Mestrado: Estrutura rasa da Bacia do Pantanal com função do receptor, dispersão de ondas superficiais e curva H/V

Data

Horário de início

14:00

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Transmissão online


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Pedro Luiz Arnaldo Moraes
Programa: Geofísica
Título: “Estrutura rasa da Bacia do Pantanal com função do receptor, dispersão de ondas superficiais e curva H/V”
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Sousa de Assumpção

Comissão Julgadora:
Prof. Dr. Marcelo Sousa de Assumpção – IAG - por videoconferência
Prof. Dr. George Sand Leão Araújo de França – UnB - por videoconferência
Prof. Dr. Martin Heinz Salvador Schimmel – CSIC/Barcelona-Espanha - por videoconferência
 
Resumo:
A Bacia Sedimentar do Pantanal, localizada no Centro-Oeste do Brasil, tem sido alvo de estudos recentes quanto à sua estrutura crustal. A sua origem tem sido há décadas associada com a tectônica andina, porém os mecanismos de sua formação ainda são debatidos, já que a região carece de dados geofísicos. Apesar dos recentes avanços na discussão sobre a crosta profunda e litosfera, a estrutura rasa da crosta ainda carece de estudos mais detalhados. Neste trabalho, foram usados dados de funções do receptor de alta frequência, curvas de dispersão e curvas da razão espectral horizontal / vertical para formulação de modelos de velocidade de onda cisalhante (Vs) na região da Bacia do Pantanal e arredores, buscando-se uma maior ênfase na estrutura rasa da crosta (até cerca de 10 km, embora os modelos se estendam até cerca de 50 km). Uma inversão de dados foi implementada em Python 3, testada com dados sintéticos e aplicada a dados reais de estações na região, incluindo pontos onde antes não havia amostragem. Os resultados sugerem que o embasamento atinja profundidades máximas de 1 km na Bacia do Pantanal e são coerentes com uma região de crosta fina a sudeste da bacia sugerida em trabalhos recentes. O embasamento foi mapeado mais raso na parte oeste da bacia e mais profundo na parte central. A Anomalia Bouguer da região, porém, não pode ser explicada apenas pela espessura dos sedimentos. Além disso, feições de alta velocidade (4 km/s) encontradas a profundidade de ~2 km sugerem uma estrutura de alta densidade abaixo da bacia. Estes resultados são coerentes com um modelo de colisão de blocos continentais, no qual rochas da crosta inferior teriam sido transportadas para porções mais rasas. Entretanto, a aquisição de novos dados no interior da bacia é necessária para uma melhor elaboração do modelo.
Palavras-chave: Bacia do Pantanal, inversão conjunta, função do receptor, dispersão de ondas de superfície, razão espectral horizontal/vertical.