Ambiente molecular e formação estelar associados à bolha infravermelha N10
Autor | Diana Renata Gonçalves Gama |
Orientador | Jacques Raymond Daniel Lepine |
Tipo de programa | Doutorado |
Ano da defesa | 2016 |
Departamento | Astronomia |
Resumo | Bolhas infravermelhas são regiões ideais para investigar o impacto da radiação UV sobre o material molecular. Nosso objeto de estudo é a bolha N10, que apresenta uma região HII em seu interior. Estudos no IV sobre o conteúdo estelar jovem em N10 sugerem um cenário de formação estelar contínua, possivelmente desencadeada, na borda da região HII. Realizamos observações da transição J = 1-0 das espécies 12CO e 13CO na direção de N10, utilizando o telescópio PMO 13.7‑m. Realizamos também observações com o telescópio IRAM 30-m para investigar moléculas traçadoras de formação estelar. Analisamos as emissões em 24 mm, 8.0 mm, 20 cm e 870 mm a partir de dados da literatura. Duas condensações foram identificadas em 13CO, para as quais estimamos propriedades como dimensão, temperatura, densidade e massa. Calculamos o fluxo de fótons ionizantes e a densidade eletrônica no interior da bolha, e obtivemos o tempo de fragmentação para N10. Estimamos as propriedades físicas para o clump de poeira fria mais denso da bolha. Identificamos YSOs e calculamos os parâmetros dos objetos Classe I. Emissão das transições HCO+ (1-0), HCN (1-0), SiO (2-1), N2H+ (1-0) e CS (3-2) foram mapeadas. Realizamos também integração profunda na direção do clump mais denso de N10 para investigar sua complexidade química. A idade dinâmica de N10 é menor do que o tempo de fragmentação estimado, portanto a formação estelar desencadeada deve ocorrer pelo mecanismo “Radiation-Driven Implosion”'. A distribuição espacial das espécies moleculares revelaram características de formação estelar em N10. O levantamento de linhas espectrais na direção do clump mais denso mostrou uma grande complexidade química na região, e confirma a presença de outflows e atividade de formação estelar em N10. |
Anexo | t_diana_r_g_gama_corrigida.pdf |