Mestrado: Variação paleosecular geomagnética para o passado 1Ma registrada em fluxos de lava do sul do Equador

Data

Horário de início

15:00

Local

Transmissão online (https://www.youtube.com/IAGUSPvideos/live)

Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Kleber Joshua Sanmartin Atiaga
Programa: Geofísica
Título: “Variação paleosecular geomagnética para o passado 1Ma registrada em fluxos de lava do sul do Equador”
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Ivan Ferreira da Trindade

Comissão Julgadora

  1. Prof. Dr. Ricardo Ivan Ferreira da Trindade - IAG/USP - por videoconferência
  2. Profa. Dra. Elisa Johanna Piispa - University of Iceland – por videoconferência
  3. Prof. Dr. Wilbor Poletti Silva - UFVJM - por videoconferência

 
Resumo

Estudos de variação paleosecular com boa cobertura geográfica e temporal são cruciais para entender o comportamento do campo magnético da Terra no passado. No hemisfério sul, mais especialmente no sul do Equador, esses dados são escassos. Registros confiáveis que podem ser obtidos de fluxos de lava são necessários para criar modelos de campo magnético mais precisos, especialmente para o hemisfério sul. Um total de 196 amostras de 23 fluxos de lava previamente datados de 9 vulcões diferentes foram submetidos a estudos magnéticos e paleodirecionais detalhados. A análise termomagnética mostra que o principal portador de magnetização é titanomagnetita pobre em Ti. Os parâmetros de histerese e as curvas de reversão de primeira ordem (FORCs) indicam que o tamanho do grão magnético varia de SD a PSD e as curvas de IRM revelam a predominância de minerais de baixa a média coercitividade. Desmagnetização térmica e de campos alternados foram usadas para obter direções de 23 sítios. A direção paleomagnetica média para o conjunto de sítios é D = 355,4°, I = -1,1° (A95=7,6°). Trabalhos anteriores no Equador (Kent et al., 2010; Opdyke et al., 2006) são consistentes com essas direções. A direção média do paleopólo para todas as amostras é Plat= 85,4° N e Plon=199,6 E° (A95=7,6). Duas direções anômalas em relação ao GAD (Dipolo Geocêntrico Axial) coincidem com duas excursões magnéticas. O fluxo de lava SE03 (492 ± 9) está dentro do erro da excursão Orphan Knoll (~ 495 ka) identficada anteriormente em fluxos de lava nas Ilhas Galápagos (Equador). Além disso, a amostra SE21 (30 ± 3 ka) está dentro do intervalo da excursão Mono Lake. Uma comparação entre os movimentos morfotectônicos da falha de Pallatanga e um VGP inconsistente do vulcão Igualatá (SE14: 376 ± 10ka) reflete uma alta atividade tectônica nesta zona. Após aplicação do corte de Vandamme (1994), os nossos dados revelam uma dispersão (Sb) de 15.6° (Su = 19.10°; Sl = 11.56°). Este novo resultado é bastante semelhante ao Sb relatado anteriormente para a região com base em um conjunto menor de dados, e é 1.6° superior àqueles previstos pelos modelos G e TK03. Além da forte atividade tectônica, a distribuição de VGP é maior no Equador continental devido a uma forte variabilidade longitudinal associada a importantes componentes não dipolares que podem refletir os efeitos da Anomalia Magnética do Atlântico Sul.
Palavras-chave: Variação paleosecular, pólo geomagnético virtual, Arco vulcânico do Equador, Excursão magnética