Aquecimento MHD não ideal em discos de acreção protoestelares
Autor | Rafael Rechiche de Campos |
Orientador | Vera Jatenco Silva Pereira |
Tipo de programa | Mestrado |
Ano da defesa | 2016 |
Departamento | Astronomia |
Resumo | Neste trabalho investigamos os efeitos magneto-hidrodinâmicos (MHD) não ideais, a saber, efeito Ohm, efeito Hall e difusão Ambipolar, em discos de acreção protoestelares. Mais especificamente, sua relação com o aquecimento dos discos, e a sua relevância comparada ao amortecimento de ondas Alfvén, estudados em Vasconcelos (2000). O primeiro passo foi determinar onde no disco cada efeito MHD não ideal é predominante. Para isso escrevemos a resistividade, associada a cada efeito não ideal, e as razões entre elas em função da distância radial (r) e altura do disco (z), através das quais construímos um perfil de atuação de cada efeito em função da geometria do disco. No plano do disco, onde z=0por exemplo, difusão Ohmica prevalece at ́e r ≈ 0, 3 U A, o efeito Hall até r ≈ 70 U A e a difusão Ambipolar para r ≈ 70 U A. De posse dessa informação, calculamos como cada efeito interfere na equação de energia, calculamos os fluxos de energia associados a estes efeitos através da equação de conservação de energia, e por último associamos temperaturas a estes fluxos assumindo que os mesmos seguem as leis para corpos negros. Uma vez que temos as relações para as temperaturas, implementamos tais relações no código Athena o que nos permitiu ter dados numéricos acerca das temperaturas. Comparamos nossos resultados e pudemos concluir que o aquecimento gerado pelo amortecimento de ondas Alfvén é muito mais relevante para o disco, do que o aquecimento gerado pelos efeitos MHD não ideais. Concluímos também que a difusão Ambipolar pode dar uma contribuição local para a temperatura do disco tão relevante quanto a viscosidade, que é um dos mecanismos considerados em Vasconcelos (2000). |
Anexo | d_rafael_r_campos_corrigida.pdf |