Mestrado: Influência da estrutura reológica litosférica na evolução de escarpas em margens rifteadas: uma abordagem numérica

Data

Horário de início

14:00

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Transmissão online


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: João Pedro Macedo Silva
Programa: Geofísica
Título: “Influência da estrutura reológica litosférica na evolução de escarpas em margens rifteadas: uma abordagem numérica”

Comissão Julgadora:
Prof. Dr. Victor Sacek - IAG/USP - por videoconferência
Prof. Dr. Claudio Alejandro Salazar Mora - IGc/USP - por videoconferência
Dra. Anna Eliza Svartman Dias - PETROBRAS - por videoconferência
 
 
Resumo:
O objetivo deste trabalho é avaliar o papel da composição reológica da litosfera e da dinâmica mantélica na formação e evolução de margens divergentes e também sua influência nas escarpas costeiras geradas durante o processo de estiramento litosférico, levando-se em consideração tanto a fase rifte como pós-rifte da margem. Para isso, foi utilizado um modelo termomecânico que simula a convecção mantélica no tempo geológico para diferentes condições geotectônicas. Os resultados mostram que uma crosta inferior mais rígida promove um soerguimento do flanco do rifte com maior amplitude, simetria e também uma maior preservação ao longo do tempo geológico, já que o escoamento viscoso é menos intenso se comparado com uma crosta inferior menos rígida. O mesmo comportamento também é afetado pela espessura crustal e litosférica em que crostas menos espessas geraram flancos de maior amplitude, enquanto que um manto litosférico menos espesso produziu flancos de menor amplitude. Para todos os cenários observou-se uma tendência de queda da amplitude do flanco do rifte ao longo do tempo geológico sendo que a taxa de decrescimento se mostrou sensível à reologia adotada para o manto litosférico. A mesma tendência de queda com a idade é observada ao comparar os resultados com escarpas de margens reais presentes no Atlântico Sul, Sudeste australiano, Mar Vermelho, Montanhas Transantárticas, Oceano Índico e Nordeste do Atlântico. A aplicação de um modelo de processos superficiais à topografia gerada pelos processos termomecânicos indicou que a preservação dos efeitos do soerguimento do flanco do rifte depende da eficiência erosiva adotada e da quantidade de recuo da escarpa, mostrando que margens com idades superiores a 60 Myr dificilmente preservam algum efeito do soerguimento gerado pelo rifteamento.
Palavras-chave: Margens rifteadas. Modelagem numérica. Escarpas costeiras. Processos superficiais.