Seminário: Efeitos da temperatura potencial do manto no processo de colisão continental

Data

Horário de início

13:00

Local

Aud. P-218 – IAG/USP (Rua do Matão, 1226 - Cidade Universitária)

A palestra será apresentada pelo doutorando em Geofisica João Pedro Macedo Silva (IAG/USP)

Resumo: Quando comparada com os demais planetas rochosos do Sistema Solar, a Terra é o único planeta que apresenta Tectônica de Placas, que por sua vez, possibilita a formação e evolução de orógenos e margens rifteadas. Ao longo do tempo geológico, o resfriamento do planeta diminuiu a temperatura potencial do manto afetando seu comportamento reológico e é possível que essa mudança tenha afetado a dinâmica dos processos tectônicos desde o Arqueano. Entretanto, usar somente dados do registro geológico para investigar os efeitos dessa mudança deixa esta tarefa ainda mais difícil. Nas últimas décadas, os modelos numéricos se mostraram ótimas ferramentas no estudo da dinâmica interna da Terra no passado geológico. Assim, a partir de experimentos numéricos que englobam do rifteamento à colisão continental, este trabalho tem o objetivo de explorar os efeitos da variação da temperatura potencial do manto, espessura e grau de acoplamento da litosfera no processo de colisão continental para idades que vão do presente ao Neoproterozoico (1 Gyr). Os resultados preliminares dos experimentos numéricos mostraram que tanto a espessura da litosfera como a temperatura potencial do manto astenosférico influenciam no estilo de tectônica apresentado durante a colisão continental, variando entre Tectônica de Placas e Tectônica Lenta (Sluggish Tectonics).