheira sobrevive caso esta não se tratar de outra estrela tipo anã branca. Nos casos de explosão originada em sistemas duplos compostos de duas anãs brancas, não há objeto remanescente. Porém se a companheira for uma estrela ainda que ainda não chegou ao estágio de anã branca, ela é ejetada e sobrevive.

Envio: 28/08/2015

Nome: Thiago Lima

Cidade: Araraquara, Sp

Resposta:
Fótons sempre se deslocam com a velocidade da luz. Essa é uma previsão da Teoria da Relatividade que sempre foi comprovada. E de acordo com as mesma teoria, não é possível acelerar nenhum corpo, nem mesmo um fóton, de modo que o mesmo ultrapasse a velocidade da luz, já que, devido ao chamado Fator de Lorentz que aparece nas equações, a velocidade da luz torna-se uma barreira intransponível, mesmo para os fótons. Veja uma descrição do Fator de Lorentz aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_de_Lorentz

Envio: 24/08/2015

Nome: Reinaldo Magalhaes De Sousa

Cidade: Brasilia

Resposta:
Buracos negros têm massa, mas não têm matéria como a que existe normalmente. Nem mesmo as partículas elementares como prótons e nêutrons resistem à imensa pressão resultante do colapso gravitacional que forma essas estruturas. Em seu interior existe o que se chama de singularidade: toda a massa está comprimida em um volume infinitamente pequeno, portanto não tem sentido em pensarmos em elementos químicos nesse cenário.

Envio: 18/08/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza Ceara

Resposta:
Eta Carinae é um sistema duplo composto por Uma extrela extremamente massiva, com aproximadamente 120 vezes a massa do Sol, e uma companheira de cerca de 30 massas solares. O sistema tem órbita altamente excêntrica com período de 5,54 anos e, na mínima aproximação, as estrelas aproximam-se a 1,6 Unidades Astronômicas (UA) uma da outra. Uma UA equivale à distância Terra-Sol de 150 milhões de quilômetros. Essa distância mínima de separação de fato é menor que o raio da estrela maior. O que ocorre é que, ao passar próximo, a estrela menor, que tem vento estelar intenso, cava um "túnel" na atmosfera estendida da maior, e depois da passagem a estrutura se recompõe. Veja no link abaixo algumas animações que ilustram esse efeito:
http://www.nasa.gov/content/goddard/nasa-observatories-take-an-unprecedented-look-into-superstar-eta-carinae

Envio: 12/08/2015

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: São Paulo

Resposta:
Estrelas gigantes vermelhas tem grande luminosidade, porém baixa temperatura efetiva. Essas estrelas têm temperaturas efetivas típicas da ordem de 3000 K, bem menor que a do Sol que é de 5780 K. A grande luminosidade se deve ao volume dessas estrelas, que são muito maiores que o Sol em diâmetro. Já para supernovas as estimativas de temperatura efetiva levam a resultados pouco realistas porque esses objetos variam sua cor rapidamente numa escala de dias. No início, a temperatura efetiva é ao redor de 20.000 K e cerca de 20 dias depois da explosão, cai para aproximadamente 6000K. Note porém que essa é apenas a medida da temperatura efetiva, ou seja, baseada no modelo de Corpo Negro. A luminosidade emitida por estes objetos é extremamente alta, podendo chegar a bilhões de vezes a luminosidade solar.

Envio: 29/07/2015

Nome: Janaína Miranda Pinheiro

Cidade: São José Dos Campos

Resposta:
Sim, a chamada "Radiação Hawking". Esse processo de emissão, proposto pelo físico Stephen Hawking, se deve a efeitos quânticos relacionados com o Princípio da Incerteza: pares partícula-antipartícula produzidos por flutuações de vácuo junto à fronteira de um buraco negro, em princípio poderiam surgir de forma que uma dos componentes do par esteja fora e outra dentro do horizonte dos eventos. Assim sendo, a que surgiu fora poderia escapar. Veja mais detalhes aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_Hawking

Envio: 28/07/2015

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Sim, é a massa da estrela progenitora que vai definir o seu futuro. Mas como as estrelas de grande massa perdem muita dela ao longo de sua evolução, é a massa no núcleo da mesma ao final de sua evolução que vai definir seu destino. Caso o núcleo estelar tenha massa maior que 1,44 vezes a massa do Sol, o chamado Limite de Chandrasekhar, a estrela vai sofrer um colapso e se transformar numa estrela de nêutrons. Caso não tiver, vai terminar sua evolução como uma anã branca. A formação de um buraco negro é mais complexa, não tem uma regra simples, mas em linhas gerais, caso o núcleo estelar ultrapassar o limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, haverá a formação de um buraco negro. Este limite tem valor de aproximadamente 3 massas solares, dependendo de várias condições.

Envio: 28/07/2015

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O campo gravitacional de um buraco negro de massa M é exatamente o mesmo de uma estrela de massa M! É um equívoco achar que buracos negros são como "ralos universais" que engolem tudo. A diferença está sim na densidade: por estarem muito "comprimidos", ou seja, por terem densidade infinitamente grande, buracos negros exercem uma força muito grande nos objetos de sua vizinhança, a tal ponto da própria luz não conseguir sair dele, mas isso vale apenas para a vizinhança bem próxima. É possível inclusive imaginar objetos tais como planetas que estejam em órbitas estáveis em torno de um buraco negro, desde que tenham sobrevivido à explosão de supernova que deu origem ao mesmo e não estejam muito próximos dele. Procure na internet a definição de "raio de Schwarzschild" para entender o conceito de fronteira de um buraco negro.

Envio: 22/07/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza

Resposta:
Sim, é verdade. Pode-se calcular o "raio de Schwarzschild" de qualquer objeto que tenha massa diferente de zero. Esse número é o raio do horizonte dos eventos de um buraco negro de massa equivalente. Por exemplo, se a Terra fosse comprimida até chegar a 9 milímetros de raio, ela seria um buraco negro. Mas claro que isso só tem valor como analogia pois não existe mecanismo físico capaz de comprimir um planeta, na prática apenas núcleos de estrelas de grande massa podem ser comprimidos por ação de sua própria gravidade até se transformarem em buracos negros.

Envio: 19/07/2015

Nome: Marianne

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
O conhecimento sobre planetas extrassolares cresce muito rapidamente. Segundo os dados obtidos pelo satélite Kepler, tudo leva a crer que a maioria das estrelas têm sistemas planetários. Mas infelizmente o número de exoplanetas conhecidos ainda é muito pequeno, em torno de 2000. Levando-se em conta que nossa galáxia tem entre 200 e 400 bilhões de estrelas, a estatística ainda é muito pobre para se fazer uma afirmação definitiva sobre a quantidade de planetas na nossa galáxia.

Envio: 18/07/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza-Ce

Resposta:
A ação da gravidade como a "depressão" num plano é apenas uma analogia. Na verdade a gravidade deve ser entendida como o potencial de atração de todos os corpos entre si: quanto maior o corpo, maior o potencial de atração. A formação das estrelas se dá quando, por ação da gravidade, uma nuvem interestelar começa a se concentrar em torno de seu centro de massa, aumentando progressivamente a densidade até que, se existir massa suficiente, uma estrela se forma. Já a destruição das estrelas não se dá apenas por ação direta da gravidade e sim pela própria evolução das estrelas, o que inclui certamente a gravidade mas também as reações de fusão nuclear que ocorrem nos núcleos estelares.

Envio: 06/07/2015

Nome: Robson

Cidade: Canela/Rs

Resposta:
As cores das estrelas estão relacionadas às temperaturas superficiais das mesmas: as mais quentes são as azuis, depois vêm as brancas, as amarelas como o Sol, as alaranjadas e finalmente as vermelhas, que são as mais frias. Nada impediria a formação de um sistema planetário como o do Sol em torno de uma estrela azul, porém como essas estrelas são mais quentes, a maior diferença entre um sistema assim e o nosso é que os planetas habitáveis estariam bem mais longe da estrela pois a Zona Habitável, ou seja, aquela faixa de distância da estrela em que pode haver água no estado líquido livre na superfície de um planeta, estaria mais longe. Em torno de uma estrela azul, um planeta como a Terra teria que estar 3 a 5 vezes mais longe da mesma para abrigar vida como conhecemos.

Envio: 02/07/2015

Nome: Saulo Gonzaga Santos

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
Não é possível que dois planetas ocupem a mesma órbita em torno de uma estrela. Em termos da dinâmica dos corpos, tais órbitas seriam instáveis e essa configuração duraria muito pouco tempo. De qualquer forma, planetas (que estejam em órbitas distintas!) em lados opostos de uma estrela ainda poderiam ser detectados porque a perturbação gravitacional dos mesmos sobre a estrela poderiam ser detectadas. É possível estimar a massa da estrela a partir de sua luminosidade e temperatura, e assim separar a atração gravitacional da estrela e dos planetas.

Envio: 30/06/2015

Nome: Robson

Cidade: Canela Rio Grande Do Sul

Resposta:
Em outras palavras, você que saber se existe uma "gêmea" do sol. Estrelas gêmeas idênticas não existem, porém algumas são muito parecidas com o sol. Das estrelas brilhantes e visíveis a olho nu, Alfa Centauri A é a mais parecida com o Sol, porém existem levantamentos feitos por astrônomos profissionais que localizaram estrelas ainda mais parecidas, tanto do ponto de vista de temperatura e luminosidade como do ponto de vista da composição química, porém são estrelas mais distantes e invisíveis a olho nu. Caso uma estrela azul estivesse no lugar do Sol, a chamada "zona habitável", ou seja, aquela faixa de distâncias à estrela em que um planeta poderia ter água na fase líquida livre na superfície, seria mais distante da mesma. Assim um planeta como a Terra precisaria estar mais longe da estrela para abrigar vida.

Envio: 23/06/2015

Nome: Érico Percy Alcântara De Moraes

Cidade: São José Dos Campos

Resposta:
Sim, se a massa da estrela de nêutrons subir até ultrapassar o limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, haverá o colapso gravitacional da própria estrutura interna dos nêutrons, resultando daí um buraco negro.

Envio: 18/06/2015

Nome: Antonio Horacio Marques

Cidade: Campinas

Resposta:
Nebulosas planetárias são ejetadas na fase final de evolução das chamadas estrelas de massa intermediária, como é o caso de nosso Sol. Ao final de seu ciclo evolutivo elas ejetam suas camadas externas, dando origem a nebulosas planetárias. Essas nebulosas podem ter forma simples, aproximadamente esféricas, ou bem complexas como é o caso da nebulosa Olho de Gato. Essas formas complexas estão associadas à origem de cada uma, elas são causadas por uma combinação de fatores: uma estrela dupla no centro, presença de um disco planetário em torno da estrela, ou ainda duplos episódios de ejeção de material. Esses efeitos, muitas vezes combinados, podem produzir nebulosas de formas bem complexas.

Envio: 14/06/2015

Nome: José Eduardo A De Oliveira

Cidade: Barra Do Piraí

Resposta:
De fato, estrelas ejetam nuvens de gás ao final de seu ciclo evolutivo. Estrelas de massa pequena ou intermediária, como nosso Sol, ejetam esses gases na forma de uma nebulosa planetária. Se estiverem em sistemas binários podem também ejetar gases em eventos tipo Nova. Já as estrelas de grande massa ejetam-nos na forma de uma explosão de supernova. Em todos os casos, tais gases são ejetados a partir da posição da estrela e se dispersam, eles não permanecem concentrados. As distâncias entre as estrelas são muito grandes e não existem nuvens interestelares próximas, mas caso a Terra entrasse em uma nuvem interestelar, as densidades das mesmas são extremamente baixas se comparadas com a densidade da atmosfera que nada aconteceria. Nós nem nos daríamos conta da presença da nuvem, a não ser que sondas destinadas a medir variações da densidade do meio interestelar a detectasse.

Envio: 14/05/2015

Nome: Anatolio Filho

Cidade: Gravata, Pe

Resposta:
Não, os átomos de ferro são os mais massivos possíveis de ser produzidos por fusão de núcleos mais leves, eles são produzidos apenas pelas estrelas de grande massa em suas fases finais de evolução, quando são supergigantes e estão prestes a explodir como supernovas. Os demais elementos químicos com massas atômicas maiores são produzidos por captura de nêutrons durante estes estágios finais de evolução.

Envio: 14/05/2015

Nome: Anatolio Filho

Cidade: Gravata, Pe

Resposta:
Sim, os colapsos de núcleos estelares massivos, que produzem as supernovas, devem produzir ondas gravitacionais, como é previsto pela Teoria da Relatividade Geral. Existem várias simulações computadorizadas que demonstram tal efeito, porém eles nunca foram medidos experimentalmente devido às grandes dificuldades técnicas envolvidas nessa medida: as variações no comprimento dos detetores causadas pela passagem de ondas gravitacionais devem ser de aproximadamente um centésimo do diâmetro de um núcleo atômico, para um sensor de vários quilômetros de comprimento como os detetores LIGO ou VIRGO.

Envio: 13/05/2015

Nome: Erick

Cidade: Maringa

Resposta:
Esse processo ocorre sempre que duas estrelas muito massivas em um sistema binário, que tenham massas diferentes entre si, chegam aos estágios finais de evolução. Como a velocidade de evolução depende da massa, a mais massiva sempre evoluirá mais rápido e se transformará em um buraco negro primeiro. Dependendo das distâncias entre si, elas podem se atrair e formar um buraco negro único antes ou depois da secundária evoluir e formar ela mesma um buraco negro. Na verdade não importa o que acontece, ambas vão se atrair em direção ao centro de massa do sistema e o resultado final será um buraco negro com massa igual à soma das massas das estrelas progenitoras. Estima-se que esse processo de dois corpos muito massivos se aproximando para formar um buraco negro seja um grande emissor de ondas gravitacionais.

Envio: 08/05/2015

Nome: Ederson César Perucini

Cidade: São Paulo

Resposta:
São efeitos bem diferentes. O avermelhamento causado pela poeira resulta, como diz o termo, em que a luz das estrelas, quando observada com diferentes filtros, fica mais avermelhada, ou seja, tem mais fluxo na parte vermelha do espectro óptico do que se deveria esperar, isto porque a poeira absorve com mais eficiência a parte azul e deixa passar mais facilmente o vermelho. Veja que não se trata de um efeito cinemático, ele depende apenas da quantidade de poeira existente entre a fonte e nós e não da velocidade da mesma. Já o desvio para o vermelho cosmológico é distinto, ele resulta da expansão do universo. É simples distinguir entre um e outro: no caso do desvio para o vermelho, trata-se de um efeito de velocidade que pode ser constatado pela diferença entre os comprimentos de onda medido e previsto das linhas existentes no espectro de uma dada estrela ou galáxia. Note que este desvio pode ser cosmológico ou não. Ele pode ser resultado apenas do deslocamento das estrelas em nossa própria galáxia.

Envio: 29/04/2015

Nome: Morgana

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A magnitude aparente de Eta Carinae atualmente é de aproximadamente 4,4. Este valor a coloca como uma estrela fraca, porém possível de se observar a olho nu sim, mas de dentro de uma cidade ou em condições mais desfavoráveis como presença da Lua ou de nuvens ralas, isso seria difícil. Usando um pequeno binóculo ou luneta para observá-la sem dificuldade. Deve-se notar que este objeto é altamente variável e nos últimos 25 anos ela aumentou de brilho cerca de 2 magnitudes.

Envio: 26/04/2015

Nome: Raphael Modesto

Cidade: Nova Iguaçu, Rj

Resposta:
Sim, essa é a técnica mais usada para procurar planetas extrassolares. Quando dois corpos como um planeta e uma estrela estão ligados gravitacionalmente, ambos orbitam em torno de um centro de massa, esse é um conceito da dinâmica. Como a massa do planeta é bem menor que a da estrela, o resultado é que enquanto o planeta gira, a estrela oscila levemente em posição. Essa oscilação vai ser maior para planetas mais massivos e menor para os planetas pequenos, então se for feita uma estimativa da massa da estrela, a amplitude da oscilação pode ser utilizada para estimar a massa do planeta.

Envio: 26/04/2015

Nome: Isabele Laís

Cidade: Sorocaba

Resposta:
Para estimar a distância de uma estrela não basta medir seu brilho ou magnitude aparente. É preciso também estimar através de alguma técnica o seu brilho intrínseco, também conhecido como magnitude absoluta. Comparando-se as magnitudes aparente a absoluta de uma estrela é possível calcular sua distância. Veja os detalhes no link abaixo. Em particular, veja o conceito de "Módulo de Distância": http://www.iag.usp.br/siae98/astroleis/estrelas.htm

Envio: 25/04/2015

Nome: Manuel Ferreira Filho

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
Na verdade é o contrário: a formação da estrela de nêutrons dá origem à explosão de uma supernova. O que ocorre no instante do colapso do núcleo de uma estrela supergigante é que o núcleo estelar colapsa devido à pressão gravitacional e se transforma instantaneamente numa estrela de nêutrons; em consequência da onda de choque provocada por este processo, todo o restante do volume da estrela é comprimido para fora, gerando uma detonação termonuclear que é a supernova. Este processo produz uma quantidade muito grande de energia e por algumas semanas uma supernova pode ser tão luminosa quanto toda a galáxia em que ela está.

Envio: 23/04/2015

Nome: Arthur Pereira Da Costa

Cidade: Belém, Pa

Resposta:
Isto ocorre porque como qualquer outro corpo cuja temperatura esteja acima do zero absoluto, as estrelas emitem radiação numa faixa ampla de comprimentos de onda e não apenas em um só. No caso de estrelas cuja temperatura efetiva corresponda ao pico da emissão na região do espectro que corresponde à luz verde, a combinação das demais cores "apaga" o verde e ela é percebida como branca. Tais estrelas têm temperaturas efetivas ao redor de 10.000 kelvins e são as estrelas tipo A de acordo com a classificação de Harvard.

Envio: 19/04/2015

Nome: Hamilton Carvalho

Cidade: Barueri

Resposta:
O movimento do Sol em torno do centro da galáxia em geral não é usado no cálculo da paralaxe devido às incertezas nos movimentos das demais estrelas em torno do centro galáctico. Este efeito se chama "paralaxe secular" e de fato pode produzir linhas de base muito maiores que a paralaxe trigonométrica usando apenas o diâmetro da órbita da Terra como linha de base, mas as incertezas tornam a técnica contraproducente. Por outro lado, a paralaxe "clássica" pode ser repetida tantas vezes quantas se queira para qualquer alvo, o que permite refinar a precisão e também corrigir as incertezas produzidas pelo deslocamento do próprio Sol.

Envio: 20/03/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza-Ce

Resposta:
Sim, todos os demais elementos químicos que existem são fabricados nos núcleos das estrelas, a partir do hidrogênio. Mas isso ocorre de forma sequencial: do hidrogênio é produzido o hélio, do hélio o carbono, do carbono o oxigênio e assim sucessivamente. Não é possível repetir este processo na Terra porque as temperaturas e pressões necessárias para tanto são altíssimas e impossível de ser reproduzidas: a temperatura do núcleo do Sol onde a produção de energia se dá pela transformação de hidrogênio em hélio é de 15 milhões de graus e a pressão ultrapassa 200 bilhões de atmosferas.

Envio: 09/03/2015

Nome: Kaio Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
O efeito vai depender da proximidade das estrelas do par. Se elas forem o que se chama de "binárias interagentes", ou seja, que estão tão próximas que trocam massa uma com a outra, o fato de uma explodir como supernova pode gerar uma transferência grande de massa para a companheira, de modo que o núcleo da própria companheira ultrapasse o Limite de Chandrasekhar, que equivale a 1,44 vezes a massa do Sol. Se isso vier a ocorrer, a companheira explodirá como supernova também. Por outro lado, se for um sistema binário de componentes destacadas, sem interação entre elas, a evolução de uma não influirá na da outra.

Envio: 05/03/2015

Nome: Gustavo

Cidade: Gurupi, To

Resposta:
O colapso do núcleo de uma estrela só ocorre naquelas que têm grande massa, no mínimo 10 vezes a massa do Sol. Quando isso ocorre, a maior parte da massa da estrela é ejetada na explosão da Supernova resultante, só resta o antigo núcleo estelar. Este núcleo, dependendo da sua massa e das condições do colapso, pode resultar numa anã branca, numa estrela de nêutrons ou num buraco negro.

Envio: 25/02/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza-Ce

Resposta:
Anãs marrons são estrelas de muito baixa massa, menor que 8% da massa do Sol. As suas massas ficam entre 13 e 80 vezes a massa de Júpiter. Com massa tão baixa assim, a pressão e temperatura do núcleo estelar não atinge valores altos o suficiente para desencadear a fusão nuclear do hidrogênio, elas produzem energia por fusão de deutério, um isótopo pesado e bem mais raro do hidrogênio. O tempo de vida das anãs marrons depende da quantidade de deutério disponível, ele é grande mas não tão grande quanto o das anãs vermelhas de baixa massa, estrelas com cerca de 10% da massa do Sol que produzem pouquíssima energia e que, ao menos teoricamente, podem existir por até 100 trilhões de anos.

Envio: 22/02/2015

Nome: Luiz Daniel

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
Alfa Centauri é um sistema duplo e seus componentes são muito similares ao nosso Sol. Como é um sistema muito próximo (apenas 4,3 anos-luz), o Sol seria visto no céu como uma estrela visível a olho nu, e relativamente brilhante. Claro que as constelações seriam diferentes pois o observador estaria vendo o céu de outro local, porém nosso Sol seria bem visível. Um observador em outro sistema mais distante veria o Sol mais fraco, até que, a partir de uma determinada distância, ele seria invisível a olho nu e só poderia ser observado com telescópio.

Envio: 19/02/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza -Ce

Resposta:
As explosões de supernova ocorrem porque, durante o ciclo evolutivo das estrelas progenitoras, as condições do núcleo estelar vão se alterando, e ele vai ficando cada vez mais denso. Quando o núcleo atinge um limite superior de densidade, chamado Limite de Chandrasekhar, a estrutura dos núcleos atômicos do material do núcleo da estrela é tão comprimida pela gravidade que ocorre um colapso e o núcleo "desaba" sobre si mesmo. O antigo núcleo estelar que tinha aproximadamente o diâmetro da Terra (entre 10.000 e 15.000 km, dependendo da massa da estrela) colapsa e se transforma numa esfera de nêutrons com 10 a 20 km de diâmetro, mantendo a mesma massa! Esse colapso do núcleo estelar desencadeia a explosão de supernova: quando ele ocorre, o material do resto da estrela explode para fora pela onda de choque provocada pelo colapso do núcleo. Essa compressão provoca as reações nucleares que originam a grande produção de energia característica destes fenômenos.

Envio: 13/01/2015

Nome: Luis Adriano - Ifma

Cidade: São Luís- Ma

Resposta:
O núcleo de uma estrela como o Sol tem aproximadamente as dimensões da Terra. É no núcleo que ocorrem as reações de fusão nuclear que produzem a energia que o mesmo emite. As condições físicas do núcleo são densidade de 150 g/cm3 (150 vezes maior que a da água), temperatura de 15,7 milhões de graus Celsius e pressão de 265 bilhões de atmosferas. Nestas condições ocorre a fusão nuclear do hidrogênio, que vai se transformando em hélio, processo que libera grandes quantidades de energia. Portanto estas são as condições do núcleo Solar. Em estrelas mais massivas tais como as supergigantes, as condições são ainda mais extremas , com centenas de milhões de graus de temperatura e densidade e pressão ainda maiores, o que possibilita a fusão nuclear de elementos cada vez mais pesados. O colapso de um núcleo estelar, que produz uma estrela de nêutrons, só ocorre quando a massa do mesmo ultrapassa o chamado Limite de Chandrasekhar, que equivale a 1,44 massas solares confinadas em um volume como o da Terra.

Envio: 10/01/2015

Nome: Cleber

Cidade: Fortaleza

Resposta:
Buracos negros NÃO TÊM massa infinita. Eles são o final da evolução estelar das estrelas de grande massa: os núcleos destas grandes estrelas colapsam ao final de seu ciclo evolutivo e produzem os buracos negros, assim sendo, suas massas são finitas e, caso exista algum objeto orbitando em torno do mesmo, a massa pode ser determinada com uso da Terceira Lei de Kepler. É comum o equívoco das pessoas pensarem que buracos negros tem massa infinita, mas o que eles têm é DENSIDADE infinita, ou seja, uma massa finita num volume infinitesimalmente pequeno resulta numa densidade que tende ao infinito.

Envio: 17/10/2014

Nome: Augusto Arcano De Almeida

Cidade: Vila Velha - Es

Resposta:
O número de planetas descobertos em torno de outras estrelas aumenta a cada semana. Atualmente existem mais de 1800 já confirmados. Destes, nenhum é idêntico à Terra porém alguns aparentam ser muito semelhantes. O melhor caso é o planeta Kepler 186f; veja mais informações sobre ele aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kepler-186f

Envio: 17/10/2014

Nome: Eloíza Viana

Cidade: São Paulo-Sp

Resposta:
Porque para que a fusão nuclear ocorra é preciso que o núcleo estelar alcance condições mínimas de temperatura e pressão. Estas condições só são atingidas se a estrela tiver no mínimo 8% da massa do Sol. Caso ela não tiver tal massa, irá se transformar numa anã marron, que é uma estrela que "falhou".

Envio: 07/10/2014

Nome: Carolina Pelicao Ghidetti

Cidade: Vila Velha, Es

Resposta:
Porque elas produzem energia em seu núcleo. Esta energia é produzida por um processo chamado fusão nuclear, onde núcleos de hidrogênio se fundem, transformando-se em núcleos de hélio e produzindo grandes quantidades de energia. E a energia é emitida pela estrela na forma de luz, por isso elas brilham.

Envio: 24/09/2014

Nome: David Cavalcanti

Cidade: Belém, Pa

Resposta:
Estrelas, como o nosso Sol, produzem energia em seus núcleos e são muito maiores que os planetas. Estes, como a Terra, orbitam em torno das estrelas, são bem menores e não produzem energia, apenas refletem a luz das estrelas. Os planetas podem ser de dois tipos: rochosos como a Terra, Marte ou Vênus, ou gasosos como Júpiter e Saturno.

Envio: 18/09/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
São dois conceitos completamente distintos. Buracos negros são o resultado final da evolução das estrelas de grande massa (no mínimo 10 vezes a do Sol), ao final de seu ciclo evolutivo, os núcleos dessas estrelas sofrem colapso gravitacional devido às altíssimas densidades e transformam-se em buracos negros. Já a matéria escura é algo totalmente distinto: este termo é usado para designar a fração da massa das galáxias que não emite luz. Sabe-se hoje que uma fração expressiva da massa das galáxias não está na forma de estrelas, mas sua existência pode ser demonstrada por argumentos dinâmicos: a maneira como as galáxias se movem demonstra a existência de tal matéria que, por não emitir radiação eletromagnética (seja na forma de luz visível ou em outros comprimentos de onda), recebe o nome de matéria escura. Sua verdadeira natureza ainda não foi estabelecida.

Envio: 11/09/2014

Nome: Eloíza Viana

Cidade: São Paulo-Sp

Resposta:
Buracos negros não são instáveis! Ao contrário, são objetos bem estáveis. Deve-se notar que existem dois tipos básicos de buracos negros: os chamados "estelares", resultantes do colapso do núcleo de uma estrela de grande massa, e os "supermassivos", resultantes da formação das galáxias e localizados no centro de muitas delas, como na nossa por exemplo. Num serviço como este não temos explicar tudo o que se sabe sobre buracos negros, sugerimos que você leia um texto mais detalhado como este do link abaixo, que descreve os estágios finais da evolução das estrelas e a formação de buracos negros:
http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm

Envio: 11/09/2014

Nome: Eloíza Viana

Cidade: São Paulo-Sp

Resposta:
De acordo com Newton, a gravidade é uma propriedade dos corpos, uma força atrativa proporcional à massa de cada corpo. De acordo com Einstein, a gravidade é uma deformação do espaço-tempo na vizinhança de cada corpo, proporcional à sua massa. Existem sim buracos negros resultantes do colapso do núcleo das estrelas muito massivas, porém tais objetos não estão "vagando pelo espaço", eles se movimentam em torno do centro da nossa galáxia (como nosso Sol também faz) em órbitas estáveis e não poderiam chegar ao sistema solar.

Envio: 11/09/2014

Nome: Eloíza Viana

Cidade: São Paulo-Sp

Resposta:
É possível mesmo distinguir cores das estrelas. Parabéns por sua percepção, hoje em dia poucas pessoas percebem isso devido à grande iluminação artificial das cidades. A razão das diferentes cores das estrelas não é consequência de diferentes composições químicas ou de tamanho e sim de sua temperatura. Estrelas mais quentes tem cor azulada, ou branco-azulada. As mais frias têm cor laranja ou avermelhada.

Envio: 17/08/2014

Nome: Luiz Gustavo Sousa

Cidade: Poá,Sp

Resposta:
A origem fóssil do petróleo é bem determinada, como os geólogos e os geofísicos sabem. A descoberta de hidrocarbonetos nas nuvens moleculares mostra apenas o quanto pode ser complexa a química do meio interestelar. Através da radioastronomia várias moléculas orgânicas complexas já foram encontradas, tais como etileno-glicol, benzeno e fulereno. Estas descobertas não mudam de forma importante o que já se conhecia sobre a química das nuvens moleculares densa, apenas revela o quão complexa a mesma pode ser. Claro que tais descobertas podem ter impacto bem mais amplo, talvez até em áreas como a astrobiologia e a origem da vida, porém isto ainda está por ser determinado.

Envio: 01/08/2014

Nome: Jossano De Rosso Morais

Cidade: São Sepé, Rs

Resposta:
Existe sim! É equivocada a ideia de que buracos negros são "ralos universais" que engolem tudo, uma vez que a massa deles é finita, o campo gravitacional também é e a atração gravitacional que eles exercem sobre os corpos em sua vizinhança depende da massa, seguindo as leis da física. É possível imaginar até objetos em órbitas estáveis em torno de buracos negros, desde que estejam a distâncias maiores que o chamado "raio de Schwarzschild", que delimita o horizonte dos eventos de um buraco negro, e que evidentemente tenham velocidade orbital suficiente para uma órbita estável. E se, em vez de um buraco negro estelar, considerarmos os buracos negros supermassivos que existem nos núcleos de muitas galáxias, estes são os melhores exemplos de objetos estáveis, que "convivem" com seu entorno. A nossa própria galáxia, a Via Láctea, tem em seu núcleo um grande buraco negro com massa de aproximadamente 3,2 milhões de massas solares, sem que isso perturbe as órbitas das cerca de 400 bilhões de estrelas que compõem a galáxia.

Envio: 24/07/2014

Nome: Jonas

Cidade: Mirassol, Sp

Resposta:
Isso ocorre principalmente devido à atmosfera da Terra, que torna muito difícil distinguir as cores dos corpos celestes, com exceção das estrelas muito brilhantes. Não existe nenhuma estrela anã vermelha suficientemente próxima de nós para ser facilmente visível a olho nu, por isso não as vemos. Porém se você observar estrelas vermelhas muito brilhantes como Antares ou Betelgeuse, notará facilmente que a cor das mesmas, ainda que observadas a olho nu, é bem avermelhada. O mesmo ocorre com as amarelas. Com um pouco de atenção é possível distinguir diferenças de cor, mas isso requer que se observe o céu em noites limpas e longe de iluminação artificial. Um exemplo de estrela amarela bem brilhante é Alfa do Centauro.

Envio: 27/06/2014

Nome: Josue

Cidade: Maringa-Pr

Resposta:
Pulsares são estrelas de nêutrons originadas dos núcleos de estrelas supergigantes que passaram por uma explosão de supernova. Quando isso ocorre, o núcleo pode se transformar numa estrela de nêutrons: toda a matéria do antigo núcleo estelar, que tem aproximadamente o tamanho da Terra, colapsa para um esfera de nêutrons supercompacta, com a mesma massa, e diâmetro de apenas 15 a 20 km. Quando isso ocorre, devido a uma propriedade básica da física chamada "conservação da quantidade de movimento angular", a energia contida no movimento de rotação se conserva. E como o diâmetro se reduz muito, a consequência é o aumento da velocidade de rotação. Existem pulsares que giram com período de poucos milissegundos, o que significa uma velocidade de rotação de mais de 10.000 rpm, ou seja, mais rápido que uma broca de dentista!

Envio: 20/06/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
A determinação destes parâmetros não pode ser feita apenas com cálculos, requer também medidas feitas com um telescópio profissional. O cálculo da densidade por exemplo requer que se saiba a massa e o volume. Ambos podem ser estimados a partir de sua luminosidade intrínseca (ou magnitude absoluta, é o mesmo), que por sua vez requer que sejam determinadas sua magnitude aparente e distância, que podem ser obtidas por técnicas observacionais.

Envio: 27/04/2014

Nome: Eloíza Viana Carvalho

Cidade: São Paulo- Sp

Resposta:
A estrela Betelgeuse é uma supergigante e no futuro irá sim explodir como uma supernova. Infelizmente não há como prever com exatidão quando isso irá ocorrer, pode ser amanhã, pode ser daqui a 10.000 anos ou daqui a um milhão de anos. O que se pode dizer com certeza é que ela já está na fase que antecede a supernova. Segundo os especialistas em evolução de estrelas massivas, o cenário pós-explosão mais provável é que o antigo núcleo estelar se transforme numa estrela de nêutrons. Vale a pena lembrar que, como ela está a cerca de 650 anos-luz de nós, uma eventual explosão de supernova não teria nenhum efeito sobre a Terra, mas seria sem dúvida um espetáculo inesquecível.

Envio: 19/04/2014

Nome: Felipe Eduardo

Cidade: Rio De Janeiro-Rj

Resposta:
Em sua questão tem duas variáveis: o tamanho e o brilho. A maior em diâmetro não é sinônimo da mais brilhante. Deve-se ter em conta também que as estimativas de diâmetro e de brilho têm margens de erro, por isso nem sempre as listas de estrelas mais brilhantes são unânimes. Tem-se que as maiores em diâmetro são, UY Scuti, VY Canis Majoris e VV Cephei A, a primeira na constelação do Escudo a segunda na constelação do Cão Maior e a terceira em Cefeu. Nenhuma delas é visível a olho nu, por suas grandes distâncias, elas só podem ser vistas com telescópio. As três tem entre 1500 e 2000 vezes o diâmetro do Sol. Para localizá-las, use um programa de computador que faça cartas celestes (como o Stellarium por exemplo). Já as mais brilhantes são Cygnus OB2-12 (na constelação do Cisne), com 6,6 milhões de vezes a luminosidade do Sol e HD93129A com 5,5 milhões de luminosidades solares.

Envio: 27/03/2014

Nome: Roberto Santos

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
Tanto gigantes como supergigantes são estágios avançados da vida de uma estrela. Na sua vida "comum" as estrelas produzem energia por fusão de hidrogênio em hélio em seu núcleo. Quando o hidrogênio do núcleo se esgota, a estrela entra na fase de gigante: o núcleo se contrai e a parte externa "incha" devido ao novo balanço das densidades do núcleo e da parte externa. Posteriormente ocorre a fusão do hélio em carbono no núcleo por um certo tempo. Quando o hélio se esgota o núcleo novamente se contrai, a parte externa aumenta ainda mais de diâmetro e a estrela passa para a fase de supergigante. Então gigante e supergigante são fases consecutivas. Porém nem todas as estrelas chegam a supergigante: caso a massa for relativamente pequena como a de nosso Sol uma estrela gigante não passa para supergigante e depois dessa fase a estrela se transforma numa anã branca.

Envio: 27/03/2014

Nome: Robenil Almeida

Cidade: Amargosa, Ba

Resposta:
Porque as reações nucleares dependem desta temperatura. A fusão de hidrogênio em hélio por exemplo ocorre a 15 milhões de graus enquanto que a fusão de hélio em carbono necessita de temperatura nuclear de 100 milhões. A fusão de elementos mais pesados requer temperaturas ainda maiores, que só ocorrem nos núcleos das estrelas de grande massa.

Envio: 13/03/2014

Nome: Andressa Adriana Dutra De Paula

Cidade: Ribeirão Do Pinhal

Resposta:
A única organização que dá nomes oficiais para corpos celestes ou estruturas nos mesmos (como crateras) é a União Astronômica Internacional. Organizações privadas que vendem o direito de nomear algum corpo ou estrutura apenas garantem que, em sua base de dados, ninguém mais usará este nome. Porém tais nomes ficarão restritos à base de dados desta companhia privada, o compromisso de exclusividade se refere à base de dados deles e nada mais. É importante ressaltar que estes nomes NÃO SÃO oficiais nem reconhecidos ou utilizados pela comunidade científica.

Envio: 08/03/2014

Nome: Manuel Ferreira Filho

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
Achernar gira com altíssima velocidade de rotação. Em seu equador, a velocidade é de aproximadamente 250 km/s, muito maior que a do Sol que no equador solar é menor que 2 km/s. Tal rotação extrema faz com que a estrela seja extremamente achatada nos pólos, o diâmetro equatorial é 56% maior que o diâmetro polar. A origem desta rotação não é clara ainda, mas tudo indica que se deve às condições físicas da nebulosa que deu origem à estrela: tal nebulosa deveria estar já em rotação rápida e, por conservação do momentum angular, a estrela gira muito rápido também.

Envio: 06/03/2014

Nome: Manuel Ferreira Filho

Cidade: São Paulo

Resposta:
Este processo não é instantâneo: à medida que o hidrogênio do núcleo vai se exaurindo, o núcleo em si começa a diminuir de tamanho e a estrela como um todo começa a "inchar". A duração deste processo depende da massa da estrela, quando maior for ela, mais rápido é o processo. No caso do Sol, a transição de uma estrela anã como é o sol para a fase de gigante vermelha deve durar entre 100 e 200 milhões de anos. Parece muito mas é um tempo muito menor que o tempo de vida de nossa estrela, que já terá existido por cerca de 10 bilhões de anos quando isso ocorrer.

Envio: 02/03/2014

Nome: Jossano De Rosso Morais

Cidade: São Sepé, Rs

Resposta:
A diferença está nas progenitoras. Supernovas tipo Ia são originadas pelo colapso do núcleo de uma estrela tipo anã branca que faz parte de um sistema binário. Já as tipo Ib e Ic são originadas pelo colapso do núcleo de uma única muito massiva, uma estrela tipo Wolf-Rayet com massa de aproximadamente 40 vezes a do Sol ou talvez mais ainda. Os tipo Ib e Ic são muito semelhantes, o que os distingue é apenas a quantidade de hélio presente no espectro delas. As tipo Ib são bem mais comuns que as de tipo Ic e apresentam linhas de emissão de hélio neutro no espectro. As tipo Ic não têm tais linhas.

Envio: 24/02/2014

Nome: Manuel Ferreira Filho

Cidade: São Paulo

Resposta:
Estrelas de quarks são apenas previsões teóricas, até agora nunca foi comprovada a existência de tais objetos. De acordo com as previsões teóricas, uma estrela de quarks pode se formar a partir de uma estrela de nêutrons que tenha massa entre 1,5 e 2 vezes a massa solar. Já a formação de um buraco negro ocorre quando o objeto que colapsa tiver massa que ultrapasse o chamado Limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff, que está entre 1,5 e 3 massas solares, porém acredita-se que o colapso ocorra diretamente a partir de uma estrela de nêutrons e não de um objeto ainda mais degenerado como uma estrela de quarks. Deve-se notar que estes possíveis caminhos evolutivos são ainda muito especulativos por falta de evidências observacionais.

Envio: 09/02/2014

Nome: Sydney Saad

Cidade: São Paulo

Resposta:
Buracos negros são esféricos. Em outras palavras, vistos de qualquer ângulo do espaço ao seu redor, os efeitos do mesmo são idênticos. Não há um plano de simetria preferencial para descrevê-los.

Envio: 02/12/2013

Nome: Vanessa

Cidade: Pouso Alegre

Resposta:
Buracos negros são o final do ciclo evolutivo das estrelas de grande massa, com massas no mínimo 10 vezes maiores que a do Sol. O núcleo destas estrelas vai continuamente aumentando de massa devido ao processo de nucleossíntese (fabricação dos elementos químicos) que ocorre durante a existência da estrela. Quando a massa do núcleo atinge o valor de 1,44 vezes a massa do Sol (valor este conhecido como Limite de Chandrasekhar), a pressão gravitacional é tão grande que esmaga os núcleos atômicos que lá estão, todo o núcleo estelar "desaba" sobre si mesmo e se forma uma estrela de nêutrons. Caso a massa desta estrela continue aumentando, chegará ao ponto que nem mesmo a estrutura dos nêutrons consegue suportar a pressão gravitacional e ocorre outro colapso, com a formação de um buraco negro. É importante notar que, ao contrário do que as vezes é dito, buracos negros não são "ralos universais" que tudo atraem. Eles têm massa finita e portanto campo gravitacional finito. O que os distinguem de um objeto normal é que a aceleração gravitacional em um buraco negro é infinita, portanto é impossível algo sair do mesmo, inclusive a luz. Não é possível dar aqui uma descrição completa deste tipo de objeto. Procure por exemplo na wikipédia uma descrição mais detalhada, com figuras e gráficos.

Envio: 01/12/2013

Nome: Quimie Kamiyama

Cidade: São Paulo

Resposta:
As leis físicas que possibilitam a formação de elementos químicos estáveis são bem conhecidas, assim como os processos físicos que ocorrem nos interiores das estrelas supermassivas e que levam à nucleossíntese dos elementos pesados. Alias, os elementos mais pesados são sintetizados não durante a vida destas estrelas e sim no instante em que ocorre o colapso gravitacional dos seus núcleos, ou seja, uma explosão de supernova. Não é possível formar novos elementos químicos estáveis neste processo.

Envio: 12/11/2013

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Pulsares são estrelas de nêutron em rotação muito rápida. Eles têm períodos de rotação que estão tipicamente dentre 1 e 0,001 segundos. O que faz sua rotação ser tão rápida é uma propriedade física chamada "conservação do momentum angular". Estrelas de nêutron são resultantes do colapso de um núcleo estelar e quando isso acontece a mesma massa da estrela, da ordem da massa do nosso Sol, "encolhe" até ficar com 10 a 20 km de diâmetro sem que perca massa. Quando isso acontece a energia cinética contida no movimento de rotação se conserva pois não tem como se dissipar. Por conservação da energia, a velocidade de rotação aumenta muito à medida que o raio diminui e desse modo a energia se conserva.

Envio: 16/10/2013

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
A chamada "zona habitável" é a faixa de distância duma dada estrela na qual, se existir um planeta, ele tem água na fase líquida. Este termo baseia-se no fato de que toda a vida na Terra requer água na fase líquida. Em princípio nada impede que uma estrela supergigante tenha uma zona habitável. E se houver, também apenas como princípio, nada impede que planetas na zona habitável abriguem formas de vida.

Envio: 15/10/2013

Nome: Renato Castelo Teixeira

Cidade: Taboão Da Serra-Sp

Resposta:
Este é um efeito previsto pela Teoria da Relatividade Geral: qualquer massa deforma o espaço-tempo em seu entorno, mas a deformação não é a mesma para qualquer corpo: ela é proporcional à massa: quanto mais massivo o objeto, maior o desvio. Para as estrelas este efeito existe sim, porém como é muito difícil de ser medido, o mais fácil é observá-lo no Sol. Na verdade, esta foi a primeira prova da validade da teoria da relatividade: em 1919 o desvio gravitacional da luz provocado pela massa do Sol foi medido pela primeira vez. Isso foi feito comparando-se posições medidas com aquelas previstas de um grupo de estrelas muito próximas do disco do Sol, durante um eclipse solar total. Uma curiosidade: essa medida foi feita por astrônomos ingleses no Brasil, em Sobral, no Ceará.

Envio: 29/08/2013

Nome: Geraldo Moreira Junior

Cidade: Vargem Grande Do Sul, Sp

Resposta:
Hoje se sabe que aquilo que se denomina "quasar" é a energia emitida por matéria que está nos limites de entrar para um buraco negro supermassivo. Tais objetos existem no centro de várias galáxias, inclusive da nossa. Os quasares podem deixar de emitir energia depois que maioria da matéria no seu entorno é absorvida, resultando daí um buraco negro supermassivo como o da Via Láctea e estes objetos permanecem indefinidamente nesse estado. Já os buracos negros estelares, resultantes da evolução das estrelas de grande massa, permanecem indefinitamente como tal. Não existe uma fase evolutiva "pós-buraco negro".

Envio: 26/07/2013

Nome: Érico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Um pulsar é uma estrela de nêutrons em rápida rotação. Em tais estrelas os polos magnéticos não são exatamente alinhados com o eixo de rotação, de forma análoga ao que existe na Terra. Em função disso, enquanto ela gira um observador distante (como nós) detecta um pulso de rádio a cada vez que um dos polos magnéticos se aproxima de nossa direção. Em alguns casos raros, existe também um pulso óptico associado ao pulso de rádio, indicando que a variação do campo magnético está associada também a uma variação na luminosidade emitida na faixa óptica.

Envio: 22/07/2013

Nome: Erico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
Sim, as estrelas são as fábricas dos elementos químicos. Todos eles são produzidos nos núcleos das estrelas durante seu ciclo evolutivo, ou então, no caso dos elementos mais pesados, nos instantes iniciais das explosões de supernova.

Envio: 12/04/2013

Nome: Eli Matheus Ferreira Sliva

Cidade: São Paulo

Resposta:
Todos os elementos químicos que existem na Terra existem também nas estrelas, porém em proporções diferentes. Em uma estrela, tipicamente 90% dos átomos são de hidrogênio e 9% são átomos de hélio, dois átomos que não são muito abundantes na Terra. Todos os demais elementos constituem menos de 1% do total de átomos do Sol, e o mesmo vale para as demais estrelas.

Envio: 01/04/2013

Nome: Maria Clara Rezende Simões

Cidade: Fortaleza

Resposta:
Esta questão ainda não tem resposta. O que se sabe com certeza é que as mesmas condições que levaram ao surgimento e à evolução da vida na Terra existem em outros planetas. Atualmente já são conhecidos perto de 4000 planetas em torno de outras estrelas e alguns deles são semelhantes à Terra em termos de massa, temperaturas médias e composição química. Mas ainda não foi descoberta nenhuma evidência de vida, seja ela de criaturas simples como bactérias e algas ou de criaturas complexas como os animais superiores.

Envio: 18/03/2013

Nome: Suelen Pietrobon Facchi

Cidade: Dois Vizinhos

Resposta:
Os planetas formam-se a partir dos chamados "discos protoplanetários" que são nuvens de poeira e gás em rotação existentes em torno das estrelas, quando estas mesmas estão se formando. Num texto curto como este é impossível dar a explicação completa, veja nesse link uma bom texto sobre a questão: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/a_formacao_dos_sistemas_solares.html

Envio: 11/03/2013

Nome: Érico Percy

Cidade: Teresina

Resposta:
O principal fator que determina o destino final de uma estrela é sua massa inicial. Estrelas com massas menores que 8 vezes a massa do Sol terminarão sua "vida" como anãs brancas, depois de ejetarem seu envoltório externo que se transforma numa nebulosa planetária. Já uma estrela com massa maior sofre o colapso de seu núcleo nos estágios finais de evolução, produzindo uma supernova e por alguns meses pode emitir tanta luminosidade quanto uma galáxia inteira. Dependendo duma combinação de fatores como massa, velocidade de rotação e campos magnéticos, o remanescente da explosão de uma supernova pode ser uma estrela de nêutrons ou um buraco negro. Magnetares são um tipo específico de estrelas de nêutrons que também podem resultar de uma explosão de supernova.

Envio: 05/02/2013

Nome: Antonio Bandeira Filho

Cidade: ??

Resposta:
Todos os elementos químicos que existem na Terra estão também presentes nas estrelas como o Sol, porém as proporções dos elementos são diferentes. Enquanto na Terra o que domina são ferro, níquel, óxidos e silicatos, a massa de uma estrela como o Sol é composta por 70% de hidrogênio, 28% de hélio e 2% dos demais elementos químicos da tabela periódica. Para outras estrelas as proporções podem variar um pouco mas sempre o hidrogênio e o hélio são de longe os elementos mais abundantes.

Envio: 27/06/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Não, não é. O que a relatividade diz é que não pode haver transmissão de informação com velocidade maior do que a da luz. Outro ponto importante a considerar é que a velocidade da luz não depende da velocidade da fonte emissora: imagine um veículo hipotético se deslocando a 20% da velocidade da luz. Se ele ligar um farol na frente, a luz continuará a se deslocar com a velocidade de sempre, sua velocidade não se soma com a do veículo. Em função da expansão do universo os corpos não se deslocam através do espaço em grande velocidade e sim COM ele, portanto a expansão não viola os princípios da teoria da relatividade. Em outras palavras, a expansão do universo representa a expansão da própria estrutura do espaço-tempo, não existe transporte de informação e portanto não está sujeita ao limite da velocidade da luz.

Envio: 26/06/2023

Nome: Robson Zeferino Da Silva

Cidade: São Lourenço Da Mata,Pe

Resposta:
Não, você está equivocado. Não é possível descrever a origem do universo como uma "explosão" no sentido usual em que uma certa quantidade de matéria se expande dentro de um volume de espaço já existente. No caso da origem do universo o que houve foi uma expansão súbita, não apenas da matéria mas também do próprio espaço. A partir desta origem, em princípio haveriam dois destinos possíveis: se a densidade do universo fosse maior do que um certo valor chamado "densidade crítica", a expansão inicial seria no futuro parada pela atração gravitacional e o universo pararia de se expandir, começando a se contrair. Caso a densidade fosse menor que o valor crítico, ainda que a gravidade causasse uma desaceleração da expansão, essa expansão jamais pararia. Este era o cenário até o final dos anos 1990, quando foi descoberta a chamada "energia escura": descobriu-se que a expansão do universo está ACELERANDO! A razão física para este fenômeno foi chamada de "energia escura", mas sua verdadeira natureza ainda é desconhecida. Assim sendo, por mais estranho que pareça, a expansão do universo está realmente acelerando!

Envio: 05/06/2023

Nome: Pedro E Arthur

Cidade: São Paulo

Resposta:
Numa resposta curta: nada! O Universo inclui tudo, portanto não existe um "fora". Em outras palavras, sua questão significa perguntar se existe um limite do universo e, caso existir, o que tem além deste limite. Essa é uma questão extremamente complexa, para a qual ainda não existe uma resposta definitiva. O que se sabe é com certeza é que o universo está em expansão, mas essa expansão NÃO SIGNIFICA que as galáxias estão se expandindo num espaço vazio que já existe, ela significa a expansão do próprio espaço. Assim sendo, não existe um "lado de fora". Apesar do conceito não ser intuitivo, tudo indica que essa é a verdadeira natureza do universo em larga escala.

Envio: 11/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Esta taxa de expansão é medida pelo valor da constante de Hubble, que hoje se sabe ser de aproximadamente 70 km/s.Mpc. O inverso da constante de Hubble é uma medida do tempo transcorrido desde o Big Bang, portanto ele deve sim mudar com o tempo, mas não é possível fazer uma avaliação da variação da mesma porque as boas medidas só foram obtidas nos últimos 30 anos. As medidas iniciais, feitas por E. Hubble e M. Humason, indicavam um valor muito maior, da ordem de 500 km/s.Mpc. Mesmo atualmente existem incertezas no valor verdadeiro, portanto não é possível estimar uma evolução temporal do mesmo para comparar com as predições teóricas.

Envio: 10/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
De acordo com os modelos da cosmologia, o período inflacionário ocorreu bem no início do processo de formação do universo, conhecido como "Big Bang". Para expressar o tempo é preciso relembrar previamente a notação exponencial: para "um milésimo" usamos 10E-3, para "um milionésimo" usamos 10E-6 e assim sucessivamente. Nesta notação, o período inflacionário ocorreu entre 10E-33 e 10E-32 segundos após o Big Bang.

Envio: 04/05/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Exatamente! "Ver" significa receber fótons originados naquela fase, e antes dos 380.000 anos não haviam fótons se deslocando. Foi só quando a densidade do universo primitivo caiu o suficiente para que os fótons pudessem se deslocar é que passou a haver esta possibilidade. A radiação cósmica de fundo, que tem frequência de 160,2 GHz e está na faixa das microondas, são fótons que se originaram no chamado "desacoplamento", 380.000 anos após o Big Bang. Não é possível receber informação na forma de fótons de eventos ocorridos antes disso.

Envio: 27/03/2023

Nome: Laura Gonçalves Maciel

Cidade: Olímpia/Sp

Resposta:
Existem duas maneiras principais de se estimar a idade do universo: a primeira e mais importante delas é através taxa de expansão do mesmo. Sabe-se desde 1924-25 que o universo está em expansão, existe já quase um século de medidas desta expansão e sua taxa, conhecida como Constante de Hubble, é agora bem conhecida. A partir dos resultados, é possível fazer as contas do tempo no sentido reverso e calcular quando a expansão começou. Outra técnica que também pode ser utilizada é medir-se as idades das estrelas mais velhas encontradas. Em nossa galáxia essas estrelas encontram-se no chamado halo galáctico, fora do disco galáctico onde está o Sol. Os resultados obtidos pelas duas técnicas concordam que a idade do universo é de aproximadamente 13,8 bilhões de anos.

Envio: 01/03/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Chama-se "universo observável" a fração do universo cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. A estimativa de seu raio é complexa porque envolve considerações da relatividade geral e da expansão do espaço-tempo. O universo observável está centrado em nós que estamos fazendo as observações, claro, e seu raio estimado é de 46 bilhões de anos-luz.

Envio: 23/02/2023

Nome: Paulo Cezar Souto Pio

Cidade: Timóteo

Resposta:
Falar em universo "aberto" ou "fechado" (ou "plano") está relacionado com a geometria necessária para descrevê-lo em larga escala. Não se trata de encontrar uma fronteira para o universo, isso não existe. Universo fechado significa um universo de curvatura positiva (como uma esfera), aberto significa curvatura negativa (como uma sela de montaria) e plano significa a ausência de curvatura em larga escala. Esta geometria, com prevê a relatividade geral, depende da densidade do universo, pois a mesma é responsável pela curvatura do espaço-tempo: acima de um certo limite de densidade a curvatura é positiva, abaixo é negativa e a ausência de curvatura é o limite entre as anteriores. Ainda existe muita discussão sobre esse tema, porém os estudos mais recentes indicam que a geometria aberta é a correta. Estes estudos foram elaborados depois da descoberta da aceleração da expansão do universo há cerca de 20 anos, com a consequente introdução do conceito de "energia escura" para explicar essa aceleração. Com ela, tudo indica que a geometria é aberta, mas esse problema ainda está longe da resposta definitiva.

Envio: 18/01/2023

Nome: Celso Vasconcelos Lucena

Cidade: Imperatriz-Ma

Resposta:
O termo "tecido" neste contexto é uma analogia. Tecnicamente trata-se da estrutura do espaço-tempo, que pode ser descrita como um tecido elástico. E o que vem a ser espaço-tempo? Esta é uma expressão formulada dentro da teoria da relatividade geral de Einstein e descreve o espaço em 4 dimensões: as três normais do espaço tridimensional (conhecido em geometria como espaço euclidiano), mais o tempo. Na gravitação clássica de Newton, o tempo é invariante e completamente desvinculado do espaço, mas na relatividade o tempo é uma das dimensões do espaço, que por isso passa a ser chamado "espaço-tempo".

É muito útil para a visualização dos fenômenos gravitacionais se o espaço-tempo for descrito como um tecido elástico. Assim pode-se entender com mais facilidade, por exemplo, as curvaturas causadas pela presença de massas distintas ou as ondulações que se propagam, geradas pelas ondas gravitacionais. De acordo com a relatividade geral, não é possível romper tal "tecido", até porque não se trata de um tecido real. O que é possível é deformá-lo de modo extremo, como em um buraco negro por exemplo.

Envio: 06/01/2023

Nome: Vera

Cidade: Mogi Das Cruzes -Sp

Resposta:
Não se conhece a verdadeira natureza da matéria escura, então é difícil dar uma resposta definitiva para sua questão, mas em princípio sim! A matéria escura dever estar em todo o universo, porém como sua densidade é baixíssima, sua presença não deve alterar em nada o que conhecemos sobre a composição e a densidade de nosso planeta. A massa contida na forma de matéria escura só se torna significativa quando grandes volumes de espaço são considerados, como nos halos de matéria escura em torno das galáxias, cuja existência é deduzida por seus efeitos gravitacionais sobre a matéria visível.

Envio: 07/12/2022

Nome: João Pedro Galvão Bargo

Cidade: Taubaté

Resposta:
O Big Bang não ocorreu num ponto específico de um espaço vazio que existia previamente, mas sim foi a origem simultânea do espaço, da matéria e da energia. Nos instantes iniciais do universo houve uma fase que os cosmólogos chamam de "período inflacionário", no qual o volume do mesmo cresceu exponencialmente num intervalo de tempo extremamente pequeno, impedindo assim que houvesse um colapso gravitacional nos instantes iniciais.

Envio: 22/09/2022

Nome: Walteir Freire

Cidade: Saquarema/Rj

Resposta:
Sim, o universo originou-se no que se chama normalmente de Big Bang: há cerca de 13,8 bilhões de anos toda a matéria, toda a energia e também o próprio espaço surgiram e iniciou-se uma expansão do mesmo que continua até hoje. Mas note que, tecnicamente, o que se chama de "Big Bang" não é a explicação para a origem do universo propriamente dita, mas sim para sua evolução a partir de uma origem. O "gatilho" para o evento que deu origem ao universo não é conhecido. O que causou o Big Bang? Este é um tema em aberto, existem hipóteses propostas pelos especialistas na área, mas nenhuma certeza até agora.

Envio: 05/09/2022

Nome: Carlos M. F. Neto

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
"Universo observável" é, por definição, a fração do universo total cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. E como estamos observando daqui da Terra, evidentemente ele tem forma esférica, centrado em nós. Assim sendo, não faz sentido imaginar que estamos fora do centro pois nós definimos o mesmo centrado aqui. Note que a forma do universo observável não depende de descobertas novas, elas apenas podem estender as fronteiras do mesmo, mas como observamos sempre da Terra, por definição ele continua centrado em nós.

Envio: 29/08/2022

Nome: Antonio Marcos Fantini

Cidade: São Paulo

Resposta:
Existe um equívoco em sua visão do que foi a origem do universo, ou seja, o Big Bang. Este evento NÃO OCORREU em um ponto específico de um espaço vazio que já existia antes. Nada existia antes, nem mesmo o espaço! O Big Bang marca o início do tempo e do próprio espaço. Em outras palavras, o volume do universo era muito pequeno em sua origem e, a partir desde este evento ocorrido há 13,8 bilhões de anos, está se expandindo constantemente. Assim sendo, não tem sentido imaginar que o BB ocorreu em um lugar específico. Existe uma evidência bem simples e clara da validade desta teoria: é a existência da chamada "radiação cósmica de fundo" que enche todo o universo, está em todas as direções, é altamente homogênea e consiste num "resíduo" da radiação que surgiu no início do universo e que não foi convertida em matéria nos instantes iniciais do BB.

Envio: 09/08/2022

Nome: Cristiano Pelisser

Cidade: Maquiné

Resposta:
Sabe-se desde os trabalhos de Edwin Hubble em torno de 1924-25 que o universo está em expansão. E há cerca de 20 anos foi descoberto que a expansão está acelerando. A energia responsável por tal aceleração recebeu o nome de "energia escura" e sua verdadeira natureza ainda é desconhecida. Em função desse efeito, tudo leva a crer que a expansão continuará indefinidamente. Mas note que isso NÃO significa que as galáxias se expandam, apenas a distância entre elas que aumenta. Assim sendo, enquanto existir material no meio interestelar para formar novas estrelas (com seus respectivos sistemas planetários), este processo continuará a ocorrer. A formação de galáxias, por outro lado, ocorreu apenas no universo primitivo, não são formadas mais galáxias atualmente.

Envio: 14/07/2022

Nome: Sergio Martin

Cidade: Ourinhos-Sp

Resposta:
Calcular distâncias cosmológicas, ou seja, aquelas em muito larga escala, envolve conceitos complexos relacionados com a expansão do universo e com a teoria da relatividade geral. Uma galáxia como aquela observada pelo telescópio James Webb, cuja luz saiu de lá há 13,1 bilhões de anos, NÃO ESTÁ a 13,1 bilhões de anos-luz! sua distância é muito maior do que isso porque o universo está em expansão constante e, desde que a luz foi emitida, ele já se expandiu muito. Para determinar a distância atual da mesma, é preciso invocar o conceito de "distância comóvel", um termo da cosmologia que se refere à distância atual de um objeto muito remoto. A distância comóvel de uma galáxia cuja luz foi emitida há 13,1 bilhões de anos é de aproximadamente 28,7 bilhões de anos-luz.

Envio: 13/07/2022

Nome: Jô Miyagui

Cidade: São Paulo

Resposta:
O aglomerado SMACS0723 está de fato sendo visto nesta imagem como era há 4,6 bilhões de anos. Note que isso NÃO quer dizer que ele está a 4,6 bilhões de anos-luz porque o universo está se expandindo e, desde o momento em que a luz foi emitida, o universo se expandiu um pouco mais. Ele está na verdade a 4,94 bilhões de anos-luz. Essa informação não está na legenda da figura porque o conceito de "distância comóvel", que está implícito na diferença acima, é de difícil compreensão. E quanto aos 13,1 bilhões de anos? Essa informação se refere à luz de UMA galáxia que aparece na imagem, mas que não pertence ao aglomerado e sim está muito atrás dele. Essa galáxia está sim sendo vista como era há 13,1 bilhões de anos.

Envio: 08/04/2022

Nome: Robson Silva De Oliveira

Cidade: São Paulo

Resposta:
A radiação cósmica de fundo tem distribuição altamente homogênea. Ela não vem da própria Terra, nem do Sol ou de nenhum ponto do sistema solar, nem do disco ou do centro de nossa galáxia. Ao contrário, ela vem de todo o céu. Por si só, essa propriedade indica que ela está em todo o universo. Além disso, sua frequência, centrada em 160,23 GHz, é exatamente o previsto pelo modelo do Big Bang. Esse modelo diz que num dado momento do universo primitivo, a rápida expansão fez com que o universo se tornasse transparente, ocorreu o chamado "desacoplamento dos fótons", que passaram a se deslocar livremente devido à rápida queda de densidade. Esse modelo prediz a frequência, ou seja, a energia que tais fótons teriam atualmente. E o valor é exatamente o medido para a radiação cósmica de fundo. Finalmente, as pequenas anisotropias detectadas coincidem com as posições dos grandes aglomerados de galáxias, novamente de acordo com o esperado pelos modelos de evolução do universo.

Envio: 11/02/2022

Nome: Pedro Paulo Prado

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, de modo algum! Esse é apenas um efeito do fato que as observações são feitas daqui. Se fossem feitas de qualquer outra galáxia, o resultado seria o mesmo: as galáxias pareceriam estar se afastando daquela em que as observações são feitas. Esse é um efeito direto da expansão do universo. A analogia do balão de borracha muitas vezes é usada para explicar o efeito: pegue um balão vazio, desenhe pontos sobre ele com uma caneta e destaque um desses pontos. Em seguida, comece a encher o balão com ar. Você verá que todos os pontos se afastam uns dos outros e, em relação ao ponto em destaque, os que estão mais longe afastam-se mais rapidamente sem que o ponto de referência esteja no centro ou em algum lugar particular. Essa é apenas uma analogia bidimensional (a superfície do balão), mas pode ser extrapolada para o espaço tridimensional.

Envio: 15/11/2021

Nome: Aline Couto Amancio Dos Santos Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
As nossas observações demonstram que o universo é homogêneo e isotrópico, ou seja, é igual em todas as direções até onde se pode ver. Como as observações são, evidentemente, feitas da Terra, o chamado "universo observável" está centrado em nós, mas não existe nada que indique que nossa galáxia esteja em alguma posição privilegiada. Uma conclusão simples dessas evidências é que estamos vendo apenas uma fração do total. Essa fração é definida pela velocidade da luz: podemos ver apenas a fração do universo cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. Por outro lado, a estimativa da taxa de expansão do universo vem das condições que são deduzidas para os instantes iniciais do mesmo. Sabe-se que na chamada "fase inflacionária" o Universo se expandiu de forma extremamente rápida e suas dimensões totais devem ser imensamente maiores do que o universo observável. Não existe uma estimativa conclusiva sobre suas dimensões totais.

Envio: 12/09/2021

Nome: Ari Dias De Campos Junior

Cidade: Sorocaba

Resposta:
O número de galáxias existentes no universo observável, ou seja, a fração do total cuja luz emitida desde o Big Bang já chegou até nós, pode ser estimada sim e essa estimativa foi feita pelo telescópio espacial Hubble. Isso foi feito por amostragem: Em escalas muito grandes o universo é homogêneo e todas as direções de observação devem ser iguais. O trabalho feito consistiu em observar algumas direções da esfera celeste por muito tempo e contar o número de galáxias por unidade de área no céu, obtendo assim a chamada densidade numérica de galáxias. Feito isso, multiplicando-se o valor encontrado pela área total do céu. O resultado obtido é que existem de 1 a 2 trilhões de galáxias no universo observável. Se você quiser ver as imagens obtidas para derivar esse resultado, procure na internet "Hubble Extreme Deep Field".

Envio: 20/08/2021

Nome: Giovanna Mafra

Cidade: Cachoeira Paulista

Resposta:
Não, de modo algum! A expansão do universo ocorre apenas em escala muito grande, os aglomerados de galáxias estão se afastando uns dos outros. Em escalas menores é a gravidade que domina e as distâncias não mudam. O Sol não está se afastando do centro de nossa galáxia, os planetas não estão se afastando do Sol e os nossos corpos não estão inflando em consequência da expansão do universo.

Envio: 09/07/2021

Nome: Nei Villas Boas

Cidade: Porto Alegre

Resposta:
As estrelas que vemos a olho nu estão todas na nossa galáxia e numa distância muito próxima de nós em termos astronômicos, portanto com exceção de alguma eventual supernova, todas devem existir sim. Quanto aos objetos no limite do universo observável, não vemos estrelas individuais e sim galáxias inteiras. Existem sim algumas galáxias mais próximas que causam pequenos desvios de direção do feixe de luz de outras mais distantes. Estes efeitos são bem conhecidos, são as chamadas "lentes gravitacionais", mas em termos angulares esses desvios são muito pequenos, da ordem de poucos segundos de arco no máximo. Ainda que esse efeito exista, ele não muda globalmente a direção das fontes de luz por uma razão simples: os espaços vazios entre as galáxias são imensamente grandes, de modo que a probabilidade das galáxias terem luminosidades superpostas é muito pequena.

Envio: 18/05/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
O universo observável cresce continuamente sim, mas isso não quer dizer que o céu ficará mais estrelado no futuro. A explicação é simples: as estrelas de nossa galáxia, que são aquelas que vemos à noite, estão a distâncias relativamente pequenas de nós, tipicamente dezenas, centenas ou alguns milhares de anos-luz de distância. Por outro lado, o limite atual do universo observável está a cerca de 46 bilhões de anos-luz de distância. Isso significa que no futuro apenas galáxias muito remotas, localizadas a distâncias maiores que 46 bilhões de anos-luz, de nós passarão a ser observáveis. O chamado "universo local" ou seja, a Via Láctea e as galáxias mais próximas, é bem conhecido e nada mudará em termos de sua observação em consequência da expansão do universo.

Envio: 15/05/2021

Nome: Giovana De Souza Matos

Cidade: Praia Grande

Resposta:
Em outras palavras, sua questão é saber se o Big Bang realmente ocorreu. Existem evidências bem claras nesse sentido: a mais conhecida é a expansão do Universo. Sabe-se a partir das observações que as galáxias estão se afastando umas das outras, o universo está expandindo. Fazendo as contas "para trás" no tempo, é fácil ver que tudo estava concentrado num único ponto há 13,8 bilhões de anos. Mas note que esse "ponto" era o universo todo, portanto não faz sentido imaginar que o universo surgiu num ponto específico de um espaço vazio já existente. A matéria, a energia e o próprio espaço surgiram no BB. Outra evidência é a chamada "radiação cósmica de fundo", que é o resíduo da radiação inicial que preenchia o universo todo logo que ele se formou e que persiste até hoje.

Envio: 09/05/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
A densidade do universo é extremamente baixa, já que as distâncias entre as galáxias são muito grandes, além disso, ele está se expandindo desde sua origem. Sendo assim, não é possível que ele colapse em uma forma esférica como ocorre com os planetas ou as estrelas.

Envio: 06/04/2021

Nome: Bruno De Esteban Andrade

Cidade: Embu Das Artes

Resposta:
Existem vários conceitos implícitos em sua questão. Primeiro devemos lembrar que só é possível observar uma fração do universo, que se chama "universo observável" e corresponde à fração do total cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. Obviamente estamos no centro dessa região e ela tem cerca de 46 bilhões de anos-luz de raio. Qual é o tamanho estimado do universo total? Essa é uma questão ainda sem resposta. A teoria inflacionária diz que ele deve ser no mínimo 10^23 vezes (10 elevado à 23a potência) maior que o universo observável. Se ele limite praticamente infinito fosse alcançado, o que existiria além? De novo, só existem hipóteses. Talvez não exista nada, ou talvez existam múltiplos universos, cada um como se fosse uma "bolha" criado por um Big Bang diferente, no qual as leis físicas e as constantes fundamentais da natureza sejam diferentes, tudo dentro de uma estrutura chamada "multiverso". Mas mesmo se essa for a realidade, ainda assim seria impossível sair de nosso universo, pela simples razão que, uma vez que ele contém toda a massa conhecida (e portanto virtualmente infinita), a velocidade de escape para sair dele seria infinita. Mas é sempre bom lembrar que essas hipóteses todas são muito especulativas.

Envio: 23/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Sim, essa é a evidência observacional que resultou na Lei de Hubble: quanto mais longe uma galáxia está, mais rápido ela se afasta de nós. Matematicamente a lei de Hubble é expressada por V = H.d onde "V" é a velocidade de afastamento da galáxia, "d" é sua distância e "H" é a constante de Hubble. Este resultado NÃO significa que nossa galáxia esteja em um lugar privilegiado do universo, é apenas uma questão de referência. Se as velocidades fossem calculadas em relação a outra galáxia, os resultados seriam idênticos. A razão deste comportamento é a expansão do Universo. Na verdade, a existência desta relação entre velocidades e distâncias foi a primeira evidência observacional da expansão do universo e de que houve uma origem do mesmo no passado, o Big Bang.

Envio: 27/02/2021

Nome: Felipe

Cidade: São José Do Rio Preto

Resposta:
Sabe-se que o universo está em expansão através da observação de galáxias remotas. Através de uma técnica de medida chamada espectroscopia é possível medir a velocidade com que as galáxias se movem e os resultados indicam que elas estão em média se afastando umas das outras, indicando que o universo está em expansão. Este resultado é conhecido desde 1924-25, quando Edwin Hubble mediu pela primeira vez as velocidades das galáxias.
Não se sabe o que havia antes do BB. Por enquanto, este tema ainda está no campo das especulações teóricas, não existe uma resposta definitiva.

Envio: 13/02/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
A verdadeira natureza da matéria escura ainda é desconhecida, mas ela sofre efeitos gravitacionais. E sendo assim, está submetida à atração gravitacional de um buraco negro. Mas como tudo indica que a densidade da matéria escura é extremamente baixa, a quantidade da mesma capturada por um buraco negro deve ser muito pequena.

Envio: 10/02/2021

Nome: Giovana

Cidade: Jundiaí

Resposta:
Em outras palavras, você quer saber o que desencadeou o BB, por que ele ocorreu. Essa é uma questão ainda em aberto, existem apenas hipóteses especulativas e nenhuma conclusão definitiva. A origem do universo, popularmente conhecida como Big Bang, é um modelo científico solidamente embasado em evidências observacionais, existem evidências muito fortes de que a origem do universo ocorreu desta forma, mas se formos cada vez mais para trás no tempo, o modelo cessa de existir ANTES de t=0, ou seja, antes do instante exato do início do universo. Para ser exato, o modelo não tem validade nos primeiros 10E-43 segundos após o Big Bang, que constituem a chamada "era de Planck". Se você não está familiarizado com notação científica, 10E-01 equivale a 0,1; 10E-02 equivale a 0,01, 10E-09 equivale a 0,000000001 (ou um bilionésimo) e assim sucessivamente. Nesse intervalo infinitesimal (mas diferente de zero!) de tempo, o modelo do Big Bang não vale. Por isso mesmo, é muito difícil especular sobre o "gatilho" que desencadeou o mesmo. Uma hipótese normalmente citada são as flutuações quânticas do vácuo. É importante notar que toda a moderna cosmologia não precisa de tal explicação, os modelos descrevem a evolução do universo após o final da era de Planck.

Envio: 01/01/2021

Nome: Auriane

Cidade: Trairi

Resposta:
Essa hipótese foi discutida por muito tempo: considerava-se que o evento que deu origem ao universo, popularmente chamado de "Big Bang", poderia ser cíclico. O universo está atualmente numa fase de expansão, a ela se seguiria uma fase de contração e num futuro remoto ele voltaria às condições do Big Bang e tudo recomeçaria. Mas essa hipótese foi descartada depois da descoberta da energia escura, cuja existência demonstra que o universo não está apenas em expansão, mas que essa expansão é acelerada. Sendo assim, não ocorrerá uma fase de contração no futuro e o universo nunca retornará a. Mas vale a ressalva que essas hipóteses não são definitivas e poderão ser modificadas à luz de descobertas futuras.

Envio: 20/12/2020

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
A idade do universo observável está ligada ao seu tamanho. Como o universo está em expansão desde sua origem, o Big Bang, a partir de seu tamanho é possível estimar sua idade ou o contrário. Mas note que estamos falando apenas do universo observável, ou seja, a fração do mesmo cuja luz já chegou até nós desde que o mesmo se formou. Existe ainda muita controvérsia sobre qual seria o tamanho total do universo.

Envio: 10/12/2020

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
A matéria "normal" é aquela da qual estamos cercados, e que forma os nossos próprios corpos, aquela composta por átomos com seus respectivos núcleos atômicos e coroas de elétrons. A matéria "escura" é o que existe em torno das galáxias. Sabe-se que ela existe porque produz influência gravitacional na matéria visível, mas ela não emite rigorosamente nada, por isso mesmo é chamada de escura. Existem hipóteses para sua verdadeira natureza, mas nenhuma delas ainda confirmada. Ela poderia ser composta por objetos macroscópicos como aqueles conhecidos pela sigla (MACHOs), que significa MAssive Compact Halo Objects), ou então neutrinos, ou ainda partículas mais exóticas como microburacos negros primordiais ou neutrinos. Já a chamada matéria "exótica" é apenas hipotética. Como no caso da matéria escura, existem diversas hipóteses para a matéria exótica: ela poderia ser matéria que viola as leis conhecidas da física, poderia ter massa negativa por exemplo. Outra hipótese são estados ainda não conhecidos da matéria, tais como condensados de Bose-Einstein ou plasmas quark-gluon, que apesar de exóticos, enquadram-se nos paradigmas já conhecidos da física. Deve-se notar que esses temas pertencem muito mais à física das partículas elementares do que à astronomia.

Envio: 10/12/2020

Nome: Lucas P. Gomes

Cidade: Sao Joao Da Boa Vista

Resposta:
A matéria "escura" é o que existe em torno das galáxias. Sabe-se que ela existe porque produz influência gravitacional na matéria visível, mas ela não emite rigorosamente nada, por isso mesmo é chamada de escura. Existem hipóteses para sua verdadeira natureza, mas nenhuma delas ainda confirmada. Ela poderia ser composta por objetos macroscópicos como aqueles conhecidos pela sigla (MACHOs), que significa MAssive Compact Halo Objects), ou então neutrinos, ou ainda partículas mais exóticas como micro-buracos negros primordiais ou neutrinos. Já a antimatéria é a mesma matéria normal, porém com algumas propriedades invertidas tais como a carga elétrica e a paridade. Os pósitrons por exemplo, que são bem conhecidos e emitidos pelos núcleos atômicos durante reações nucleares, são antimatéria. Eles são elétrons com carga positiva.

Envio: 19/11/2020

Nome: Joao Batista Dos Santos

Cidade: Jacarei

Resposta:
A expansão do universo é um processo que ocorre exclusivamente em escalas muito grandes: são os aglomerados de galáxias que estão se afastando uns dos outros. Em escalas menores, outras forças dominam, como a gravidade por exemplo: é a atração gravitacional que faz com que duas galáxias se atraiam e, eventualmente, possam colidir. Estes são considerados fenômenos locais quando se estuda o universo em larga escala, e nesses casos não existe expansão. Em escalas ainda menores, como as dimensões do sistema solar por exemplo, também não ocorre nenhuma expansão.

Envio: 02/06/2020

Nome: Adolfo Larson Oliveira Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, como toda a informação viaja com a velocidade da luz, o limite do chamado "Universo Observável" é definido como a distância máxima cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. Em consequência desta limitação, o raio do universo observável, centrado em nós evidentemente, é de aproximadamente 45-46 bilhões de anos-luz. Existem especulações sobre medidas que poderiam ser feitas para inferir de forma indireta o que poderia existir além deste limite, mas elas não têm nenhuma comprovação.

Envio: 01/06/2020

Nome: Mariza Martins

Cidade: Santo André - Sp

Resposta:
De fato, a distância entre a Via Láctea e Andrômeda está diminuindo, elas devem se encontrar em cerca de 5 bilhões de anos. Essas duas galáxias estão separadas por 2,5 milhões de anos-luz e nesta escala de distância, que os especialistas na estrutura do Universo chamam de "Universo local", não existe expansão. Os movimentos e as distâncias entre as galáxias são controlados pela atração gravitacional entre elas, por isso as duas galáxias se aproximam uma da outra. A expansão do universo só pode ser detectada em escalas muito maiores, de centenas de milhões de anos-luz. Em outras palavras, são os grandes aglomerados de galáxias que estão se afastando uns dos outros, porém dentro de cada um, as galáxias se movem de acordo com a força gravitacional e podem se aproximar entre si.

Envio: 09/04/2020

Nome: Adriel

Cidade: Campina Grande

Resposta:
Todos os elementos químicos são sintetizados nos núcleos das estrelas, elas são as únicas fábricas de átomos que existem. Mas esses átomos são fabricados a partir do hidrogênio (e parte do hélio) que existe desde a origem do universo. Não existe mais transformação em larga escala de energia em matéria como ocorreu nos instantes iniciais do universo. Por outro lado, ao longo da evolução das estrelas uma pequena fração de sua massa é transformada em energia, este é o princípio da fusão nuclear, que é a fonte de energia das estrelas. Porém essa fração é muito pequena e não altera na prática o balanço de massa/energia do universo.

Envio: 06/04/2020

Nome: Anderson Ramos Dos Santos

Cidade: Foz Do Iguaçu

Resposta:
Não, a singularidade de um buraco negro é uma concentração extrema de massa, como previsto inicialmente pela teoria da relatividade geral e depois comprovado pela observação de objetos reais. Já a singularidade que deu origem ao universo não envolvia matéria em seu princípio e, mais importante ainda, dá origem à matéria e à energia do universo todo. A diferença é complexa e só pode ser demonstrada pela solução das equações de campo da relatividade geral que compõem o chamado modelo-padrão de Friedman-Robertson-Walker.

Envio: 15/03/2020

Nome: Vitor

Cidade: Palotina, Pr

Resposta:
Sim, de acordo com os modelos de evolução do universo primitivo, as primeiras frações de segundo após o Big Bang, as quantidades de matéria e antimatéria produzidas eram iguais. Elas tendem a se aniquilar mutuamente e desse processo de aniquilação resulta apenas energia, ou seja, fótons. O que aconteceu naqueles instantes iniciais do universo foi que o processo de criação e aniquilação dos pares partícula-antipartícula resultou numa pequena assimetria: uma pequena fração de matéria "sobrou" sem ter sido aniquilada e é essa pequena fração que constitui todo o universo que conhecemos. A razão dessa assimetria ainda é tema de muita pesquisa e não existe um consenso sobre a explicação. Atualmente a fração de antimatéria no universo é infinitamente pequena, as antipartículas produzidas nas reações nucleares são quase que imediatamente aniquiladas. É o caso dos anti-elétrons, também denominados pósitrons. Eles são produzidos em reações nucleares dentro de reatores, mas desaparecem por aniquilação em frações de segundo.

Envio: 28/02/2020

Nome: Heber Leandro Nunes

Cidade: Recife

Resposta:
Para entender essa diferença é preciso invocar um conceito da teoria da relatividade geral chamado "distância comóvel". Em síntese, a distância entre dois objetos muito distantes entre si não pode ser determinada apenas pelo afastamento geométrico entre os pontos, é preciso considerar também que o universo se expandiu desde que a luz saiu de um determinado ponto e chegou até nós, assim como a geometria do universo em larga escala. O limite de aproximadamente 46 bilhões de anos-luz centrado em nós é defido pela máxima distância que um raio de luz se deslocou no universo, que está em contínua expansão, e chegou até a Terra.

Envio: 05/02/2020

Nome: Adolfo Larson

Cidade: São Paulo

Resposta:
O Princípio Cosmológico diz que em dimensões suficientemente grandes, o Universo é homogêneo (não existem lugares especiais) e isotrópico (não existem direções especiais). O raio mínimo para a homogeneidade e a isotropia valerem é de 250 milhões de anos-luz. A partir desta escala, o Princípio Cosmológico é válido.

Envio: 30/01/2020

Nome: Leonardo Machado

Cidade: Nova Venécia, Es

Resposta:
A teoria da relatividade geral diz que a matéria não pode se deslocar com velocidade igual ou maior que a da luz, e apenas os fótons podem chegar a essa velocidade se estiverem no vácuo.
Mas a expansão do universo não viola a relatividade geral pois nesse caso não se trata de matéria se expandindo e sim do próprio espaço. A diferença é sutil mas importante: no caso da expansão do universo não existe matéria "viajando" pelo espaço e sim o próprio espaço que está se expandindo. Por outro lado, a luz das estrelas, essa sim viajando através do espaço, pode chegar até nós sem problemas se deslocando evidentemente com a velocidade da luz. Isso só deixa de acontecer no chamado "limite do universo observável", que é definido como a distância máxima cuja luz, emitida desde o Big Bang, já chegou até nós. Esse limite é de 46 bilhões de anos-luz e marca a fronteira do que pode ser visto por nós.

Envio: 12/01/2020

Nome: Kim

Cidade: São Paulo

Resposta:
Essa é uma hipótese muito especulativa, que ainda não foi respondida de forma definitiva. Existe a possibilidade que a singularidade que chamamos de Big Bang, ou seja, a origem de nosso universo, tenha ocorrido após o colapso de um universo prévio, num ciclo talvez infinito de expansões (como a que nosso universo vive agora) e de contrações que resultariam em concentrar toda a matéria, energia e espaço num ponto, ou seja, em outro Big Bang. Mas esta hipótese ainda está longe de ser provada.

Envio: 12/12/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Essas detecções são feitas apenas de modo indireto. Sabe-se que a matéria escura existe porque ela exerce influência gravitacional sobre a matéria visível. A forma da curva de rotação das galáxias espirais é uma evidência clara de que uma grande fração da massa das mesmas não emite radiação eletromagnética, portanto é matéria escura. Já a existência da energia escura é inferida a partir da aceleração da expansão do universo: o fato de tal aceleração existir indica a ação de uma energia que exerce força contrária à gravidade, acelerando a expansão que deveria ser desacelerada em consequência da força gravitacional. Essa energia convencionou-se chamar de "escura".

Envio: 18/11/2019

Nome: Carina

Cidade: Curitiba Pr

Resposta:
Não existe uma definição formal de Universo com a qual todos concordem. Ele é entendido como o conjunto completo de todo o espaço e tempo, com todo o seu conteúdo de matéria e energia, incluindo as leis físicas que descrevem este conteúdo. Mas essa é uma definição resumida, em textos de filosofia é possível encontrar diversas definições correlatas.

Envio: 14/11/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Em outras palavras, você pergunta se existe gravidade negativa. A resposta é não. A gravidade é uma força exclusivamente atrativa.

Envio: 05/11/2019

Nome: Renato Dos Santos Marques

Cidade: Belo Jardim - Pernambuco

Resposta:
Essas questões ainda estão muito longe de terem respostas definitivas. Existem apenas hipóteses nesse sentido mas não foram confirmadas. De acordo com as teorias cosmológicas atuais, o Big Bang foi único e ocorreu há cerca de 13,8 bilhões de anos. Existem evidências observacionais sólidas que confirmam esse evento, tais como a expansão do universo e a existência da radiação cósmica de fundo. A partir desse evento, a chamada "expansão inflacionária", um processo de expansão exponencial extremamente grande e muito rápida que ocorreu uma pequena fração de segundo após o Big Bang, pode ter resultado na criação de múltiplos universos com leis físicas diferentes. Tais universos teoricamente poderiam se tocar e existem até especulações sobre se tais "toques" já foram ou não detectados na forma de assimetrias na radiação cósmica de fundo detectadas em regiões muito remotas do universo observável, porém estamos ainda no campo das hipóteses, esses resultados ainda não foram comprovados.

Envio: 02/10/2019

Nome: Felipe Costa

Cidade: São Paulo

Resposta:
Buracos negros primordiais são objetos hipotéticos. Sua existência foi prevista já há muito tempo como consequência da própria origem do universo, porém ainda não há nenhuma evidência observacional que comprove tal hipótese. A procura por tais objetos faz parte dos estudos sobre buracos negros que vem sendo feitos regularmente e que já resultaram na identificação de inúmeros desses objetos, porém todos eles são de origem estelar ou então buracos negros supermassivos nos centros de galáxias. Até hoje não houve comprovação da existência de nenhum buraco negro primordial, mas a busca continua.

Envio: 02/10/2019

Nome: Francisco Ademio De Oliveira

Cidade: Manaus

Resposta:
Esse é um tema complexo e não existe uma resposta definitiva, pela simples razão de que não se conhece ainda a verdadeira natureza da energia escura. Não é impossível que ocorra sim uma violação no princípio da conservação da energia, porém segundo os especialistas tal violação seria aceitável em condições muito distantes de nossa experiência cotidiana, como por exemplo nas teorias de gravitação quântica que explicariam o universo primordial.

Envio: 01/10/2019

Nome: Angela

Cidade: Joinville Sc

Resposta:
Essa é uma questão muito complexa, cuja resposta ainda está longe de ser definitiva. Existem evidências muito sólidas de que houve um início do universo, chamado usualmente de Big Bang. A expansão do universo e a radiação cósmica de fundo são essas evidências. Quanto às dimensões do universo, se ele é finito ou infinito, essa é uma questão ainda em aberto. Como a velocidade da luz é finita, temos acesso apenas a uma fração do universo, o chamado "universo observável", que é a fração do mesmo cuja luz já chegou até nós. O universo observável tem aproximadamente 46 bilhões de anos-luz de raio, centrado obviamente em nós. Mas seu tamanho total, se é infinito ou não, essas são questões ainda em aberto, ainda que a maioria dos especialistas concordam em afirmar que, se o universo não for matematicamente infinito, na prática é, já que é muito maior que o universo observável. Especulações baseadas na fase inicial de expansão ultrarrápida do universo, a chamada "fase inflacionária" indicam que se ele for finito, seu tamanho total poderia ser muitas ordens de grandeza maior que o universo observável.

Envio: 26/09/2019

Nome: Ágata Lima

Cidade: Londrina, Pr

Resposta:
Pela própria definição do termo, Universo é tudo o que existe, portanto não existe a possibilidade de sair dele. Como sair de algo que é tudo? Existem especulações de que o Big Bang, que deu origem ao nosso universo, poderia ter sido um fenômeno "local" e que outros universos poderiam existir, mas essa é uma hipótese ainda muito longe de ser provada. Existe uma boa discussão sobre esse conceito aqui:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Multiverso_(ciência)

Envio: 22/09/2019

Nome: Paulo Cesar R Motta

Cidade: São Lourenço Mg

Resposta:
Sem dúvida que essa é uma simplificação! É apenas uma analogia para explicar o mecanismo de expansão do espaço-tempo. Na realidade o universo se estende por todas as dimensões, como sabemos de nossa experiência cotidiana: tudo em torno de nós tem três dimensões e o universo também pode ser entendido como tridimensional, no sentido de que não existe uma "superfície" sobre a qual estão distribuidas as galáxias.

Envio: 21/09/2019

Nome: Robson Silva De Oliveira

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, as partículas elementares se originaram no universo primordial. De acordo com o chamado Modelo-Padrão da origem do universo, os quarks se formaram entre 10E-12 e 10E-6 segundos (entre um trilionésimo e um milionésimo de segundo) após o Big Bang. Depois, cerca de 1 segundo após o BB, os neutrinos se desacoplam da matéria bariônica (formada pelos quarks) e, entre 1 e 10 segundos depois, os leptons (elétrons e pósitrons) se desacoplam também. Veja isso em detalhes na tabela mostrada neste artigo: https://en.wikipedia.org/wiki/Chronology_of_the_universe

Envio: 20/09/2019

Nome: Felipe Costa

Cidade: São Paulo

Resposta:
A existência de ondas gravitacionais primordiais é prevista em termos teóricos, porém ainda não foi confirmada. Tais ondas devem ter sido produzidas nos instantes iniciais do universo, durante o chamado Período Inflacionário, e devem se propagar com a radiação cósmica de fundo. Elas são a única informação da fase inflacionária do Universo que poderia ser detectada por nós. O problema é que detectar tais ondas ainda está longe da capacidade dos detetores atuais, talvez seja preciso esperar os detectores espaciais de ondas gravitacionais como o projeto LISA, que ainda está longe de ser colocado em prática.

Envio: 16/09/2019

Nome: Gabriel Lemes

Cidade: Canela, Rs

Resposta:
O universo é, por definição, tudo o que existe, portanto não existe um "lado de fora". Por mais que essa visão seja não intuitiva, é assim que a natureza se apresenta para nós. A expansão do universo significa a expansão do próprio espaço, não existindo um lado de fora. Quanto ao que existia antes do Big Bang, essa é uma questão muito controversa, não existe uma resposta definitiva, apenas especulações. Há quem diga que nem mesmo faz sentido em pensar num "antes" porque o próprio tempo surgiu no instante em que ele ocorreu. Outros acreditam que nosso universo surgiu de uma singularidade que existia em outro universo prévio. Enfim, a resposta definitiva ainda está longe de ser estabelecida.

Envio: 16/09/2019

Nome: Mateus Novais

Cidade: Arapongas, Pr

Resposta:
De fato, a analogia do balão é limitada porque se trata de uma superfície bidimensional e porque a expansão se dá "para fora", num espaço vazio preexistente. No caso do universo, não existe um "lado de fora", a expansão é do próprio espaço (ou, tecnicamente, do espaço-tempo). Esse é um conceito pouco intuitivo, mas não existe um "lado de fora" do Universo, todo o espaço está em expansão, carregando com ele a matéria, ou seja, as galáxias.

Envio: 14/09/2019

Nome: Mateus Novais

Cidade: Arapongas, Pr

Resposta:
Este é um tema controverso, sobre o qual ainda não existe uma conclusão definitiva. Acredita-se atualmente que a expansão do universo sempre existirá já que a energia escura (cuja verdadeira natureza ainda é desconhecida) sempre agirá no sentido de acelerar a expansão. A partir disso, pode-se especular que depois que todas as estrelas esgotarem sua fonte de energia, restarão as estrelas anãs negras, com temperatura igual à do meio interestelar. Isso deve ocorrer em 10E25 anos (10 elevado à 25a potência). O limite posterior a esse é o tempo de decaimento dos prótons, que é estimado em 10E37 anos). Passado esse tempo, o universo deve ser uma mistura homogênea de partículas elementares, porém o espaço-tempo deve continuar existindo. No limite do tempo infinito, a energia livre deve desaparecer completamente, o que irá impedir a ocorrência de qualquer processo físico. Deve-se notar porém que esse tipo de raciocínio é apenas uma especulação, não existem provas definitivas.

Envio: 10/09/2019

Nome: Jeferson Oliveira Da Silva

Cidade: Francisco Morato, Sp

Resposta:
O fato da geometria do universo em larga escala ser plana não significa que o mesmo é bidimensional! Vemos na nossa experiência cotidiana que o universo que nos cerca é tridimensional, tudo tem altura, largura e profundidade. O mesmo vale para os corpos celestes tais como as estrelas, que evidentemente têm três dimensões, e portanto a deformação no espaço-tempo causada pelo campo gravitacional de um corpo esférico será também esférica. Se pensarmos em uma galáxia espiral que é bem achatada, a deformação não será esférica e sim terá a mesma simetria do corpo. Dizer que o espaço é curvo ou plano significa definir a geometria que melhor o descreve: no caso do espaço plano, usa-se geometria euclidiana, que é a que aprendemos na escola e que diz que a menor distância entre dois pontos é uma linha reta. Dizer que o espaço é curvo significa usar uma geometria não-euclidiana mas, voltando à primeira frase, isso NÃO significa que o mesmo é bidimensional.

Envio: 31/08/2019

Nome: Gabriel Gregório Decanini

Cidade: Jundiaí

Resposta:
Tudo leva a crer que não. Pelo que se conhece atualmente, o processo de evolução do universo como um todo não é reversível, ele não retrocede à condição do Big Bang. Essa era uma teoria considerada até a aceleração da expansão do universo ter sido descoberta. Antes disso, haviam especialistas que falavam em um universo pulsante, no qual as condições do Big Bang se repetiam a intervalos de centenas de bilhões ou mesmo trilhões de anos. Atualmente tal hipótese foi descartada, pois com a aceleração da expansão as condições iniciais não irão mais se repetir.

Envio: 19/08/2019

Nome: Saulo Gonzaga Santos

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
Sim, existem evidências de que a expansão do universo está acelerando. Essas descobertas começaram a ser feitas em 1998-99 e desde lá continuam a ser confirmadas. A detecção da aceleração da expansão foi feita a partir da determinação das distâncias precisas de supernovas em galáxias muito distantes. Tais distâncias mostraram que as galáxias estavam na verdade mais longe do que o previsto pelo modelo-padrão da expansão, indicando assim que uma aceleração estava ocorrendo. A origem dessa aceleração ainda é desconhecida, tanto é que recebeu o nome de "energia escura", onde o termo "escura" tem o sentido de desconhecida. Seu impacto sobre o modelo do Big-Bang ainda é discutido, mas o simples fato de existir tal aceleração revela que os processo físicos que ocorreram nos instantes iniciais do universo ainda não foram totalmente compreendidos.

Envio: 27/06/2019

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
Não, este raciocínio não está correto porque a luz emitida por uma galáxia remota, nos instantes iniciais do universo, viajou uma distância muito maior que 13,8 bilhões de anos-luz para chegar até nós devido à expansão do universo. O conceito que está atrás desse raciocínio é o de "universo observável", que vem a ser a fração do universo total cuja luz já chegou até nós. O raio do universo observável, centrado em nós evidentemente, é de 46,2 bilhões de anos-luz. Essa é a máxima distância que pode ser observada, mas note que não se trata de uma fronteira física, é apenas o que podemos observar devido ao limite da velocidade da luz. O tamanho total do universo deve ser muito maior do que tal dimensão, porém as estimativas são muito incertas.

Envio: 11/06/2019

Nome: Carlos Antônio

Cidade: Ituiutaba Mg

Resposta:
A origem do Universo, o chamado Big Bang, não foi uma explosão no sentido literal de espalhar matéria dentro de um espaço vazio pré-existente. Ela foi na verdade uma súbita expansão da matéria e do espaço. Essa origem foi há 13,8 bilhões de anos atrás, muito antes das estrelas e dos planetas. Cerca de um bilhão de anos após o Big Bang, as grandes nuvens de gás foram se aglomerando, formando o que hoje são as galáxias. Dentro delas, as estrelas (e os planetas em torno delas) foram se formando por gravitação e aí a forma esférica é a mais simples para qualquer distribuição de massa se acomodar. Ou, dito de forma mais técnica, é a forma de mínima energia potencial gravitacional. Por isso mesmo todas as estrelas e planetas são esféricos.

Envio: 07/06/2019

Nome: Vera

Cidade: Mogi Das Cruzes-Sp

Resposta:
Nas grandes escalas as distribuições de matéria escura e bariônica são similares. Pode-se dizer que luz traça massa e vice-versa. Em pequenas escalas, entretanto, isso se altera. Em escalas galácticas a matéria bariônica, por sua capacidade de se esfriar emitindo fótons, tende a se concentrar numa região relativamente pequena, enquanto que a matéria escura formar um halo que envolve a estrutura bariônica mas que se estende muito além desta.

Envio: 01/06/2019

Nome: Matheus

Cidade: São Luíz Ma

Resposta:
Os processos físicos que descrevem o que ocorre nas imediações dos buracos negros são descritos pela Teoria da Relatividade Geral, formulada por A. Einstein. Diversos outros aspectos dessa teoria já foram comprovados, tais como a curvatura do espaço na vizinhança de corpos muito massivos ou a emissão de ondas gravitacionais, mas a física dos buracos negros ainda necessitava de uma comprovação direta. Essa comprovação foi obtida com a foto que circulou na imprensa umas semanas atrás, e que requereu um esforço de 2 anos em rádio-observatórios localizados em diversos lugares do mundo. Eles tiveram que trabalhar sincronizados para obter a imagem.

Envio: 23/05/2019

Nome: Vera

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, as galáxias podem ter cor um pouco diferentes: aquelas que têm estrelas mais jovens e quentes são mais azuladas. É o caso de nossa própria galáxia, a Via Láctea, que tem ainda muitas estrelas recém formadas. Por outro lado, as galáxias que têm predominantemente estrelas mais antigas e frias são mais avermelhadas. Vale a pena lembrar também que, apesar das variações de cor entre as estrelas (e consequentemente entre as galáxias), o espaço vazio entre as estrelas de uma galáxia e entre as próprias galáxias é extremamente grande, portanto o universo é bem escuro. Podemos comprovar isso de maneira simples: o céu noturno é escuro. Veja no link a seguir uma imagem em larga escala de uma pequena porção do universo, mostrando a variação de cores das galáxias: https://www.spacetelescope.org/images/heic0611b/

Envio: 13/05/2019

Nome: Moisés

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
Tudo leva a crer que não. Até a descoberta da Energia Escura há cerca de 20 anos, essa era uma questão que desafiava os cosmólogos: a expansão seria no futuro freada pela atração gravitacional ou não? Mas as descobertas dos últimos 20 anos indicam que a expansão está acelerando! E a energia responsável por essa aceleração recebeu o nome de "energia escura", no sentido de desconhecida. Tudo leva a crer que a expansão nunca vai parar.

Envio: 13/05/2019

Nome: Moisés

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
Sabe-se que o Universo está em expansão e que as galáxias se afastam umas das outras com velocidades proporcionais às distâncias em que estão. Essa propriedade é chamada "Lei de Hubble". A idade do universo é calculada a partir destas velocidades de afastamento das galáxias.

Envio: 18/12/2018

Nome: Joeline Lima

Cidade: Montes Claros

Resposta:
Não, porque o efeito de aceleração da expansão do universo, conhecido como energia escura, é homogêneo: em todas as direções ele é o mesmo. Assim, não faz sentido imaginar que exista um corpo único, de massa gigantesca e homogênea, exercendo influência homogênea ao redor de todo o universo. A teoria das cordas não explica a energia escura, ela é uma teoria voltada para a explicação da origem das partículas elementares.

Envio: 30/11/2018

Nome: Alexandre Stenert

Cidade: Gravataí

Resposta:
A expansão do universo NÃO significa que a matéria se expanda dentro de um espaço vazio preexistente. O que se expande é o próprio espaço e a matéria segue junto com ele, portanto não faz sentido imaginar-se no que existe "fora" porque não existe um volume de espaço "fora" do universo. Tais conceitos não são intuitivos mas é assim mesmo!

Envio: 19/10/2018

Nome: Gustavo

Cidade: Mogi Das Cruzes

Resposta:
Essa é uma questão ainda sem resposta. O universo observável é a fração do mesmo cuja luz já chegou até nós, obviamente é uma distribuição esférica centrada em nós. Fazendo-se as contas, ele tem um raio de 46,6 bilhões de anos-luz. Em outras palavras, a luz emitida por qualquer objeto que esteja dentro desse raio já chegou até nós e portanto podemos observá-lo. As estimativas sobre o tamanho total do universo são muito vagas e dependem de hipóteses sobre como se deu a evolução do mesmo nos instantes iniciais após o Big-Bang. Ele poderia ser centenas de vezes maior, ou até 10^23 (dez elevado à potência 23) vezes maior, ou ainda muito maior que isso dependendo de como as hipóteses iniciais são entendidas.

Envio: 20/09/2018

Nome: Joeline De Barros Lima

Cidade: Montes Claros

Resposta:
Toda a informação viaja com a velocidade da luz, nunca mais rápido que isso. Se uma estrela estiver explodindo agora como uma supernova em uma galáxia que está a um bilhão de anos-luz de nós, a luz dessa explosão, ou seja, a informação sobre ela, só vai chegar até a Terra daqui a um bilhão de anos. Portanto, nós não temos como saber se algo aconteceu até que a informação chegue até nós, mas podemos afirmar com bom grau de certeza que na nossa galáxia e nas galáxias próximas, ou seja, em distâncias de milhares ou milhões de anos-luz, nada muito importante deve ter acontecido. Isso porque a escala de tempo para as estrelas evoluírem é de bilhões de anos, assim, estatisticamente é improvável que objetos a poucos milhares de anos-luz de nós, ou menos que isso no caso das estrelas visíveis, tenham sofrido modificações importantes como uma explosão de supernova por exemplo.

Envio: 18/09/2018

Nome: Ivan

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
O volume infinitesimalmente pequeno onde ocorreu o Big Bang se expandiu e é hoje o universo inteiro. Não tem sentido procurarmos um ponto no espaço onde esse evento ocorreu, porque o Big Bang consistiu de uma expansão súbita do próprio espaço, assim como da criação de toda a matéria e energia que existe. Em outras palavras, o Big Bang ocorreu no universo inteiro, só que naquele momento ele era infinitesimalmente pequeno e se expandiu a partir desse evento.

Envio: 05/09/2018

Nome: José Carlos De Farias

Cidade: São Paulo

Resposta:
Porque a produção de ondas gravitacionais detectáveis requer movimentos rápidos de massas muito grandes, o que ocorre quando dois buracos negros colidem por exemplo, ou duas estrelas de nêutrons girando muito rápido num sistema binário e a seguir colidindo. E tais objetos são muito raros, não houve nenhum evento assim nas proximidades do Sol.

Envio: 02/09/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Esse seria o papel do gráviton. Esta é uma partícula hipotética, sua existência não foi comprovada, mas se existir ele deve fazer um papel análogo ao do fóton: deve ser o portador das ondas gravitacionais. Porém deve-se fazer a ressalva de que não existe uma teoria quântica da gravitação, portanto não existe por enquanto uma demonstração de que o gráviton efetivamente existe, nem teoricamente nem experimentalmente.

Envio: 28/07/2018

Nome: Lucas Gabriel Campos Balog

Cidade: São Paulo-Sp

Resposta:
Espaço plano significa que a menor distância entre dois pontos é sempre uma linha reta. Esse é o conceito clássico de espaço. Já o modelo relativístico diz que o espaço se curva na presença de um campo gravitacional, daí vem a analogia de um tecido elástico bem esticado: uma bola leve jogada nele provoca uma deformação pequena e uma bola pesada provoca uma grande deformação. Ondas gravitacionais seriam oscilações (ou ondas) nesse tecido, usando a mesma analogia. A grande distinção entre o conceito clássico de espaço e o conceito de espaço-tempo proposto pela Teoria da Relatividade é que no primeiro a marcha do tempo é sempre invariante; já na relatividade a marcha do tempo depende da velocidade, para velocidades próximas à da luz, o tempo anda mais devagar. Tais conceitos são complexos demais para explicar numa mensagem. Veja uma boa descrição aqui: http://www.ifsc.usp.br/~FCM0101/guia.pdf

Envio: 23/07/2018

Nome: Jurema De Carvalho

Cidade: Londres

Resposta:
O redshift cinemático, resultante da velocidade de afastamento de um astro em relação a nós, é um efeito do movimento do mesmo. Este é um efeito local que nada tem a ver com a expansão do universo. Esta expansão reflete-se no redshift cosmológico, ele que é usado como parâmetro para medir a expansão do universo.

Envio: 06/07/2018

Nome: Lucas

Cidade: São Paulo

Resposta:
Essa estimativa é muito vaga devido às incertezas existentes, mas o valor atualmente está estimado entre um e dois trilhões de galáxias.

Envio: 03/07/2018

Nome: Hariel Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
A paralaxe só pode ser usada para medir distâncias de objetos DENTRO da Via Láctea. Objetos externos, mesmo as galáxias mais próximas, precisam de outros métodos de estimativa de distância. O método mais comum é estimar-se a magnitude absoluta (ou seja, intrínseca) de estrelas através de modelos de evolução das mesmas e comparar esse valor com as magnitudes aparentes dos mesmo objetos, medidas por um telescópio. Dessa diferença obtem-se a distância. Para galáxias remotas usa-se um método análogo: mede-se a magnitude aparente de supernovas e compara-se esse valor com as magnitudes absolutas para esses objetos previstas por modelos de evolução estelar. Outros métodos ainda mais indiretos podem ser usados como a magnitude absoluta de aglomerados estelares, quando a galáxia em questão é tão distante que estrelas individuais não podem ser medidas.

Envio: 20/06/2018

Nome: Rodrigo Felipe Raffa

Cidade: Itapetininga

Resposta:
A expansão do universo só ocorre em grandes escalas, os aglomerados de galáxias é que estão se afastando uns dos outros. Dentro destes aglomerados os efeitos locais dominam. A Via Láctea não está "inflando", nem o sistema solar. Nestas escalas não existe expansão. O movimento de Andrômeda em direção à Via Láctea é local, nada tem a ver com a expansão do universo. A existência desse movimento não contradiz em nada o fato de que o universo está sim em expansão.

Envio: 21/05/2018

Nome: Carl Sagan

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
O big bang não foi uma explosão, foi uma expansão súbita do espaço. No início só havia energia devido justamente às altíssimas temperaturas. Com a expansão rápida, a temperatura foi caindo e a maior parte dessa energia se converteu em matéria, principalmente hidrogênio e posteriormente um pouco de hélio. Esse material veio depois a formar as primeiras estrelas e dentro delas os processos de fusão nuclear deram origem a todos os demais elementos químicos. A fração residual da energia que não foi convertida em matéria pode ser detectada em todo o universo até hoje, é a chamada "radiação cósmica de fundo" e sua existência é uma das evidências mais fortes de que o big bang ocorreu mesmo.

Envio: 02/05/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Antimatéria é a mesma matéria comum, mas com cargas elétricas, spin e outras propriedades nucleares (como paridade por exemplo) invertidas em relação à matéria normal. Ela não existe em grande escala no universo. Buracos Negros NÃO SÃO de antimatéria!

Envio: 13/04/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Muito tem sido teorizado sobre o papel do bóson de Higgs no Big Bang e por enquanto nenhuma resposta é definitiva nesse campo. Atualmente acredita-se que essa partícula, que é a responsável pela atribuição da massa das demais partículas, teve um papel crucial nos instantes iniciais do universo, na chamada "fase inflacionária", quando o universo aumentou imensamente de tamanho numa escala de tempo muito pequena. Talvez o bóson de Higgs tenha sido o responsável pelo período inflacionário; se for assim ele é o responsável pelo Universo ter as dimensões que tem.

Envio: 13/04/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
A radiação cósmica de fundo é um "ruído" eletromagnético na faixa das microondas, com frequência na faixa de 160 GHz, o que corresponde à temperatura equivalente de 2,7 K. Ela preenche todo o Universo, ou seja, vem de todas as direções e é muito homogênea. Sua existência foi prevista pela primeira vez em 1948, a partir da hipótese do Big Bang. Tal radiação é o que "sobrou" na forma de radiação eletromagnética nos instantes iniciais do universo, após grande parte da energia inicial ser convertida em matéria. Nesse momento foram formadas as partículas elementares e posteriormente os átomos de hidrogênio e hélio, no processo que tem o nome de nucleossíntese primordial. O fato dessa radiação existir e as características da mesma comprovam que o Big Bang ocorreu, não há outra explicação para ela. A existência da radiação de fundo foi comprovada experimentalmente em 1964.

Envio: 24/03/2018

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru

Resposta:
Existe sim um padrão na aceleração, as observações mostram um padrão que é o mesmo em todas as direções e que pode ser visualizado nos gráficos que descrevem a variação das distâncias das supernovas mais remotas, que são a melhor maneira de visualizar esse efeito. O que não existe ainda é uma explicação definitiva sobre a natureza da energia escura, até agora os teóricos estão apenas no campo das hipóteses para explicar esses resultados.

Envio: 06/03/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
A correção de distâncias comóveis só é necessária para objetos situados a distâncias de no mínimo 200 milhões de anos-luz. Todos os objetos de nossa galáxia ou das galáxias do chamado "universo local" estão muito próximas de nós em termos cosmológicos e a correção não é necessária.

Envio: 06/03/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
Toda a informação no Universo viaja com a velocidade da luz. Caso uma informação astronômica (como uma explosão de supernova numa galáxia distante por exemplo) tenha passado por onde está o sistema solar antes que o mesmo existisse, é evidente que essa informação se perdeu para um observador na Terra. Mas isso não quer dizer que não temos acesso ao que aconteceu no Universo antes de nossa própria existência! Quando observamos astros mais distantes, estamos sempre olhando para o passado, e isso é possível até para objetos muito remotos, cuja luz detectada agora foi emitida quando o universo era muito jovem. A luz que estamos recebendo da galáxia GN-z11 por exemplo, uma das mais distantes já observadas, foi emitida cerca de 400 milhões de anos após o Big Bang, ou seja, há 13,4 bilhões de anos.

Envio: 06/03/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
A origem do Big Bang é um tema muito complexo, onde física e filosofia se encontram e não há uma resposta simples para a questão. Como o tempo só passou a existir a partir dele, há quem diga que nem faz sentido em falar-se em "antes" nesse contexto. Uma singularidade deu origem ao Big Bang, a questão é saber de onde ela surgiu. Do ponto de vista físico, a melhor explicação para a origem da singularidade está nas chamadas flutuações quânticas do vácuo: do ponto de vista físico, vácuo não é um vazio matemático e sim um estado de mínima energia, no qual podem existir flutuações quânticas definidas pelo Princípio da Incerteza de Heisenberg. Uma dessas flutuações pode ser a origem do Big Bang.
Quanto à criação da matéria, sim, ela foi toda criada a partir da energia, instantes após o Big Bang. Matéria e energia podem ser conversíveis uma na outra, como definido pela bem conhecida equação da teoria da relatividade E=mc^2

Envio: 08/02/2018

Nome: Sarah S. Silva

Cidade: Hortolândia, Sp

Resposta:
Não, de modo algum. Buracos brancos são apenas uma hipótese, nada garanta que existam e nunca foi observado um objeto assim ou indícios que eles existam. Mas, em teoria, eles seriam objetos compostos de matéria em algum estado e estariam associados a buracos negros formando pares. Por outro lado, o surgimento do Universo precede o surgimento da matéria, nos instantes iniciais do mesmo só existia energia. Assim sendo, não faz sentido invocar a possibilidade de existência de buracos negros ou brancos na origem do Universo.

Envio: 17/01/2018

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
O chamado "vazio de Bootes" é o maior dos "vazios" conhecido, mas sua existência é perfeitamente compatível com o modelo de formação do universo a partir do Big Bang, com presença de matéria e energia escura. Nesse modelo, as grandes estruturas do universo, os superaglomerados de galáxias, arranjam-se numa estrutura filamentar, deixando grandes volumes vazios entre os filamentos. O vazio de Bootes é um destes espaços. Deve-se notar que ele NÃO É totalmente vazio, apenas a densidade de galáxias por unidade de volume dentro do mesmo é bem mais baixa que a média, mas já foram contabilizadas cerca de 60 galáxias dentro do vazio.

Envio: 14/11/2017

Nome: Jeyson

Cidade: Guaramirim, Sc

Resposta:
Lentes gravitacionais não são vistas diretamente. O que se observa são os efeitos ópticos causados pela existência de tais lentes. Mas infelizmente todos esses fenômenos ópticos requerem telescópios profissionais de grande abertura para serem vistos. Nem mesmo com telescópios profissionais pequenos consegue-se ver os arcos luminosos provocados por lentes gravitacionais por exemplo.

Envio: 26/05/2017

Nome: Roberto Cerqueira Moacyr

Cidade: Gama-Df

Resposta:
Esta é uma visão muito comum, porém equivocada! A expansão do universo NÃO significa que as estrelas estão se afastando umas das outras, ou que a Terra está se afastando do Sol. A expansão se dá apenas em escalas muito grandes, os aglomerados de galáxias estão se afastando entre si! Porém as galáxias não mudam de tamanho, muito menos os sistemas planetários como o nosso. Assim sendo, nossa galáxia existirá por um tempo muito grande, enquanto existirem estrelas em atividade. E as estrelas de pouca massa, que têm de 10% a 50% da massa do Sol, têm ciclos evolutivos muito lentos, devem existir por centenas de bilhões de anos. Quando as últimas estrelas se extinguirem, restarão os buracos as anãs negras (resultantes da evolução das estrelas de baixa massa) e os buracos negros (resultantes da evolução das estrelas de grande massa). Quanto à expansão, ela não se dá numa velocidade constante, as galáxias mais remotas afastam-se com velocidade maior. Essa lei de expansão se chama Lei de Hubble. E o deslocamento não é no sentido da matéria se expandir para ocupar um espaço vazio preexistente, a matéria E O ESPAÇO expandem-se simultaneamente.

Envio: 17/05/2017

Nome: Jurema De Carvalho

Cidade: Londres

Resposta:
Logo após o Big Bang formaram-se as partículas elementares como os elétrons, os nêutrons e os protons. Logo após, formou-se o hidrogênio. As estrelas não sintetizam esse elemento, portanto todo o hidrogênio foi formado nos instantes iniciais do Universo.

Envio: 03/05/2017

Nome: Francisco Neto

Cidade: Campinas-Sp

Resposta:
Não, essa hipótese não é plausível. Em primeiro lugar, buracos negros não têm massa infinita e portanto não são atratores universais. Eles tem massas finitas, logo podem haver objetos em órbitas estáveis em torno dos mesmos, sem que caiam neles. Se eles fossem atratores universais, as galáxias não existiriam. Além disso, sabe-se desde o final dos anos 1990 que a expansão do universo está acelerando! A força responsável por essa aceleração, que é contrária à gravidade, é conhecida como "energia escura". Sua verdadeira natureza ainda é tema de pesquisa, só existem hipóteses sobre a mesma.

Envio: 18/04/2017

Nome: Marcia Oliveira Brick

Cidade: São Paulo

Resposta:
1) Os elementos leves referidos são principalmente o hidrogênio e o hélio. Todo o hidrogênio foi criado no Big Bang, as estrelas não o fabricam. Quanto ao hélio, a produção do mesmo pelas estrelas não é suficiente para explicar a quantidade de hélio existente no universo. Todos os demais elementos químicos são fabricados nos núcleos das estrelas. 2) A radiação cósmica de fundo é a fração dos fótons (ou seja, da energia) produzidos no Big Bang que não foram convertidos em matéria. Sua existência havia sido prevista quando os primeiros modelos de Big Bang foram propostos e posteriormente essa radiação foi descoberta. 3)O avermelhamento está relacionado com a expansão do universo, ela prova que as galáxias estão se afastando umas das outras e portanto estavam muito próximas num passado remoto, logo após o Big Bang.

Envio: 17/04/2017

Nome: Jean Carlos Vieira Batista

Cidade: Duque De Caxias

Resposta:
A natureza da matéria escura ainda é tema de debate, mas os últimos resultados indicam que deve existir matéria escura de dois tipos: a chamada "matéria escura bariônica", que é a matéria comum que você menciona, e que pode ser constituída de objetos pequenos como asteroides ou mesmo poeira. Mas sozinha a matéria bariônica não é suficiente para contabilizar toda a matéria escura existente, cuja massa pode ser inferida por seus efeitos gravitacionais. Simplesmente não existe tanta matéria para isso. A outra parte da matéria escura, a chamada "matéria escura não-bariônica", deve ser composta por partículas leves como neutrinos ou talvez por partículas cuja existência ainda não foi demonstrada como áxions ou WIMPs (weakly interagens massive particles). Mas como foi dito no início, esse ainda é um tema em aberto.

Envio: 16/04/2017

Nome: Rodrigo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Nós não "chegamos aqui", nós estamos aqui! Para entender melhor esse conceito, deve-se lembrar que o Big Bang, a origem do universo, não ocorreu num determinado ponto de um espaço vazio preexistente, ele consistiu na súbita expansão de toda a matéria e do espaço simultaneamente. Assim sendo, toda a matéria que compõe o universo hoje, bem como todo o espaço, estavam contidos em um volume muito pequeno que está em expansão desde a sua origem há 13,8 bilhões de anos. Assim sendo, nós podemos observar galáxias muito distantes (e portanto muito antigas) em todas as direções.

Envio: 28/03/2017

Nome: Rafael Farias

Cidade: Aracaju, Se

Resposta:
Chama-se universo observável a fração do mesmo cuja luz já chegou até nós. Como a velocidade da luz é finita, nem toda a luz emitida no universo desde que ele se formou há 13,8 bilhões de anos já chegou até nós, e evidentemente só podemos observar e estudar esta fração do mesmo. Porém TODO o universo estava concentrado na singularidade do Big Bang, não só a fração observável.

Envio: 13/03/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Desde os anos 1970-80 se sabe que existe uma grande concentração de matéria na direção do superaglomerado de galáxias de Hydra-Centaurus. Tal concentração de massa equivale a dezenas de milhares de vezes a massa de uma galáxia como a nossa e atrai todos os aglomerados de galáxia da nossa região do universo, inclusive o Grupo Local, do qual faz parte a Via Láctea, por isso é chamada de "grande atrator". A região do céu em que ele está é difícil de ser estudada porque fica "atrás" do centro de nossa própria galáxia e portanto oculto por esta. Com a evolução das técnicas de medida, foi possível constatar que esta região está a aproximadamente 250 milhões de anos-luz de distância. Ela se constitui de um superaglomerado com milhares de galáxias, não se trata de um objeto único.

Envio: 27/02/2017

Nome: Luane

Cidade: São Luís - Ma

Resposta:
Não, a hipótese de múltiplos universos não funciona assim. Ela levanta a possibilidade de existirem múltiplos universos em regiões distintas de uma estrutura muito maior, o multiverso, e sem contato um com o outro. Não existe a ideia de universos concêntricos de dimensões distintas.

Envio: 15/02/2017

Nome: Victor Rodinger

Cidade: Recife, Pe

Resposta:
Esse conceito não é intuitivo e de fato é difícil de entender pois foge do nosso senso comum, já que estamos acostumados ao espaço tridimensional imutável, mas o Big Bang deu origem ao próprio espaço! Ele consistiu na súbita expansão da matéria e do próprio espaço que a contém, dando origem ao universo.

Envio: 10/02/2017

Nome: Rafael Farias

Cidade: Aracaju, Se

Resposta:
Sim, todo o universo estava contido dentro da singularidade, cuja súbita expansão consistiu na origem do universo. Note que a singularidade em si não é o Big Bang, foi a súbita expansão da mesma que originou o universo. Fala-se em "universo observável" porque temos acesso apenas a uma fração do mesmo, cuja luz já chegou até nós. O restante do universo é inatingível, portanto não temos como falar sobre ele. Existem cosmólogos que especulam inclusive a possibilidade de que o Big Bang e o universo dele resultante seja apenas um evento e que poderiam existir muitos universos em regiões diferentes de um espaço muito maior, chamado de multiverso.

Envio: 02/02/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Nas observações de galáxias muito remotas, e portanto muito antigas, encontram-se sim traços do universo primitivo. As abundâncias dos elementos químicos sintetizados pelas estrelas e não pelo Big Bang (ou seja, todos menos hidrogênio, hélio e traços de outros leves) são muito baixas, indicando que se trata realmente do universo primordial.

Envio: 23/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não, de modo algum! O afastamento da Lua é real, ocorre mesmo, mas é consequência da lenta diminuição da velocidade de rotação da Terra. O período de rotação da Terra diminui cerca de 2 milissegundos por século devido às forças de maré provocadas pela Lua e pelo Sol e, por conservação do momentum angular, a consequência desse processo é o afastamento gradual da Lua. Note que esse efeito NÃO significa que num futuro distante a Lua vai embora, o sistema Terra-Lua vai evoluir dinamicamente até que chegue numa situação de equilíbrio com uma mesma face da Terra sempre voltada para a Lua, assim como a Lua já tem uma mesma face sempre voltada para a Terra. Tal acomodação só vai ocorrer muitos bilhões de anos no futuro, próximo do final do ciclo evolutivo do Sol. Os efeitos da expansão do universo não existem em pequena escala, dentro de um sistema planetário ou mesmo dentro de uma galáxia, pois nessa escala as interações gravitacionais dominam.

Envio: 23/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
A estimativa da natureza da fonte emissora das ondas gravitacionais requer não só a medida da energia detectada. Também é necessário determinar o padrão de oscilação no tempo dessas ondas, ou seja, a sua frequência. Com esses parâmetros é possível deduzir a natureza da fonte emissora, como foi feito na detecção de 2015.

Envio: 19/01/2017

Nome: Alexandre Schimel

Cidade: Petrópolis

Resposta:
Existem dois conceitos importantes em sua questão: "universo observável" e "universo". Tudo o que se pode observar, todas as estrelas de todas as galáxias, constituem-se no universo observável, que é aquela fração do universo cuja luz, emitida desde que o mesmo se formou há 13,8 bilhões de anos, já chegou até nós e portanto podemos observar. O raio do universo observável, centrado em nós evidentemente, é de aproximadamente 46 bilhões de anos-luz. Esse valor é tão grande assim devido à expansão do universo: enquanto a luz de uma galáxia remota viaja até nós, o universo vai se expandindo. Para estimar-se o tamanho total do universo como um todo, é preciso fazer hipóteses que ainda são muito incertas, em particular sobre a curvatura do mesmo, usando argumentos físicos complexos baseados na teoria da relatividade geral. Uma estimativa baseada no que se sabe hoje sobre a curvatura do universo em larga escala indica que o mesmo, como um todo, deve ter no mínimo um raio 8 vezes maior do que o universo observável, mas essas estimativas são muito incertas, o valor verdadeiro pode ser muito maior.

Envio: 12/01/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não, de acordo com a Teoria da Relatividade Geral, diversos fenômenos naturais que resultam em intensas variações do campo gravitacional podem resultar na propagação de ondas gravitacionais. Eles poderiam se originar da explosão de supernovas, de sistemas binários massivos girando muito rápido, de colisões de buracos negros. Outras fontes são também propostas tais como ondas gravitacionais primordiais emitidas nos instantes iniciais de formação do universo, no chamado período inflacionário. Por si só, ondas gravitacionais não comprovam a existência de buracos negros, apenas servem como teste adicional das leis físicas que os governam.

Envio: 07/01/2017

Nome: Junior Ramos Da Costa

Cidade: Petropolis Rj

Resposta:
Não, estes são fenômenos diferentes que são detectados de modo diferente. As ondas gravitacionais são perturbações na própria estrutura do espaço provocadas por variações súbitas e muito intensas de um campo gravitacional, como a colisão de dois buracos negros por exemplo. Já a detecção da energia escura é um efeito contínuo, observado em supernovas muito distantes. A chamada energia escura contém muito, MUITO mais energia do que e emissão de ondas gravitacionais, já as ondas gravitacionais são ínfimas em termos de energia liberada.

Envio: 05/12/2016

Nome: Ismael Mulberstedt

Cidade: Rancho Queimado

Resposta:
Pode-se deduzir que a matéria escura existe por seu efeito na velocidade de rotação das galáxias, por exemplo. Sua verdadeira natureza ainda é tema de pesquisa, não se sabe ao certo. Porém, a matéria escura deve acompanhar a expansão do universo da mesma forma que a matéria comum, portanto ela não "passa" por nós, ela acompanha a expansão junto conosco.

Envio: 07/10/2016

Nome: Luca

Cidade: Sao Paulo, Sp

Resposta:
De maneira nenhuma! A chamada "radiação de fundo" preenche o universo todo e é um resquício do Big Bang, a origem do próprio universo. Essa radiação é de baixíssima potência e só pode ser detectada com grandes radiotelescópios justamente por ser muito fraca. Ela é completamente inofensiva para pessoas ou animais.

Envio: 24/09/2016

Nome: Joeline De Barros Lima

Cidade: Montes Claros

Resposta:
A velocidade da luz é um limite físico incontornável, toda a informação viaja com esta velocidade e é impossível contornar essa condição: se observamos uma estrela que está a mil anos-luz de distância, estamos vendo a mesma como ela era há mil anos. Se observamos uma galáxia que está a um milhão de anos-luz de distância, estamos vendo como ela era há um milhão de anos. A observação de objetos mais próximos, como nosso próprio sistema solar e as estrelas mais próximas, são sim muito importantes pois a partir delas podem-se formular modelos aplicáveis a objetos mais distantes.

Envio: 16/09/2016

Nome: Thiago Woloszin

Cidade: Jaborá, Sc

Resposta:
O valor atual da taxa de expansão do Universo é de 74 quilômetros por segundo por megaparsec, esta é uma determinação experimental bem segura. Logo após o Big Bang, quando o universo tinha apenas uma fração de segundo de idade, houve a chamada "expansão inflacionária", uma fase muito curta em que o mesmo de fato se expandiu com velocidade muitas ordens de grandeza maior que a da luz. Tal evento não violou os princípios da Teoria da Relatividade Geral, pois se tratou de uma expansão da estrutura do espaço-tempo e não da transmissão de informação, o que seria impossível em vista do limite da velocidade da luz.

Envio: 27/08/2016

Nome: Marcio

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não existe nenhuma diferença entre um desvio para o vermelho causado pela expansão do espaço ou pela velocidade radial. Em ambos os casos o efeito é o mesmo, as linhas de emissão ou de absorção do espectro do astro parecerão estar deslocadas para o vermelho. A expansão do espaço interfere sim no desvio para o vermelho! Isso pode ser observado num aglomerado de galáxias por exemplo, onde existe uma velocidade sistêmica do próprio aglomerado, resultante da expansão do universo, combinada com as velocidades de cada galáxia, resultantes da dinâmica local. Os efeitos podem se somar ou estarem em direções contrárias.

Envio: 15/07/2016

Nome: Jéssica Rodrigues Dos Santos

Cidade: Tucuruvi Sp

Resposta:
Existem diversas teorias de cordas. As mais complexas como as supercordas ou a Teoria M, que é uma tentativa de unificação das demais, prevêem a existência de partículas que poderiam explicar alguns efeitos relacionados à matéria escura. Quanto à energia escura, não existe ainda nenhuma explicação definitiva sobre relação entre a natureza da energia escura que tenha sido formulada dentro das teorias de cordas, porém existem especulações. Por exemplo pode ser que as dimensões extras cuja existência é proposta pelas teorias de cordas sejam as responsáveis pela energia escura. Não existe porém nenhuma relação entre estas teorias e eventuais viagens no tempo, que por enquanto pertencem apenas ao domínio da ficção.

Envio: 26/04/2016

Nome: Dario Endler

Cidade: São Caetano Do Sul - Sp

Resposta:
De fato, a assimetria matéria-antimatéria existe. A origem de tal assimetria ainda é um problema não resolvido, relacionado aos instantes iniciais de formação do Universo, logo após o Big Bang. Teoricamente tanto a matéria quanto a antimatéria deveriam ter sido criadas nas mesmas quantidades, e como ambas se aniquilam, apenas a energia resultante deveria existir no Universo e não a matéria. E se nós estamos aqui, uma assimetria existiu na origem da matéria que levou ao universo como é hoje. Existem evidências indiretas que as todas as galáxias são de matéria, não de antimatéria. No caso das estrelas de uma galáxia como a nossa, estrelas de antimatéria provocariam uma intensa emissão de energia em seu entorno provocada pela aniquilação de partículas do meio interestelar pelo material ejetado por ela, já que todas as estrelas (como o próprio Sol) ejetam matéria na forma de prótons, nêutrons e elétrons. Tal efeito não existe, e o mesmo se aplica a galáxias. E caso existissem galáxias inteiras de antimatérias totalmente isoladas do meio interestelar e intergaláctico que conhecemos, ainda assim os processo de colapso estelar (ou seja, as explosões de supernova) seriam distintos nas mesmas e provocariam emissões de neutrinos distintas do que se observa nos detetores atuais. Em síntese, é altamente improvável que "antigaláxias" existam pois teriam que estar em regiões totalmente isoladas no universo que conhecemos.

Envio: 25/02/2016

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
Não, essa possibilidade não existe. As rugosidades no espaço-tempo são extremamente pequenas. Para ter-se uma ideia do quanto elas são pequenas, num detetor como o LIGO, que detetou as ondas gravitacionais anunciadas recentemente, a onda provocou uma deformação menor que um bilionésimo de mícron no braço do detetor que é de 4 quilômetros. Esse tipo de efeito é extremamente importante no sentido de comprovar um efeito previsto pela Teoria da Relatividade Geral cuja comprovação era buscada há muito tempo, porém não teria nenhum significado prático em viagens interestelares.

Envio: 20/02/2016

Nome: Jana Sicilia

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
A existência de ondas gravitacionais foi proposta por Einstein em 1916, elas não foram "descobertas" agora, sua existência foi apenas comprovada. Não existe uma relação direta entre tais ondas e viagens no espaço ou no tempo, porém a confirmação de sua existência comprova a validade da Teoria da Relatividade Geral e portanto os princípios básicos que governam o deslocamento pelo espaço: a velocidade máxima que um corpo pode atingir é a da luz, e em velocidades próximas a essa o tempo anda mais lentamente para o viajante. Isso quer dizer que se um viajante se desloca com velocidade próxima à da luz por um certo tempo, ele irá viajar para o futuro em relação a um observador parado. Com a ressalva que será uma viagem só de ida, a viagem para trás no tempo não é fisicamente comprovada.

Envio: 14/02/2016

Nome: Domicio Barreto

Cidade: Japaratuba/Se

Resposta:
De maneira nenhuma a detecção de ondas gravitacionais abre tal possibilidade. Ao contrário, ela confirma a validade de uma parte da Teoria da Relatividade Geral que ainda não havia sido comprovada. Os chamados "buracos de minhoca" são por enquanto apenas uma especulação matemática, nada garante que eles realmente existam. Caso existirem, sem dúvida as forças de maré nas vizinhanças de um buraco negro provocariam a destruição de qualquer estrutura e mesmo dos próprios átomos que as compõem.

Envio: 18/01/2016

Nome: Marcelo Gonçalves

Cidade: Belo Horizonte, Mg

Resposta:
Nas fases iniciais de formação do universo, a densidade era tão grande que os fótons interagiam constantemente com as partículas como prótons, nêutrons e elétrons. Em função disso eles não se deslocavam muito. Isto impõe um limite antes do qual é impossível detectar-se radiação. Este limite, em termos de Cosmologia Observacional, é denominado Idade das Trevas (mais conhecido no termo em inglês "dark age"). Mesmo com um telescópio infinitamente grande seria impossível detectar radiação emitida antes dessa fase simplesmente porque não foram emitidos fótons naquela época que estejam viajando até agora. Este limite inferior de idade que se pode observar é de aproximadamente 150 milhões de anos após o Big-Bang. Atualmente existem galáxias remotas já detectadas cuja formação se seu entre 600 e 800 milhões de anos após o BB.

Envio: 17/11/2015

Nome: Gabriel

Cidade: Belo Horizonte, Mg.

Resposta:
A expansão do universo pode ser comprovada pela validade da Lei de Hubble, formulada em 1924-25: não apenas as galáxias estão se afastando umas das outras, mas a velocidade de expansão é proporcional às distâncias em que elas se encontram, as mais distantes afastam-se com velocidade maior. Essa situação só faz sentido se a própria estrutura do universo estiver se expandindo, caso contrário teríamos que imaginar um cenário irreal em que o Sol estaria no centro de um espaço estático, com as galáxias se afastando de nós, o que não faz o menor sentido. E respondendo sua segunda questão, sim, é o espaço (tecnicamente, o espaço-tempo) que se desloca carregando as galáxias, não são elas que se movem dentro de um espaço estático.

Envio: 16/11/2015

Nome: Gabriel

Cidade: Belo Horizonte, Mg.

Resposta:
Não, a curvatura do espaço é a maneira usada na Teoria da Relatividade Geral para descrever a atração gravitacional. Ela pode ser entendida como uma curvatura no espaço-tempo provocada pela massa de um corpo qualquer, como a Terra por exemplo. Como o campo gravitacional, e portanto a curvatura do espaço-tempo) aponta para o centro de massa da Terra, não existe um lugar preferencial na superfície (como os polos, para citar sua questão), que vá atrair preferencialmente os corpos.

Envio: 10/11/2015

Nome: Yuri Aiube

Cidade: Niterói, Rj

Resposta:
Sim, é exatamente isso que acontece! A luz que vem de galáxias distantes aparece "avermelhada", ou seja, com comprimentos de onda maiores do que aqueles do universo local. Isso se deve à expansão do universo e, em termos dos fótons, ou seja, das "partículas de luz", elas perdem energia sim. A energia "E" de cada fóton é dada pela expressão E=hf, onde "h" é a constante de Planck e "f" é a frequência. Com a diminuição da energia, o comprimento de onda aumenta (ou seja, a luz fica avermelhada) e a frequência diminui. Portanto a energia de cada fóton diminui sim. O mesmo acontece com a chamada "radiação cósmica de fundo", que é remanescente do Big Bang e permeia todo o Universo. Logo que ela se formou, eram fótons de altíssima energia, mas com a expansão, e mesma foi baixando e hoje está na faixa das microondas, com comprimento de onda de 1,87 mm.

Envio: 05/11/2015

Nome: Luan Santos Lima

Cidade: São Paulo

Resposta:
O Big Bang, o evento que originou o universo inteiro, não pode ser visto como uma explosão que preencheu com matéria e energia um volume de espaço pré-existente. Ele foi uma súbita expansão da matéria e energia JUNTO com o espaço, que também se expandiu e continua se expandindo. Em função disso, não existe essa possibilidade que você levantou já que um Buraco Negro representa uma concentração muito grande de matéria num dado volume. Se no Big Bang TODO o universo consistia num pequeno volume e este se expandiu, então não havia como existir uma concentração de massa num ponto específico, ou seja, numa fração do volume total.

Envio: 13/09/2015

Nome: Arnóbio Vieira Souza

Cidade: Goiânia

Resposta:
A deformação do espaço-tempo é consequência da presença de massa, não do espaço em si. Esta foi uma das propostas de Teoria da Relatividade Geral, publicada por A. Einstein em 1916. Esta hipótese já foi provada em diversos experimentos e pode-se afirmar com segurança que o espaço vazio não exerce efeitos como você sugere.

Envio: 13/09/2015

Nome: Arnóbio Vieira Souza

Cidade: Goiânia

Resposta:
As grandes estruturas, como as galáxias e os aglomerados de galáxias, se formaram logo após o Big Bang. A idade de 600 milhões de anos após o BB é de fato a época em que as galáxias se formaram, inclusive a nossa. Com o passar do tempo os objetos que compõem as galáxias, tais como as estrelas e as nebulosas, se movimentam sim mas a estrutura em si se mantém coesa graças à força gravitacional. As evidências do Big Bang, ocorrido há cerca de 13,8 bilhões de anos, são muito claras. Não existem evidências que apontem para idades maiores. Note que esse evento marca o surgimento da matéria E TAMBÉM do espaço, portanto não tem sentido imaginar num espaço pré-existente e um BB posterior.

Envio: 27/08/2015

Nome: Murilo Góis

Cidade: Tejupá,Sp

Resposta:
Existem dois conceitos diferentes aí. A ideia de buracos negros como "pontes" entre locais distintos do universo, os chamados "buracos de minhoca", é antiga. São as chamadas "pontes de Einstein-Rosen, um conceito que faz sentido do ponto de vista matemático, porém não existe nenhuma evidência que o inverso dos buracos negros, os hipotéticos buracos brancos, realmente existam. Já a ideia recentemente proposta por Stephen Hawking que buracos negros seriam passagens para outro universo é distinta pois ele não seria uma "ponte" que liga pontos distintos do universo mas sim uma passagem para outro universo. Note que esse tipo de proposta por enquanto é apenas uma especulação matemática, não existe nenhuma certeza sobre essas hipóteses.

Envio: 25/08/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza Ce

Resposta:
Um googol (ou gugol) equivale ao algarismo "1" seguido de 100 zeros. O número de átomos no universo (ou o número de grãos de areia na Terra, ou mesmo num balde) não pode ser contado mas pode ser estimado por argumentos estatísticos. Partindo do que se conhece sobre as dimensões do universo observável e de seu conteúdo, as estimativas para o número total de átomos existentes ficam entre 10^80 (o algarismo "1" seguido de 80 zeros) e 10^82, menos portanto que um googol.

Envio: 21/08/2015

Nome: Reinaldo Magalhaes De Sousa

Cidade: Brasilia

Resposta:
Exato! A expansão do universo é um fenômeno de larga escala. Deve-se notar que ele corresponde à expansão do próprio espaço-tempo e não apenas da matéria que está no mesmo. Em escalas menores, como num aglomerado de galáxias, na estrutura interna de uma galáxia ou mesmo na de um sistema planetário, a força gravitacional domina e a estrutura é estável, não há movimento de expansão.

Envio: 09/08/2015

Nome: Luis Antonio Da Silva

Cidade: Itumbiara Go

Resposta:
Buracos de minhoca são um nome popular para estruturas hipotéticas chamadas Pontes de Einstein-Rosen. Eles seriam conexões entre pontos distintos do universo, muito distantes entre si, feitas através de buracos negros e de seu inverso, os hipotéticos "buracos brancos". Deve-se notar porém que não existe nenhuma evidência que buracos de minhoca existam. Tratam-se apenas de especulações matemáticas baseadas na Teoria da Relatividade Geral. Os buracos negros existem de fato, porém o seu inverso e a conexão entre eles são apenas hipóteses matemáticas. Já a teoria de cordas é um modelo matemático geral que visa, no futuro, ser uma teoria unificada que englobe a relatividade, a mecânica quântica e o modelo-padrão das partículas elementares. Trata-se de uma teoria em desenvolvimento ainda mas espera-se que ela possa descrever a estrutura em larga escala do universo também. Veja mais detalhes aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_cordas

Envio: 30/07/2015

Nome: Antonio Horacio

Cidade: Campinas

Resposta:
Não existem processos como decaimento de fótons que possam interferir em sua energia, e portanto resultar em algo análogo ao desvio para o vermelho. Claro, um fóton viajando pelo universo pode interferir com o material do meio intergaláctico, eventualmente pode ser absorvido por uma transição atômica, o que resulta na existência de linhas de absorção que são a "impressão digital" do material que compõe esse meio, porém de novo tais processos não implicam em uma perda de energia do fóton que implique em "avermelhamento". Finalmente, os campos magnéticos não afetam os fótons, que também são radiação eletromagnética, devido ao Princípio da Superposição: campos magnéticos não interagem entre si. Esse é um princípio da eletrodinâmica clássica.

Envio: 30/06/2015

Nome: Érico Percy Alcântara De Moraes

Cidade: São José Dos Campos

Resposta:
A velocidade da luz no vácuo é o limite superior para qualquer velocidade de acordo com a Teoria da Relatividade. Porém a velocidade da luz em outros meios que não seja o vácuo pode ser superada por diversos tipos de partícula. Por exemplo, sempre que uma partícula eletricamente carregada viaja através de um meio isolante com velocidade maior que a da luz, ela emite radiação eletromagnética, o que é conhecido como Efeito Cherenkov. Veja maiores detalhes aqui: https://pt.wikipedia.org/?title=Efeito_Cherenkov

Envio: 21/06/2015

Nome: Horacio Marques

Cidade: Campinas

Resposta:
A maioria esmagadora da matéria no universo está na forma de plasma. As estrelas são plasma, as nuvens interestelares também e o meio interestelar também! Plasma são partículas carregadas, portanto eles criam sim campos eletromagnéticos, como previsto pelas Equações de Maxwell que definem as propriedades básicas do eletromagnetismo. O campo eletromagnético não interage com o campo gravitacional, porém as partículas carregadas que geram o mesmo sim, dessa forma existe uma interação entre ambos. E eles podem sim conduzir informação como qualquer radiação eletromagnética pode.

Envio: 03/06/2015

Nome: Rodrigo F. Raffa

Cidade: Itapetininga,Sp

Resposta:
Com o aumento rapidíssimo do volume nos instantes iniciais do universo, na chamada Fase Inflacionária, a energia por unidade de volume decresceu rapidamente e hoje tem o valor de 2.7 kelvins; esta energia é conhecida como Radiação Cósmica de Fundo. Parte da energia inicial foi convertida em matéria, dando origem aos átomos do universo primordial (basicamente hidrogênio e hélio) de onde se formaram as primeiras estrelas. A energia remanescente na radiação cósmica de fundo tende a diminuir com a expansão continuada, porém em termos formais ela tenderia a zero quando o volume do universo fosse infinito.

Envio: 16/05/2015

Nome: Danillo Samuel

Cidade: Natal

Resposta:
Porque não haviam evidências contrárias a esta concepção. Desde a antiguidade a observação do céu transmitiu a percepção de perenidade, de este era imutável. Assim, a concepção de que o universo seria eterno sempre existiu, desde que as ideias da criação do cosmos baseadas em concepções religiosas ou mitológicas foram abandonadas. A ideia científica de que o universo teve um começo originou-se da Teoria da Relatividade Geral. A partir dela, cosmólogos como Georges Lemaitre e Alexander Friedman propuseram na década de 1920-30 a teoria que ficou conhecida como Big Bang, mais tarde comprovada observacionalmente.

Envio: 20/04/2015

Nome: Mariano Chaves

Cidade: Barra Do Pirai

Resposta:
Imediatamente após o Big-Bang o modelo que melhor descreve a evolução inicial do universo é o chamado Modelo Inflacionário, que significa um crescimento extremamente rápido das dimensões do universo num tempo muito curto. Veja no link a seguir uma explicação melhor deste modelo:
http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm#inflacao

Envio: 29/03/2015

Nome: Nestor

Cidade: Bauru, Sp

Resposta:
De acordo com o modelo do Big Bang, o espaço e a matéria surgiram simultaneamente. Antes deste evento não existia matéria, nem energia, nem o próprio espaço.

Envio: 26/03/2015

Nome: Alexandre Medina

Cidade: Sao Paulo, Sp

Resposta:
Os efeitos da matéria escura são gravitacionais e, na escala das estrelas e seus sistemas planetários, os efeitos gravitacionais dominantes são aqueles induzidos pela massa dos corpos como estrelas, planetas, satélites, etc. Mesmo que exista matéria escura interna às galáxias, o que nem mesmo está comprovado, sua densidade é muito baixa e não existem efeitos em pequenas escalas. Tais efeitos só são perceptíveis na escala das galáxias ou dos aglomerados de galáxias porque, mesmo em baixas densidades, os volumes envolvidos são imensamente grandes e portanto a quantidade de matéria escura será muito grande. Estes efeitos se fazem notar por exemplo nos movimentos das galáxias dentro de grandes aglomerados de galáxias.

Envio: 22/03/2015

Nome: Victor

Cidade: Ipojuca, Pe

Resposta:
O Big Rip não é uma teoria no sentido técnico do termo, assim como a Teoria da Gravitação por exemplo, esta sim uma teoria completa. Big Rip é apenas uma hipótese formulada no início da década passada segundo a qual a expansão do universo prosseguiria indefinidamente, de modo que num tempo finito no futuro, a distância entre as galáxias tenderia ao infinito. Posteriormente as próprias galáxias se desagregariam, depois os sistemas planetários e finalmente os átomos individuais se desagregariam e o universo se extinguiria. A validação de tal hipótese depende do conhecimento preciso do que é a energia escura, o mecanismo responsável pela aceleração da expansão do universo. Esta expansão foi detectada há menos de 20 anos a muito pouco ainda se conhece sobre a mesma, de modo que Big Rip continua sendo apenas uma hipótese, não há nenhuma evidência que a apoie.

Envio: 20/03/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza-Ce

Resposta:
Descrito na forma mais geral possível, tempo é uma medida da sequência em que ocorrem todos os eventos do universo físico. Descrito assim, é correto afirmar que ele passou a existir com o Big Bang, já que antes deste evento o universo não existia.

Envio: 19/03/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza-Ce

Resposta:
A resposta para esta indagação é ao mesmo tempo muito simples e muito complexa. É simples porque a resposta inicial é que falta energia para aumentar a temperatura. A energia é fornecida pelos fótons, que por sua vez são produzidos nos núcleos das estrelas, mas o volume do universo é muito grande e continua aumentando, assim, a energia por unidade de volume (em outras palavras, a temperatura) que era muito alta nos instantes iniciais do universo, logo caiu rapidamente com a rápida expansão do universo primitivo. Esta resposta também pode ser muito complexa porque a descrição da evolução do universo em larga escala é muito difícil de ser feita de forma rigorosa.

Envio: 10/03/2015

Nome: Henrique

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, a expansão do universo se dá apenas em grandes escalas. As galáxias de fato estão se afastando umas das outras, mas a distância dos planetas ao Sol não varia. Da mesma forma, a distância do Sol ao centro de nossa galáxia também não varia.

Envio: 06/03/2015

Nome: Ferruccio Ginelli

Cidade: Fortaleza - Ce

Resposta:
Não. A expansão do Universo se dá apenas em escalas muito grandes. A distância da Terra ao Sol não variou desde que o sistema solar se formou há 4,6 bilhões de anos. Da mesma forma, a distância do Sol ao centro da galáxia, que é de cerca de 25 mil anos-luz, também não variou no tempo. A expansão se dá apenas entre as galáxias: são as distâncias entre elas que aumentam com o tempo.

Envio: 06/03/2015

Nome: Jossano De Rosso Morais

Cidade: São Sepé

Resposta:
A reionização do universo é uma fase do universo primitivo, iniciada cerca de 400 milhões de anos após o Big-Bang. Logo após a formação, o universo era inicialmente totalmente ionizado mas com o passar do tempo e com a rápida expansão do universo primitivo, ele tornou-se totalmente neutro cerca de 380 mil anos após o início. Porém quando as primeiras estrelas começaram a se formar cerca de 400 milhões de anos após o Big-Bang, elas produziram energia suficiente para reionizar novamente todo o universo, que ainda era bem menor do que é hoje. Este processo é chamado de reionização e durou até o final do primeiro bilhão de anos de idade do Universo.

Envio: 01/02/2015

Nome: Manuel

Cidade: Aracaju, Se

Resposta:
O termo "pressão negativa" nesse contexto significa um efeito contrário ao da gravidade, que é atrativo. É simples e até intuitivo perceber que a gravidade tem um efeito de desacelerar a expansão do Universo: a força gravitacional é atrativa e tem alcance ilimitado, portanto a atração que as galáxias exercem entre si tende a frear o efeito de expansão. Mas os resultados obtidos desde 1998-99 indicam que a expansão do Universo está acelerando, o que implica na existência de um mecanismo que age em sentido contrário ao da atração gravitacional. Este mecanismo seria a pressão negativa (um efeito repulsivo) exercido pela energia escura. Note porém que a natureza da energia escura ainda é totalmente desconhecida, todas as explicações em torno da mesma são ainda provisórias. Já a Matéria Escura é algo totalmente distinto. Este nome é dado à fração da massa das galáxias que não emite luz, ou seja, não está na forma de estrelas. Quando se estima a massa de uma galáxia por argumentos dinâmicos, usando suas dimensões e velocidade de rotação por exemplo, o valor obtido é bem maior do que aquele obtido simplesmente medindo a luminosidade da mesma e estimando a massa de estrelas responsável por aquela luminosidade. A essa diferença entre a massa dinâmica e a massa luminosa chama-se "matéria escura".

Envio: 30/01/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza -Ce

Resposta:
Na verdade o Universo É muito maior do que isso. Definir distâncias cosmológicas é complexo devido às particularidades impostas pelas leis físicas, em particular a velocidade da luz e a expansão do Universo. Imagine uma galáxia extremamente distante, com redshift 7.5, o que significa que a luz saiu de lá há 13 bilhões de anos. Esse número NÃO significa que ela está a 13 bilhões de anos-luz de nós, porque quando a luz saiu da fonte o universo era muito menor devido à expansão e a luz viajou apenas 3,4 bilhões de anos. Mas atenção! Esse valor não representa a distância atual da galáxia mas a distância entre elas no momento da emissão da luz agora detectada. Nesse meio tempo o universo se expandiu e a galáxia se afastou ainda mais. Fazendo as contas, esta galáxia está atualmente a cerca de 29 bilhões de anos-luz de distância. Este valor é chamado "distância co-móvel" e leva em conta a expansão do universo. Devido às limitações da velocidade da luz, o que podemos medir é o "universo observável", aquela fração do total cuja luz, emitida desde o big-bang, já chegou até nós. Assim definido, o raio co-móvel do universo observável, centrado obviamente em nós, é de 46 bilhões de anos-luz. Quanto ao tamanho total do universo, ele não pode ser medido mas certamente é muito maior do que isso.

Envio: 25/01/2015

Nome: Felipe

Cidade: Londrina-Pr

Resposta:
O efeito da expansão do Universo ocorre apenas em grande escala. Uma galáxia não se expande porque as forças de atração gravitacional entre seus componentes são muito maiores que a força exercida pela expansão em larga escala. Da mesma forma, as órbitas dos planetas em torno do Sol são estáveis e não são influenciadas pela expansão do Universo O mesmo vale para corpos menores: uma esfera de metal tem sua forma estável garantida pelas forças eletromagnéticas que mantêm a estrutura das ligações químicas do metal. De forma exatamente análoga, nossos corpos não estão se expandindo. As forças que atuam em pequena escala, como a força eletromagnética responsável pelas ligações químicas, ou as forças nucleares responsáveis pela estabilidade dos núcleos atômicos, são de longe dominantes em relação à expansão do Universo.

Envio: 14/01/2015

Nome: Elton Silva Coelho

Cidade: São Paulo

Resposta:
Sim, primeiro sugiram os fótons. Depois, à medida que a expansão progredia e a densidade de energia ia diminuindo, surgiram as partículas elementares como os elétrons, os prótons e os nêutrons. Com o progresso da expansão, os primeiros átomos de formaram, hidrogênio e depois hélio. Mais tarde ainda as primeiras nuvens colapsaram por ação da gravidade e deram origem às primeiras estrelas.

Envio: 14/01/2015

Nome: Ernesto C.martins Pereira

Cidade: Petrópolis

Resposta:
A aceleração da expansão do universo não tem ainda uma explicação definitiva, porém com certeza não pode ser causada por explosões de supernova. Isto porque a expansão é da própria estrutura do espaço-tempo e não tem como ocorrer por ação interna das supernovas. A possível explicação está na chamada "energia escura", uma pressão negativa que permeia todo o universo e que age no sentido contrário à força gravitacional. Porém existem ainda diversas explicações alternativas e a resposta não é definitiva.

Envio: 06/01/2015

Nome: Jonas

Cidade: Mirassol, Sp

Resposta:
As galáxias mais distantes estão de fato se expandindo mais rápido, mas apenas EM RELAÇÃO À NOSSA GALÁXIA. Imagine, por exemplo, duas galáxias próximas entre si mas muito distantes da nossa. Elas parecerão se afastar de nós muito mais rápido que as galáxias mais próximas tais como Andrômeda ou Centauro, porém uma em relação à outra terão velocidade de afastamento muito pequena. Esta relação entre a distância e a velocidade de afastamento, conhecida como Lei de Hubble, indica a expansão do espaço-tempo, o efeito NÃO SIGNIFICA que as velocidades intrínsecas de expansão dessas galáxias mais distantes é maior, mas apenas que elas estão mais longe de nós, e em consequência disso elas APARENTAM estar se afastando mais rápido.

Envio: 23/10/2014

Nome: Eduardo

Cidade: João Pessoa - Pb

Resposta:
A palavra "universo" vem do latim "universum" que significa todas as coisas, todos, o mundo todo. E esta expressão, por sua vez, vem do adjetivo latino "universus", que significa "tudo junto", ou o conjunto total, ou relativo ao todo. Essa palavra vem da combinação de "unus" (um) e "versus" (tranformado), que é o particípio passado do verbo "vertere" (transformar). Ou seja, literalmente o termo significa "tranformado em um".

Envio: 13/09/2014

Nome: Taluana Aparecida Nascimento Messias Lázaro

Cidade: Praia Grande , Sp

Resposta:
Até 1998-99 acreditava-se que a velocidade de expansão do universo estava diminuindo como consequência da gravidade, que é uma força atrativa que atua contra a expansão originada no Big-Bang. Porém nesta época foram divulgados os primeiros resultados que indicavam o contrário, e logo depois muitas outras comprovações se seguiram. Hoje se sabe que a velocidade de expansão está se acelerando! E esta energia que se opõe à gravidade foi batizada de "energia escura", onde o termo escura significa "desconhecida". Ainda estamos longe de conseguir uma explicação final para o processo de expansão do universo, este é um tema de pesquisa muito atual.

Envio: 05/09/2014

Nome: Ronaldo Shinzato

Cidade: São Paulo

Resposta:
A expansão do universo é um fenômeno que só ocorre em larga escala, apenas as galáxias estão se afastando entre si. As distâncias internas dentro das galáxias, como a que separa Betelgeuse do Sol, não são afetadas pela expansão cosmológica.

Envio: 18/08/2014

Nome: César

Cidade: São Paulo

Resposta:
A Lei de Hubble foi estabelecida entre 1924 e 1926 por Edwin Hubble. Para tanto, ele observou estrelas do tipo cefeida em galáxias próximas. Estas estrelas são variáveis e suas distâncias podem ser determinadas com muita precisão devido à chamada "relação período-luminosidade" das mesmas. Ou seja, determina-se o período da variável e a partir dele a distância pode ser determinada com precisão. Ele observou tais estrelas numa amostra de galáxias e para as mesmas ele mediu também a velocidade radial, ou seja, a velocidade em relação a nós. Destes resultados conclui-se que existe uma relação direta entre a distância da galáxia e velocidade de recessão da mesma. Esta relação agora é conhecida como Lei de Hubble: v = HD onde "v" é a velocidade da galáxia, "D" é a distância e "H" é a constante de Hubble, cujo valor é de aproximadamente 72 km/s/Mpc. Usando essa expressão, uma galáxia que está a 120 Mpc afasta-se de nós com velocidade de 8640 km/s.

Envio: 08/07/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Ce

Resposta:
Astronomia é um termo mais geral, que descreve toda a área científica que estuda os corpos celestes e os processos físicos que neles ocorrem. Já Cosmologia é um termo bem mais específico que define o estudo do universo como um todo, sua formação e evolução.

Envio: 23/06/2014

Nome: Ketlin Marinho

Cidade: Cotia

Resposta:
Esta questão não tem uma resposta única. Em épocas diferentes houve descobertas fundamentais que mudaram a concepção humana do universo. Por exemplo: a descoberta feita por Copérnico e comprovada por Galileo de que a Terra gira em torno do Sol e não o contrário foi fundamental para toda a ciência da renascença. Mais tarde, a descoberta feita por William Herschel no início do século 19 da distribuição das nossa galáxia fui também fundamental. No século 20 houve a descoberta da expansão do universo e da existência de outras galáxias, feita entre 1922 e 2926 por Edwin Hubble. E algumas décadas mais tarde a descoberta da estrutura interna das estrelas e do mecanismo de produção de energia pelas mesmas, feita por diversos astrônomos como Arthur Eddington, Cecilia Payne e Subrahmanian Chandrasehkar. Mais recentemente, a descoberta de que a expansão do universo está se acelerando, um resultado obtido entre 1998 e 1999, mudou diversos paradigmas sobre a evolução do universo e ainda está longe de ser completamente explicada

Envio: 19/06/2014

Nome: Taissa Yuri

Cidade: Mogi Das Cruzes, Sp

Resposta:
Quando se fala numa "forma" para o Universo como um todo, não se pode usar uma explicação simplista e defini-lo como uma bola ou algo assim. O universo não pode ser visto de fora, portanto podemos apenas inferir sua forma a partir da geometria mais adequada para descrever sua estrutura em larga escala. Em termos de cosmologia, quando se fala em "forma de universo", está se referindo à geometria usada para descrevê-lo: ela pode ser plana como uma mesa, de curvatura positiva como uma esfera ou elipsoide, ou ainda de curvatura negativa como uma sela de montaria. Os últimos resultados indicam que o universo provavelmente é plano ou de curvatura levemente negativa.

Envio: 04/06/2014

Nome: Aldenir Alves Sobrinho

Cidade: Ipatinga,Mg

Resposta:
Primeiramente, devemos esclarecer que o termo "velocidade de expansão" do Universo não é apropriado uma vez que: velocidade =(deslocamento no espaço)/ (passagem de tempo).

No caso do Universo, não existe um deslocamento no espaço: o espaço em si está aumentando como um todo, conforme observamos através do aumento das distâncias entre as galáxias longínquas e nós. Usamos então o termo "taxa de expansão" que está relacionado com a medida de quanto o espaço total do universo aumentou em função do tempo. Também é necessário esclarecer que a relatividade restringe apenas a velocidade com que os corpos se movimento através do espaço, mas não restringe de forma alguma a taxa com que o espaço muda de tamanho.

Um dos efeitos da expansão do Universo é fazer com que vejamos as galáxias ao nosso redor se afastando de nós. Além disso, essa velocidade de afastamento é proporcional à distância entre nós e o objeto astronômico observado. Isso quer dizer que um objeto que esteja mais distante se afasta mais rapidamente de nós do que um outro que esteja mais próximo. Esse comportamento leva o nome de lei de Hubble, em homenagem ao seu descobridor, o astrônomo Edwin Hubble. Essa lei pode ser descrita como aproximadamente como: velocidade = (distância x H0), onde H0 é a constante que diz o quanto aumenta a velocidade com a distância. Por exemplo, a velocidade de afastamento de uma galáxia a 3 milhões de anos-luz é de aproximadamente 70 km/s.

O tamanho total do Universo é muito maior que o valor indicado em seu questionamento. Até onde sabemos hoje, seu tamanho ou é infinito ou é inimaginavelmente grande.

Em sua questão supomos que você se referia à maior distância observável. Se o Universo fosse estático e sem forças gravitacionais, a maior distância observável seria calculável de acordo com a teoria da relatividade restrita, ou seja, seria simplesmente a multiplicação da idade do Universo pela velocidade da luz. Porém, esse não é nem de longe o caso do nosso Universo - regido principalmente por forças gravitacionais e em expansão!

Nesse caso, devemos utilizar a formulação mais ampla dessa teoria (e que abrange a força gravitacional!) criada em 1915 por Albert Einstein e Marcel Grossman, chamada de Teoria da Relatividade Geral. A Relatividade Geral nos diz como a massa e a energia dos corpos deformam o espaço-tempo e por outro lado, como o espaço-tempo afeta o comportamento de todos objetos com massa e energia, inclusive, como a luz viaja pelo espaço-tempo.

De forma simplificada, ao observar hoje um objeto astronômico distante, estamos vendo a luz que ele emitiu há muito tempo no passado. Isso quer dizer que recebemos a luz emitida por um objeto quando este estava muito mais próximo de nós. Porém, como o espaço se expandiu desde aquela época, quando a luz emitida nos atinge o objeto se encontrará muito mais distante e, em seu caminho até nós, a sua luz sentiu as distorções do espaço-tempo causadas pela gravidade. Assim, a maior distância observável é de aproximadamente 45 bilhões de anos-luz, muito maior que a idade do Universo vezes a sua idade!

Envio: 02/06/2014

Nome: Eloíza Viana Carvalho

Cidade: São Paulo- Sp

Resposta:
O que se chama de "teia cósmica" é a distribuição de matéria em larga escala no universo. Em escala suficientemente grande, da ordem das centenas de milhões de anos-luz, os aglomerados de galáxias estão distribuídos em estruturas filamentares análogas a uma teia, com grandes aglomerações, os superaglomerados de galáxias, distribuídos em filamentos e "paredes" e grandes espaços vazios entre eles. Diferentes catálogos de superaglomerados fornecem números diferentes, mas eles são da ordem das centenas detectados até agora.

Envio: 02/06/2014

Nome: Eloíza Viana Carvalho

Cidade: São Paulo- Sp

Resposta:
Resultados como este são, é claro, temporários. O objeto mais antigo hoje pode deixar de sê-lo amanhã caso outro ainda mais antigo for descoberto. Atualmente o título de objeto mais antigo pertence à galáxia Abell 2744 Y1, localizada a cerca de 13 bilhões de anos-luz de nós e que se formou quando o universo tinha apenas 650 milhões de anos de idade.

Envio: 05/05/2014

Nome: Artur

Cidade: Curitiba

Resposta:
A resposta a esta questão com certeza não cabe em poucas linhas. Em síntese, o universo surgiu a partir da expansão súbita de um volume muito pequeno de massa/energia, um processo que foi denominado Big Bang. Este volume rapidamente se expandiu (e se expande até hoje) e constituiu tudo o que conhecemos: as galáxias, as estrelas e seus planetas, enfim, o universo todo. Para aprender em mais detalhe, veja algum dos livros no link abaixo.
http://www.iag.usp.br/astronomia/livros-e-apostilas

Envio: 23/04/2014

Nome: Eloíza Viana Carvalho

Cidade: São Paulo Sp

Resposta:
As chamadas Pontes de Einstein-Rosen são apenas uma especulação teórica baseada na teoria da relatividade. Segundo esta especulação, seria possível usar buracos negros como "atalhos" para ir de um lugar a outro no universo. Porém este resultado é apenas um modelo teórico que resulta das equações de campo da relatividade geral, não há nenhuma evidência de que tais estruturas realmente existam. E se pudessem existir, isso não excluiria o fato de que, também de acordo com a relatividade geral, a matéria que ingressa num buraco negro é completamente destruída.

Envio: 28/03/2014

Nome: Renan Floriano Da Silva

Cidade: Porto Alegre

Resposta:
Cordas cósmicas são estruturas até agora hipotéticas. Elas seriam defeitos topológicos, ou seja, na própria forma do espaço-tempo, originados nos instantes iniciais após a formação do universo que deveriam existir nas estruturas em larga escala como os grandes superaglomerados de galáxias. Existem algumas hipóteses de testes observacionais indiretos da existência das mesmas que foram formuladas por especialistas em cosmologia observacional, testes estes ligados a um efeito já conhecido chamado lente gravitacional, porém até hoje nenhuma evidência das mesmas foi comprovada.

Envio: 26/03/2014

Nome: Pedro Kehl

Cidade: São Paulo

Resposta:
A radiação cósmica de fundo é bastante homogênea sim, mas não absolutamente. As irregularidades em sua distribuição no céu são da ordem de um em 100.000, ou seja, de 0,001% mas mesmo assim são essas pequenas irregularidades que explicam a formação e a posição das grandes estruturas, por isso o grande interesse em estudá-las e explicá-las em detalhe. O chamado "problema do horizonte", em poucas palavras, vem do fato que regiões do universo que são extremamente distantes entre si, diametralmente opostas quando observadas daqui, ainda assim têm as mesmas propriedades físicas mesmo que não tenham trocado informação entre si já que toda a informação viaja à velocidade da luz. A necessidade de tal semelhança vem do fato que todas as teorias para explicar a estrutura do universo partem do princípio que ele deve ser homogêneo e isotrópico, e a natureza parece ser mesmo assim. Faltava uma explicação sólida para comprovar este resultado observado e tal explicação foi obtida agora com a comprovação do chamado "período inflacionário" nos instantes iniciais do universo. Foi essa fase que propagou as condições iniciais do Big Bang para o universo todo.

Envio: 10/03/2014

Nome: Luiz

Cidade: Mairiporã

Resposta:
Existem duas maneiras de descrever o universo, e as observações astronômicas ainda não definiram qual delas é a mais correta: ele pode se expandir indefinidamente, e neste caso será infinito, ou então a expansão irá parar num certo ponto. Mas mesmo neste caso não existe um "muro" que marque o final de sua extensão. Isto não existe devido à própria gravidade que, como descrito pela Teoria da Relatividade Geral, curva o próprio espaço. Assim, mesmo que o universo seja finito em suas dimensões, ele é curvado devido à gravidade de seus constituintes (as centenas de bilhões de galáxias que existem) e uma sonda hipotética ou um feixe de luz que se desloque sempre na mesma direção, se curva e não encontra um limite. De certa forma, a situação é análoga à superfície da Terra que é finita em área, porém um viajante jamais chegará ao fim do mundo: se ele se deslocar sempre numa mesma direção, acabará voltando ao ponto de partida.

Envio: 05/02/2014

Nome: Hiordan

Cidade: Santo André - Sp

Resposta:
Não, esta é uma especulação que não tem respaldo na física atual. As razões são múltiplas: em primeiro lugar, buracos negros não guardam a informação dos objetos que entram neles, ou seja, qualquer estrutura física que entre nele, seja um átomo ou uma pessoa, é destruída de forma irreversível. Além disso, não existem sequer especulações sobre possíveis conexões entre universos através de buracos negros. Simplesmente não existem argumentos físicos ou matemáticos que suportem tal hipótese. O que existe, exclusivamente como hipótese, são as chamadas Pontes de Einstein-Rosen, que seriam conexões entre locais distintos do universo via buracos negros e buracos brancos. Porém buracos brancos são apenas uma especulação matemática e persiste o problema da destruição da informação.

Envio: 27/11/2013

Nome: José Pretti

Cidade: Matias Barbosa - Mg

Resposta:
Deve-se notar que, como a velocidade da luz é finita, sempre que observamos um objeto estelar distante, estamos olhando para o passado. O Sol está a 8 minutos-luz de distância portanto nós sempre o vemos como ele era 8 minutos antes. A galáxia de Andrômeda está a 2,5 milhões de anos-luz, portanto o que observamos agora é sua aparência local há 2,5 milhões de anos. O mesmo vale para os objetos muito remotos, formados logo após o big-bang: devido à sua grande distância, nós os vemos como eles eram naquela época remota, logo após a formação do universo. Outro ponto importante a ser lembrado é que o big-bang NÃO ocorreu num ponto específico do universo como ele é hoje. Devido à expansão do espaço-tempo, todo o universo está se expandindo. O ponto que foi o big-bang há cerca de 13,8 bilhões de anos se expandiu e hoje é o universo todo. Por isso mesmo, por não ocuparmos nenhuma posição privilegiada ou particular (não existe centro ou borda do universo), quando observamos um objeto muito distante, estamos observando também um passado muito remoto. A mais distante galáxia observada até agora, ou seja, o mais próximo do início do universo que já foi possível observar, chama-se z8_GND_5296. Ela pode ser vista agora como era 700 milhões de anos depois do universo ter se formado, ou seja, há 13,1 bilhões de anos atrás.

Envio: 07/09/2013

Nome: Jesriel Fagundes Dos Santos

Cidade: Ituiutaba-Mg

Resposta:
Em termos puramente teóricos, os especialistas em cosmologia exploram a possibilidade de que existam outros universos. Pode-se fazer uma analogia com um conjunto de bolhas de sabão flutuando num espaço vazio: cada bolha seria um universo e o conjunto todos muitas vezes é chamado de "multiverso". Estes outros universos seriam distintos do nosso, com leis físicas diferentes. Trata-se de uma discussão totalmente especulativa e impossível de ser provada. Há mesmo quem diga que nem sequer trata-se de uma teoria científica pois além de não poder ser provada, não é claro que esta hipótese seja compatível com as leis físicas já estabelecidas.

Envio: 25/08/2013

Nome: Igor Torres Ramos

Cidade: Porto Feliz, Sp

Resposta:
A teoria relativística, publicada em 1916, já foi comprovada inúmeras vezes e definitivamente é a que deve ser usada para descrever de forma rigorosa as interações entre massas de modo geral. Porém ela só precisa ser aplicada nos casos em que as correções relativísticas à gravitação clássica são necessárias. Por exemplo: é completamente desnecessário usar relatividade para descrever o movimento de um carro numa estrada ou para projetar a construção de um prédio. Porém é essencial que ela seja usada para descrever a órbita de Mercúrio em torno do Sol, ou então para descrever o movimento de corpos que se desloquem com velocidades próximas à da luz.

Envio: 17/08/2013

Nome: Luiselza De Souza Pinto

Cidade: Teresina, Pi

Resposta:
A origem das grandes estruturas, ou seja, das não-homogeneidades, ainda está em discussão. As duas possibilidades mais discutidas são defeitos topológicos na própria estrutura do espaço-tempo que existiam no universo primordial tais como cordas cósmicas, ou então poderiam ser consequência da chamada "fase inflacionária" do universo primitivo. Para ler mais sobre tais temas sugerimos livros de Cosmologia, que é o estudo da estrutura em larga escala e da evolução do Universo. Alguns interessantes são "No início dos tempos" - Sueli Viegas (Terceiro Nome, 2009); "O tecido do cosmo" - Brian Greene; "Uma breve história do tempo" - Stephen Hawking.

Envio: 27/04/2013

Nome: Ana Carolina

Cidade: Rj

Resposta:
O universo existe há cerca de 13,8 bilhões de anos. Esta é a melhor estimativa para o tempo transcorrido desde o Big-Bang, e a incerteza deste valor é de apenas 100 milhões de anos, ou seja, pode-se afirmar com segurança que o universo tem entre 13,7 e 13,9 bilhões de anos.
Não é possivel, nem com um telescópio infinitamente grande, "ver" esta explosão. Isto porque nos primeiros 300 a 400 milhões de anos após este evento o universo era tão denso e quente que era opaco à radiação, ou seja, a luz não se deslocava de um ponto a outro. A trajetória dos raios de luz não é retilínea quanto tomamos o universo em larga escala, porém isto não quer dizer que seja possível vermos nossa própria galáxia com um telescópio hipotético infinitamente grande. Isto não pode ocorrer porque as trajetórias dos raios de luz não são curvas fechadas, elas não voltam ao ponto de origem. Quanto à questão sobre a velocidade do pensamento, o cérebro funciona por reações eletroquímicas, e portanto a informação dentro do mesmo não se desloca em velocidade superior à da luz, porém não temos como aprofundar uma explicação na área de neurociências pois não é nossa especialidade.

Envio: 14/03/2013

Nome: Mauricio

Cidade: Campinas, Sp

Resposta:
Sem dúvida, a expansão do universo deve ser levada em conta na estimativa. Uma explicação completa para o cálculo não pode ser dada num texto curto como este. Procure entender o conceito de "distância comóvel", que é a medida de distância feita levando-se em conta a expansão do universo. No caso de um objeto que está atualmente a 13 bilhões de anos luz, a luz que observamos agora dele deixou o mesmo há 8,9 bilhões de anos. Note que isto NÃO ALTERA a idade do universo. A melhor estimativa de idade para o universo é de 13,77 bilhões de anos. Quanto ao Big-Bang, ele não pode ser entendido como uma explosão e sim como uma expansão súbita do espaço-tempo. Veja aqui uma boa descrição do mesmo: http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm#bigbang

Envio: 06/02/2013

Nome: Rosam

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Sua questão tem um equívoco em relação à estrutura do universo em larga escala e à natureza do Big-Bang. Não é correto imaginar que o Big-Bang foi uma "explosão" no sentido usual, que encheu de matéria um espaço vazio pré-existente. Ele foi uma súbita expansão do espaço-tempo, ou seja, o espaço se expandiu junto com a matéria. Em função disso, não tem sentido imaginarmos que existe um "centro" ou uma "borda" da distribuição de matéria, o Universo é homogêneo e a Via Láctea, nossa galáxia, não ocupa nenhuma posição privilegiada na distribuição das galáxias. O que podemos ver daqui da Terra é apenas uma fração do Universo, que por razões óbvias é chamado de Universo Observável, e que corresponde aos objetos cuja luz já chegou até nós desde a formação do Universo há 13,7 bilhões de anos. E esta fração é completamente homogênea em larga escala: não existem regiões nem direções preferenciais para a distribuição de matéria.

Envio: 23/02/2024

Nome: Michele Santos

Cidade: Jaguaquara

Resposta:
A estrela Polaris está muito próxima do polo celeste norte e assim se torna um ponto de referência extremamente útil para observadores no hemisfério norte, pois ela sempre estará acima do horizonte e na mesma posição no céu. Um observador que estiver no equador verá a mesma na linha do horizonte, indicando a direção norte, portanto em princípio é possível sim localizar o norte através de Polaris. Já para o hemisfério sul as coisas são mais complicadas: as estrelas que formam o bem conhecido Cruzeiro do Sul não estão exatamente no polo celeste, mas ele pode ser localizado traçando-se uma linha imaginária que une a "cabeça" com o "pé" do Cruzeiro e prolongando-se essa linha quatro vezes e meia na direção do "pé". Esse ponto marca o polo celeste sul. Assim, a localização do polo celeste sul a partir do equador só será possível se a constelação do Cruzeiro do Sul estiver acima do horizonte, o que vai depender do horário e da época do ano.

Envio: 28/12/2023

Nome: Gleicequele Da Silva Ribeiro

Cidade: Itapé

Resposta:
A maneira mais simples de aprender a usar um mapa estelar é usando um programa de computador que simula um planetário. Com ele é possível visualizar o céu a partir do lugar em que você está, no dia e horário da observação. Existem vários muito bons que são gratuitos e podem ser baixados livremente como o Stellarium (disponível em https://stellarium.org/pt/ ) e o Sky Chart (disponível em https://www.ap-i.net/skychart/en/start ). Ambos também podem ser usados na versão 'web', diretamente pelo site.

Envio: 31/10/2023

Nome: Breno

Cidade: Lins

Resposta:
Sim, é perfeitamente possível. Existem diversos programas gratuitos que, uma vez baixados, instalados no seu computador e configurados, podem mostrar o céu em qualquer dia, horário e local. Só fica a ressalva que, se você incluir objetos dos dois hemisférios, como no seu exemplo é o caso das constelações da Ursa Maior, localizada no hemisfério norte, e do Escorpião (onde está a estrela Antares), localizada no hemisfério sul, a visualização simultânea só será possível para observadores próximos do equador. Sugerimos um dos seguintes programas:

Stellarium, disponível em https://stellarium.org/pt/

Skychart, disponível em https://sourceforge.net/projects/skychart/

Envio: 19/09/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
O telescópio James Webb está em operação regular há pouco mais de um ano, desde julho de 2022, e seus objetivos estão previstos para serem atingidos em 10 anos. O tempo de operação é previsto para 20 anos mas pode ser estendido dependendo das condições técnicas. Assim sendo, não é realista esperar que em apenas um ano de coleta de dados já tenham sido obtidas respostas conclusivas para questões fundamentais da astronomia ou da cosmologia. É preciso esperar pela coleta de mais dados.

Envio: 18/09/2023

Nome: Alessandro Ferreira Stern

Cidade: Campo Grande

Resposta:
Os chamados "alinhamentos planetários", que tecnicamente são chamados de conjunções, ocorrem quando dois ou mais planetas ficam (aproximadamente) numa mesma direção no céu em relação a um observador na Terra. Certamente que alinhamentos são reais! Existem na internet diversas listas das conjunções planetárias calculadas para cada ano e como as órbitas dos planetas em torno do Sol são muito bem conhecidas, eles podem ser calculados para qualquer época. Já houve várias tentativas de relacionar a estrela de Belém com fenômenos astronômicos, não só alinhamentos planetários, mas também supernovas ou cometas, porém até o presente não existe uma resposta definitiva nem mesmo sobre a existência real deste fenômeno, ou então sobre sua verdadeira natureza. Este é um tema de estudo que inclui astronomia, história e estudos da Bíblia e não há uma evidência histórica definitiva sobre ele.

Envio: 11/09/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Ainda não se conhece a natureza da matéria escura. O que se sabe é que os halos de galáxias como a nossa têm muito mais massa do que aquilo que está na forma de estrelas, o que pode ser inferido pelas leis da gravitação. A matéria escura pode estar em todos os lugares, inclusive aqui na Terra! Caso ela for composta por WIMPs (weakly interactive massive particles), que é uma das hipóteses para explicá-la, deve estar em todos os lugares, inclusive aqui. Vale lembrar que o resto do sistema solar é muito similar à própria Terra e seu entorno em termos de propriedades gravitacionais, então não faria sentido enviar uma sonda para procurar matéria escura por aqui. E a sonda mais distante que já enviamos, a Voyager 1 lançada em 1977, está apenas 161 vezes mais longe do Sol do que a Terra, o que é menos de um milésimo da distância para a estrela mais próxima. Sondas interestelares por enquanto são ficção.

Envio: 07/09/2023

Nome: Fabiana

Cidade: Fortaleza

Resposta:
O telescópio James Webb está bem próximo da Terra, a cerca de 1,5 milhões de quilômetros de nós. Isso representa 4 vezes a distância da Lua e apenas 1% da distância da Terra ao Sol. Como outros telescópios profissionais, ele consegue ver objetos muito distantes, até bilhões de anos-luz de distância, e como a velocidade da luz no vácuo é constante, ver um objeto que está, por exemplo, a 10 milhões de anos-luz significa vê-lo como ele era há 10 milhões de anos, que é o tempo que a luz leva para vir até nós. Mas note que isso também vale para telescópios na Terra. Se um telescópio terrestre observa um alvo que está a um bilhão de anos-luz, ele é visto como era há um bilhão de anos. Isso nunca muda por causa da velocidade da luz. Para observar a nossa galáxia como ela era no passado, seria necessário observá-la de uma grande distância, de milhões de anos-luz, e nenhum objeto feito pelas mãos humanas jamais saiu do sistema solar.

Envio: 03/07/2023

Nome: João Victor Borges Peres

Cidade: Extremoz

Resposta:
Qualquer medida de uma grandeza física sempre tem um grau de incerteza, isso é inevitável. Para garantir o melhor resultado possível, o que se faz normalmente é repetir muitas vezes a mesma medida. Procedendo assim, o resultado médio derivado a partir dos resultados individuais obtidos é sempre bem mais preciso. Existem leis da estatística que demonstram isso. Mas a melhoria dos resultados individuais muitas vezes só vem ao longo de muito tempo, com o desenvolvimento de técnicas de medida mais precisas. O exemplo que você citou, a determinação da posição precisa de um corpo que se move rapidamente como um asteroide, é bem ilustrativo: as órbitas dos asteroides (e consequentemente suas posições num momento específico) podem ser determinadas com alta precisão a partir de muitas medidas de posição obtidas ao longo do tempo. Quanto mais, melhor, mas a obtenção dessas medidas pode levar anos. Neste caso específico, as sondas ainda podem ser dotadas de inteligência artificial que fazem pequenas correções de rota para corrigir divergências entre a posição prevista e a posição real para um determinado momento.

Envio: 19/05/2023

Nome: Anna Laura

Cidade: Poços De Caldas

Resposta:
Órbita é a trajetória que um corpo faz no espaço em torno de outro corpo. Por exemplo: existe a órbita da Terra em torno do Sol, que dura um ano, a órbita da Lua em torno da Terra, ou as órbitas dos satélites artificiais em torno da Terra.

Envio: 11/05/2023

Nome: Artur

Cidade: Feira De Santana

Resposta:
Seu telescópio não tem nenhum defeito. A ampliação de um telescópio pode ser calculada pela razão entre a distância focal da objetiva pela distância focal da ocular. Se o seu telescópio tem distância focal de 700 mm e você usou, por exemplo, uma ocular com distância focal de 35 mm, a ampliação foi de 700/35 = 20 vezes. Caso tenha usado uma ocular de 20 mm, a ampliação foi de 700/20 = 35 vezes. Oculares com distância focal menor produzem mais ampliação, porém as imagens ficam mais escuras e é mais difícil fazer foco. Com um telescópio de 76 mm de abertura (diâmetro) não é possível obter grande ampliação, portanto não será possível mesmo ver muitos detalhes. Para isso, você teria que ter um telescópio de abertura maior. Lembre sempre que observações astronômicas ficam sempre melhores em lugares sem iluminação artificial e em noites sem lua.

Envio: 19/04/2023

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Normalmente a representação dos astros é feita numa esfera imaginária, chamada "esfera celeste" que evidentemente tem a Terra no centro e deve ser visualizada a partir deste centro.. As estrelas da bandeira do Brasil deveriam representar o céu sobre a cidade do Rio de Janeiro no dia 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República mas, de fato, estão invertidas em relação ao que se vê no céu. Isto acontece porque, quando a bandeira foi desenhada em 1889, a esfera celeste foi nela representada como se estivesse sendo vista DE FORA! Não temos a informação sobre a razão desta opção, talvez tenha sido um equívoco, talvez não.

Envio: 12/02/2023

Nome: Léo

Cidade: São Paulo

Resposta:
O eixo da Terra gira com um período de 25.772 anos, este é um dos movimentos naturais de nosso planeta e provoca a chamada "precessão dos equinócios". Em função deste movimento, ao longo da precessão o Sol estará na direção de diferentes constelações do zodíaco no equinócio de março e a cada constelação corresponde uma era. Em termos astronômicos, uma era corresponde ao intervalo de tempo em que o Sol está na direção de uma dada constelação no equinócio de março, que corresponde ao início da primavera do hemisfério norte e ao início do outono no hemisfério sul. Mas como as fronteiras das constelações são arbitrárias e essas tradições antigas são envoltas em regras que não são necessariamente astronômicas e sim ligadas a antigas tradições da astrologia, diferentes fontes indicam diferentes épocas para que o Sol, que atualmente está em Peixes no equinócio de março, passe para Aquário.

Envio: 08/01/2023

Nome: Marcelo Pereira Faustino

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
As Três Marias são vistas durante a noite inteira no verão. Na primavera elas são vistas na direção leste no final da noite e no outono elas são vistas na direção oeste no início da noite. Isso ocorre porque, sim, elas estão numa determinada direção em relação à órbita da Terra em torno do Sol. No inverno, com a Terra no outro extremo de sua órbita, a constelação de Órion fica na direção do Sol e não pode ser vista à noite.

Envio: 27/12/2022

Nome: Sergio Lage

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
De fato, telescópios espaciais são muito mais caros e têm muito mais riscos que os terrestres, porém são insubstituíveis para a astronomia porque estão acima da atmosfera! Nossa atmosfera corta boa parte da radiação eletromagnética, ou seja, da luz que chega até nós. Ela corta quase que totalmente a radiação ultravioleta, os raios X, os raios gama, e também quase todo o infravermelho e as ondas de rádio em muitas faixas de comprimentos de onda. O telescópio James Webb por exemplo opera exclusivamente no infravermelho e seria impossível operar um telescópio análogo do solo.

Envio: 08/12/2022

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso/Ba

Resposta:
Não se pode confundir o diâmetro aparente, relacionado com a distância à Terra, com o diâmetro real dos corpos celestes. Os diâmetros reais dos planetas foram calculados após suas distâncias serem determinadas, o que foi feito pela primeira vez por Copérnico no início do século 16. Mais tarde, no século 17, Kepler determinou as distâncias planetárias de forma muito mais precisa. Uma vez sabidas as distâncias, os diâmetros reais podem ser facilmente calculados a partir das distâncias e dos diâmetros aparentes.

Envio: 07/12/2022

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso/Ba

Resposta:
Sim, a partir da luz de uma estrela é possível obter, usando a técnica da espectroscopia, muitas informações sobre a mesma, tais como temperatura efetiva, luminosidade e composição química da fotosfera. Para tanto, a interferência do meio interestelar na luz das estrelas precisa ser considerada sim! Esta é uma regra básica da astronomia observacional. E não apenas ela, a interferência da atmosfera da Terra, que a luz dos corpos celestes atravessa antes de chegar no telescópio, também precisa ser considerada e corrigida.

Envio: 07/12/2022

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso/Ba

Resposta:
É simples. A explicação está na própria palavra "planeta", que vem do grego "planḗtēs", que significa "errante, o que caminha". Os planetas se movem em relação às estrelas fixas, portanto é muito simples distinguir um planeta de uma estrela. Antigamente era mais difícil distinguir planetas de asteroides, que também se movem em relação às estrelas, tanto é que Ceres, o primeiro asteroide a ser descoberto, inicialmente foi definido como um planeta. Atualmente os instrumentos modernos de medida permitem estabelecer a natureza dos corpos do sistema solar com segurança. Os cometas são bem distintos dos asteroides porque perdem matéria (que forma a cauda) ao se aproximar do Sol.

Envio: 24/10/2022

Nome: Thiago Rodrigues De Lima

Cidade: Itu

Resposta:
A região metropolitana de São Paulo é a maior da América do Sul e uma fonte luminosa extremamente brilhante. Para cidades de tamanho médio ou pequeno, distâncias de 40-50 km fora do limite da cidade são suficientes para evitar a poluição luminosa, mas no caso de São Paulo, mesmo a 100 km de distância ainda é possível ver a luminosidade da mesma. Mas mesmo assim é possível observar o disco da Via Láctea no céu do interior de São Paulo a menos de 100 km da região metropolitana, basta evitar locais em que o disco galáctico fique na direção da própria cidade. Em locais nos quais existam montanhas ou colinas na direção de uma cidade a observação do céu também é facilitada, pois essas elevações atuam como um anteparo que protege o céu da poluição luminosa.

Envio: 23/08/2022

Nome: Marcos Santos

Cidade: Vitória Da Conquista

Resposta:
Praticamente todas são estrelas. Os únicos objetos facilmente visíveis a olho nu no céu, que não são estrelas, são o Sol, A Lua e os 5 planetas visíveis a olho nu (Mercúrio Vênus, Marte, Júpiter e Saturno). Fora estes, são também visíveis duas galáxias-satélite da Via Láctea, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães e, de forma ainda mais difícil, a galáxia de Andrômeda. Mas essas três galáxias só são visíveis em condições ideais de observação: noite limpa e sem lua, em local sem iluminação artificial e é necessário que o observador saiba procurá-las.

Envio: 15/07/2022

Nome: Davison Castro Da Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
O conteúdo de astronomia no ensino fundamental é descrito na Base Nacional Comum Curricular. De fato, muitas vezes esse conteúdo é omitido, mas ele está previsto e é (ou deveria ser) obrigatório. Cabe aos professores ensinar e às autoridades do ensino fiscalizar a sua aplicação. Não existe uma disciplina de astronomia prevista, os conteúdos de astronomia estão dispersos em outras disciplinas como geografia e ciências. Nós da USP não temos como fiscalizar esse ensino, tal tarefa é obrigação das secretarias municipais e estaduais de educação.

Envio: 15/07/2022

Nome: Davison Castro Da Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
O telescópio James Webb acabou de entrar em operação, não faz nem um mês que os ajustes e calibrações preliminares foram concluídos e a operação normal se iniciou. Ontem mesmo foram divulgadas imagens de Júpiter. Não temos acesso a toda a lista de alvos do telescópio, mas com certeza todos os alvos de interesse serão observados ao longo dos próximos meses e anos. Compare com o telescópio Hubble por exemplo: ele já opera há 32 anos! O que será que o telescópio Webb terá observado depois de 30 anos de operação? Só podemos imaginar...

Envio: 13/07/2022

Nome: Paulo Fernandes

Cidade: Santos

Resposta:
Toda a informação viaja no universo com a velocidade da luz, esse é o limite superior das velocidades. Assim sendo, vemos a estrela mais próxima do Sol, Alfa Centauri, como ela era há 4,3 anos, pois ela está a 4,3 anos-luz de distância. A galáxia de Andrômeda, a mais próxima da Via Láctea, está a 2,5 milhões de anos-luz de distância, portanto nós vemos ela como era há 2,5 milhões de anos. Este é um limitador incontornável quando se trata de observações astronômicas. Como tratar com isso? Através de modelos teóricos, como você bem disse. Tais modelos normalmente são testados a partir de objetos próximos: as estrelas normalmente evoluem em escalas de tempo de centenas de milhões ou bilhões de anos, portanto as estrelas da vizinhança do Sol são excelentes alvos de teste para modelos pois em escalas de tempo de dezenas ou centenas de anos, as estrelas não mudam. Estes resultados posteriormente são aplicados a objetos mais distantes. O mesmo vale para as galáxias: uma galáxia não muda significativamente em milhões de anos e sim em bilhões. Logo, resultados obtidos a partir de estudos de galáxias próximas são aplicados a alvos mais distantes. O que garante que eles sejam aplicáveis: é a universalidade das leis físicas. Todos os testes já imaginados e aplicados a corpos celestes próximos e distantes indicam que as leis físicas são universais, portanto é possível extrapolar resultados locais para regiões muito distantes de nós.

Envio: 28/05/2022

Nome: Rafael Francisco Da Silva

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
As estrelas que compõem as constelações não estão fisicamente próximas umas das outras, elas apenas estão na mesma direção no céu quando vistas daqui da Terra. Cada constelação apenas delimita uma área no céu e não existe nenhuma consideração sobre distâncias envolvidas nessa definição. Ou seja, numa mesma constelação podem existir estrelas com distâncias muito diferentes entre si. Um bom exemplo são as Três Marias, que estão na constelação de Órion. A do meio tem aproximadamente o dobro da distância de nós do que as outras duas. Assim sendo, não faz sentido falar em distâncias entre constelações.

Envio: 24/01/2022

Nome: Pedro Paulo Prado

Cidade: São Paulo

Resposta:
A poeira interestelar provoca uma diminuição forte do fluxo de energia nas faixas ultravioleta e azul do espectro eletromagnético. O vermelho e o infravermelho são pouco afetados. É preciso sempre descontar esse efeito. E não só ele, existe poeira também na atmosfera da Terra e, quando a luz dum corpo celeste atravessa a atmosfera, é influenciada também pela poeira presente. Todos esses efeitos precisam ser descontados, caso contrário o resultado obtido não é verdadeiro.

Envio: 24/10/2021

Nome: Cláudio Henrique Cavalcante Ferreira

Cidade: Paulo Afonso - Ba

Resposta:
A resposta para esta questão é múltipla. Poucos professores têm formação para ministrar tal conteúdo e existe pouco material disponível porque sua produção infelizmente é muito limitada. Atualmente existem conteúdos de astronomia que são obrigatórios na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e por esta razão cada vez mais os professores procuram informar-se sobre tais temas, mas o material disponível ainda é limitado. Em nosso instituto temos o Mestrado Profissional em Ensino de Astronomia, cujo principal objetivo é elaborar "Produtos Educacionais" facilmente acessível a educadores, tanto ensino formal como aqueles dos espaços nãop-formais de aprendizado, tais como planetários ou centros de ciências. Veja alguns de nosso produtos nesta página: https://www.iag.usp.br/pos/mestradoprofissionalastro/portugues/produtos-educacionais

Envio: 04/10/2021

Nome: Henrique Alves Prestes

Cidade: Manaus

Resposta:
Os espelhos precisam ser muito espessos para garantir que não se deformem por ação da gravidade nem com a movimentação do telescópio. Em termos de telescópios amadores, existe a conhecida regra do 6:1, para cada 6 unidades de diâmetro, é necessário uma unidade de espessura para garantir a rigidez do espelho. Assim, um espelho de 12 cm de diâmetro requer uma espessura de 2 cm para ser bem rígido. Vale lembrar que essa regra era aplicada aos telescópios profissionais até os anos 1980, tanto é que telescópios antigos têm espelhos com muitas dezenas de centímetros de espessura, mas os novos não são assim, eles usam a tecnologia da óptica ativa. Essa tecnologia consiste num conjunto de dezenas de pistões hidráulicos colocados embaixo do espelho e controlados por computador. Eles garantem a forma do espelho apesar da movimentação e das variações de temperatura.

Envio: 12/09/2021

Nome: Moisés

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
São satélites artificiais em órbita da Terra. Nas primeiras duas horas após o pôr do Sol, ou nas últimas duas horas antes do nascer, o Sol está bem abaixo do horizonte mas ainda ilumina a alta atmosfera, na faixa dos 400 a 600 km acima do nível do mar, onde os satélites circulam. E como eles normalmente têm grandes coletores solares para produção de energia elétrica, é fácil ver o reflexo do sol nesses coletores. Alguns objetos maiores, como é o caso da Estação Espacial Internacional ou do telescópio Hubble, podem ficar bem brilhantes por um minuto ou menos, tanto quanto as estrelas mais brilhantes do céu.

Envio: 07/06/2021

Nome: Luiz Antônio Chamarelli

Cidade: Juiz De Fora

Resposta:
Mas é! Já foram enviadas sondas em trajetórias bem fora do plano do sistema solar, como a Voyager 1 por exemplo. No cálculo da trajetória e do combustível dessas sondas o potencial gravitacional do plano do sistema precisa ser considerado. As sondas em distintas trajetórias são importantes justamente para mapear a estrutura do meio interplanetário em distintas direções.

Envio: 06/06/2021

Nome: Alessandro Alves

Cidade: Pindobaçu-Ba

Resposta:
Nenhuma! Os conceitos de "em pé" ou "de cabeça para baixo" são relativos e se referem sempre ao plano horizontal local de cada observador. Uma pessoa que esteja em pé no Brasil e outra que esteja em pé no Japão terão ambos os pés apontando para o centro da Terra, mas nem por isso um deles estará "de cabeça para baixo", cada um está em pé em relação ao seu plano horizontal local. No espaço, longe da Terra ou de qualquer outro corpo, esses conceitos simplesmente não fazem sentido.

Envio: 01/06/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Existem disponíveis na internet diversos programas gratuitos de visualização do céu que são bastante bons. Sugerimos o Stellarium ou o Cartes du Ciel, que têm versões em português. Além destes, existem também aplicativos para telefone celular. Existem muitos desses para as plataformas Android e iOS, não temos como recomendar um específico.

Envio: 13/03/2021

Nome: Marco Antonio Brito

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
Não, estas posições foram definidas apenas no século XX. O número de constelações nas quais o céu é dividido variou bastante ao longo dos séculos. Não se pode esquecer que diferentes culturas dividiram o céu em diferentes conjuntos de constelações. Usamos tradicionalmente o conjunto de constelações "herdadas" da tradição greco-romana, mas existem conjuntos totalmente distintos de constelações traçadas pelo indígenas do Brasil por exemplo, ou por culturas nativas africanas ou australianas. A maioria das constelações que usamos atualmente, incluindo as do hemisfério norte e as da região do equador celeste, já era conhecida desde a antiguidade clássica. As do hemisfério sul foram mapeadas depois do século XVI. As atuais "fronteiras" entre as constelações foram estabelecidas apenas em 1928 e o número de 88 foi estabelecido no século XVIII a partir de trabalhos de astrônomos europeus. O astrônomo Nicolas de Lacaille por exemplo deu nome a 14 novas constelações e dividiu a antiga constelação de Argo Navis (o navio dos argonautas da mitologia grega) em 3 diferentes: Puppis, Vela e Carina, ou seja, Popa, Vela e Quilha do navio dos argonautas.

Envio: 11/03/2021

Nome: Pedro

Cidade: São Gonçalo

Resposta:
O tema da determinação de distâncias em astronomia é muito extenso e não tem como ser respondido em detalhes numa única questão. Objetos próximos a nós como os planetas têm suas distâncias determinadas por radar ou por sondas que se aproximam deles. Em outras palavras, usa-se a velocidade da luz como "régua". Para medir distâncias de estrelas, usa-se uma técnica denominada paralaxe, que baseada em argumentos geométricos e na distância Terra-Sol que é bem conhecida. Para outras galáxias, existem diversas técnicas como por exemplo a relação período-luminosidade das estrelas tipo Cefeida.

Para uma discussão mais extensa sobre esse tema, sugerimos baixar o livro "O Céu que nos Envolve" no link abaixo. Veja em particular a discussão sobre distâncias no final do capítulo 7:
https://www.iag.usp.br/astronomia/sites/default/files/OCeuQueNosEnvolve.pdf

Envio: 10/03/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Muito poucos, mas é possível sim ver objetos de fora da Via Láctea a olho nu. Os mais fáceis de ver são as Nuvens de Magalhães, duas pequenas galáxias-satélite da Via Láctea. Elas são visíveis como manchas mais claras e arredondadas na direção sul, entre outubro e março. Mas só é possível vê-las em noites sem Lua e em locais sem muita iluminação artificial. Outro objeto extragaláctico que pode ser visto a olho nu é a galáxia de Andrômeda. Como diz o nome, ela fica na direção da constelação de Andrômeda, portanto bem ao norte. É mais fácil vê-la entre agosto e outubro, bem ao norte. Quanto mais ao norte o observador estiver, mais alta verá ela no céu. Ela é visível como uma pequena mancha alongada, na forma de uma amêndoa.

Envio: 01/03/2021

Nome: Juliana

Cidade: Ribeirão Preto

Resposta:
Ele não será trazido de volta. Por enquanto ele está em operação, mas não tem mais como fazer missões de manutenção. Quando ocorrer algum defeito irreversível nos giroscópios que mantêm ele estabilizado e permitem apontar para alvos distintos no céu, sua vida operacional vai se encerrar. O que vai acontecer a seguir é que ele será "derrubado" na Terra, ou seja, sua queda será controlada no sentido de escolher um local e horário para cair, mas como ele não tem nenhum sistema de paraquedas ou retrofoguetes, simplesmente cairá. Este procedimento é o padrão para satélites grandes, que não queimam totalmente na reentrada. Assim como ocorreu com a estação espacial Mir, da Russia, e com outros satélites grandes, provavelmente ele será dirigido para cair no sul do oceano Pacífico, a meio-caminho entre o sul do Chile e a Nova Zelândia. Nesta região não tem ilhas e o tráfego aéreo e naval é muito pequeno.

Envio: 02/02/2021

Nome: Euzébio Gomes Porto Neto

Cidade: Pomerode

Resposta:
A estrela polar marca a posição no céu do polo celeste Norte. O que são os polos celestes? Se traçarmos uma linha imaginária prolongando o eixo de rotação da Terra até o céu, teremos aí os dois polos celestes, o Norte e o Sul. Da mesma forma, projetando-se a linha do equador no céu, tem-se o equador celeste. No caso do polo celeste Norte, existe um marcador natural que todos do hemisfério norte conhecem: Polaris, ou a estrela polar. Ela é bem brilhante e está muito próxima da posição exata do polo celeste norte, o que permite que ela seja usada como referência para marcar a posição do ponto cardeal Norte.. Para o polo celeste Sul não existe uma estrela brilhante que possa ser usada como referência análoga. E quanto à observação da Estrela Polar? Ora, uma vez que ela está no polo celeste Norte, apenas os observadores que estejam ao norte do equador podem vê-la no céu. A conta é simples: Não importa onde um observador está, ele sempre poderá observar o céu desde a vertical local, ou seja, o zênite, até 90 graus para o norte ou para o sul. Se ele está, por exemplo, 30 graus ao sul do equador por exemplo, ele só poderá observar o céu até a 60 graus ao norte do equador celeste, Se estiver 10 graus ao sul, poderá observar até 80 graus ao norte do equador celeste. Mas se estiver do equador para cima, poderá observar o hemisfério celeste norte inteiro até o polo celeste norte. Ou seja, até a estrela polar.

Envio: 22/12/2020

Nome: Rodolfo C Blumel

Cidade: Campinas

Resposta:
As distâncias até as estrelas são tão grandes que o deslocamento da Terra em torno do Sol ou deste em torno do centro da nossa galáxia não provocam deslocamentos perceptíveis na posição os objetos e podem ser desprezados. O que é muito importante e precisa ser corrigido é a rotação da Terra: quando olhamos para o céu ao longo do dia vemos todos os astros nascerem na direção leste e baixarem no oeste, isto vale para o Sol, a Lua e as estrelas e é consequência da rotação da Terra. Este movimento precisa ser corrigido, senão é impossível acompanhar um astro. Essa correção é feita com motores nos eixos do telescópio, que fazem com que ele aponte precisamente para o astro que está sendo observado ao longo de muitas horas se for necessário.

Envio: 15/12/2020

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
A galáxia de Andrômeda fica 41 graus ao norte do equador celeste. Isso significa que qualquer observador no Brasil pode em princípio observá-la, mas quanto mais ao norte o observador estiver, melhor. Aqui em São Paulo/SP estamos 23 graus ao sul do equador, isso significa que a galáxia estará, na melhor das hipóteses, 64 graus ao norte do zênite, portanto bem inclinada na direção norte. Mas a observação não é simples porque ela aparece como uma "manchinha' com pouco contraste com o fundo do céu. É essencial procurar observá-la a partir de um lugar escuro, sem iluminação artificial e numa noite sem lua. Como diz seu nome, ela está na direção da constelação de Andrômeda.

Envio: 07/12/2020

Nome: Julio Sergio Vargas

Cidade: Goiânia

Resposta:
Você não vê as mesmas estrelas no mesmo horário ao longo do ano! Vamos tomar um exemplo simples que todos conhecem: as Três Marias, que fazem parte da constelação de Órion. À medida que a Terra vai percorrendo sua órbita em torno do Sol, elas são visualizadas em horários diferentes da noite, ou então não são visualizadas de modo algum. Atualmente (em dezembro) elas nascem no horizonte leste no início da noite, estão altas no céu ao redor da meia-noite e se põem no horizonte oeste em torno das 5 horas. Mas em julho é exatamente o contrário: elas nascem no leste no finalzinho da noite, ao redor das 5 horas porque estão mais próximas da direção do Sol. Em junho elas estão na direção do Sol e é impossível vê-las.

Envio: 24/11/2020

Nome: Mena

Cidade: França Sp

Resposta:
Sim, isso pode ser comprovado facilmente olhando para o céu durante a noite. Durante o dia, a luz do Sol ilumina a atmosfera da Terra e o céu azul-claro que vemos é o resultado do reflexo da luz solar nas moléculas de oxigênio e nitrogênio que compõem a atmosfera. Durante a noite, com o Sol iluminando o lado oposto da Terra, podemos ver que o céu é escuro. Mesmo a imensa quantidade de estrelas existentes não é capaz de iluminar o espaço, isso por duas razões principais: as distâncias entre elas são muito grandes e o material existente no meio interestelar (poeira e gás) absorve parte da luz das estrelas mais remotas.

Envio: 08/11/2020

Nome: William

Cidade: Sao Jose Do Rio Preto

Resposta:
É essencial que um espelho de telescópio tenha a superfície estável. Não é necessário que a base seja de vidro, ela pode ser de materiais cerâmicos também, mas é extremamente importante que o espelho não se deforme. Materiais metálicos como aço ou alumínio têm alto coeficiente de dilatação térmica, o que significa que se deformam muito com as variações de temperatura, tornando-os impróprios para a confecção de espelhos. Os vidros e algumas cerâmicas (como zerodur por exemplo) também têm a vantagem de permitir altíssima precisão de polimento. A espessura grande tem a finalidade de garantir que o espelho não se deforme por ação da gravidade com o movimento do telescópio.

Envio: 22/05/2020

Nome: Newton

Cidade: Pelotas

Resposta:
Vemos muitas estrelas todas as noites mas não vemos sempre o centro da galáxia. O centro de nossa galáxia fica na direção da constelação de Sagitário e nós vemos essa região do céu apenas nos meses de inverno. No início e no final de cada ano a região do centro galáctico fica na direção do Sol e portanto não a vemos durante a noite. O fato de vermos muitas estrelas independente do centro da galáxia ser visível ou não durante a noite se deve ao fato que a órbita da Terra em torno do Sol tem raio extremamente pequeno se comparado com a espessura do disco de nossa galáxia. Em outras palavras, o sistema solar inteiro está sempre imerso no disco galáctico, portanto sempre veremos muitas estrelas, independente da época do ano. O chamado "anticentro" da galáxia, ou seja, a direção oposta ao centro para um observador na Terra, fica na direção da constelação do Cocheiro (ou Auriga, em latim)

Envio: 04/05/2020

Nome: Maria Clara

Cidade: Fortaleza

Resposta:
Sim, as constelações do zodíaco, ou seja, aquelas sobre as quais o Sol transita ao longo do ano, são visíveis de todo o Brasil. Na verdade, como elas estão próximas do equador celeste, são visíveis praticamente do mundo todo, só é necessário escolher a época correta do ano para localizar cada uma delas. A partir de qualquer estado do Brasil é possível ver o Escorpião, mas esta é uma constelação melhor visível na metade do ano. Na época atual (início de maio) ela nasce no horizonte leste em torno das 20hs e fica visível a noite toda.

Envio: 26/03/2020

Nome: Mateus Novais

Cidade: Arapongas

Resposta:
A atmosfera da Terra sempre atua como um "véu", obscurecendo parcialmente a luz das estrelas. Em locais mais escuros e secos como o deserto do Atacama o efeito será menor, mas sempre existirá pela simples razão que a atmosfera está sempre presente. Um observador acima da atmosfera da Terra sempre verá mais estrelas que alguém no solo, não importa onde esteja.

Envio: 11/02/2020

Nome: Thainara Lorena

Cidade: Brasília - Df

Resposta:
Como a maioria dos telescópios profissionais de uso múltiplo, o Hubble tem vários tipos de instrumentos. Para cada projeto científico, um instrumento específico é selecionado. Ele tem duas câmeras para fazer imagens dos alvos em estudo, dois espectrógrafos para analisar a luz em função do seu comprimento de onda, e também tem três interferômetros que servem para o apontamento do telescópio.

Envio: 17/01/2020

Nome: Matheo Angelo

Cidade: Fortaleza, Ce

Resposta:
Há várias décadas já que os astrônomos profissionais não "ficam olhando" pelo telescópio. As imagens são registradas por câmeras profissionais e existem várias técnicas de análise automática de dados astronômicos que envolvem diversos problemas: existem determinações automáticas de posição, de brilho, de variabilidade, etc. Um bom exemplo é a classificação de galáxias: atualmente os telescópios automáticos registram imagens de milhares de galáxias por noite e seria impossível classificá-las manualmente. Existem sistemas automáticos baseados em programas de computador com inteligência artificial que fazem o tratamento dos dados e a classificação das galáxias.

Envio: 07/01/2020

Nome: Letícia Knecht

Cidade: Porto Alegre

Resposta:
O satélite TESS está aqui junto a nós, em órbita da Terra, numa distância menor que a da Lua. Ele tem a capacidade de descobrir planetas em estrelas próximas justamente porque faz suas observações acima da atmosfera da Terra. No caso dos telescópios instalados no solo, a atmosfera atua como um "véu" que limita a qualidade das observações astronômicas, por isso alguns tipos de medidas só podem ser feitas a partir de telescópios instalados em satélites, como estas feitas pelo TESS.

Envio: 18/12/2019

Nome: Matheo Angelo

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
A construção de um telescópio profissional envolve diversos ramos da engenharia, tais como civil e estrutural (prédios e rodovias de acesso), mecânica (a estrutura do telescópio e do domo) e eletrônica (todos os sistemas de controle). Além dos engenheiros, são necessários especialistas em óptica para o projeto do telescópio e de seus equipamentos tais como espectrógrafos e fotômetros, que normalmente são astrônomos ou físicos. Também são necessários especialistas em informática e todas as demais especialidades envolvidas em construções e instalações tais como eletricidade, hidráulica, etc. Para os telescópios espaciais, além destes são necessários os especialistas em todas as áreas ligadas à astronáutica, tais como projeto e construção de foguetes lançadores, mecânica orbital e telecomunicações.

Envio: 08/11/2019

Nome: Rallian Madeira

Cidade: Morro Da Fumaça, Sc

Resposta:
Observar constelações do hemisfério norte não depende da época do ano, depende apenas da latitude do observador. Quanto mais para o sul ele estiver, menor será a fração do visível do céu do hemisfério norte. Por exemplo: para um observador que estiver em Porto Alegre, na latitude 30 graus sul, uma constelação que estiver 40 graus ao norte do equador celeste estará a 70 graus do zênite, ou seja, 20 graus acima do horizonte norte. Já uma constelação que estiver a 60 graus norte estará na linha do horizonte para este observador em Porto Alegre. Para comparar, um observador que esteja em Maceió, 11 graus ao sul do equador, poderá observar objetos celestes que estejam até 79 graus ao norte do equador celeste. Já um observador em Belém do Pará, que está sobre a linha do equador, poderá observar toda a esfera celeste.

Envio: 01/11/2019

Nome: Aline Couto A. S. Passos

Cidade: Duque De Caxias, Rj

Resposta:
Não, devido às características do foco do telescópio. Nestes instrumentos o foco é sempre projetado para visualizar o céu, é o que se chama em óptica de "foco infinito", ou seja, ele só faz foco em objetos muitos distantes do espelho. Assim sendo, a estrutura do espelho secundário não é vista pelo primário. Pode-se fazer uma analogia com um grão de poeira nos óculos de alguém: a pessoa não vai ver um ponto preto tapando uma região do campo de visão porque o foco do olho é muito mais distante. A única ressalva é que a área efetiva do espelho primário é um pouco reduzida por conta da obstrução de parte da mesma pela estrutura do secundário.

Envio: 03/10/2019

Nome: Felipe Costa

Cidade: São Paulo

Resposta:
O problema fundamental foi o tamanho. Era necessário escolher um alvo cujas dimensões angulares, ou seja, o diâmetro aparente visto da terra, permitissem fazer a imagem. De todos os candidatos, o buraco negro de M87 era o mais adequado, melhor mesmo que o buraco negro central da Via Láctea, que mesmo estando muito mais próximo, é menor em termos de diâmetro aparente já que tem massa muito menor. Ainda assim, obter essa imagem foi uma proeza técnica muito difícil já que o tamanho angular do buraco negro de M87 equivale ao de uma laranja na Lua.

Envio: 01/09/2019

Nome: Espedito Rabelo Dasilva

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não se pode confundir o poder de resolução obtido com interferometria óptica com a capacidade de captar luz obtida com grandes espelhos. O conjunto VLT no modo interferométrico permite obter imagens com poder de resolução equivalente ao de um telescópio com 200 metros de diâmetro (que é a separação máxima entre as unidades do conjunto), PORÉM a quantidade de energia captada, ou seja, a quantidade de luz, é aquela obtida pela soma das áreas dos telescópios. Normalmente o modo interferométrico usa 2 unidades grandes e um dos telescópios auxiliares de 1,8 metros, ou então um grande e dois auxiliares, mas mesmo se fossem usadas as 4 unidades de 8,2 metros, ainda assim a energia captada seria muito menor (cerca de 6 vezes menor) do que o ELT irá captar com seus 39 metros de diâmetro. Essa é a diferença fundamental.

Envio: 23/08/2019

Nome: Simone Coan

Cidade: Sinop/Mt

Resposta:
Esse tipo de comportamento do brilho aparente das estrelas é resultado da própria atmosfera da Terra. Não existem estrelas ou quaisquer outros objetos celestes cujo brilho varie de forma tão rápida que se possa observar assim. Tal tipo de observação é bem comum em épocas do ano em que o ar está muito seco ou que existam muitas queimadas, pois nesses casos a ocorre muita turbulência no ar e o resultado é que o brilho das estrelas parece variar muito. Esse efeito é particularmente forte para objetos que estão baixos no céu, próximos do horizonte, já que nesses casos a luz dos mesmos atravessa uma espessura maior da atmosfera e o efeito é reforçado.

Envio: 03/08/2019

Nome: Edson Ferreira Da Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
Os corpos celestes têm cor sim! A título de exercício, experimente olhar com atenção as estrelas numa noite limpa e sem Lua. Você verá que algumas são mais avermelhadas e outras mais azuladas. Quando se olha um corpo celeste tal como uma estrela, uma nebulosa ou uma galáxia, em geral as cores são muito tênues, mas isso tem a ver com a resposta de nossos olhos às cores. Como a luminosidade é muito pequena, nossos olhos tendem sempre a distinguir mais as variações de brilho do que as cores, a fisiologia dos olhos é assim. Com câmeras fotográficas obtêm-se respostas muito melhores para cores e além disso muitas vezes as imagens que aparecem na imprensa têm suas cores reforçadas. Também é comum colocar cores fortes e contrastantes para faixas de comprimento de onda que nossos olhos não vêm, tais como ultravioleta ou infravermelho. Por isso mesmo o ideal seria que as imagens tivessem sempre uma explicação do significado de cada cor; em artigos de revistas técnicas de astronomia, essa é a praxe: sempre existe uma explicação do que significa cada cor.

Envio: 01/08/2019

Nome: Edson Ferreira Da Silva

Cidade: São Paulo

Resposta:
O telescópio Hubble não tem órbita geoestacionária, nem precisa ter pois essa órbita só é necessária para satélites que apontam sempre para a mesma direção na Terra, não no espaço. Os telescópios terrestres também necessitam corrigir seu apontamento em função dos movimentos da Terra; em relação à rotação essa correção é feita com o telescópio movendo-se lentamente de modo a acompanhar ao longo de algumas horas o alvo que está sendo observado. E em relação à translação esse acompanhamento é feito selecionando-se alvos visíveis durante a noite em diferentes épocas do ano. No caso do telescópio espacial, o apontamento dos alvos é feito por distintos sensores atuando juntos para definir referências de direção: ele usa sensores que usam a posição do Sol e a orientação do campo magnético da Terra (como uma bússola) para se orientar. Ele também usa um conjunto de estrelas de referência para definir e fixar posições e um sistema de giroscópios para estabilizar o telescópio enquanto aponta para um alvo específico. Atuando dessa forma, a órbita em torno da Terra não causa nenhum problema no apontamento, assim como os movimentos da Terra podem ser facilmente compensados em telescópios terrestres.

Envio: 17/07/2019

Nome: Ivan

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
A estrela polar fica na direção do polo celeste norte. Ela só pode ser vista por observadores que estejam ao norte do equador. Aqui no Brasil, apenas no extremo da região Norte ela pode ser vista.

Envio: 29/04/2019

Nome: Moisés Silva

Cidade: São Gonçalo, Rj

Resposta:
Nenhum objeto astronômico fica "parado" no sentido exato do termo. Os planetas giram em torno do Sol, assim como o Sol e as demais estrelas se movem em torno do centro de nossa galáxia, a Via Láctea. O que mantém esses movimentos regulares, impedindo por exemplo que a Terra se afaste ou se aproxime do Sol, é a gravidade. Essa é a chave! A atração gravitacional do Sol impede que nosso planeta "se desgarre" e se afaste, assim como a velocidade orbital (que define a duração do ano) impede que o planeta se aproxime do Sol. Da mesma forma, os satélites giram em órbitas estáveis em torno dos planetas e as estrelas orbitam o centro da nossa galáxia.

Envio: 26/04/2019

Nome: Rogerio Tesch Ximenes

Cidade: Petrópolis

Resposta:
O conceito que está atrás de sua questão é o de "universo observável". A resposta para sua primeira questão é sim. Apenas podemos detectar a luz de objetos cuja distância até nós permitiu que a luz emitida por eles viajasse até nossos telescópios. Em outras palavras, vemos apenas uma fração do universo, que se chama "universo observável" e que obviamente está centrado em nós. O raio do universo observável, ou seja, a máxima distância que podemos observar uma fonte de luz, é de aproximadamente 46 bilhões de anos-luz. Essa distância é tão grande assim porque o universo foi se expandindo desde que a luz desses objetos remotos foi emitida e até que chegou até nós. Aqueles objetos que estão tão distantes que a luz dos mesmos, emitida desde o Big Bang, não chegou até nós, obviamente não pode ser observada.

Envio: 18/04/2019

Nome: Francisco M. Feijó Vasques

Cidade: São Paulo, Capital

Resposta:
Ambos os fenômenos ocorrem e são análogos. Quando ocorrem auroras boreais (próximas ao polo norte), também ocorrem auroras austrais (próximas ao polo sul). A única diferença é que existe uma grande quantidade de terras emersas e pessoas morando próximas ao polo norte, ou ao menos ao norte do círculo polar, onde elas são vistas com mais facilidade. Por outro lado, não existem terras emersas próximas ao polo sul. As mais próximas são a Patagônia, o sul da Austrália e o sul da Nova Zelândia, e mesmo essas regiões estão fora do círculo polar antártico. Por isso mesmo existem muito mais observadores e fotógrafos em condições de observar as auroras boreais do que as austrais.

Envio: 11/04/2019

Nome: Ivan Nogueira

Cidade: Suzano

Resposta:
O Sol é o centro do universo observável, isso pela razão simples de que as observações são feitas daqui. Não é usada a Terra porque ela está girando em torno do Sol ao longo do ano, portanto é mais simples usar o mesmo como referência. Mas essa diferença só é importante para objetos próximos. Quando nos referimos a galáxias externas, a distância Terra-Sol é tão pequena em relação às distâncias desses objetos que a diferença não tem sentido.

Envio: 16/03/2019

Nome: Manoel Francisco De Morais Oliveira

Cidade: Boa Hora

Resposta:
Toda a informação no universo viaja com a velocidade da luz. Isso significa que quando vemos o Sol por exemplo, estamos vendo como ele era há cerca de 8 minutos e meio, que é o tempo que a luz leva para vir até a Terra. Se observamos uma estrela que está a 10 anos-luz da Terra, isso significa que estamos observando a mesma como ela era há 10 anos, que foi quando a luz que estamos vendo agora saiu de lá. Em outras palavras, sempre que observamos um astro, estamos recebendo a luz que saiu de lá num momento do passado, portanto estamos sempre observando o passado do mesmo. Claro que o mesmo conceito vale no sentido contrário: um observador que estivesse a 100 anos-luz da Terra, estaria agora recebendo lá a luz (e portanto a informação) que saiu daqui há 100 anos.

Envio: 14/03/2019

Nome: Leonel Hégues Nava

Cidade: Marilia

Resposta:
Cada espécie química emite numa faixa muito grande de frequências. Mesmo uma molécula simples, como a da água por exemplo, possui milhares de transições resultantes dos modos vibracionais e rotacionais de oscilação da molécula e cada uma dessas transições resulta na emissão de radiação eletromagnética com uma frequência bem específica. O conjunto dessas emissões constitui o chamado "espectro" da molécula.

Envio: 29/12/2018

Nome: Gabriel Pereira Dos Santos

Cidade: Rio De Jneiro

Resposta:
São os satélites artificiais órbita baixa, normalmente localizados entre 400 e 600 km de altitude. Eles podem ser da diversas naturezas: de sensoreamento remoto, de comunicação, científicos, etc. Alguns são muito grandes e refletem muita luz, parecendo muito brilhantes, como é o caso da Estação Espacial ou do telescópio Hubble. Todos refletem a luz do Sol, brilham como estrelas e se movem rapidamente no céu. É possível observá-los nas primeiras duas horas após o pôr do Sol e nas últimas duas horas antes do nascer, quando o Sol ainda está abaixo do horizonte mas sua luz já ilumina o topo da atmosfera onde os satélites estão.

Envio: 02/11/2018

Nome: Vinicius

Cidade: Campo Limpo Pta

Resposta:
Toda a informação viaja no universo com a velocidade da luz. Quando observamos daqui uma estrela que está a mil anos-luz de distância, estamos vendo como ela era há mil anos. O inverso também vale: se alguém ou alguma coisa está observando a Terra a partir de uma distância de um milhão de anos-luz, está vendo como ela era há um milhão de anos.

Envio: 01/11/2018

Nome: Olívia

Cidade: São Paulo

Resposta:
O mapeamento dos corpos celestes é feito através de grandes levantamentos, usando telescópios dedicados exclusivamente a esse objetivo. São feitas imagens do céu lado a lado, compondo um "mosaico" de imagens que cobre o céu inteiro. Repetindo-se esse processo ao longo de pelo menos um ano, pode-se cobrir toda a área do céu visível no observatório e fazendo-se o mesmo processo em observatórios nos dois hemisférios é possível cobrir todo o céu.

Envio: 26/10/2018

Nome: Audrey Moreira

Cidade: Mogi Das Cruzes

Resposta:
Não, apenas as estrelas mais brilhantes têm nomes próprios, isso nos dois hemisférios. O número total de estrelas visíveis a olho nu, supondo-se noites sem lua e observadores com boa acuidade visual, é de aproximadamente 6000 ao longo do ano todo. O número total de estrelas que têm nomes próprios é de aproximadamente 330.

Envio: 19/10/2018

Nome: Mosiah

Cidade: Bebedouro

Resposta:
Microgravidade, como o nome diz, é a força da gravidade muito pequena, próxima a zero. É o que um astronauta experimenta na Estação Espacial por exemplo. Não temos especialistas em fisiologia que possam explicar a você seu efeito no corpo humano.

Envio: 09/09/2018

Nome: Ivan

Cidade: Suzano-Sp

Resposta:
Existem sim! Os mais simples de se observar são as Nuvens da Magalhães, a Grande Nuvem e a Pequena Nuvem. Elas são pequenas galáxias-satélite da Via Láctea e estão a distâncias de aproximadamente 160 mil anos-luz de nós. Elas são observáveis na direção sul, mais no final do ano (ou na primavera no final da noite) e num local escuro e numa noite sem lua parecem "nuvens" brilhantes na direção sul, mais ou menos do tamanho angular da lua cheia. Mais distante que elas, mas mais difícil de observar, pode-se ver também a galáxia de Andrômeda, que está a 2,5 milhões de anos-luz de distância. É o objeto mais distante que pode ser observado a olho nu. Ela fica na direção da constelação de Andrômeda, ao norte e a época mais favorável de observá-la também é no final do ano. Assim como as Nuvens de Magalhães, observá-las requer um local sem iluminação artificial, preferencialmente numa noite sem lua.

Envio: 15/08/2018

Nome: Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Isso ocorre porque contamos o tempo em dias solares: a duração de 24 horas corresponde a um "dia solar", que é o tempo que o Sol leva para passar duas vezes consecutivas sobre o meridiano local. Mas o período de rotação de nosso planeta não é de 24 horas e sim de 23h 56min 04s, que é um "dia sideral". Se fôssemos marcar a duração do dia em relação a uma estrela qualquer, esse seria o valor. A diferença entre eles vem do fato que, enquanto a Terra gira em torno de si mesma, ela também anda um pouquinho em sua órbita anual em torno do Sol. Assim, para que o Sol passe duas vezes consecutivas sobre o meridiano em cada local, é preciso um pouco mais tempo (03 min 56s) a mais do que o período de rotação do planeta.

Envio: 16/07/2018

Nome: Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Observações a olho nu com telescópios amadores sempre podem decepcionar numa primeira vez. Isso acontece porque sempre comparamos o que vemos com fotografias e nas fotos o tempo de exposição pode ser ajustado como se queira. Um mesmo telescópio que a olho nu produz imagens que podem ser decepcionantes, muitas vezes tira boas fotos. Andrômeda aparece mesmo como uma mancha difusa quando vista com um telescópio desse porte, a única coisa que você pode fazer para melhorar é procurar observá-la numa noite sem lua e num local sem iluminação artificial para melhorar o contraste com o fundo do céu.

Envio: 26/06/2018

Nome: Leonel Hégues Nava

Cidade: Marilia

Resposta:
Essa faixa é realmente reservada para radioastronomia. Essas faixas são usadas em técnicas de VLBI, que são observações simultâneas de uma dada fonte astronômica por radiotelescópios localizados em diferentes partes do mundo. Elas são utilizadas para as chamadas "medidas de contínuo" porque nelas não existe nenhuma banda de emissão ou absorção importante. Veja no link abaixo uma lista das bandas reservadas para radioastronomia:
https://www.britastro.org/radio/spectrum.html

Envio: 21/06/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
A atmosfera da Terra afeta igualmente a luz que a atravessa, não importa se for estrela ou planeta. A diferença entre eles pode ser percebida apenas para os planetas com maior brilho aparente: Vênus, Júpiter e Marte. Isso ocorre porque eles não são pontos luminosos como as estrelas, eles têm um certo diâmetro aparente, ou seja, vistos com um telescópio são pequenos discos. Por essa razão a turbulência atmosférica é menos percebida nos planetas brilhantes do que nas estrelas.

Envio: 19/06/2018

Nome: Isabela

Cidade: Curvelo, Mg

Resposta:
Trata-se da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa, situada a cerca de 150 mil anos-luz de nós. Se você procurar com cuidado também na direção sul, entre as constelações de Tucano e Hidra, vai ver a Pequena Nuvem de Magalhães, outra galáxia satélite da Via Láctea. Os nomes se devem ao navegador português Fernão de Magalhães, que observou e descreveu esses objetos no início do século 16.

Envio: 08/06/2018

Nome: Renata Silver Moon

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A distinção entre estrelas e planetas foi feita na remota antiguidade, não existe o registro do nome de quem foi o primeiro a constatar a distinção entre ambos. Essa distinção já era conhecida pelos astrônomos gregos e babilônicos. Mas essa distinção é simples! A palavra "planeta" vem do grego "planétes" que significa "errante", "o que caminha". Essa foi historicamente a distinção fundamental: os planetas se deslocam contra o fundo das estrelas, que para efeitos práticos estão fixas no céu.

Envio: 03/06/2018

Nome: Veronica Raquel Alves

Cidade: Lavras

Resposta:
É perfeitamente possível usar hoje um astrolábio feito há 600 anos ou mesmo muito mais do que isso. As estrelas estão a distâncias tão grandes de nós que o movimento relativo delas não é percebido numa escala de tempo de centenas ou mesmo de milhares de anos. Por isso instrumentos antigos como os astrolábios árabes feitos há mais de 1000 anos ainda podem ser usados.

Envio: 12/05/2018

Nome: Fabio Galvão Ramos

Cidade: Caxias Do Sul

Resposta:
Todas as estrelas que vemos a olho nu pertencem à nossa galáxia. As outras galáxias, mesmo as mais próximas como as Nuvens de Magalhães (que são galáxias-satélite da nossa) ou Andrômeda, estão distantes demais para que possamos distinguir a olho nu suas estrelas individuais. Vistas a olho nu ou com telescópios amadores elas aparecem apenas como manchas difusas, são necessários telescópios profissionais para distinguir suas estrelas. Todas essas estrelas de outras galáxias são muito mais fracas que as da nossa, portanto não existe risco de confusão entre elas.

Envio: 08/03/2018

Nome: Espedito Rabelo Da Silva

Cidade: São Paulo-Sp

Resposta:
É mera coincidência. A constelação de Sagitário já era reconhecida como tal na antiguidade clássica, ela está listada já com esse nome no catálogo de Ptolomeu, feito no século II D.C., enquanto o centro de nossa galáxia só foi identificado no século XX.

Envio: 23/02/2018

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
Existem formas de vida cultivadas na Estação Espacial Internacional, mas se trata de um ambiente artificial, que reproduz as condições da Terra em termos de composição da atmosfera, temperatura e pressão. Não existe nenhuma forma de vida cultivada em outro local. Ao contrário, existe um enorme cuidado para evitar de levar esporos de plantas ou fungos como "clandestinos" em sondas para outros planetas pois isso seria um tipo de contaminação biológica que se deseja evitar a todo o custo.

Envio: 21/02/2018

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo

Resposta:
Ondas gravitacionais NÃO SÃO eletromagnéticas. É outro processo físico, elas são decorrentes de oscilações na estrutura do espaço-tempo causadas por movimentos rápidos de massas muito grandes, como previsto pela teoria da relatividade geral. Elas são emitidas quando buracos negros ou estrelas de nêutrons colidem por exemplo. Não há como produzi-las em laboratório.

Envio: 21/02/2018

Nome: Mario Augusto Simi

Cidade: São Paulo

Resposta:
A física atômica é uma só. Se os átomos de hidrogênio, hélio ou qualquer outro encontrados no Sol ou em qualquer outro corpo celeste fossem diferentes de alguma forma, suas transições atômicas seriam diferentes, ou seja, as energias absorvidas ou emitidas quando um elétron salta de uma órbita para outra em torno do núcleo atômico seriam distintas do que é medido na Terra. Isso não ocorre. E não ocorre justamente porque a estrutura da matéria é a mesma em qualquer lugar.

Envio: 17/02/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
A cor azulada com que se observa os objetos celestes é consequência da pouca sensibilidade do olho humano às cores mais vermelhas, mas se você tirar uma foto da nebulosa de Órion por exemplo, mesmo que seja segurando uma câmera bem simples junto à ocular do telescópio, verá que ela aparece avermelhada pois o detetor da câmera responde melhor que os nossos olhos na faixa vermelha. Em princípio é possível sim acoplar um filtro vermelho para realçar objetos difusos como nebulosas, mas nem sempre vale a pena porque o fluxo total de luz diminui muito. Idealmente poderia ser adaptado ao telescópio um filtro de banda bem estreita, centrado na transição H-alfa do hidrogênio que é a mais abundante nas nebulosas. Isso faria as nebulosas "brilharem" no telescópio e os demais objetos ficariam escuros. Mas esses filtros são caros e nem sempre são encontrados no mercado nacional.

Envio: 15/02/2018

Nome: Hariel Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Não existe uma única curvatura do espelho primário para um telescópio refletor. A curvatura depende do projeto óptico do telescópio. Um espelho destes usados em estética, com aumento de 5 ou 10 vezes, não serve para um telescópio pois neles a superfície refletora é depositada atrás do vidro. Nos telescópios refletores a superfície refletora (normalmente uma camada muito fina de alumínio) é depositada na frente do vidro pois se estivesse atrás haveriam imagens "fantasmas" do próprio vidro. Além disso, a qualidade (ou seja, a regularidade) da curvatura de um espelho vendido em farmácia não é suficiente para construir um telescópio. Outro ponto importante a considerar é que a distância focal de um espelho para telescópio é bem maior do que o de um espelho de estética. Num telescópio, o aumento será a razão entre a distância focal do espelho primário e a razão focal da lente ocular.

Envio: 12/02/2018

Nome: Hariel Lucas

Cidade: Presidente Prudente

Resposta:
Magnitudes aparentes e absolutas estão relacionadas por uma equação simples, chamada Módulo de Distância: m - M = 5 log(d) - 5. Nessa equação, 'm' é a magnitude aparente, 'M' é a magnitude absoluta e 'd' é a distância da estrela em parsecs (um parsec = 3,26 anos-luz). Aplicando essa expressão ao seu exemplo, para uma estrela com m = -1 e d = 10 anos-luz = 10/3,26 = 3,07 pc, obtém-se M = 1.56 . Dobrando-se a distância e recalculando-se a magnitude aparente, obtém-se m = 0,50

Envio: 31/01/2018

Nome: João Vitor Ramos Da Silva

Cidade: Presidente Prudente/Sp

Resposta:
Telescópios astronômicos são sempre instrumentos destinados a captar mais luz de uma fonte no céu do que aquela captada pelo olho humano. A quantidade de luz que o telescópio vai captar depende evidentemente de sua área coletora, mas a ampliação obtida depende da razão entre a distância focal da lente objetiva (ou do espelho primário se for um refletor) e da lente ocular. Em telescópios profissionais, nem sempre o máximo aumento é desejado, frequentemente é mais importante a resolução da imagem do que a ampliação. Resolução é o mínimo detalhe que o telescópio consegue distinguir, expressado em segundos de arco (ou frações de segundo para os mais modernos). Em termos de instrumentos amadores, com diâmetros menores que 30cm, refratores e refletores são praticamente equivalentes, mas não são feitos telescópios refratores maiores que 50cm de diâmetro devido às perdas na eficiência por causa da espessura requerida para as lentes.

Envio: 09/01/2018

Nome: Stéfano Lopes Da Silva

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A explicação desse efeito está na Teoria da Relatividade Geral. De acordo com ela, os fótons sempre se deslocam, usando um termo técnico, seguindo geodésicas nulas. Só que "geodésica nula" não é sempre sinônimo de linha reta. O deslocamento de um fóton será uma linha reta na ausência de uma massa, porém a presença de qualquer massa deforma o espaço-tempo, de modo que a trajetória nula passa a ser uma curva. Essa é uma diferença fundamental da gravitação relativística para a gravitação newtoniana: enquanto a teoria clássica de Newton descreve a gravidade como uma força exercida por uma massa, a teoria relativística descreve a gravidade como uma deformação local na estrutura do espaço-tempo causada pela presença de uma massa. E quando a luz se desloca por esse espaço-tempo deformado, o efeito para um observador externo é o de uma alteração na trajetória da mesma.

Envio: 27/12/2017

Nome: Henry Douglas Oliveira Santos

Cidade: Teresina Piauí

Resposta:
Os objetos que você descreve são os satélites artificiais que giram na órbita da Terra. Podem ser satélites de levantamento de solo, meteorológicos, de comunicação, militares, científicos, etc. Todos eles têm coletores de luz solar para gerar eletricidade e quando o Sol reflete no corpo do satélite ou nesses coletores nós os vemos. Alguns deles giram sobre seu eixo e a intensidade do reflexo do Sol varia, o que dá o efeito de "piscar" que você descreve. Eles podem variar muito em tamanho, a Estação Espacial Internacional por exemplo é muito grande e produz um reflexo muito brilhante, mais do que o brilho aparente das estrelas. Outros são bem mais fracos.

Envio: 28/11/2017

Nome: Ariel Inocêncio

Cidade: Campinas - Sp

Resposta:
As Nuvens de Magalhães, tanto a Grande como a Pequena, ficam de fato na direção sul, não muito longe do Cruzeiro do Sul. Mas elas são constelações de primavera/verão, nos meses de outono e inverno elas ficam acima do horizonte durante o dia, então não são visíveis. A melhor época para ver a Pequena Nuvem é nos meses de setembro e outubro, quando ela fica mais alta acima do horizonte no meio da noite. Já a Grande Nuvem é melhor observada entre novembro e janeiro.

Envio: 28/11/2017

Nome: Airton Valentini

Cidade: Chapeco - Sc

Resposta:
Certamente não era uma supernova ou uma nova! Esses fenômenos são visíveis por várias semanas e é extremamente raros que possam ser vistos a olho nu. Talvez você tenha o reflexo do Sol num dos satélites Iridium. Esses satélites (são cerca de 30) têm coletores solares muito grandes e eventualmente o reflexo do Sol produz um brilho bem forte e muito rápido, de poucos segundos. Procure na internet por "Iridium flares" ou "Iridium flashes" e você verá vários eventos desse tipo filmados ou fotografados.

Envio: 26/09/2017

Nome: Yan Ribeiro

Cidade: Brasil

Resposta:
A Estrela Polar está muito próxima do Polo Celeste Norte e portanto é visível de qualquer lugar da Terra acima do equador. Já o Cruzeiro do Sul está aproximadamente a 30 graus do Polo Celeste Sul, o que significa que é visível em todo o hemisfério sul e até cerca de 30 graus acima do equador. Portanto qualquer lugar da Terra entre a linha do equador e a latitude 30 graus norte pode ver simultaneamente a Estrela Polar e o Cruzeiro. Não existem "pontos cegos" na esfera celeste, um observador que estiver na linha do equador pode ver os dois hemisférios celestes completamente, lembrando sempre que em diferentes estações do ano vêm-se distintas regiões do céu.

Envio: 10/09/2017

Nome: César Gomes

Cidade: Teresina, Pi

Resposta:
Não se pode esquecer que a mecânica de Newton não foi invalidada pela relatividade, ela é apenas um caso particular da mesma para velocidades baixas se comparadas com a da luz. Em astronomia as duas abordagens são utilizadas. Movimentos de grandes estruturas como a rotação das galáxias espirais, ou órbitas de estrelas em galáxias ou em aglomerados, podem ser descritos em termos clássicos. Já efeitos como lentes gravitacionais por exemplo, ou então a geração de ondas gravitacionais, só podem ser descritos usando a relatividade geral.

Envio: 30/08/2017

Nome: Pollyana

Cidade: Brasília, Df

Resposta:
Ascensão Reta e Declinação são as duas coordenadas do Sistema Equatorial. Ele é definido da seguinte forma: as linhas de referência da Terra que são o equador, os polos, os meridianos e os paralelos são projetados na esfera celeste e passam a formar uma "grade". E assim como na superfície da Terra qualquer ponto pode ser localizado com duas coordenadas, a longitude e a latitude, usando-se essa "grade" projetada no céu qualquer ponto na esfera celeste pode ser localizado por duas coordenadas análogas que são a ascensão reta, análoga à longitude, e a declinação, análoga à latitude. Veja maiores detalhes aqui: http://www.if.ufrgs.br/oei/santiago/fis2005/textos/equatcrds.htm

Envio: 17/08/2017

Nome: Anônimo

Cidade: São José, Sc

Resposta:
A faixa de emissão de energia por um corpo depende de sua temperatura efetiva. Em geral um corpo não emite exclusivamente numa faixa de energia, mas sim preferencialmente numa faixa ou em outra. O Sol por exemplo emite majoritariamente sua energia na faixa visível, um pouco no ultravioleta e no infravermelho e menos ainda em faixas como ondas de rádio, raios X e raios gama.Os planetas por exemplo emitem principalmente no infravermelho pois têm temperaturas efetivas muito mais baixas que as estrelas. Alguns objetos como as anãs marrons por exemplo emitem quase exclusivamente no infravermelho e nas ondas de rádio e quase nada em faixas de energia mais alta como o visível e o ultravioleta. Para observar corpos no infravermelho é preciso usar um detetor sensível a essas faixas de energia. Existem CCDs por exemplo que são projetados especificamente para essa faixa. Quanto a observar objetos mais próximos ou mais distantes, o que muda é essencialmente a área coletora de luz. Objetos mais próximos e mais brilhantes podem ser observados com telescópios menores e aqueles mais distantes requerem telescópios com área coletora muito maior.

Envio: 14/08/2017

Nome: Helio V. Fagundes

Cidade: São Paulo - Sp

Resposta:
Os mapas celestes são representados assim simplesmente porque é a maneira mais intuitiva de ver o céu, adotando-se a convenção clássica da cartografia de ter o norte na parte superior do mapa. Imagine que você está olhando para o céu à noite. Por simplicidade, imagine que você está deitado no chão, com a cabeça voltada para o norte. O leste estará então na direção de sua mão esquerda, exatamente como mostram as cartas celestes.

Envio: 26/07/2017

Nome: Luiz Henrique Nistal

Cidade: Sp

Resposta:
O telescópio Hubble foi construído ao longo da década de 1980 e lançado em 1990. Claro que já havia tecnologia de fotos a cores naquela época. Além disso, foram feitas 5 missões de serviço que atualizaram os equipamentos do mesmo usando os Space Shuttles do programa espacial dos Estados Unidos, a primeira em 1993 e a última em 2009. Não é verdade que o telescópio espacial faça apenas fotos em preto e branco! As fotos normalmente são feitas com diversos filtros diferentes, dependendo do objetivo científico de cada uma, e quase sempre é possível fazer imagens coloridas combinando imagens de filtros diferentes. Note que essa é a mesma maneira de se fazer fotos coloridas no solo: combinam-se canais de cores diferentes para criar a foto colorida. Se você quiser ver uma grande coleção de fotos coloridas do telescópio espacial, veja o site http://hubblesite.org/

Envio: 17/07/2017

Nome: Márcio Delfino Quincozes Martins

Cidade: Bagé/Rs

Resposta:
O que irá definir a qualidade de sua observação em primeiro lugar é a abertura do telescópio: quanto maior for o diâmetro, maior será a área coletora de luz. Equipamentos com distância focal menor são fisicamente mais curtos. Eles possibilitam ver um campo de visão maior no céu e permitem tempos de exposição menores em fotografias, porém permitem magnificação (aumento) menor. Já os de distância focal mais longa permitem maior magnificação pois o projeto da óptica é menos restritivo em temos de especificações. Isso pode ser uma vantagem para observações a olho nu, mas em compensação o campo de visão no céu será menor. Em termos de objetos, não existe um tipo de telescópio específico para cada um

Envio: 11/07/2017

Nome: Jurema De Carvalho

Cidade: Londres

Resposta:
Não, não existe esse problema. Isso porque tanto a Nuvem de Oort como, em outra escala, o halo galáctico, não são nuvens de poeira, são apenas uma distribuição de objetos relativamente pequenos. No caso da nuvem de Oort são núcleos de cometa e no caso do halo galáctico são estrelas. Esses objetos são todos pontuais e nos dois casos a densidade deles é muito baixa, não atrapalhando a observação do céu. Além da atmosfera da Terra, o que pode atrapalhar é o disco de nossa própria galáxia, aquela faixa leitosa que se vê no céu noturno (nas noites sem lua, em locais sem iluminação artificial). Como o disco galáctico tem grandes quantidades de poeira, ele atrapalha bastante a observação do que está "atrás" do mesmo, como estrelas do outro lado de nossa galáxia como outras galáxias atrás dela.

Envio: 05/07/2017

Nome: Adriano Di Blasio

Cidade: Uberlândia-Mg

Resposta:
Existe um equívoco em sua visão do que são as constelações. Elas são apenas uma divisão em "pedaços" do céu noturno que vemos a partir da Terra. Essa divisão não é física, ela está apenas no plano do céu, ou na esfera celeste para usar uma expressão mais antiga. É como se estivéssemos em um avião e olhássemos um loteamento bem irregular. As constelações não têm nenhuma profundidade e as estrelas que delimitam cada uma não estão necessariamente próximas umas das outras no sentido físico, estão apenas na mesma direção quando olhamos da Terra. Por isso mesmo se pode dizer por exemplo que a galáxia do Sombrero está na constelação de Virgem. Isso quer dizer que ela está na região do céu que pertence a essa constelação.

Envio: 30/06/2017

Nome: Alexandre

Cidade: São Paulo

Resposta:
Mas é exatamente isso que acontece! A galáxia de Andrômeda não é visível o ano todo. O número de meses que ela é visível depende da latitude do observador, como se trata de um objeto que está no hemisfério celeste norte, observadores mais ao norte verão ela por mais tempo. Mas mesmo assim ela não é visível o ano todo. Como sua ascensão reta é 0h 42min, ela é visível preferencialmente entre julho (no final da noite a leste) e janeiro (no início da noite a oeste), estando visível a noite toda em setembro/outubro. Por outro lado, ela não é visível durante quase todo o primeiro semestre do ano.

Envio: 17/06/2017

Nome: Fernanda

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Este é um efeito relativamente comum de ser observado. Ele não se deve a variações de intensidade ou cor da própria estrela, é um efeito da atmosfera da Terra. Devido à presença de nuvens ralas, poluição atmosférica ou mesmo devido a ventos e turbulência do ar, é comum as estrelas parecerem oscilar tanto em brilho quanto em cores. Esse efeito é mais comum quando as estrelas estão próximas ao horizonte, quando sua luz faz um caminho mais longo dentro da atmosfera.

Envio: 05/06/2017

Nome: Felipe

Cidade: Queimados, Rj

Resposta:
A faixa frequência dos celulares está tipicamente entre 0,2 e 2 GHz. Existem corpos celestes que emitem em todas as faixas de frequência, inclusive nestas em que opera a telefonia celular, porém a potência recebida aqui na Terra é extremamente baixa. Por isso mesmo os radiotelescópios são tão grandes, eles têm antenas de dezenas ou mesmo centenas de metros de diâmetro. Na prática o que ocorre é o contrário: os radiotelescópios precisam estar em locais afastados das atividades de radiocomunicação, senão os sinais de celular (e de outros equipamentos), por serem mais potentes, apagam completamente qualquer sinal vindo do espaço.

Envio: 29/05/2017

Nome: Jean Vinicius Schumann

Cidade: Três Passos, Rs

Resposta:
Existem diversos métodos para medidas de distância. Para os corpos do sistema solar como os planetas e seus satélites, a distância pode ser medida diretamente através de radar (para os mais próximos) e usando técnicas geométricas de triangulação para os mais distantes. Outra possibilidade é usar as Leis de Kepler para medir as órbitas dos planetas. Já para as estrelas usam-se outras técnicas: pode-se usar paralaxe estelar ou, para as mais distantes uma comparação entre o brilho medido e o brilho intrínseco para estrelas de cada tipo, o que se chama "módulo de distância". Veja mais detalhes aqui: http://astro.if.ufrgs.br/dist/dist.htm

Envio: 27/05/2017

Nome: Valerio

Cidade: Juiz De Fora, Mg

Resposta:
Não, a força gravitacional depende exclusivamente da massa do corpo. A temperatura efetiva não desempenha nenhum papel na definição do campo gravitacional de um corpo.

Envio: 06/03/2017

Nome: Orandir Godoy

Cidade: São Paulo

Resposta:
A Terra dá uma volta torno de seu eixo a cada 24 horas, portanto ela gira devagar mesmo! Mas nos vídeos feitos a partir da Estação Espacial ela parece girar bem mais rápido porque a Estação dá uma volta em torno da Terra a cada 92 minutos. Esse é o movimento aparente do planeta que se vê nos vídeos da Estação.

Envio: 03/02/2017

Nome: Eduardo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Existem uns poucos construtores de telescópios artesanais que fazem instrumentos com essa abertura. Fora estes, é possível adquirir instrumentos importados em lojas do Brasil, ainda que os preços sejam bem mais elevados que aqueles dos vendedores no exterior.

Envio: 30/01/2017

Nome: Maria Cristina Almeida

Cidade: Senhor Do Bonfim-Ba

Resposta:
Além do Sol e da Lua, em condições apropriadas (no início da manhã ou no final da tarde, em dias sem nuvem) é possível observar Vênus. Os demais, só à noite.

Envio: 24/01/2017

Nome: Robson Santana

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
Em relação às estrelas propriamente ditas, todas aquelas observadas a olho nu estão sim em nossa própria galáxia. Porém é possível observar alguns objetos extragalácticos a olho nu: as duas Nuvens de Magalhães, pequenas galáxias-satélites da nossa, são visíveis como manchas difusas a olho nu. E também a galáxia de Andrômeda, que está a 2,5 milhões de anos-luz de distância, pode ser observada a olho nu como uma pequena mancha em forma de amêndoa.

Envio: 10/12/2016

Nome: Roberval Silva Andre

Cidade: Bauru

Resposta:
A resposta é simples: o custo! A implantação de uma base permanente na Lua teria um custo da ordem do trilhão de dólares, fora o custo operacional. Para você ter uma ideia, o custo de construção da Estação Espacial Internacional, que está em órbita apenas 400 km acima da Terra, foi de 150 bilhões de dólares e seu custo operacional é de 3 bilhões de dólares por ano.

Envio: 09/12/2016

Nome: Ubiratan De Alcantara Marques Solha Silva Oliveira

Cidade: Natal

Resposta:
Exatamente. Na órbita da Terra existem milhares de objetos. A maioria deles não são satélites ativos e sim foguetes lançadores, ou as vezes pedaços de foguetes já que os primeiros estágios caem na Terra logo após o lançamento e os estágios superiores entram efetivamente em órbita.

Envio: 03/12/2016

Nome: Orandir Godoy

Cidade: São Paulo

Resposta:
Na verdade quem gira é a própria estação espacial. Ela dá uma volta em torno da Terra a cada 92 minutos, portanto o movimento que se vê nos vídeos é o efeito do deslocamento da estação.

Envio: 22/11/2016

Nome: Maria Cristina

Cidade: São Paulo

Resposta:
Tratando-se de observações a olho nu, praticamente nada! Todos os objetos visíveis a olho nu ou com pequenos telescópios no século XVIII são visíveis agora. Uma única exceção é a estrela variável Eta de Carina, que era fracamente visível na época de Herschel, com magnitude 4, e deixou de ser visível em meados do século 19 depois de uma intensa erupção. Tecnicamente, claro houve explosões de supernovas em outras galáxias, estrelas variáveis mudaram de brilho, etc. Mas tratando-se de observações com pequenos telescópios, virtualmente nada mudou.

Envio: 13/11/2016

Nome: Romeu Fauth

Cidade: Joinville

Resposta:
A existência das ondas gravitacionais era prevista há quase um século, desde a formulação da Teoria da Relatividade Geral por A. Einstein. A comprovação de sua existência é mais uma prova da validade desta teoria. Não existem no momento implicações práticas para a sociedade em função desta descoberta, mas isso não quer dizer que no futuro elas venham a surgir. A curvatura do espaço por exemplo, que é outro resultado da relatividade geral, quando foi descoberto em 1919 era apenas uma curiosidade científica mas atualmente, sem as correções devido à sua presença os equipamentos de GPS não funcionariam.

Envio: 31/10/2016

Nome: Henrique Graça

Cidade: Rio De Janeiro, Rj

Resposta:
Eclipses anulares são como os parciais, ou seja, uma fração da luz do sol continuará chegando até o observador. Não se trata dum eclipse total. Assim, são necessários filtros apropriados para observação do Sol. Existem vários tipos de filtros, tais como vidro de soldador por exemplo.Tais filtros podem ser transportados na mala sem problema, mas como são de vidro não podem ser levados como bagagem de mão. Outra possibilidade são filtros de plástico específicos para observações astronômicas do Sol, eles são vendidos em lojas de materiais astronômicos. Atenção: É MUITO IMPORTANTE usar filtros adequados! Não improvise com óculos escuros ou radiografias por exemplo pois a luz do Sol é muito intensa.

Envio: 25/10/2016

Nome: Fabiane Rodrigues

Cidade: Viçosa

Resposta:
Usar a posição do Sol não é a melhor técnica para determinar coordenadas de um local devido ao seu brilho excessivo e à necessidade de determinar o centro exato de seu disco. É bem mais eficiente usar estrelas. A latitude astronômica é determinada medindo-se o ângulo entre a vertical verdadeira de um local (determinada por um fio de prumo) e uma estrela com declinação bem conhecida. A medida da longitude requer medir-se o ângulo entre o plano do meridiano de Greenwich e o plano do meridiano do observador. Isto requer uma medida de tempo: é necessário medir a hora sideral em que uma estrela de referência (ou o Sol) passa pelo meridiano local do observador e comparar com o instante (disponível em tabelas) em que a mesma passa pelo meridiano de Greenwich. A diferença entre esses instantes, sempre em horas siderais, dá a longitude do observador. Deve-se notar que atualmente a grande disponibilidade de receptores dos sinais da rede GPS (disponível inclusive na maioria dos telefones celulares) tornou a determinação de coordenadas muito mais fácil, bastando consultar um aplicativo de telefone ou tablet.

Envio: 19/09/2016

Nome: Marcelo Gonçalves

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
Sim, qualquer porção de matéria que entre em um buraco negro sofrerá um intenso efeito de maré, no sentido que, perto do mesmo, o campo gravitacional varia muito em distâncias muito pequenas, primeiro de metros, mais perto de centímetros e por fim, próximo à singularidade, qualquer porção de matéria será destruída até virar literalmente uma fila de átomos! Este processo é conhecido pelo nome curioso de "espaguetificação", no sentido que qualquer matéria seria esticada até transformar-se num espaguete, que no limite seria uma fila alinhada de átomos. Além deste efeito, existe o fato que o ingresso em um buraco negro destruiria qualquer informação, mesmo que não fosse matéria e sim apenas radiação (como um sinal de rádio por exemplo).

Envio: 19/09/2016

Nome: Marcelo Gonçalves

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
A velocidade da luz depende do meio em que ela se propaga. Lâmpadas ou lasers disparados dentro da atmosfera emitem luz que se propaga com a velocidade da luz no ar, que é um pouquinho menor que a velocidade da luz no espaço, que para todos os efeitos pode ser entendido como vácuo. Esta velocidade varia com o índice de refração do meio: no ar é mais rápida do que na água e na água é mais rápida do que no vidro por causa dos diferentes índices de refração destes meios. O limite superior para a velocidade da luz, aquele definido pela Teoria da Relatividade Geral como o limite superior para a velocidade da propagação da informação, refere-se à velocidade da luz no vácuo.

Envio: 24/08/2016

Nome: Sara Santos

Cidade: Lisboa

Resposta:
Sim, sem dúvida! Nada impede que se observem constelações durante uma viagem de avião. Claro que a observação será dificultada pois as janelas dos aviões são pequenas, mas fora isso não existe nenhum impedimento.

Envio: 15/05/2016

Nome: Samoél Bannach

Cidade: Mandirituba, Pr

Resposta:
O número de aumentos de um telescópio é um parâmetro que depende de sua razão focal, comparada com a distância focal da ocular. Em termos práticos, os telescópios amadores trabalham com aumentos de algumas centenas de vezes. Já os telescópios profissionais como o de 200 polegadas do Monte Palomar não usam o conceito de "aumento de imagem" ou magnificação já que não têm ocular, não se pode "olhar" por eles. Esses telescópios usam sempre instrumentos fotográficos para registrar as imagens a o parâmetro importante nesse caso é a escala do plano focal, ou "escala de placa", que é uma medida de qual é o mínimo detalhe que se pode observar (em segundos de arco no céu) com um dado equipamento. Em termos teóricos, com um telescópio de 20 cm de diâmetro pode-se observar detalhes de 0,6 segundos de arco no céu, enquanto no telescópio de 5 metros (200 polegadas), pode-se observar detalhes de 0,02 segundos de arco. A título de curiosidade, o diâmetro aparente de Marte na máxima aproximação é de 25 segundos de arco.

Envio: 25/04/2016

Nome: Pablo Gouveia Do Nascimento

Cidade: São Gonçalo

Resposta:
As constelações visíveis em cada época do ano dependem da posição da Terra em sua órbita anual em torno do Sol: numa dada época, as constelações que ficam na direção do Sol não são visíveis, seis meses depois a Terra estará do outro lado de sua órbita e as constelações que estavam na direção do Sol agora estarão visíveis. Assim sendo, não existem diferenças entre distintos pontos da Terra no que diz respeito às constelações visíveis em cada época. A única diferença que ocorre entre regiões diferentes diz respeito às latitudes: observadores no hemisfério sul podem ver as constelações do hemisfério celeste sul e vice-versa. Aqui do sudeste do Brasil podemos ver todo o hemisfério celeste sul e uma parte do norte, já um observador no Japão verá todo o hemisfério celeste norte e apenas parte do sul.

Envio: 13/04/2016

Nome: Conceição Assis

Cidade: Para De Minas Mg

Resposta:
A partir da constelação de Órion é possível localizar a direção leste: a estrela Mintaka, uma das Três Marias, a primeira a nascer e a primeira a se por, marca a direção leste quando está nascendo e a direção oeste quando está se ponto. A partir do Cruzeiro do Sul também é fácil: localize a constelação e trace uma linha imaginária unindo a cabeça com o pé da cruz. Prolongue essa linha na direção do pé por uma distância de 4,5 vezes o afastamento da cabeça até o pé. A partir daí, desca uma linha vertical até o chão e você tem o ponto cardeal Sul. É fácil fazer isso usando os dedos da mão como uma escala por exemplo. Toda a orientação com corpos celestes tem as dificuldades de só poder ser realizada se a constelação em questão estiver visível, se o céu não estiver encoberto por nuvens, e evidentemente se for no período noturno.

Envio: 21/12/2015

Nome: Cleuber

Cidade: Fortaleza

Resposta:
Muita informação pode ser obtida da luz se isso for feito com as técnicas apropriadas. Decompondo a luz em suas cores por exemplo, através de uma técnica chamada "espectroscopia", é possível determinar a composição química de uma fonte luminosa e sua velocidade em relação a nós. Usando imagens de alta definição é possível obter dados sobre posições, estrutura e movimento dos corpos celestes. Outro exemplo: medindo o fluxo de energia vindo de uma estrela em filtros de cores diferentes (ultravioleta, azul, amarelo, vermelho, infravermelho) é possível saber-se a temperatura efetiva da mesma. Enfim, combinando-se resultados observacionais como destes exemplos citados acima com conhecimentos da física, é possível sim obter uma grande quantidade de informações dos corpos celestes a partir de sua luz.

Envio: 07/11/2015

Nome: Alan

Cidade: Sinop, Mt

Resposta:
Mas nós vemos estrelas diferentes! Existem constelações que são vistas no verão ou próximas deles como Órion por exemplo, onde estão as bem conhecidas Três Marias. Outras, ao contrário, são vistas no céu de inverno como Escorpião ou Sagitário. Essa alternância se deve à órbita da Terra: quando estamos de um lado do Sol, vemos a fração do céu que está na direção oposta à do Sol. Seis meses depois, estaremos vendo a outra metade do céu.

Envio: 28/10/2015

Nome: Braulio Moreira Coelho

Cidade: Belo Horizonte

Resposta:
Não, isso não ocorre. Antimatéria é a mesma matéria comum, só que com algumas propriedades invertidas. Os pósitrons por exemplo são os anti-elétrons, eles têm a mesma massa dos elétrons, porém têm carga elétrica positiva. A chamada "paridade", outra propriedade nuclear, também se inverte na antimatéria. A gravidade porém não tem possibilidade de inversão de sinal como a carga elétrica, não existe "gravidade negativa". Portanto a antimatéria tem as mesmas propriedades gravitacionais da matéria.

Envio: 16/09/2015

Nome: Pâmela Rigo

Cidade: Carapicuiba, Sp

Resposta:
De fato, as auroras polares (boreal ou austral) só podem ser vistas próximas dos polos e portanto não podem ser vistas do Brasil. Nosso território se estende em latitude desde 5 graus ao norte do equador até cerca de 34 graus ao sul, portanto a partir de nosso território podemos observar todo o céu, do pólo celeste norte até o polo celeste sul. Isso NÃO significa que podemos observar as auroras boreais por exemplo pois as mesmas são fenômenos atmosféricos, que ocorrem poucas dezenas de quilômetros acima da superfície. Na faixa de latitudes do Brasil, não há nenhum fenômeno astronômico específico que só possa ser observado daqui. Para instalar um observatório astronômico profissional não basta a qualidade do ar, é importante também que o local esteja pelo menos 2000 metros acima do nível do mar, que seja seco e evidentemente longe de iluminação artificial. A bacia amazônica é toda baixa e úmida, portanto é inviável como local de observações astronômicas.

Envio: 11/08/2015

Nome: Luis Antonio Da Silva

Cidade: Itumbiara Go

Resposta:
A NASA estuda a possibilidade de um voo tripulado a Marte entre 2030 e 2040. As tecnologias para tanto estão sendo desenvolvidas agora e, quando ocorrer, será uma missão executada por profissionais, evidentemente. Já o projeto Mars One, o mesmo que está selecionando "candidatos" ao voo, é totalmente distinto. Ele é organizado por uma fundação que visa obter os fundos para o desenvolvimento da tecnologia, testes e execução da missão através de financiamento coletivo. Como os recursos necessários ultrapassam um trilhão de dólares, é difícil acreditar na viabilidade de um projeto com este perfil, sem recursos governamentais.

Envio: 31/07/2015

Nome: Saulo Gonzaga Santos

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
O que suja os componentes ópticos de um telescópio na terra é a poeira em suspensão no próprio ar ou trazida pelo vento. Claro que esses problemas não existem no vácuo do espaço, portanto não há necessidade de limpeza.

Envio: 27/07/2015

Nome: Isadora Cristal

Cidade: São Paulo

Resposta:
Em princípio é possível sim, mas requer prática no manuseio desse tipo de material. Lentes podem ser encomendadas em ópticas por exemplo, mas espelhos primários devem ser feitos por quem tem bastante prática pois o polimento é complexo. Existem astrônomos amadores que se especializam em confeccionar esse tipo de equipamento. Nós não trabalhamos com instrumentos desse tipo, então sugerimos que você procure grupos de astronomia amadora para obter referências sobre eles.

Envio: 19/07/2015

Nome: Barbara Gabriela

Cidade: Goiânia Goiás

Resposta:
Quanto mais próximo do Equador, mais eficiente é o lançamento de um foguete porque é preciso menos combustível para levar uma carga maior, mas claro que isso não obriga a que os lançamentos sejam feitos exatamente sobre a linha do Equador. O que ocorre é que os países sempre escolhem locais tão perto do Equador quanto possível. É por isso que os Estados Unidos escolheram a Flórida (onde está o Cabo Canaveral) como base de lançamentos, a Rússia faz seus lançamentos do Casaquistão e a Agência Espacial Europeia faz seus lançamentos da Guiana Francesa, aqui pertinho do Brasil, justamente porque é próximo do Equador.

Envio: 07/07/2015

Nome: Barbara Gabriela

Cidade: Goiânia Goiás

Resposta:
A chave para se entender a composição química dos corpos celestes é a espectroscopia. Passando-se a luz que vem do corpo por um espectrógrafo, é possível decompor a mesma em suas componentes, de forma análoga ao que faz um arco-íris, que decompõe a luz branca do Sol em suas cores componentes. Através desta decomposição é possível investigar-se a composição química do material que está emitindo a luz. Quanto à identificação da poeira, ela também é feita por uma técnica análoga, só que usando-se luz infravermelha: quando aquecida por estrelas na sua vizinhança, a poeira produz radiação infravermelha que pode ser detectada com equipamentos apropriados, o que permite que se caracterize a mesma.

Envio: 03/07/2015

Nome: Saulo Gonzaga Santos

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
Nos dois casos, a resposta é positiva. Quando entra em nossa atmosfera, a luz vinda de qualquer corpo celeste, seja emitida por uma estrela ou refletida por um planeta, é contaminada pela própria atmosfera. Além disso, a luz refletida por um planeta ou asteroide já traz informações da própria estrela. Nos dois casos, é preciso subtrair o que não se deseja: no caso da atmosfera da Terra, é feita simultaneamente uma medida do espectro do céu e o mesmo é subtraído daquele do corpo em estudo. Esse procedimento chama-se subtração da contaminação do céu. No caso de espectroscopia de planetas ou asteroides, o mesmo procedimento é feito: subtrai-se o espectro da estrela daquele do corpo.

Envio: 08/05/2015

Nome: Henrique Rozmyslak

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Questões que envolvem a teoria da relatividade nem sempre são de fácil compreensão. De fato o tempo não passa "do ponto de vista" de um fóton, porém as distâncias também se contraem. Assim, a resposta para sua questão é que o intervalo de tempo seria nulo devido ao efeito relativístico da dilatação do tempo, porém a distância percorrida também seria nula devido ao efeito relativístico da contração do espaço.

Envio: 25/02/2015

Nome: Kaio Santos

Cidade: São Paulo

Resposta:
De dentro de uma cidade, as melhores opções são procurar observar objetos que estão no alto do céu, e portanto mais afastados das fontes de luz. Quanto à posição do observador, já que dentro da cidade é inevitável a presença das luzes, a solução é observar a partir de locais mais escuros como o quintal de casa, ou mesmo de uma janela acima da iluminação pública, como dos andares mais elevados de um prédio. Outro ponto importante é o ajuste de uma câmera para fazer fotos astronômicas de dentro de uma cidade: procure sempre fazer um ajuste manual do balanço de cores (que a maioria das câmeras digitais possui) para anular o brilho amarelado que a iluminação pública produz no céu noturno. Outra opção é usar filtros que cortem a luz da iluminação pública, que normalmente é de sódio ou mercúrio.

Envio: 14/01/2015

Nome: Allan

Cidade: Franco Da Rocha, Sp

Resposta:
Sim, a constelação de Órion é visível de todo o mundo. O mesmo vale para todas as constelações que estão no Equador Celeste. Por estarem nesta posição no céu, habitantes de todo o planeta podem vê-la: na hora apropriada da noite, no equador ela é visível no zênite, bem no alto do céu, habitantes do hemisfério sul vêm a mesma ao norte do zênite, cada vez mais ao norte à medida que o observador vai se afastando do equador terrestre até que no pólo sul ela é vista junto ao horizonte. De modo análogo, quem está no hemisfério norte vê a mesma ao sul do zênite, e cada vez mais ao sul à medida que o observador se afasta do equador.

Envio: 06/10/2014

Nome: Rafaella

Cidade: Vila Velha,Es

Resposta:
Nós somos um instituto de astronomia e não de astronáutica. Estas são áreas distintas de especialidade, mas suas questões são fáceis de ser respondidas: os astronautas levam em suas naves todo o oxigênio, água e comida que consumirão na viagem. No caso da Estação Espacial Internacional, onde as pessoas às vezes ficam por muitos meses, existem naves não-tripuladas automáticas que levam suprimentos da Terra para lá periodicamente. Quanto aos cintos de segurança, eles são utilizados apenas na decolagem e no pouso.

Envio: 02/10/2014

Nome: Felipe Henrique Cardoso De Sá

Cidade: São Paulo,Sp

Resposta:
Tanto os refletores como os refratores têm pontos positivos e negativos. Se você conversar com astrônomos amadores experimentados, verá que existe o "partido dos refletores" e o "partido dos refratores". Em termos objetivos, refletores são melhores para objetos difusos como nebulosas e galáxias e são fabricados em diâmetros maiores, porém são mais frágeis no sentido de ter o tubo aberto e portanto estar sujeitos a danos no espelho primário devido a poeira ou umidade. Já os refratores requerem menos manutenção e são melhores para observar planetas. Veja com cuidado o link abaixo onde estas questões são discutidas em maior detalhe: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/telescopios/escolhendo/

Envio: 15/09/2014

Nome: Mateus

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não, asteroides não são visíveis a olho nu, e se fossem seu deslocamento em relação às estrelas seria muito menor. O que você viu muito provavelmente foi um satélite artificial. Por cerca de 2 horas após o pôr do Sol ou 2 horas antes do nascer, a alta atmosfera, cerca de 400 km acima da superfície, ainda está iluminada e é possível ver o reflexo do Sol nos satélites artificiais. Com um pouco de paciência, e de preferência num local com pouca iluminação artificial, é possível observar satélites todas as noites. A Estação Espacial Internacional por exemplo tem grandes painéis solares é pode ficar com brilho aparente bem forte quando o Sol reflete neles.

Envio: 08/09/2014

Nome: Adriano Silva Di Blasio

Cidade: Uberlândia-Mg

Resposta:
Existem aproximadamente 6000 estrelas com magnitude aparente mais brilhante que 6, e portanto visíveis a olho nu, distribuídas por toda a esfera celeste. Claro que metade destas 6000 estarão sempre abaixo da linha do horizonte e portanto, num local escuro e numa noite sem lua, existem cerca de 3000 estrelas que podem ser vistas a olho nu por um observador sem problemas de visão. Quanto a Antares, ela é mais avermelhada porque se trata de uma estrela vermelha mesmo! Uma supergigante vermelha para ser exato. Essa não é a única estrela avermelhada que se pode distinguir facilmente. Betelgeuse e Aldebaran são outras.

Envio: 03/09/2014

Nome: Cláudio Costa

Cidade: Rio Das Ostras - Rj

Resposta:
Surpreendentemente, o tamanho angular da Lua não muda se ela estiver próxima ao horizonte ou no alto do céu! Esta é uma ilusão de óptica comum e ocorre porque próximo do horizonte temos elementos para comparar com seu tamanho angular (um prédio, uma árvore, um morro...) e no alto do céu não existe esta comparação. Se você não está convencido de que se trata de uma ilusão de óptica, existe um teste simples de fazer: pegue uma folha de papel e faça um canudo, exatamente com o diâmetro angular da lua próxima do horizonte, como se fosse um "telescópio" sem lentes. Ajuste bem o diâmetro e fixe com uma fita adesiva. Espere algumas horas e repita a observação com a Lua no alto do céu. Você verá que o diâmetro angular não variou.

Envio: 21/08/2014

Nome: Adriano Silva Blasio

Cidade: Uberlândia-Mg

Resposta:
A luminosidade esbranquiçada que você vê é o disco da Via Láctea, nossa galáxia. A galáxia tem a forma de um disco, com o Sol está imerso no mesmo. Olhando em algumas direções, estamos vendo o plano deste disco, onde a concentração de estrelas mesmo a grandes distâncias é muito grande, o que produz a luminosidade difusa que você viu. Como curiosidade, se você observar na direção da constelações de Escorpião e Sagitário estará olhando na direção do centro da nossa galáxia. Nesta direção a luminosidade difusa alarga-se um pouco em função disto. Em outras direções a faixa luminosa é mais estreita. Como esta luminosidade muito fraca, o efeito é impossível de ser visto de ambientes urbanos onde a iluminação artificial é muito grande. A melhor condição para vê-la é num lugar bem escuro e numa noite sem lua.

Envio: 20/08/2014

Nome: Sérgio Santos Filho

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A refração atmosférica existe sim, porém é muito pequena e impossível de ser notada a olho nu. Mesmo em telescópios profissionais a mesma só é importante caso um objeto seja observado com grande ângulo zenital, a mais de 60 graus do zênite. Para ângulos zenitais menores a refração é irrelevante.

Envio: 18/08/2014

Nome: Angelo Andrade

Cidade: Rio De Janeiro, Rj

Resposta:
É impossível ver estrelas em fotos como estas porque as mesmas são muito fracas. Caso a foto retrate um astronauta, um detalhe da estação espacial ou algo assim, a luminosidade do mesmo sempre será muito maior que a das estrelas e as mesmas não aparecerão. É o mesmo que tirar uma foto noturna na Terra: se você fotografar algo com um flash, não verá estrelas. No espaço o Sol funciona como uma excelente fonte de luz, mas o céu fica escuro e a luminosidade das estrelas é muito pequena para aparecer. Porem nada impede que se façam fotos astronômicas a partir do espaço! O telescópio espacial é evidência disso.

Envio: 06/08/2014

Nome: Ian Lucas

Cidade: Caraguatatuba

Resposta:
Para atender os interesses muito diversificados da comunidade astronômica brasileira, o telescópio SOAR foi projetado e construído para ser de múltiplo uso e permite o uso de múltipla instrumentação. Ele não é utilizado para o estudo de alguns objetos em particular ou apenas de áreas de pesquisa específicas. Entre os objetos investigados através do mesmo existem deste asteroides até aglomerados de galáxias, passando por estrelas, nebulosas, quasares, galáxias externas, etc. Veja mais detalhes no site do mesmo: www.soartelescope.org

Envio: 03/08/2014

Nome: Ilmar Souza

Cidade: Campos Dos Goytacazes

Resposta:
Existem muitas estrelas duplas brilhantes que podem ser facilmente observadas com telescópios amadores, porém todas elas têm períodos muito longos, da ordem das dezenas ou centenas de anos. Veja no link abaixo uma lista de sistemas binários brilhantes com os períodos determinados. O período (em anos) está na coluna de nome "P".
http://www.ianridpath.com/binaries.htm

Envio: 01/08/2014

Nome: Rogério Moreira

Cidade: Cruzeiro-Sp

Resposta:
A velocidade da luz é constante, de 300.000 quilômetros por segundo. A estrela Betelgeuse está a 427 anos-luz da Terra, assim, se ela explodir hoje, apenas 427 anos depois essa explosão será vista na Terra. O telescópio Hubble está em órbita apenas 600 km acima da superfície, então a distância a ser percorrida pela luz emitida da estrela até ele é praticamente a mesma até a Terra. Note que não importa o tamanho do telescópio neste caso pois a luz precisa vir da fonte emissora até o mesmo.

Envio: 17/07/2014

Nome: Antonio Carlos Trevizan

Cidade: São Paulo - Sp

Resposta:
Existe uma grande quantidade de estrelas que são variáveis, ou seja, cuja luminosidade realmente varia, com períodos de variação que podem ir de segundos até anos. Porém o que observamos a olho nu quando uma estrela parece "piscar" ou então mudar de cor não é variação intrínseca das estrelas e sim o efeito da turbulência da atmosfera da Terra, ou então da passagem de nuvens ralas. Note que estes efeitos em geral parecem mais intensos quando a estrela está mais próxima do horizonte pois nesse caso a extensão de atmosfera que a luz da mesma atravessa é maior do que se ela estivesse no alto do céu.

Envio: 16/07/2014

Nome: Felipe Henrique Cardoso De Sá

Cidade: São Paulo

Resposta:
Não é possível porque a câmara de simulação de ambientes extraterrestres do Astrolab foi concebida apenas para suportar pressões negativas e a pressão em Titã é cerca de duas vezes a pressão atmosférica na Terra. O métodos de construção de vasos de pressão é diferente de câmaras de vácuo, e não é trivial converter de um para o outro. A temperatura não seria um problema, pois a câmara pode chegar até 7K na amostra. Existem planos de simular pressões positivas, mas isto requer o projeto e construção de outra câmara.

Envio: 09/07/2014

Nome: Bruno O. Galvão

Cidade: Brasília, Df

Resposta:
A "divisão" do céu em constelações é completamente arbitrária. Existe o conjunto de constelações ao qual estamos habituados, herdado da tradição clássica grego-romana, porém existem outros conjuntos completamente diferentes. Os povos nativos do Brasil tinham suas constelações, assim como os povos nórdicos, os hindus, os chineses, os povos do Pacífico e tantos outros. Assim, uma mesma região do céu pode figurar em diferentes constelações, cada uma originada de uma tradição. A constelação chinesa de Niú (o boi) é definida na mesma região do céu em que está a constelação de Capricórnio.

Envio: 26/06/2014

Nome: Josue

Cidade: Maringa-Pr

Resposta:
Explosões podem ocorrer no espaço sim, desde que planejadas corretamente. Na verdade isso ocorre com frequência pois nos lançamentos de foguetes é comum que tanques suplementares de combustível ou estágios sucessivos de um foguete sejam separados com pequenas explosões. Existem porém vários detalhes técnicos a serem considerados: a gravidade não influi em nada porém a ausência de oxigênio requer que todo o comburente seja transportado junto com o explosivo. E, de fato, a ausência da atmosfera e da gravidade faz com que a área de abrangência de uma explosão seja maior que aqui na Terra, porém o quão maior depende de vários fatores técnicos tais como o explosivo utilizado e a potência da explosão.

Envio: 25/06/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
Foguetes precisam ser lançados de modo que cheguem à órbita desejada em torno da terra com velocidade suficiente para não ser atraídos de volta à superfície pelo campo gravitacional terrestre. Esta velocidade depende da altura acima da Terra, a Estação Espacial por exemplo dá uma volta em torno da Terra a cada hora e meia aproximadamente a cerca de 400 km de altitude com velocidade de 27.000 km/h. Para adquirir tal velocidade é preciso acelerar, e para isso evidentemente é preciso combustível. Ora, um ponto no equador terrestre gira a 1670 km/h para percorrer o perímetro de 40.000 km em 24 horas. Um ponto mais próximo do polo percorre um perímetro menor nas mesmas 24 horas: a 45 graus de latitude a velocidade de um ponto na superfície devido à rotação da Terra é de 1180 km/h. Assim, quanto mais próximo do equador for feito o lançamento de um foguete, maior será sua velocidade inicial devido à própria rotação da Terra, e portanto maior será a economia de combustível para atingir uma órbita determinada.

Envio: 21/06/2014

Nome: Dennis

Cidade: Natal,Rn

Resposta:
Vênus aparece logo após o pôr do Sol OU ENTÃO um pouco antes do nascer. As duas situações não ocorrem numa mesma noite. O fato dele aparecer logo depois do ocaso do Sol ou um pouco antes da aurora depende dele estar a leste ou a oeste do Sol respectivamente, em sua órbita. Para localizar os planetas o melhor é você utilizar um programa de computador tipo planetário que simule o céu do local onde você está, no dia e hora que você quiser. Existem vários que são gratuitos e podem ser baixados e instalados facilmente num computador, como Stellarium ou Cartes du Ciel. Ambos têm versão em português.

Envio: 31/05/2014

Nome: Alessandro Almeida

Cidade: Macapá

Resposta:
Diferentes latitudes permitem observar diferentes regiões do céu. Um observatório no hemisfério norte permite observar objetos do hemisfério celeste norte e o mesmo vale para observatórios no sul. Já aqueles próximos ao equador permitem observar melhor os objetos próximos do equador mas não são bons para observar alvos próximos dos polos. Em síntese, observatórios em locais diferentes são complementares, não existem latitudes privilegiadas. O que existe como requisito a todos eles é que, além de estarem em locais sem poluição luminosa, observatórios profissionais devem ser instalados no mínimo 2000 metros acima do nível do mar e em locais secos.

Envio: 20/05/2014

Nome: Horacio Marques

Cidade: Campinas

Resposta:
Raios gama são radiação eletromagnética da mesma natureza da luz visível, ou das ondas de rádio, das microondas, do ultravioleta ou dos raios X. E toda a radiação eletromagnética sofre desvio para o vermelho como consequência da velocidade de afastamento de nós. Portanto, as emissões gama, ou surtos de raios gama como são as vezes referidas, sofrem sim desvio para o vermelho.

Envio: 10/05/2014

Nome: Felipe Eduardo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
A estrela polar pode sim ser vista em todas as regiões acima da linha do equador, porém no caso do Brasil, como a extremidade norte está poucos graus acima do Equador, isso significa que ela só pode ser vista poucos graus acima do horizonte, o que nem sempre é possível devido à topografia de cada local. Para o hemisfério sul não existe nenhuma estrela brilhante próxima ao polo sul que possa ser usada de forma análoga. Uma regra simples para localizar o ponto cardeal sul é através do Cruzeiro do Sul, este sim formado por estrelas brilhantes que podem ser facilmente identificadas: toma-se a distância angular entre as duas estrelas que marcam a "cabeça" e o "pé" da cruz (isso pode ser feito com os dedos da mão por exemplo), prolonga-se essa distância por quatro vezes e meia na direção do pé e deste ponto basta baixar uma vertical até o horizonte. Esta é a direção sul.

Envio: 26/03/2014

Nome: Rodrigo Propp

Cidade: Viamão

Resposta:
É difícil observar tal efeito mas ele é possível sim. Isso ocorre porque a atmosfera da Terra atua como um filtro natural de luz que é mais eficiente para atenuar o azul e menos eficiente para o vermelho. Pela mesma razão o Sol é mais avermelhado no horizonte do que quando está no alto do céu. Assim, mesmo que próximo ao horizonte a imagem seja de pior qualidade devido à maior espessura de atmosfera que a luz de um corpo celeste atravessa, a parte vermelha do luz é a menos atenuada de todas, assim parece mais reforçada ao observador.

Envio: 20/03/2014

Nome: Giovani Pavan

Cidade: São Bernardo Do Campo

Resposta:
Nós não mantemos um programa de acompanhamento de telescópios para
astronomia amadora disponíveis no mercado, assim, não temos como informá-lo
a respeito de marcas ou modelos específicos, mas existem várias regras
gerais que é bom conhecer. Existem no mercado distintos instrumentos,
para todos os gostos (e bolsos!). Como regra básica, deve-se evitar adquirir
instrumentos com diâmetro inferior a 60 mm e com lentes de plástico. Telescópios para ver outras galáxias necessitam ter pelo menos 100 mm de diâmetro e, mais importante, as observações devem ser feitas de lugares sem iluminação artificial e em noites sem Lua.

Existem vários sites na internet que descrevem regras ou sugestões para
aquisição de telescópios. Veja por exemplo os links abaixo:

http://astro.if.ufrgs.br/telesc/node4.htm

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/telescopios/escolhendo/

http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_A29.asp

Quanto a vendedores, não temos como recomendar um ou outro.
Telescópios normalmente são vendidos em lojas de equipamentos esportivos ou de
equipamentos ópticos. Existem também lojas que vendem telescópios na internet.

Procure também entrar em contato com astrônomos amadores pois são eles que
mais compram e mais conhecem este mercado.

Envio: 14/03/2014

Nome: Gilglécia

Cidade: Salvador, Ba

Resposta:
Isto ocorre devido às suas órbitas: o ciclo das fases da Lua, que é consequência de sua órbita em torno da Terra, se repete a cada 29,5 dias em em alguns momentos deste ciclo é possível vermos a mesma durante o dia já que ela é muito brilhante e mesmo com o céu iluminado pela luz do Sol é possível vê-la. Para Vênus ocorre o efeito análogo, só que sua órbita é em torno do Sol: em algumas fases de seu período orbital podemos vê-lo durante o dia mesmo com o Sol acima do horizonte.
Deve-se notar que tanto a Lua como Vênus têm brilho aparente muito grande. Claro que nem um nem outro tem luz própria, eles apenas refletem parte da luz do Sol que incide sobre os mesmos, porém estão suficientemente próximos de nós para que sejam os corpos mais brilhantes do céu, com exceção do próprio Sol. Com um pequeno telescópio é possível também visualizar outras estrelas brilhantes durante o dia.

Envio: 07/03/2014

Nome: Dhoy

Cidade: Pedra Branca-Ce

Resposta:
A melhor maneira de identificar os astros é instalar em seu computador um programa que funcione como um planetário digital. Existem vários que são gratuitos e estão disponíveis via internet. Procure por "Stellarium", "Celestia" ou "Cartes du Ciel", baixe e instale. Alguns deles têm versão em português. Após instalar, configure informando sua localização (latitude e longitude normalmente) e a hora local.

Envio: 11/02/2014

Nome: Sirlene Dolnisck

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
Não, o céu visível a olho nu seria totalmente diferente. As estrelas que vemos a olho nu estão em média muito próximas da Terra em termos astronômicos, em geral dezenas ou centenas de anos-luz. Um observador que estiver em outra estrela verá um céu noturno totalmente diferente, com outras estrelas formando outras constelações no céu. O mesmo vale para outra galáxia: um observador lá veria um céu totalmente distinto do que vemos.

Envio: 27/01/2014

Nome: Wagner

Cidade: Sorocaba

Resposta:
Em nosso departamento não mantemos um programa de acompanhamento dos livros sobre astronomia publicados no mercado nacional, portanto não temos como fazer uma comparação entre todos e indicar um ou outro. Se você procura ilustrações em alta definição, é melhor procurar traduções de livros estrangeiros pois, que seja de nosso conhecimento, não existem livros nacionais especializados em imagens astronômicas. O que podemos indicar são os livros escritos ou editados por professores de nosso próprio departamento. Alias, dois deles, "O Fascínio do Universo" e "O Céu que nos Envolve" estão disponíveis gratuitamente na forma eletrônica. Você pode encontrar uma lista de todos aqui: http://www.iag.usp.br/astronomia/livros-e-apostilas

Envio: 14/12/2013

Nome: Romário

Cidade: Recife

Resposta:
Os alvos astronômicos que podem ser vistos com um telescópio dependem de vários fatores. Um dos mais importantes é a abertura, ou seja, o diâmetro do mesmo. Uma abertura de 60 milímetros é o mínimo para um telescópio, e mesmo assim é um pouco limitada. Com ele você poderá ver planetas, nebulosas e aglomerados estelares. Já as galáxias sāo muito fracas e poucas poderāo ser vistas com este instrumento. Ao fazer as observações, procure um lugar sem iluminaçāo artificial, e de preferência em noites sem lua. E nāo esqueça: NUNCA aponte o telescópio para o sol.

Envio: 12/12/2013

Nome: Sonia Alves Negrão

Cidade: São Paulo

Resposta:
Diferentes satélites operam em diferentes faixas de comprimento de onda, nāo apenas na faixa visível do espectro eletromagnético, portanto o que se vê em imagens produzidas pelos mesmos nāo é o que se veria a olho nu. O satélite Spitzer por exemplo trabalha na faixa do infravermelho, o satélite Planck trabalha na faixa das microondas e o satélite Compton trabalha na faixa dos raios gama. Em todos esses casos as imagens produzidas pelos mesmos estāo fora da faixa de energia que olhos humanos veriam. Mesmo no caso de satélites que operam na faixa óptica como o Telescópio Hubble as imagens têm cores realçadas artificialmente para ressaltar diferentes nuances dos objetos fotografados.

Envio: 28/10/2013

Nome: Luan Gustavo Bueno Pinto

Cidade: Curitiba, Pr

Resposta:
Em termos de astronomia profissional, há muito tempo todos os telescópios construídos são refletores. Não é possível construir grandes refratores porque o conjunto de lentes objetivas fica muito espesso e, consequentemente, a perda de luz na própria lente é muito grande. Além disso, lentes necessitam ser fixadas apenas pelas bordas (ao contrário dos espelhos que podem ter apoios em toda a sua superfície inferior) e por causa disso, no caso de refratores muito grandes, elas tendem a se deformar pelo seu próprio peso. O maior refrator do mundo é o telescópio Yerkes, nos Estados Unidos, construído em 1895 e que tem diâmetro de 40 polegadas (1,02 metros). Atualmente os refratores são usados apenas para astronomia amadora.

Envio: 26/10/2013

Nome: Luan Gustavo Bueno Pinto

Cidade: Curitiba, Pr

Resposta:
O primeiro telescópio refrator foi usado por Galileo Galilei em 1609. Ele não o inventou, apenas aperfeiçoou para uso astronômico o refrator inventado no ano anterior na Holanda por Hans Lippershey, um fabricante de óculos. Originalmente o instrumento se destinava para uso naval. Já os refletores são um pouco posteriores. Atribui-se a Isaac Newton a invenção do telescópio astronômico refletor, o que ocorreu em 1668.

Envio: 24/09/2013

Nome: Leopoldo Costa Sobral

Cidade: Curitiba

Resposta:
O disco da Via Láctea pode ser visto como uma faixa de luminosidade difusa, muito fraca, visível apenas em noites sem Lua, e a partir de locais com pouca ou nenhuma iluminação artificial. De dentro do perímetro urbano de uma cidade a iluminação artificial impede que o mesmo seja visto. O bojo da nossa galáxia, por sua vez, pode ser visto como uma estrutura aproximadamente circular, com diâmetro maior que a luminosidade difusa do disco, porém ainda mais fraca, visível na direção das constelações de Sagitário e Capricórnio. Já o núcleo da galáxia é totalmente encoberto pela poeira difusa entre as estrelas. Ele não pode ser visto nem mesmo com telescópios profissionais, sendo observado apenas de modo indireto.

Envio: 29/08/2013

Nome: Rafaela Azevedo

Cidade: Ipiguá, Sp

Resposta:
Não temos em nosso instituto um programa de construção de telescópios caseiros. Recomendamos que você consulte este site, que tem excelentes roteiros de como construir telescópios:
http://www.observatorio-phoenix.org/ Em particular veja em "Telescópios" na coluna da esquerda.

Envio: 29/08/2013

Nome: Celso Pavani

Cidade: Sao Paulo

Resposta:
Estas imagens normalmente têm cores e contrastes reforçados para melhorar a visualização. Vistas através de um telescópio normalmente as cores são percebidas muito mais tênues, e na maioria dos casos não são percebidas ao olho de modo algum. Apenas através de imagens com tempo de exposição grandes as cores começam a ser aparentes.

Envio: 12/03/2013

Nome: Silvia

Cidade: Curitiba

Resposta:
Em termos rigorosos, todos os corpos emitem alguma energia, a não ser que estejam no zero absoluto de temperatura (equivalente a -273 C). Nossos corpos por exemplo emitem radiação infravermelha, ou seja, calor. Em termos astronômicos os corpos que produzem energia são as estrelas, e isto ocorre apenas com elas devido à ocorrência de fusão termonuclear em seus núcleos. Lá no interior dos núcleos estelares a matéria se transforma em energia, e esta energia é a luz que vemos das estrelas. Os demais corpos como os planetas, satélites ou cometas refletem uma parte da energia que chega neles e absorvem e reemitem outra parte. Nosso planeta por exemplo recebe luz visível do sol e a reemite na forma de calor. Se não fosse assim o planeta iria se esquentar continuamente desde sua formação, o que não acontece.

Envio: 08/02/2013

Nome: Leonardo Domingues

Cidade: Itapecerica Da Serra

Resposta:
Existe muito pouca informação em português sobre eventos astronômicos. Se você puder ler em inglês, a quantidade de material existente é bem maior. Segue abaixo uma lista de alguns bons calendários astronômicos:

http://www.seasky.org/astronomy/astronomy-calendar-current.html
http://astronomical-calendar.org.uk/
http://www.calsky.com/
http://www.cosmobrain.com.br/res/astroevent.html

Outra boa ferramenta para astronomia amadora são os programas tipo "planetário". Eles constroem o mapa do céu para o seu local de observação para qualquer data e hora. Com eles você terá muito mais facilidade para localizar os planetas, asteróides, cometas conhecidos, aglomerados, nebulosas, galáxias, etc. Escolha um deles e instale em seu computador:

http://www.stellarium.org/
http://www.shatters.net/celestia/
http://www.ap-i.net/skychart/start

Quanto à sua questão sobre supernovas, ela já foi respondida. Veja em nossa lista.

Envio: 02/02/2013

Nome: Sophia Sano

Cidade: São Paulo

Resposta:
Nem todos os astros têm luz própria. São as estrelas como o Sol que produzem energia e dessa forma emitem luz. Outros corpos do Sistema Solar como os planetas, satélites, asteróides e cometas apenas refletem a luz do Sol. Claro que as galáxias, que são grandes conjuntos de estrelas, também emitem sua própria luz. Não é possível ver estrelas durante o dia porque a luz do Sol é espalhada pela atmosfera da Terra, produzindo assim a luminosidade azul do céu diurno. Esta luminosidade nos impede de ver as estrelas durante o dia.

Envio: 17/01/2013

Nome: Érico Percy

Cidade: ??

Resposta:
A magnitude aparente de uma supernova depende da distância da mesma. Caso a supernova for numa galáxia próxima à nossa, poderá sim ser vista com um telescópio doméstico. Se for numa galáxia distante, apenas poderá ser vista com equipamentos profissionais.
Vale lembrar que a supernova da Grande Nuvem de Magalhães, observada em fevereiro de 1987, era visível a olho nu. E caso tivermos a chance de observar uma supernova na nossa própria galáxia, ela será extremamente brilhante. A última observada na Via Láctea foi em 1604 e era tão brilhante que podia ser vista a olho nu durante o dia.

Envio: 13/02/2024

Nome: Stephany

Cidade: Cotia- São Paulo

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada, portanto conhecimentos de física, matemática e computação são essenciais na formação de um/a futuro/a astrônomo/a. Os três cursos citados são da mesma área de computação, mas não temos como analisar a estrutura curricular de cada um deles para responder com exatidão. O que podemos dizer é que a ciência de dados é uma das áreas que mais cresce em termos de análise de dados em astronomia e certamente tem um grande potencial de aplicabilidade não só em astronomia mas em diversas áreas de atividade, da física até a economia.

Envio: 16/03/2023

Nome: Agustina Segatta

Cidade: Rj

Resposta:
O ingresso no programa de pós-graduação em astronomia é feito através de um processo seletivo que inclui uma prova de conhecimentos, análise do histórico escolar e análise de currículo. A prova de conhecimentos é o EUF (Exame Unificado de Física), que requer conhecimentos compatíveis com os programas dos bacharelados em astronomia ou em física, porém não existe impedimento de que uma pessoa de outra área preste o exame. Se for aprovada, a pessoa pode se inscrever na pós-graduação sem problemas. Veja mais detalhes sobre o ingresso no programa de pós-graduação na página do mesmo: https://www.iag.usp.br/pos/astronomia/portugues/inicio , em particular, veja os editais do processo seletivo na coluna da esquerda.

Envio: 10/01/2023

Nome: Daniele Aparecida Da Silva

Cidade: Piedade De Caratinga

Resposta:
Sim, o ingresso na pós-graduação em astronomia requer principalmente conhecimentos de física. Neste caso, sugerimos que você faça o bacharelado em física (licenciatura não serve!) e depois a pós-graduação em astronomia. Existem excelentes programas de pós-graduação em astronomia em diversos estados do Brasil.

Envio: 19/12/2022

Nome: Taynara Jéssica De Melo

Cidade: Penha-Sc

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada, ou seja, astrofísica. Uma carreira profissional em astronomia começa com a formação universitária, que pode ser o bacharelado em física ou em astronomia, e depois prossegue com a pós-graduação na área. Para um/uma adolescente de 15 anos descobrir se tal carreira está ou não dentro de suas aptidões, é necessário ver se a pessoa gosta e tem aptidão para física, matemática e computação, que são requisitos básicos ao longo de toda a carreira. Atualmente em quase todos os estados do Brasil existem universidades com bons bacharelados em física (em astronomia existe em poucos lugares) e também existem excelentes programas de pós-graduação em astronomia em diversos estados, portanto nesta fase de formação, ou seja, no ensino médio, o importante é saber se a pessoa gosta da área das ciências exatas.

Envio: 03/12/2022

Nome: Júlia Seraphim

Cidade: Campinas

Resposta:
Sim, é possível sim fazer pós-graduação em astrobiologia tendo biologia como formação inicial. Astrobiologia é uma área de pesquisa altamente interdisciplinar, que envolve especialistas em biologia, química, física e astronomia.

Envio: 23/08/2022

Nome: Bianca Melo

Cidade: Mairiporã

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia é uma área da física aplicada, portanto o curso, assim como a atividade profissional, exigem bastante conhecimento nestas áreas. Claro que não é preciso você entrar sabendo tudo, é para isso que o curso existe, mas é importante saber que o bacharelado em astronomia tem a mesma carga de física, matemática e computação do bacharelado em física. Visite a página do Bacharelado em Astronomia no nosso site e examine em particular a matriz curricular e as informações sobre o mercado de trabalho para ver se você acha o curso interessante: https://www.iag.usp.br/astronomia/bacharelado-em-astronomia

Envio: 20/07/2022

Nome: Mateus

Cidade: Gurupi-To

Resposta:
Certamente o lançamento do telescópio Webb chamou a atenção dos meios de comunicação para a astronomia e este tipo de visibilidade é um estímulo para os jovens interessados em ciências de modo geral. Mas não é só ele! A divulgação de novos resultados científicos (como a imagem do buraco negro central da Via Láctea) também desperta o mesmo tipo de interesse. Este tipo de visibilidade é de curta duração, em pouco tempo deixa de ser novidade e não aparece mais na imprensa, portanto é importante que os meios de comunicação sejam sempre informados sobre as novas descobertas científicas. Por isso mesmo os grandes observatórios e institutos científicos atualmente têm assessorias de comunicação destinadas a divulgar os resultados obtidos.

Envio: 28/04/2022

Nome: Amanda Souza

Cidade: Barueri - Sp

Resposta:
O ingresso na área de astroquímica pode ser feito através da astronomia ou do programa de pós-graduação em química. Você deve entrar em contato com o Instituto de Química para maiores esclarecimentos. O ingresso na pós-graduação em astronomia é feito através de um processo seletivo que inclui um exame de conhecimentos de física e matemática. Não é necessário ser formado/a em astronomia ou física para fazer esse exame, mas os conteúdos do mesmo são compatíveis com o que é ensinado no bacharelado em astronomia ou em física. Para maiores esclarecimentos, veja a página do nosso programa de pós-graduação: https://www.iag.usp.br/pos/astronomia/portugues/inicio . Em particular, veja a aba "Seleção" no menu horizontal superior. Quanto a visitas ao IAG, não temos um programa de visitas individuais, pois não existem recursos humanos para tanto, mas temos atividades de extensão, algumas das quais incluem visitas. Veja mais detalhes no nosso website, em particular veja as atividades descritas na aba "Cultura e Extensão" no menu superior: https://www.iag.usp.br/astronomia/

Envio: 23/12/2021

Nome: Pedro Henrique Souza Santos

Cidade: Maceió

Resposta:
A Astronomia, vista como atividade profissional, está muito próxima da Física. No Brasil os profissionais trabalham em universidades onde existe pesquisa na área ou em institutos de pesquisa do governo federal. A atividade profissional é muito variada, ela envolve preparar e executar projetos de pesquisa científica, que tanto podem ser observacionais, coletando e processando dados obtidos em observatórios astronômicos profissionais, como teóricas, através de modelagens computacionais ou teórico-matemáticas. Também faz parte da atividade profissional preparar e ministrar aulas, bem como as tarefas de orientação de estudantes de graduação e pós-graduação. A formação de um pesquisador em astronomia, assim como em todas as ciências naturais, precisa ser completa: graduação, mestrado e doutorado. Sem dúvida que qualquer um pode ser astrônomo, desde que seja aprovado em um vestibular e faça sua formação completa. Ela inicia com o bacharelado em física ou em astronomia e depois segue com a pós-graduação em astronomia. Veja em nosso site as questões respondidas na aba "A profissão de astrônomo" e veja também no link a seguir mais informações sobre o curso de astronomia e a profissão: http://www.astro.iag.usp.br/~bacharelado/

Envio: 28/10/2021

Nome: Vitor

Cidade: Curitiba

Resposta:
A área de astrobiologia (e correlatas) é muito jovem no mundo todo e no Brasil não é diferente. Existem programas de pós-graduação nessa área em diversas universidades brasileiras, alguns são já consolidados e outros estão no início. Não temos como fornecer uma lista completa, até para evitar omissões, mas entre as universidades com núcleos de pesquisa ativos na área pode-se listar USP, UFRGS, UFRJ, UEL, LNLS, ON, entre outros. As condições para ingresso nos programas de pós-graduação variam muito, não existe uma regra única. Nossa sugestão é que você se informe junto a alguns programas sobre as condições de ingresso e sobre as áreas de pesquisa existentes em cada um.

Envio: 28/09/2021

Nome: Leonardo Ramos

Cidade: Santo Andre

Resposta:
O processo seletivo para ingresso na pós-graduação em astronomia é feito através de um exame de conhecimentos de física, chamado "Exame Unificado de Física", ou EUF, que é utilizado na seleção candidatos para cursos de pós-graduação em física e astronomia de diversas faculdades do país. Assim sendo, com certeza o curso de física irá preparar você melhor para o processo seletivo de ingresso na pós-graduação em astronomia.

Envio: 22/09/2021

Nome: Giovanna Da Mata

Cidade: Goiânia

Resposta:
O Bacharelado em Astronomia possibilita a dupla titulação com o Bacharelado em Física. Para obtê-lo basta fazer um conjunto de disciplinas complementares que geralmente tomam um ano a mais. Quanto à Licenciatura em Física, este é um curso diferente. Um bacharel em astronomia certamente pode cursá-lo através do mecanismo de ingresso de diplomados que a universidade possui e obter a equivalência de muitas disciplinas. Mas é preciso fazer todo o conjunto de disciplinas de didática e pedagogia, bem como os estágios docentes. Nesse caso não se trata de dupla titulação, trata-se de fazer outro curso.

Envio: 07/09/2021

Nome: Maria Fernanda Siqueira Dos Santos

Cidade: Teresina

Resposta:
Não existem telescópios instalados na Estação Espacial, então não é comum a presença de astrônomos. Já houve casos de astrônomos presentes na estação, mas poucos, já que pesquisas lá realizadas estão mais relacionadas à astronáutica do que à astronomia. Vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada, então os profissionais precisam sim ter aptidão para as ciências exatas, em particular física, matemática e computação. Para saber mais sobre o curso de astronomia e a profissão de astrônomo, veja as páginas do curso na internet: http://www.astro.iag.usp.br/~bacharelado/ Em particular, veja as Perguntas Frequentes na aba "O Curso", no menu horizontal superior

Envio: 20/05/2021

Nome: Enzo Daniel Abreu

Cidade: São João Da Boa Vista

Resposta:
Em todas as áreas de pesquisa acadêmica (física, matemática, astronomia, química, biologia, ...), os profissionais com posições permanentes têm doutorado na área. Isso significa que aqueles que pleiteiam essas posições já fizeram graduação, mestrado, doutorado e, em muitos casos, pós-doutorado também. Tudo isso toma tempo. Em geral os profissionais contratados em universidades onde existe pesquisa na área têm mais de 30 anos e iniciaram sua graduação há mais de 10 anos. Por outro lado, nossa experiência dentro da USP mostra que algumas pessoas optam por caminhos diferentes, fazem o bacharelado em astronomia e vão direto para o mercado de trabalho, trabalhando em ensino ou divulgação científica. O caminho a seguir depende da vocação e das aptidões de cada um.

Envio: 16/01/2021

Nome: Giulia Cristina Da Silva

Cidade: Varzea Paulista

Resposta:
Sim, é o que as pessoas normalmente fazem: ingressam na graduação e, uma vez que ela seja concluída, entram diretamente na pós-graduação. Mas a passagem da graduação para a pós-graduação não é automática, existe um exame de admissão que todos precisam fazer, inclusive quem cursou astronomia na USP.

Envio: 29/11/2020

Nome: Robson Adriano Machado Júnior

Cidade: Sorocaba/Sp

Resposta:
O mercado de trabalho em astronomia não é grande, existem poucas vagas, mas por outro lado o número de profissionais também é muito pequeno. Não se pode esquecer que, como em todas as áreas de pesquisa acadêmica, os empregos para pesquisadores em astronomia são para quem doutorado na área. O mesmo vale para pesquisadores em física, química, matemática... Sendo assim, os números se equilibram: existem poucas vagas mas também existem poucos profissionais qualificados no mercado.

Envio: 20/01/2020

Nome: Matheo Angelo

Cidade: Fortaleza, Ce

Resposta:
Astrobiologia é um tema interdisciplinar. Ele envolve profissionais com distintas origens tais como astronomia, física, química e biologia. Para seguir carreira acadêmica nessa área o importante é fazer pós-graduação "stricto sensu", ou seja, mestrado e doutorado, na área. No Brasil existem poucas instituições com grupos de pesquisa em astrobiologia, mas aqui na Universidade de São Paulo temos um grupo de pesquisas bastante ativo nesta área.

Envio: 18/11/2019

Nome: Isabelle Aristeu

Cidade: Resende, Rj

Resposta:
Astrônomo amador é aquela pessoa que tem outra atividade profissional e dedica-se à astronomia apenas por satisfação pessoal, como um hobby. O astrônomo profissional, ao contrário, tem na astronomia a sua profissão, ou seja, recebe o seu salário pela atividade profissional como astrônomo.

Envio: 03/09/2019

Nome: Vitor Cazarotti Venante

Cidade: Itapoá, Sc

Resposta:
Essa possibilidade existe sim. A seleção para ingresso nos programas de pós-graduação em astronomia requer fundamentalmente conhecimentos de física e matemática. Alguns dos bons programas de pós-graduação em astronomia do Brasil estão em instituições que não têm graduação em astronomia, como no caso das universidades federais do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Norte, dentre outras. Nesses casos, praticamente todos os pós-graduandos vêm da física. Não existe nenhuma diferença na formação ou na credibilidade de um pesquisador da área de astronomia por ele ser oriundo de uma graduação em física ou em astronomia, o que vai definir a qualidade de sua formação é o programa de pós-graduação no qual ele/ela fez mestrado e doutorado.

Envio: 23/11/2018

Nome: César Gomes Cardoso

Cidade: Teresina, Pi

Resposta:
Para quem já tem bons conhecimentos de física ao nível da graduação, a sequência normal é fazer uma pós-graduação em astronomia, optando por um tema específico de pesquisa dentro da área. Caso tratar-se de alguém que não deseje uma formação tão aprofundada, o IAG oferece cursos de extensão. Um deles, chamado "Introdução à Astronomia e à Astrofísica" é destinado especificamente a graduados e graduandos na área das ciências exatas. E para aqueles que preferem uma formação autodidata, existem também bons livros de introdução à astronomia que cada um pode estudar no seu próprio ritmo.

Envio: 27/10/2018

Nome: Lucas Gomes

Cidade: São Paulo

Resposta:
Após concluído o bacharelado o astrônomo se especializa numa área específica através de um programa de pós-graduação, fazendo mestrado e doutorado naquela área. Não é usual que uma pessoa faça duas pós-graduações em áreas diferentes, até porque um programa de pós-graduação toma muito tempo e requer muito trabalho.

Envio: 25/09/2018

Nome: Julia

Cidade: Passo Fundo - Rs

Resposta:
O ingresso para o Programa de Pós-Graduação em Astronomia do IAG/USP é feito através de um exame de admissão. Este exame atualmente é o EUF (Exame Unificado das Pós-Graduações em Física), elaborado e aplicado a nível nacional simultaneamente. Nada impede que pessoas de qualquer área prestem o exame, mas ele foi concebido para avaliar conhecimentos de física e matemática compatíveis com o bacharelado em física, matemática ou astronomia. Para maiores informações sobre a admissão em nosso programa de pós-graduação, veja aqui:
http://www.iag.usp.br/pos/node/55

Envio: 26/03/2018

Nome: Maria Eduarda Meneses

Cidade: Embu Das Artes,Sp

Resposta:
Na USP não existe um juramento específico para o bacharelado em astronomia. Por ocasião da formatura, os formandos fazem o mesmo juramento das outras áreas científicas, jurando trabalhar pelo progresso da ciência no Brasil.

Envio: 12/03/2018

Nome: Gabriel

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Para ver em detalhes como funciona o nosso programa de pós-graduação em astronomia, veja as páginas do mesmo: http://www.iag.usp.br/pos/node/55 Nessas páginas você encontra uma descrição do programa, as regras de ingresso e as regras de concessão de bolsas de estudo.

Envio: 10/01/2018

Nome: Giovanna Alyssa Marques Da Silva

Cidade: Santo André, Sp

Resposta:
A opção por uma carreira profissional é sempre difícil e sujeita a incertezas. "Valer a pena" é um conceito muito pessoal e não é possível dar uma única resposta. Temos em nosso curso muitos alunos extremamente satisfeitos e outros que já concluíram o curso e agora seguem sua carreira. Por outro lado, existem também alguns que experimentaram e depois preferiram optar por outro caminho. Nossa sugestão é que você visite o IAG numa de nossas atividades abertas, ou entre em contato e converse com os estudantes e professores, procurando conhecer melhor o curso e a atividade profissional. Isso permitirá a você tomar uma decisão mais segura.

Envio: 04/12/2017

Nome: Elaine Caires Costa

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
Desde 2016 a seleção para o ingresso no programa de pós-graduação em astronomia do IAG/USP é feito pelo Exame Unificado de Física (EUF), que seleciona os interessados para a maioria dos programas de pós-graduação em física do Brasil. Em princípio nada impede que uma pessoa com licenciatura em física faça o exame, mas as questões são elaboradas para candidatos que tenham formação de bacharelado em física, em matemática ou em astronomia. Veja maiores detalhes sobre o EUF aqui:
http://portal.if.usp.br/pg/pt-br/exame-unificado-de-ingresso-euf

Envio: 03/12/2017

Nome: Sonny Anderson

Cidade: Camaçari/Ba

Resposta:
A NASA é uma agência de pesquisas do governo dos Estados Unidos. Ela aceita pesquisadores de outros países desde que sejam bastante qualificados. O caminho para chegar lá é começar seus estudos no Brasil, numa área de interesse deles como física, astronomia ou algumas especialidade da engenharia. Depois a formação continua com a pós-graduação (mestrado e doutorado) e a pessoa se torna um especialista num campo de pesquisa. Aí então pode-se pleitear uma colocação num dos institutos de pesquisa da NASA. É um caminho longo mas não é impossível, tem diversos brasileiros trabalhando lá.

Envio: 02/11/2017

Nome: Cármen Eloise

Cidade: São Paulo

Resposta:
Em princípio sim, nada impede que uma pessoa com graduação em outra área que não seja astronomia, física ou matemática entre em nosso programa de pós-graduação. A partir do início de 2017 o ingresso no Programa de Pós-Graduação em Astronomia do IAG é feito através do Exame Unificado das Pós-Graduações em Física (EUF), quem for aprovado no mesmo está admitido no programa, não importando a sua faculdade de origem. Como o programa foi concebido para avaliar conhecimentos de Física e Matemática, quem tiver formação na área de exatas terá mais facilidade em se preparar para o mesmo.

Envio: 09/09/2017

Nome: Mariana

Cidade: São Gonçalo, Rj.

Resposta:
Essa questão pode ser feita para todas as áreas das ciências. Fazer pesquisa em qualquer área implica em conhecer essa área profundamente, saber quais são os problemas em aberto a abordar um deles. As atividades de pesquisa em astronomia são feitas em grupos de pesquisa, que estão nas universidades onde existe pesquisa na área ou nas instituições de pesquisa governamentais da área tais como o Laboratório Nacional de Astrofísica, o Observatório Nacional ou o INPE.

Envio: 09/08/2017

Nome: Luiza

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Ao longo do curso de astronomia os estudantes têm sim possibilidades de aprofundar seus conhecimentos. Isso não se dá na forma de estágios em outras instituições mas em programas de iniciação científica dentro do próprio Departamento de Astronomia, trabalhando com professores de distintas linhas de pesquisa. Após a formatura a maioria dos estudantes prossegue seus estudos em programas de pós-graduação mas alguns vão trabalhar em atividades de divulgação em planetários ou centros de ciência.

Envio: 02/06/2017

Nome: Katia

Cidade: Belém Pa

Resposta:
O ingresso no programa de pós-graduação em astronomia do IAG/USP é feito através de um exame de seleção. Esse exame envolve conteúdos de matemática e física compatíveis com o programa do Bacharelado em Astronomia e do Bacharelado em Física. Pessoas com formação em outras áreas podem sim prestar o exame de seleção, mas todos os ingressantes necessitam ser aprovados no mesmo. Para maiores detalhes, veja as páginas de nossa pós-graduação. Em particular veja a aba "Seleção" no menu superior:
http://www.iag.usp.br/pos/node/55

Envio: 13/05/2017

Nome: Maicon Dos Santos Felix

Cidade: São Mateus

Resposta:
O ingresso ao programa de pós-graduação em Astronomia do IAG/USP é feito por um exame de seleção que envolve conhecimentos de física e matemática compatíveis com os bacharelados em astronomia ou em física. Nada impede que alguém graduado em engenharia se inscreva para o programa, basta ser aprovado no exame de seleção e ele será admitido. Veja mais detalhes sobre nosso programa de pós-graduação aqui: http://www.iag.usp.br/pos/node/55

Envio: 16/03/2017

Nome: Akira Morgana

Cidade: Barra Do Garças Mt

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada. O bacherelado em astronomia tem uma grade curricular muito similar à do bacharelado em física, mas acrescido de disciplinas específicas de astronomia em todas as áreas (sistema solar, astronomia estelar, galáxias e estrutura do universo), bem como de instrumentação astronômica. O curso dá também uma sólida formação em matemática e computação, que são essenciais para a atividade profissional na área.

Envio: 24/09/2016

Nome: Guilherme Barroso Oliveira

Cidade: São Roque - Sp

Resposta:
A USP oferece sim parte de suas vagas através do SISU, e portanto a pontuação do ENEM pode sim ser usada para ingresso. Mas no caso da astronomia isso vale para 20% das vagas, as demais são oferecidas pelo vestibular da FUVEST.

Envio: 12/09/2016

Nome: Ferreira Keilon

Cidade: São Luís

Resposta:
Essa questão não pode ser respondida em grande detalhe. O Departamento de Astronomia do IAG/USP por exemplo é o maior do Brasil e tem pesquisadores que trabalham em dezenas de linhas de pesquisa diferentes. Existem linhas que podem estar temporariamente "na moda" mas isso não quer dizer que as demais estejam sendo negligenciadas. Entre as linhas que estão em destaque atualmente está a busca de planetas extrassolares, aqueles em torno de outras estrelas que não o Sol; outra linha bem atual é o estudo da chamada "energia escura", ou seja, o motivo pelo qual a taxa de expansão do universo está se acelerando no tempo. A natureza da matéria escura é outro tema em destaque atualmente.

Envio: 10/09/2016

Nome: Tayná Nascimento

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Astroquímica é uma área da astronomia, assim, é necessário uma formação inicial em física ou astronomia. O conteúdo de astroquímica é visto posteriormente na pós-graduação, apenas por quem estiver envolvido em projetos de pesquisa nesta área.

Envio: 21/07/2016

Nome: Júlia

Cidade: Pelotas,Rs

Resposta:
A atividade diária de um astrônomo depende do local onde ele trabalha. Caso for numa universidade, como é o caso da maioria dos astrônomos no Brasil, de fato uma parte do tempo será dedicada à atividade docente: preparar e ministrar aulas. Outras partes serão as atividades de pesquisa e de orientação de estudantes de graduação e pós-graduação. Aqueles astrônomos que trabalham em institutos de pesquisa que não estão em universidades normalmente não necessitam dedicar tempo à docência. Aqui no Brasil temos institutos de pesquisa do Governo Federal que têm este perfil como o Observatório Nacional, o INPE e o Laboratório Nacional de Astrofísica, eles não estão em universidades mas, no caso do ON e do INPE, existem programas de pós-graduação e os astrônomos lecionam nestes cursos.

Envio: 30/03/2016

Nome: Leon Lima Carambula

Cidade: Pirenópolis

Resposta:
A faculdade de astronomia não é a única porta de entrada para quem quer se tornar um astrônomo profissional. Note que, como em todas as carreiras científicas, o conteúdo mais aprofundado de astronomia é visto na pós-graduação. No Brasil só existem faculdades de astronomia na USP, em São Paulo, e na UFRJ, no Rio de Janeiro, porém é perfeitamente possível ingressar num programa de pós-graduação em astronomia tendo feito o bacharelado em física, e existem bons bacharelados em física em todas as regiões do país. Na verdade, como existem poucos bacharelados em astronomia, a maioria dos pós-graduandos na área vêm do curso de física e não da astronomia.

Envio: 13/02/2016

Nome: Marcos Antônio

Cidade: Cruzeiro Do Sul,Acre.

Resposta:
A decisão sobre investir mais em uma área científica ou outra cabe às autoridades públicas pois são eles que controlam os recursos a ser investidos. A exploração espacial é uma área extremamente custosa em termos dos investimentos necessários para produzir bons resultados e infelizmente as autoridades públicas não têm investido nesta área.

Envio: 13/02/2016

Nome: João Antonio Nascimento Santos

Cidade: Canapi, Al

Resposta:
Geofísica é o estudo do interior da Terra. Astronomia é o estudo de todos os corpos celestes e astrofísica é uma abordagem mais profissional da astronomia já que, vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada, ou seja, astrofísica. Existem sim divisões temáticas na astronomia, as principais são: astronomia do Sol e sistema solar, astronomia estelar, astronomia galáctica e astronomia extragaláctica. Cosmologia é o estudo da estrutura em larga escala e da evolução do universo como um todo.

Envio: 10/02/2016

Nome: Wenid Gabriel

Cidade: Barueri, Sp

Resposta:
O ingresso no Programa de Pós-Graduação em Astronomia é feito através de um exame de seleção: quem for aprovado neste exame é admitido. O programa deste exame consta de matemática e física no nível do que é ensinado no bacharelado em física ou em astronomia. Nada impede que pessoas de outras áreas correlatas como licenciatura em física ou engenharia façam o exame, mas terão que se preparar para fazê-lo. Se forem aprovados no exame, podem fazer a pós-graduação normalmente. Quanto à atuação no mercado profissional, ela depende muito mais da formação no nível de pós-graduação do que na graduação.

Envio: 21/10/2015

Nome: Wenid Gabriel

Cidade: Barueri

Resposta:
O curso de astronomia tem 15 vagas no total. No vestibular de 2016 o curso terá 2 dessas vagas oferecidas pelo SISU.
Veja no link abaixo a lista de todas notas de corte da Fuvest para o vestibular 2015. A deste ano evidentemente não existe ainda. O curso de astronomia faz parte da Carreira 790 e está na segunda página do arquivo.

http://www.fuvest.br/vest2015/informes/fuv_2015_corte.pdf

Envio: 30/09/2015

Nome: Fernanda Flexa

Cidade: Ananindeua, Pa

Resposta:
Sem dúvida. Existe todo um campo de pesquisa chamado "astronomia numérica e computacional" que alia conhecimentos das duas áreas. Os especialistas em astronomia numérica são os responsáveis pelas grandes simulações, pelos modelos computacionais que descrevem processos físicos que podem abordar diversas áreas da astronomia, tais como movimentos de planetas, evolução de estrelas, dinâmica de galáxias ou evolução em larga escala do Universo. Normalmente quem se especializa nessa área são astrônomos (ou físicos) de formação que ao longo de sua carreira adquirem sólidos conhecimentos de informática, em especial de "clusters" de computadores e de processamento paralelo.

Envio: 24/09/2015

Nome: Matheus Silva

Cidade: Itapevi

Resposta:
O ingresso em qualquer programa de pós-graduação da USP requer que se apresente, no ato da matrícula, cópia do diploma devidamente registrado, histórico escolar completo ou certificado com a data de outorga do grau obtido em um curso de Graduação que seja oficialmente reconhecido pelo Ministério da Educação.

Envio: 11/08/2015

Nome: Janderson Oliveira

Cidade: Itajubá

Resposta:
A avaliação de todos os programas de pós-graduação do Brasil é feita pela CAPES, um órgão do Governo Federal. A última avaliação trienal, divulgada em 2013, está no link abaixo. Clique em "Astronomia e Física" e veja para cada programa a nota final atribuída. A nota varia numa escala de 3 a 7, onde 7 é a nota máxima. http://avaliacaotrienal2013.capes.gov.br/resultados/planilhas-comparativas

Envio: 06/07/2015

Nome: Isadora Cristal

Cidade: São Paulo - Sp

Resposta:
Vamos responder usando um texto sobre esta questão feito pelo prof. Pedro Russo, astrônomo português e coordenador mundial do Ano Internacional da Astronomia - 2009:

Durante muito tempo os astrônomos (e cientistas em geral) acreditaram que a importância do seu trabalho era evidente para a sociedade. Mas em difíceis dias de crise [sic], até os mais óbvios benefícios estão sob minuciosa análise.

O desenvolvimento científico e tecnológico está intimamente ligado ao índice de desenvolvimento humano de um país ou região. É fácil de perceber que se a pobreza e a fome são uma prioridade, qualquer atividade secundária que não tente resolver diretamente estas questões não é fácil de justificar e apoiar. No entanto, diversos estudos nos dizem que investimentos em ciência e tecnologia em situações de crise têm vindo a ajudar países a enfrentar e ultrapassar as mesmas, mostrando que o investimento em ciências básicas tem, não só um grande retorno cultural e humano, mas também um retorno econômico. Hoje em dia, a astronomia e áreas afins estão na vanguarda da ciência e tecnologia, respondem a questões elementares sobre a nossa existência, inspiram artistas, escritores e sonhadores, geram riqueza e impulsionam a inovação e a economia.

Diversos relatórios1 apontam que as maiores contribuições da astronomia para a sociedade não são apenas aplicações tecnológicas ou os pequenos avanços científicos da astronomia, mas sim a oportunidade que todos nós temos de alargar os nossos limitados horizontes, de nos ajudar a descobrir a beleza e grandeza do Universo e do nosso lugar nele.

A Astronomia tem acompanhado a nossa história e cultura e tem constantemente revolucionado o nosso pensamento, presenteado a Humanidade com pistas em direção ao futuro. No passado, a astronomia foi usada por diversas razões práticas, como medir o tempo, marcar as estações do ano ou navegar nos vastos oceanos.

Os resultados do desenvolvimento científico e tecnológico da astronomia e áreas afins têm vindo recorrentemente a transformar-se em aplicações essenciais para o nosso dia-a-dia, como computadores pessoais, satélites de comunicação, celulares, Sistema de Posicionamento Global (popularmente conhecido por GPS), painéis solares, scanners de ressonância magnética, micro laser e muitas outras aplicações para a medicina.

A atribuição do Prêmio Nobel da Física de 2009 aos físicos Willard S. Boyle e George E. Smith, pelo desenvolvimento de sensores para captação de imagens, conhecidos por CCD, veio mais uma vez demonstrar e reconhecer a importância real da astronomia no nosso dia-a-dia. Os banais sensores CCD, que agora fazem parte do domínio popular, como câmaras fotográficas digitais, webcams ou celulares, foram desenvolvidos a pensar na astronomia, onde é recorrentemente necessário recolher imagens do Universo

Há outras razões para continuar a estudar o Universo que estão intrincadas à sobrevivência da Humanidade. Por exemplo, a influência do Sol no clima da Terra. Apenas o estudo do Sol e de outras estrelas nos pode ajudar a perceber estes processos na totalidade. O estudo da dinâmica do Sistema Solar e de pequenos objetos no mesmo também nos permite estudar com detalhe potenciais impactos no nosso planeta, impactos que podem provocar grandes alterações na nossa no nosso mundo.

O astrônomo americano, Carl Sagan apresentou-nos uma das mais simples e inspiradoras contribuições para a sociedade no seu livro sobre a sua visão para o futuro da humanidade, O Pálido Ponto Azul:

“Tem sido dito que a astronomia é uma experiência que ajuda a fortalecer o caráter e a humildade. Não existirá possivelmente nenhuma melhor demonstração da loucura dos preconceitos humanos que esta imagem de longe do nosso mundo minúsculo. Para mim, ela realça a nossa responsabilidade para lidarmos mais gentilmente uns com os outros e para preservarmos e estimarmos o pálido ponto azul, o único lar que sempre conhecemos.”

Envio: 29/01/2015

Nome: Gregory

Cidade: Novo Cruzeiro, Mg

Resposta:
Existe sim astroquímica no Brasil. Como você mesmo diz, esta é uma área de pesquisa que está na interface entre a astronomia e a física experimental, muitos dos experimentos são feitos em laboratórios de física ou de química nas universidades. Não temos aqui como descrever tais experimentos, porém é possível sim que um pesquisador trabalhe simultaneamente em áreas teóricas e experimentais.

Envio: 28/01/2015

Nome: Mariana

Cidade: Teresópolis,Rj

Resposta:
Áreas de pesquisa têm "moda": algumas surgem e se destacam por certo período enquanto outras decrescem de interesse. Isso não vale apenas para astronomia mas para todas as ciências. Na astronomia, os temas que estão mais em destaque atualmente são a busca de exoplanetas (planetas em torno de outras estrelas), em particular aqueles que poderiam abrigar vida semelhante à nossa. Existem muitos trabalhos observacionais nessa área. Outro tema que tem despertado muito interesse é a compreensão da chamada Energia Escura, responsável pela aceleração da expansão do Universo. Esse é um mecanismo ainda totalmente desconhecido que tem inspirado uma grande quantidade de trabalhos tanto teóricos como observacionais. Mas estes são apenas exemplos: em todas as áreas da astronomia existem muitos problemas a serem abordados e estudados, e cujas respostas podem, por sua vez, despertar novas questões.

Envio: 20/01/2015

Nome: Gregory

Cidade: Contagem, Mg

Resposta:
Aqui na USP o ingresso ao Programa de Pós-Graduação em Astronomia é feito por um exame de seleção. Este exame aborda conteúdos de física e matemática compatíveis com o que é ensinado no Bacharelado em Astronomia ou no Bacharelado em Física, porém nada impede que alguém que tenha feito engenharia se inscreva e faça o exame. Se aprovado, ele poderá se matricular no programa sem nenhum problema. Infelizmente não temos informação sobre os critérios de seleção para outros programas de pós-graduação na área.

Envio: 13/01/2015

Nome: Anderson

Cidade: Americana,Sp

Resposta:
Na Universidade de São Paulo o ingresso no programa de pós-graduação em astronomia é feito por um exame de seleção. Este exame é uma prova que tem conteúdos de física e matemática compatíveis com o que é ensinado nos bacharelados em física ou em astronomia. Não é vedado a estudantes de outras faculdades como engenharia que façam o exame e, se aprovados, ingressem no programa, mas eles terão que estudar física e se preparar para o mesmo. Visite o site do IAG: www.iag.usp.br e veja as informações específicas nas páginas da Pós-Graduação.

Envio: 08/01/2015

Nome: Gregory

Cidade: Contagem, Mg

Resposta:
Normalmente um astrônomo profissional trabalha em uma universidade, o que significa que além das atividades de pesquisa ele também dá aulas. O tempo gasto em coleta de dados, ou seja, trabalhando num telescópio, é muito pequeno, poucas noites por ano. A maior parte do tempo dedicado à pesquisa é gasto na análise e interpretação dos resultados, o que implica em extenso trabalho de física, matemática e computação. O número de horas de trabalho por semana é o de qualquer profissional, não há muita diferença. Uma parte da atividade profissional é participar de conferências, onde são dadas palestras e onde os resultados são apresentados e discutidos por especialistas na área. Quanto a descobertas, todo o trabalho científico, não só em astronomia mas em qualquer área, deve produzir resultados novos.

Envio: 19/10/2014

Nome: Kevin

Cidade: Caruaru, Pe

Resposta:
Na USP existe o Bacharelado em Astronomia. Vista como atividade profissional, astronomia não deixa de ser física aplicada, portanto o termo "astrofísica" neste contexto é na prática sinônimo de astronomia. Já conteúdos bem específicos como astrobiologia e cosmologia fazem parte do programa de pós-graduação em astronomia não têm curso de graduação específico.

Envio: 16/10/2014

Nome: Ana Clara

Cidade: São Paulo

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia não deixa de ser física aplicada. Portanto as habilidades que se espera de um estudante de astronomia é que goste e tenha facilidade em disciplinas como matemática, física e computação. Se espera também que seja alguém que goste de estudar e de aprender coisas novas pois um cientista passa toda a sua vida profissional estudando e aprendendo.

Envio: 10/10/2014

Nome: Luiz Cavalcante

Cidade: Angra Dos Reis

Resposta:
Aqui no IAG não temos um curso online, mas temos dois cursos inteiros filmados e disponibilizados no Youtube através do canal da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo). Veja aqui: http://www.iag.usp.br/astronomia/astronomia-visao-geral-video
O Observatório Nacional oferece um curso online. Procure nas páginas www.on.br

Envio: 13/09/2014

Nome: Felipe E Duardo

Cidade: Rio De Janeiro

Resposta:
Aqui na Universidade de São Paulo o Bacharelado em Astronomia está estruturado para ser cursado em período integral, não é possível cursá-lo num turno só. Não temos informações sobre o único outro curso análogo no Brasil, o da UFRJ.

Envio: 31/07/2014

Nome: Ellen

Cidade: Vargem Grande Paulista,Sp

Resposta:
Sim, sem nenhum problema. Inicialmente vamos relembrar: vista como atividade profissional, astronomia é física aplicada, ou seja, astrofísica. Por isso mesmo, os cursos de graduação em física e em astronomia têm uma sólida base de física e matemática que é comum aos dois. E o ingresso ao programa de pós-graduação é feito através de um exame de seleção que é composto por questões de física e matemática compatíveis com os conhecimentos dos formandos em física ou em astronomia.

Envio: 17/06/2014

Nome: Livia

Cidade: Curitiba

Resposta:
O Bacharelado em Astronomia é um curso regular da USP, como todos os demais. As regras de ingresso são aquelas da FUVEST. Entre no site www.fuvest.br e veja todas as informações sobre o vestibular para a USP.

Envio: 09/06/2014

Nome: Rayssa Valéria

Cidade: Recife

Resposta:
No Brasil, astrônomos trabalham basicamente em universidades ou nos institutos de pesquisa federais da área como o INPE, o Observatório Nacional ou o Laboratório Nacional de Astrofísica. Como em outras áreas científicas, os pesquisadores são admitidos com doutorado na área e os salários iniciais nestas instituições para profissionais com doutorado estão na faixa de 7 a 10 mil reais brutos. Durante a faculdade, as bolsas de iniciação científica e pós-graduação do CNPq e CAPES têm valores tabelados. Consulte a tabela aqui: http://memoria.cnpq.br/normas/rn_10_005.htm#pais Quanto à atividade profissional, pesquisadores que trabalham em universidades (que são a maioria) têm seu tempo dividido entre a atividade de pesquisa e a docência (preparo e aplicação de aulas). A atividade de pesquisa consiste da análise de resultados obtidos em observatórios, da modelagem de sistemas ou de processos físicos, que pode ser tanto na forma de simulações de computador ou de cálculos matemáticos, e na atividade de ensino e orientação de estudantes de pós-graduação.

Envio: 11/11/2013

Nome: Renato Borlino Casagrandi

Cidade: São Paulo, Sp

Resposta:
A USP atualmente não oferece mais estas opções pois a Habilitação em Astronomia dentro do Bacharelado em Física não existe mais. De qualquer forma, existem ainda duas opções: o bacharelado em astronomia ou o bacharelado em física. A escolha entre um ou outro depende muito do projeto pessoal de cada pessoa, das perspectivas do que a pessoa quer fazer profissionalmente. O bacharelado em física oferece uma formação com menos conteúdo em astronomia e mais física geral e o bacharelado em astronomia proporciona uma formação mais focada. Ambos possibilitam ao aluno que, ao final do curso, tenha sucesso no exame de admissão ao programa de pós-graduação em astronomia do IAG pois são, os dois, cursos de alto nível.

Envio: 09/11/2013

Nome: Felipe

Cidade: Americana

Resposta:
Vista do ponto de vista profissional, astronomia é física aplicada, ou seja, astrofísica e tal carreira existe no Brasil sim! Só que, sendo física aplicada, a porta de entrada para a mesma é o bacharelado em astronomia ou o bacharelado em física. Na USP temos o Bacharelado em Astronomia e o Bacharelado em Física com Habilitação em Astronomia. Após a faculdade, a carreira segue com a pós-graduação (mestrado e doutorado) na área e no Brasil existem excelentes programas de pós-graduação na área de astrofísica. O programa da USP tem a nota máxima na CAPES, o órgão do Ministério da Educação que avalia os programas de pós-graduação.

Envio: 13/10/2013

Nome: Renato Castelo Teixeira

Cidade: Taboão Da Serra-Sp

Resposta:
A astronomia moderna está intimamente ligada à física: o céu pode ser visto como um laboratório onde processos físicos e teorias podem ser testadas e comprovadas. O astrônomo deve ter conhecimentos de Física e Matemática, ferramentas essenciais para explorar o Universo e enfrentar os desafios presentes na realidade profissional em que irá atuar.

O bacharelado em astronomia do IAG/USP oferece:

Uma forte base em Física e Matemática;
Um curso flexível e multidisciplinar, permitindo várias trajetórias (vertentes) que atendam diferentes vocações;
Um acompanhamento contínuo de conselheiro acadêmico (tutor), para ajudar na escolha entre as diferentes vertentes do currículo oferecido.

O curso conta também com uma forte componente de atividades práticas, em laboratórios e observatórios, bem como no desenvolvimento de projetos acadêmicos com orientação de docentes do IAG (Iniciação à Pesquisa Científica) ou estágios (não obrigatórios) em observatórios, instituições e empresas relacionadas com desenvolvimento de tecnologia avançada.

Desta forma, além de habilitar o egresso a seguir uma pós-graduação, este curso capacita o profissional para atuar de forma multidisciplinar no desenvolvimento de projetos instrumentais e tecnológicos.

Por sua formação voltada para a formulação e resolução de problemas, o profissional também poderá obter colocações no mercado de trabalho na área de difusão científica (museus, planetários, ensino, jornalismo científico), na área de informática (tratamento e análise de imagens, bancos de dados, sistemas de automação e controle) ou em outras áreas que tais conhecimentos podem ser aplicados.

O caráter interdisciplinar do curso prepara o bacharel para diversas possibilidades de atuação: Observatórios; Institutos de Pesquisa; Empresas de tecnologia avançada; Orgãos Governamentais; Difusão: Imprensa, Museus, Planetários etc.

Para maiores detalhes, consulte a página do Bacharelado em Astronomia do IAG/USP na internet: http://www.astro.iag.usp.br/~bacharelado/

Envio: 09/08/2013

Nome: Edith Miriam De Almeida Ribeiro

Cidade: Maringá

Resposta:
Vista como atividade profissional, astronomia é muito próxima da física. E como todas as ciências básicas, a atividade profissional está concentrada principalmente nas universidades onde existem núcleos de pesquisa na área, bem como em alguns institutos federais de pesquisa como o Observatório Nacional, o Laboratório Nacional de Astrofísica ou o INPE. Não é uma área onde existem um grande número de profissionais formados e com a grande expansão do ensino universitário no Brasil na última década, os astrônomos profissionais estão obtendo colocação com relativa facilidade. Deve-se notar que, de novo como em todas as outras ciências básicas, um profissional só entra no mercado de trabalho depois de concluir sua formação acadêmica, ou seja, depois de ter mestrado e doutorado feitos.

Envio: 01/06/2013

Nome: Flávia

Cidade: São Paulo

Resposta:
Vista como uma atividade profissional, astronomia é física aplicada. É impossível a formação de um astrônomo profissional que não tenha sólidos conhecimentos de física, matemática e computação. O que pode acontecer é pessoas trabalharem em astronomia apenas como atividade de divulgação, atuando em órgãos de imprensa, planetários ou centros de ciência. Muitas vezes estas pessoas têm formação em outras áreas como jornalismo ou pedagogia.