Mestrado: O papel do Oceano Atlântico Sudoeste e da oscilação Antártica nos extremos de precipitação no Sul do Brasil

Data

Horário de início

14:00

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Transmissão online


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Elen Daiane Pelissaro
Programa: Meteorologia
Título: “O papel do Oceano Atlântico Sudoeste e da oscilação Antártica nos extremos de precipitação no Sul do Brasil”
Orientador: Prof. Dr. Tercio Ambrizzi 

Comissão Julgadora:
1- Prof. Dr. Tercio Ambrizzi - IAG/USP – por videoconferência
2- Prof. Dr. Mario Francisco Leal de Quadro – IFSC – por videoconferência
3- Profa. Dra. Simone Erotildes Teleginski Ferraz - UFSM – por videoconferência
 
 
Resumo
Em razão dos impactos provocados pelos eventos extremos de precipitação, principalmente nos setores social, energético e agrícola, sendo a RSB uma região que agrega todos estes setores e levando em conta a necessidade de se compreender quais mecanismos atuam na variabilidade da precipitação desta região quando o fenômeno ENOS está em sua fase neutra, este estudo buscou investigar a influência da AAO e das anomalias de TSM no OASO nos extremos de precipitação da RSB em anos de neutralidade do fenômeno ENOS. Utilizou-se o índice MEI.v2 para separar o período em que o ENOS esteve em sua fase neutra entre 1900 e 2010 e dados mensais da reanálise ERA-20c foram usados para representar as condições atmosféricas deste período. Os percentis de 25% e 75% das anomalias de precipitação na RSB foram determinados a fim de representar os eventos extremos secos e chuvosos, respectivamente. Estes eventos foram relacionados com as fases do índice de AAO e com os valores de anomalias de TSM no OASO, para o período sem e com separação sazonal. Os eventos extremos chuvosos foram mais frequentes que os secos e ocorreram predominantemente na primavera e verão, enquanto os secos foram observados em sua maioria no outono e inverno, especialmente no inverno. Com relação à intensidade dos eventos extremos secos nas combinações separadas dos parâmetros AAO e TSM, no RS a combinação mais (menos) seca foi a AAO+ (AAO-), já em SC e no PR foi a TSM+ (TSM-). Com relação aos eventos extremos chuvosos, a combinação AAO+ foi a que apontou o padrão mais chuvoso em toda a RSB, já a combinação menos chuvosa foi a TSM- para o RS e TSM+ para SC e PR. Em termos do comportamento sazonal dos eventos extremos secos, no outono a combinação TSM+ foi a mais seca em toda a RSB e não foi possível identificar um padrão menos seco. No inverno, no RS o padrão da combinação TSM-AAO+ (TSM-AAO-) foi o mais (menos) seco, já em SC e no PR, TSM+AAO+ foi a combinação mais seca, enquanto que a TSM-AAO- (TSM+AAO-) exibiu o padrão menos seco em SC (no PR). Com relação a sazonalidade dos eventos extremos chuvosos na primavera, a combinação TSM+AAO+ apresentou o padrão mais chuvoso em toda a RSB, enquanto que a TSM-AAO- foi a menos chuvosa. No verão, não houve uma combinação mais ou menos chuvosa no RS e SC, já no PR, a combinação AAO- (TSM+AAO+) mostrou o padrão mais (menos) chuvoso. Com relação aos campos de anomalias de altura geopotencial em 700 hPa, nos eventos extremos secos anomalias positivas atingiram parte da ou toda a RSB em 17 das 20 combinações, já nos eventos extremos chuvosos, em 13 das 20 combinações a RSB esteve sob um padrão de neutralidade e não foi possível identificar padrões de acordo com a sazonalidade. Nos eventos extremos chuvosos, os padrões atmosféricos em altos níveis exibiram características típicas do sistema de monção da AS, especialmente no verão.
Palavras-chave: Fase neutra do ENOS. Eventos extremos secos. Eventos extremos chuvosos. Sazonalidade.