Mestrado: A correlação entre AGNs e aglomerados de galáxias através do óptico e raios-X

Data

Horário de início

14:00

Local

Auditório P218 do IAG (Rua do Matão, 1226, Cidade Universitária)


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Johnny Hebert Esteves de Queiroz
Programa: Astronomia
Título: A correlação entre AGNs e aglomerados de galáxias através do óptico e raios-X

Comissão julgadora
1– Prof. Dr. Gastão Cesar Bierrenbach Lima Neto – IAG/USP
2- Prof. Dr. Ronaldo Eustáquio de Souza - IAG/USP
3– Profa. Dra. Marcelle Soares dos Santos – Brandeis University/EUA – por videoconferência
4– Prof. Dr. Paulo Afranio Augusto Lopes - UFRJ/Rio de Janeiro-RJ
 
Resumo
O principal objetivo deste trabalho é investigar a relação dos efeitos ambientais de aglomerados de galáxias com a atividade de galáxias de núcleo ativo (AGN). Além disso, revisitamos relações ambientais entre o aglomerado e a sua população galáctica como um todo. Utilizando um catálogo de 96 aglomerado com dados em raios-X do satélite \textit{Chandra} e com observações no óptico do DES e SDSS, selecionamos cerca de 1000 AGNs em raios-X. Observamos a conhecida dependência das AGNs com o ambiente quente de aglomerados. A fração de AGNs, fAGNs, é menor no centro dos aglomerados e tem um pico um pouco depois de R200,c.  Além disso, a fAGNs em hospedeiras azuis e vermelhas ao longo do raio do aglomerado apresenta um comportamento similar a segregação morfológica da população galáctica. Do ponto de vista evolutivo, encontramos um efeito Butcher-Oemler das AGNs. Observamos um crescimento da fAGNs azuis de ~ 0.2 em z=0.1 até ~0.5 em z = 0.65. Neste sentido, apontamos para um cenário onde a pressão de arraste e o estrangulamento são os mecanismos responsáveis pela evolução da fração de AGNs observada. Em relação aos aglomerados cool-core (CC), observamos uma anti-correlação da fAGNs com a intensidade do CC. Apontamos três cenários possíveis para essa observação: (i) o cooling-flow é contrabalanceado não apenas pela AGN central mas, também, por toda população de AGNs do aglomerado; (ii) aglomerados CC são mais dinamicamente relaxados, não possuem um histórico recente de acreção, as galáxias já perderam todo seu gás frio, consequentemente, possuem uma fração menor de AGNs; (iii) a pressão de arraste é mais eficiente em sistemas CC, as galáxias tipo disco perdem seu gás antes de chegar ao centro do aglomerado, devido ao esgotamento do reservatório de gás, temos uma ocorrência menor de AGNs. Esses cenários podem ser testados em simulações hidrodinâmicas cosmológicas.
Palavras Chaves: Aglomerados de Galáxias, AGNs, Evolução de Galáxias, Raios-X.