O Núcleo da
Terra
O estudo
do núcleo é de grande importância, pois existem fortes
indicações de que ele ainda esteja influenciando a
distribuição de temperatura no manto, governando
indiretamente os processos de grande escala que ocorrem
na superfície.
Um núcleo
composto essencialmente por uma liga contendo ferro
satisfaz os dados geofísicos e os cálculos de momentos
de inércia, que indicam que o núcleo tem cerca de 3.500
km de raio e é constituído de um material bastante
denso, sendo a parte externa líquida e a parte interna
sólida.
Um modelo
para o núcleo precisa apresentar as seguintes
características:
- deve
estar coerente em termos de densidades (núcleo externo e
interno) e leis da geoquímica;
- a
distribuição de temperatura no interior da Terra deve
ser tal que o núcleo interno seja sólido e que o
externo seja líquido;
- deve
possuir uma fonte de energia suficiente para gerar o campo
geomagnético.
O núcleo
interno compreende somente 1,7% da massa da Terra e a
sua densidade é conhecida apenas de modo aproximado,
sendo os resultados obtidos através de experiências com
ondas de choque em pressões da ordem de 3,6 Mbar. Estes
experimentos demonstraram que a densidade do núcleo
interno é muito elevada para o ferro puro. Assim, foi
preciso realizar um estudo a fim de determinar qual
elemento deveria fazer liga com o ferro de modo a
explicar os dados experimentais. Por analogia com
meteoritos sideríticos chegou-se à conclusão de
que este elemento deveria ser o níquel. Acredita-se que
a quantidade de níquel presente no núcleo interno seja
da ordem de 10 a 20%.
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