O Núcleo da
Terra
O estudo
do núcleo é de grande importância, pois existem fortes
indicações de que ele ainda esteja influenciando a
distribuição de temperatura no manto, governando
indiretamente os processos de grande escala que ocorrem
na superfície.
Um núcleo
composto essencialmente por uma liga contendo ferro
satisfaz os dados geofísicos e os cálculos de momentos
de inércia, que indicam que o núcleo tem cerca de 3.500
km de raio e é constituído de um material bastante
denso, sendo a parte externa líquida e a parte interna
sólida.
Um modelo
para o núcleo precisa apresentar as seguintes
características:
- deve
estar coerente em termos de densidades (núcleo externo e
interno) e leis da geoquímica;
- a
distribuição de temperatura no interior da Terra deve
ser tal que o núcleo interno seja sólido e que o
externo seja líquido;
- deve
possuir uma fonte de energia suficiente para gerar o campo
geomagnético.
O núcleo
externo possui cerca de 30% da massa da Terra, e deve
ser homogêneo devido aos movimentos de convecção. Os
valores de densidade são conhecidos com melhor
exatidão. Dados de ondas de choque para pressões de
aproximadamente 1,4 Mbar mostram que o ferro puro possui
uma densidade de aproximadamente 10,6 g/cm3.
Desta forma, o ferro puro é muito denso para ser o
único constituinte do núcleo externo, necessitando de
um elemento menos denso para fazer parte da liga. Existem
potencialmente quatro elementos químicos menos densos
que o ferro, suficientemente abundantes na Terra, que
poderiam constituir esta liga: Si, O, Mg e S. Segundo
estudos recentes, os mais prováveis são o silício e o
enxofre.
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