Doutorado: Interação das Linhas de Instabilidade da Amazônia e a Estratificação do Atlântico Tropical

Data

Horário de início

08:00

Local

Auditório ADM-210 – IAG/USP (Rua do Matão, 1226 - Cidade Universitária)

Defesa de tese de doutorado
Aluno: Douglas Vieira da Silva
Programa: Meteorologia
Título: “Interação das Linhas de Instabilidade da Amazônia e a Estratificação do Atlântico Tropical”
Orientador: Prof. Dr. Ricardo de Camargo – IAG/USP

Comissão Julgadora

  1. Prof. Dr. Ricardo de Camargo - IAG/USP
  2. Profa. Dra. Rosmeri Porfirio da Rocha -IAG/USP
  3. Prof. Dr. Eduardo de Paula Kirinus - UFPR - por videoconferência
  4. Profa. Dra. Claudia Klose Parise - UFMA - por videoconferência
  5. Profa. Dra. Jaci Maria Bilhalva Saraiva -FURG - por videoconferência

 
Resumo

Esta tese avalia o papel da estratificação local sobre a atividade convectiva ao longo da costa do Leste da Amazônia. A estratificação local neste contexto se refere à estratificação do ambiente da Plataforma Continental do Amazonas. A estratificação dessa área se caracteriza pela descarga do Rio Amazonas e pela precipitação local, gerando uma camada barreira e uma camada de mistura mais rasa. Os fenômenos convectivos avaliados se referem aos complexos convectivos de mesoescala e linhas de instabilidade que se formam no Leste da Amazônia a partir de aglomerados de nuvens. Desta forma o objetivo desta tese é identificar como diferentes aspectos da estratificação do mar e do oceano influenciam a dinâmica desses sistemas convectivos costeiros. Esse objetivo foi abordado por três objetivos específicos: (1) identificação de como a variabilidade de parâmetros de estratificação do mar e de instabilidade da troposfera se correlacionam com a variabilidade das linhas de instabilidade; (2) quantificação da sensibilidade da convecção costeira à diferentes condições de estratificação simuladas em experimentos numéricos; e (3) identificação dos vetores de interação ar-mar sincrônicos entre a precipitação e Pluma do Rio Amazonas a partir de experimentos com modelo acoplado.O resultado principal dessa tese é que a convecção apresenta uma variabilidade e sensibilidade à estratificação local que é distinta da forçante remota. Esse resultado indica que fatores de retroalimentação da interação ar-mar geram desafios adicionais para caracterizar esses sistemas. Esses resultados cobrem fundamentalmente um problema de balanço de energia em uma área de relevante interesse para entendimento de mecanismos de clima regional da América do Sul.
Palavras-chave: Convecção, estratificação, instabilidade, linhas de instabilidade, Leste da Amazônia.