Mestrado: Maré na escola: sobre a interdisciplinaridade de um fenômeno astronômico

Data

Horário de início

14:00

Local

Auditório 1 do IAG (Rua do Matão, 1226, Cidade Universitária)


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Eduardo Rocha de Souza
Programa: Mestrado Profissional em Ensino de Astronomia
Título: Maré na escola: sobre a interdisciplinaridade de um fenômeno astronômico

Comissão julgadora
1) Prof. Dr. José Ademir de Sales Lima – IAG/USP
2) Profa. Dra. Elysandra Figueredo Cypriano – IAG/USP
3) Profa. Dra. Marli Cigagna Wiefels –UFF/Niterói-RJ   
 
 
Resumo
A despeito do seu enorme significado e importância para as mais diversas áreas (Astronomia, Física, Oceanografia, Ecologia, Geologia, Geografia, etc.), o estudo das marés   não desempenhou até o presente um papel significativo no ensino de ciências na educação básica. Em outras palavras, é um tema que tem sido ordinariamente esquecido. Além disso, em disciplinas como Geografia, Física e Astronomia, que tradicionalmente carregam conteúdos astronômicos, o fenômeno é apresentado de maneira compartimentada e separada das outras áreas do conhecimento
Nesta dissertação investigamos o fenômeno das marés e seus efeitos em duas linhas distintas, porém complementares. Inicialmente discutiremos as marés e suas conexões partindo de sua própria fenomenologia, ou seja, dos seus efeitos nas distintas áreas do conhecimento, incluindo também sua explicação física e astronômica.   Por outro lado, é feito também um estudo interdisciplinar das marés do ponto de vista educacional, culminando com a hipótese de que as marés formam na verdade um fenômeno chave para potencializar o processo de ensino aprendizagem das ciências, por ser um fenômeno subjacente e conectado com várias áreas do conhecimento. 
Finalmente, avaliamos também o potencial da fenomenologia das marés em sala de aula, ou seja, enquanto ferramenta didática para o ensino de ciências. Mais precisamente, a problemática da maré foi apresentada para estudantes da 6ª a 9ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Lorenço Manuel Sparapan (EMEF Sparapan), pertencente a Diretoria Regional do Campo Limpo (SP).  Após aplicarmos um questionário aferindo o conhecimento espontâneo, verificamos que um fenômeno científico relativamente complexo tornou-se acessível para estudantes de diferentes séries quando trabalhado através da mediação do professor, com base na abrangência do  fenômeno das marés. Nossa conclusão geral é que a fenomenologia e abrangência das marés deveria ser melhor apreciada e aproveitada enquanto ferramenta pedagógica no ensino de ciências (em particular de astronomia) no nível fundamental II.