Quantificação das fontes locais de MP2,5 na cidadfe de São Paulo para o período de 2012 a 2014

Autor Yann Marien
Orientador Maria de Fátima Andrade
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2018
Palavras chave Material Particulado fino, MP2,5¬, Black Carbon, Análise de Componentes Principais, Positive Matrix Factorization, Fontes poluentes, São Paulo, Emissão veicular, Poluição, Modelos Receptores
Departamento Ciências Atmosféricas
Resumo

O estudo do aerossol atmosférico, em especial do Material Particulado Fino, MP2,5, é de suma importância devido ao seu efeito deletério à saúde e seus impactos climáticos. Em São Paulo já foram realizados diversos estudos com modelos receptores multivariados, principalmente com a Análise de Componentes Principais, ACP, com o intuito de identificar as fontes poluentes. Tais estudos sempre apontaram a dificuldade de separação das fontes, associada, em geral, com o baixo número de amostras coletadas e às ferramentas estatísticas utilizadas. O presente trabalho foi realizado para o maior conjunto de dados estudados na cidade de São Paulo, composto por amostras de 2012, 2013 e 2014 coletadas no prédio do IAG-USP, localizado na Cidade Universitária, Campus Butantã, situado em 23º33’34.78’’S e 46º44'4.15"W. Para a identificar e calcular a contribuição em massa das fontes poluentes, foram utilizadas a ACP e o Positive Matrix Factorization, PMF, técnica multivariada mais moderna desenvolvida buscando resultados mais consistentes, tendo sido pouco utilizada até então para São Paulo, somando-se a isso os conhecimentos prévios de estudos feitos na mesma região. A média do MP2,5 para 2012 foi 20,8 ± 13,1 µg/m3, de Black Carbon (BC) 3,4 ± 2,2 µg/m3, a fração da massa de MP2,5 explicada pelos elementos inorgânicos em sua forma oxidada mais BC foi de 39,8 ± 13,5%; Para 2013, a média de MP2,5 foi 16,4 ± 11,3 µg/m3, de BC 3,1 ± 2,3 µg/m3, e a fração da massa de MP2,5 explicada pelo BC mais elementos inorgânicos oxidados foi de 48,0 ± 11,8%; para 2014 a média de MP2,5 foi 20,4 ± 14 µg/m3, de BC 3,6 ± 2,8 µg/m3 e a fração da massa explicada pelo BC mais elementos traço foi de 46,1 ± 14,5%. Em todas as análises da ACP e do PMF foram encontradas 3 fontes com o mesmo perfil: ressuspensão de pavimento misturado com a queima de biomassa e emissões veiculares, uma fonte veicular com presença de BC, K, Cu, Br, Pb e uma segunda fonte veicular, sempre muito bem representada, com P e S, sendo que esta fonte se tornou evidente nos últimos anos para SP e foi classificada como veicular após comparações com estudos prévios realizados no túnel Jânio Quadros e no Rodoanel, e em uma empresa transportadora. Verificou-se que o PMF consegue separar melhor a fonte veicular e a de ressuspensão de pavimento. A fonte industrial apresentou diminuição na participação da massa de MP2,5 para a cidade de São Paulo no período analisado, de forma que a concentração de poluição atmosférica é atribuída majoritariamente às emissões veiculares. Para todo o período amostrado, de 2012 até 2014, a participação de cada fonte obtida pelo PMF na massa do MP2,5­ foi: 63% devido à emissões veiculares, 21% devido à ressuspensão de pavimento e 16% para queima de carvão/lenha.

Anexo d_yann_marien_original.pdf