Mestrado: Variabilidade de alta frequência da velocidade do vento próximo à superfície no Nordeste do Brasil: clima presente e tendências futuras

Data

Horário de início

10:00

Local

Auditório ADM-210 – IAG/USP (Rua do Matão, 1226 - Cidade Universitária)


Defesa de dissertação de mestrado
Aluno: Maria Luiza Kovalski
Programa: Meteorologia
Título: “Variabilidade de alta frequência da velocidade do vento próximo à superfície no Nordeste do Brasil: clima presente e tendências futuras”
Orientadora: Profa. Dra. Rosmeri Porfirio da Rocha

Comissão Julgadora:
  1. Profa. Dra. Rosmeri Porfirio da Rocha - IAG/USP
  2. Profa. Dra. Luana Albertani Pampuch – UNESP
  3. Prof. Dr. Francisco das Chagas Vasconcelos Junior – FUNCEME - por videoconferência
 
 
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar as flutuações de alta frequência da velocidade do vento próximo à superfície, através das variações abruptas de vento ou rampas de vento, e avaliar tendências nos períodos futuros de médio e longo prazos no cenário RCP8.5 no Nordeste do Brasil (NEB). Foram utilizados dados de estações meteorológicas automáticas (EMAs), da reanálise ERA5 e de simulações com o modelo regional RegCM4. As simulações climáticas do RegCM4 foram forçadas pela ERA-Interim e pelos modelos globais HadGEM2 e MPI. Inicialmente, avaliou-se o padrão espacial dos ventos a 100 m de altura na região do NEB para o período de 1979 a 2014 separando a região em 5 subdomínios. Em todos os subdomínios selecionados as maiores velocidades de vento ocorrem entre agosto e outubro, e menores entre março e maio, correspondendo às estações seca e chuvosa, respectivamente. Para 8 localidades no NEB avaliou-se os dados de vento a 10 m da ERA5 e RegCM4-ERAI, e obteve-se que ambos conjuntos de dados tendem a apresentar maiores médias e medianas de velocidade do vento do que as EMAs em várias localidades, porém a ERA5 demonstra correlação superior à da simulação. Visando compreender a variabilidade do vento em alta frequência temporal, explorou-se as rampas de vento (aumento ou diminuição abruptas de velocidades). As rampas de vento apresentaram consistência no comportamento para localidades próximas ou no mesmo subdomínio. Além disso, é notável a influência de brisas terra-oceano, para as regiões litorâneas, e brisas vale-montanha, para regiões continentais na definição do horário preferencial de estabelecimento ou término das rampas. Por fim, investigou-se tendências futuras do vento a 10 m com os modelos RegCM4-HadGEM e RegCM4-MPI para o período futuro próximo (FP- 2040-2059) e futuro distante (FD - 2080-2099) em relação ao período de referência (PR - 1995-2014). Ambos os períodos futuros mostraram aumento consistente na mediana da velocidade do vento, indicando mudança na distribuição de frequência dos dados. Em relação às rampas de subida de vento obteve-se que áreas costeiras exibem tendência de aumento da frequência das rampas de vento, enquanto áreas continentais projetam tendência de redução para o FD.
Palavras-chave: variabilidade de alta frequência, intensidade dos ventos, Nordeste do Brasil