A palestra será apresentada pelo M.Sc. Antonio Carlos de Siqueira Neto
Resumo:
Evidências arqueológicas do formato das aldeias indígenas amazônicas no período pré-colonial são raras de serem encontradas por causa da acidez do solo desse grande bioma amazônico. As marcas das estacas se deterioram rapidamente no solo por causa da lixiviação provocada pelas chuvas torrenciais. No entanto, no caso das estearias, pelo fato de os materiais arqueológicos estarem numa camada de turfa dentro de rios e lagos, os materiais orgânicos, como as estacas de madeira que serviram para a construção das aldeias, estão bem conservados. Sendo assim passíveis de serem mapeadas "in situ" e com o auxílio de metodologias geofísicas como o Radar de Penetração no solo (GPR) subaquático e o Sonar de Varredura Lateral (SVL). O GPR vem demonstrando bons resultados na tarefa de orientar os arqueólogos a determinar os melhores locais para realizar suas escavações. O SVL tem por característica o mapeamento do assoalho de rios e lagos, e poderá identificar padrões com estruturas antrópicas. Espera-se delimitar as aldeias palafíticas do estuário do Maranhão, assim como encontrar bolsões antrópicos com a presença de canoas, urnas funerárias e até mesmo sepultamentos. As pesquisas permitirão orientar as escavações arqueológicas, além de preservar o patrimônio arqueológico no Estado do Maranhão, região Nordeste do Brasil.
Haverá transmissão pelo canal: https://www.youtube.com/@GeofisicaIAGUSP/