










 |
Furacões
(Ciclones Tropicais)
Os
furacões e tufões estão entre os mais temíveis
fenômenos da natureza. São sistemas meteorológicos de
centenas de quilômetros de diâmetro, por onde passam
deixam marcas de destruição, causando prejuízos
assustadores e deixando mortos, feridos e desabrigados.
Eles se
formam em águas quentes dos oceanos e mares tropicais
(regiões tropicais e subtropicais), uma vez que nessas
regiões ocorre uma grande evaporação de água. Por
esse fato eles atuam principalmente em regiões
costeiras, onde existe uma grande densidade demográfica.
Para
definir melhor o que é um furacão pode-se dizer que é
um sistema frontal de baixa pressão (muitas vezes
inferiores a 950 mb) e de grande escala, formado sobre as
águas quentes dos oceanos e mares.
Seu
tamanho pode ser expresso através de diversos
parâmetros, tais como intensidade dos ventos máximos
sustentados, diâmetro da área de atuação da
circulação ciclônica, etc. A intensidade máxima dos
ventos registrados no interior dos ciclones tropicais é
em média de 165 km/h, embora já tenha sido observado
furacões com ventos superiores a 320 km/h (furacão
Camille).
Uma das
escalas mais usada e conhecida, a escala Saffir-Simpson,
oferece uma boa noção do grau de destruição. Nessa
escala os furacões são classificados de acordo com os
danos que produzem:
Categoria
1: ventos de 117 a 151 km/h, pressão mínima igual ou
superio a 980 mb, maré de 1 a 1,7 m acima do normal.
Danos: danos em árvores e arbustos e em casas
construínas inadequadamente, destruição de outdoors e
letreiros mal instalados, algumas embarcações pequenas
ancoradas tem suas amarras rompidas.
Categoria
2: ventos entre 152 a 176 km/h, pressão mínima entre
965 e 979 mb, maré de 1,8 a 2,6m acima do normal. Danos:
danos consideráveis em árvores e arbustos, grandes
estragos em casas pré-fabricadas em áreas expostas,
danos extensos em outdoors e letreiros, destruição
parcial de telhados, portas e janelas, danos
consideráveis aos cais, marinas são inundadas,
evacuação de algumas residências costeiras se faz
necessária.
Categoria
3: ventos entre 177 a 208 km/h, pressão mínima entre
945 a 964 mb, maré de 2,7 a 3,8m acima do nomal. Danos:
muitos galhos e arbustos são arrancados, grandes
árvores são derrubadas, outdoors e letreiros que não
estiverem bem instalados são levados pelos ventos,
edifícios pequenos têm alguns comprometimentos às suas
estruturas, casa pré-fabricadas são destruídas,
enchentes sérias nas costas e muitas estruturas são
destruídas.
Categoria
4: ventos máximos entre 209 a 248 km/h, pressão de 920
a 944 mb, maré de 3,9 a 5,6m acima do normal. Danos:
árvores arrastadas pelo vento, letreiros e outdoors
arrancados ou destruídos, danos sérios aos tetos,
portas e janelas, há colapso total de paredes em
residências pequenas, é necessário a evacuação de
residências próximas à costa.
Categoria
5: ventos máximos superiores a 249 km/h, pressão
mínima abaixo de 920 mb, maré acima de 5,6 m acima do
normal. Danos: árvores e arbustos totalmente arrastados
pelos ventos, árvores arrancadas pela raiz, danos de
grande porte a telhados de edifícios, colapso total de
muitas residências e edifícios industriais, casas e
edificios arrastados, caos total, evacuação necessária
para todos moradores de zonas baixas em uma área de 8 a
16 km da costa.
Os ventos
dos ciclones tropicais não são "retos" mas de
forma "curva", sendo que no Hemisfério Norte
os ventos tenham sentido anti-horário e no Hemisfério
Sul o movimento seja no sentido horário.
Um fato de
grande interesse sobre o furacão é o "olho".
Em meio às intensas chuvas e intensos ventos, além de
muita destruição, o olho do ciclone tropical é uma
região de intensa calmaria, praticamente desprovida de
nuvens e ventos bastante brandos. As pessoas que estão
nessa região podem desfrutar do brilho do Sol e apreciar
temperaturas mais elevadas. O olho do furacão é causado
por uma forte subsidência do ar, o que acaba por
dissipar praticamente todas as nuvens baixas dessa
região. Este período de calmaria dura poucos minutos ou
excepcionalmente poucas horas, pois tem em média 20 km
de diâmetro. Depois da passagem do "olho" vem
a parte mais devastadora do furacão, a
"parede" de nuvens em torno do olho do ciclone,
oonde os ventos são extremamente fortes.

furacão Fran, ocorrido na Flórida em
Setembro de 1996
Alguns
fatores auxiliam a destruição gerada pelos ciclones
tropicais: ondas, a maré é alterada pelos ciclones;
enchentes, causadas pelo aumento dos rios; ventos,
algumas vezes chegam a ultrapassar 300 km/h; relâmpagos,
normalmente percebidos após a passagem do centro do
ciclone; tornados e trombas d’água, são bem menos
destrutíveis do que os comumente encontrados no interior
dos Estados Unidos; ressacas e marés, dependem da
topografia da costeira em conjunto com a intensidade,
direção e velocidade dos ventos, são considerados os
fenômenos mais mortíferos e destrutivos associados aos
furacões.
O
fenômeno El Niño, um aquecimento anormal das águas de
uma extensa região do Pacífico Oriental, na altura da
linha do Equador, e o fenômeno La Niña, um resfriamento
anormal dessas mesmas águas, parecem influenciar na
quantidade de ciclones tropicais formados, já que eles
causam modificações nas estruturas normais da
atmosfera.
Os
ciclones começam a perder suas características assim
que eles saem de uma região oceânica, de ar úmido e
quente, para uma região continental, mais seca e por
muitas vezes com temperaturas mais amenas. Além disso,
entre o vento e a superfície continental há um grande
atrito, que faz que muitos ventos apontem para o centro
do ciclone tropical, preenchendo de nuvens o olho do
ciclone. De um modo geral, 12 horas após a entrada no
continente, a intensidade do ciclone tropical é reduzida
entre 40 e 50%. Após 20 horas, a previsão para
furacões é normalmente encerrada, e o ciclone tropical
passa a ser considerado um ciclone extratropical.
|