Mestrado: Caracterização de sistemas convectivos de mesoescala na bacia do La Plata

Data

Horário de início

14:00

Local

Sala 15 do IAG (Rua do Matão, 1226, Cidade Universitária)


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Sergio Daniel Méndez Gaona
Programa: Meteorologia
Título: Caracterização de sistemas convectivos de mesoescala na bacia do La Plata

Comissão julgadora
Prof. Dr. Augusto Jose Pereira Filho – IAG/USP
Profa. Dra. Rosmeri Porfirio da Rocha – IAG/USP 
Prof. Dr. Manoel Alonso Gan - INPE/São José dos Campos-SP
 
Resumo
Diversos sistemas de precipitação afetam a região da Bacia do La Plata (centro e norte da Argentina, Paraguai, Uruguai e região sul do Brasil) durante todo o ano, entre eles se encontram sistemas de pequena, media e grande duração e deslocamento. Entre janeiro de 2003 e dezembro 2004 foram encontrados 1654 que produziram algum tipo de chuva detectada pelo CMORPH, entre eles encontram-se chuvas produzidas pela convecção diurna, frentes frias, e Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) de longa duração que se deslocam para leste produzindo intensas precipitações e são de vital importância para o balance hídrico na Bacia do La Plata. A distância percorrida por alguns desses sistemas vai desde 2000 até 4000 km e a duração de até 100 horas. O mecanismo de formação dos SCMs em termos de condições dinâmicas está ligado ao acoplamento do jato de baixos níveis no nível de 850 hPa, que se encontra ao leste das cordilheiras dos Andes, e a entrada equatorial ou saída polar do Jato subtropical no nível de 200 hPa, produzindo assim uma região de convergência de ar quente e úmido em níveis baixos e divergência em níveis altos de atmosfera, produzindo uma circulação direta, e convecção profunda. Desde o ponto de vista termodinâmico, encontra-se uma atmosfera valores de CAPE maiores a 1200 J kg-1 e umidade específica em superfície maior a 14 g kg-1. Estudos de casos foram feitos com dados do Reanalysis do NCEP/NCAR e estimativas de chuva do CMORPH, com ajuda de diagramas longitude-tempo (Hovmoller). As condições sinóticas durante a atuação dos episódios foram favoráveis para a formação de sistemas de grande escala, com a atuação de jato de baixos níveis e dos jatos de altos níveis em fase. Também foram analisadas as condições sinóticas de episódios de corta duração, mostrando que os jatos da baixa e alta troposfera não se encontraram em fase. Desde o ponto de vista hidrológico, os sistemas de longa duração deixam uma grande quantidade de precipitação, acumulados de chuva maiores a 180 mm em uma grande região de influencia do sistema.