Mestrado: Tempestades com Granizo na Cidade de São Paulo: Diagnóstico, Estatística de Índices e Previsibilidade Numérica

Data

Horário de início

14:00

Local

Auditório ADM-210 – IAG/USP


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Melissa Dias da Silva Oliveira
Programa: Meteorologia
Título: “Tempestades com Granizo na Cidade de São Paulo: Diagnóstico, Estatística de Índices e Previsibilidade Numérica”
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Hallak

Comissão Julgadora:
1- Prof. Dr. Ricardo Hallak - IAG/USP
2- Prof. Dr. Wallace Figueiredo Menezes – UFRJ – por videoconferência
3- Dr. Cesar Augustus Assis Beneti - SIMEPAR
 
 
Resumo
Uma vez que a cidade de São Paulo (CSP) é muitas vezes afetada por eventos de queda de granizo, o objetivo principal deste trabalho é responder se existem padrões da distribuição espaço-temporal de variáveis físicas que estejam associados a esses eventos. O período de dados de radiossondagens cobre os anos de 2003 a 2020. Os resultados mostram que variáveis e índices termodinâmicos são úteis como ferramentas diagnósticas da instabilidade atmosférica. A maior frequência desses eventos na CSP deve-se a células cumulonimbus isoladas com topo em formato circular ou oblongo quando observadas por satélites meteorológicos. A maioria dos registros de granizo ocorre dentro de um período de até 2 horas antes da maturação da tempestade. Sugere-se que os eventos ocorrem em células no estágio cumulus congestus. O caso de granizo observado no início da noite no Aeródromo de Campo de Marte em 05 de dezembro de 2013 esteve associado à passagem de um sistema frontal pela CSP e foi simulado com o modelo regional Weather Research and Forecasting Model (WRF). O domínio numérico de 0,9 km desenvolveu um sistema convectivo de pequenas dimensões, aqui batizado como subsistema convectivo de mesoescala, que estava embebido no sistema frontal e que foi responsável pelo evento. Mostrou-se que a instabilidade termodinâmica aumenta, hora a hora, entre às 1200 UTC e o horário de ocorrência do evento na simulação (1900 UTC). A simulação não captura o granizo em superfície, pois há derretimento desses hidrometeoros entre a base da nuvem e a superfície. O estudo mostra que o aumento da resolução de grade produz correntes descendentes mais intensas de modo diretamente proporcional à resolução de grade. Para trabalhos futuros com o WRF, sugerem-se domínios numéricos com maior resolução horizontal e a inclusão de uma parametrização de superfície urbana com maior detalhamento.
Palavras-chave: convecção, granizo, WRF, tempestades, índices