Mestrado: Regionalização do Ciclo Diurno da Precipitação sobre a Bacia Amazônica

Data

Horário de início

14:00

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Transmissão online


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Ronald Guiuseppi Ramírez Nina
Programa: Meteorologia
Título: “Regionalização do Ciclo Diurno da Precipitação sobre a Bacia Amazônica”
Orientadora: Profa. Dra. Maria Assunção Faus da Silva Dias

Comissão Julgadora:
1. Profa. Dra. Maria Assunção Faus da Silva Dias – Orientadora - IAG-USP
2. Prof. Dr. Carlos Frederico Angelis - INPE
3. Prof. Dr. Luiz Augusto Toledo Machado – IF/USP
 
 
Resumo
Devido a sua grande extensão territorial, complexo sistema de rios, topografia com áreas de floresta, pastagem, centros urbanos, à presença da Cordilheira dos Andes e sua grande biodiversidade, a Bacia Amazônica (BA) é considerada uma área não homogênea. O ciclo diurno da precipitação sobre a BA foi analisada utilizando dados do produto IMERG V06B Final Run PrecipitationCal (∆t = 0,5h e ∆x = 0,1 ◦ ) do projeto GPM para um perı́odo de 20 anos. Foram analisadas as oscilações diurnas e semi-diurnas da precipitação mediante a análise harmônica, e utilizadas as métricas diurnas da amplitude, fase e taxa de precipitação média que têm a caracterı́stica de condensar grandes quantidades de dados em informações úteis. Foi utilizado o critério da amplitude normalizada para associar setores com uma distribuição bimodal ou uniforme (com dois ou nenhum pico no dia) ou unimodal (com um único pico no dia). A fase do primeiro harmônico mostra o deslocamento dos sistemas precipitantes desde o nordeste e leste da BA para o interior, identificando uma região de dissipação desses sistemas antes de atingir o centro da BA. Esse mesmo comportamento acontece desde os Andes e em direção ao centro da BA, i.e., os picos acontecem primeiro nos Andes (tarde-noite-madrugada), depois nos vales andinos (madrugada-manhã) e logo (tarde-noite-madrugada) no centro da BA. A regionalização do ciclo diurno foi realizada mediante a técnica “K-Means”, utilizando as métricas diurnas do primeiro e segundo harmônico, a taxa de precipitação média, e o número de grupos (“clusters”) determinado mediante os “scores”de silhueta e o método “elbow”. A configuração espacial dos “clusters” identificados para cada período de estudo (DJF, MAM, JJA e SON) mostra uma variação sazonal, sendo modulada pelo Sistema de Monção da América do Sul. Porém, a sua intensidade e momento de ocorrência dos picos das taxas de precipitação horária são modulados por fatores locais.
Palavras-chave: Ciclo diurno da precipitação, Bacia Amazônica, análise harmônica, K-Means, IMERG.