Calibração de metalicidades de estrelas subanãs M pobres em metais baseada em companheiras binárias

Autor Viviane Salvador Alves
Orientador Silvia Cristina Fernandes Rossi
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2013
Departamento Astronomia
Resumo

Este trabalho envolve um estudo espectroscópico voltado para estimativas de metalicidades de uma amostra de estrelas anãs M. As estrelas M de baixa massa constituem os objetos estelares mais numerosos na Galáxia e com tempos de vida de sequência principal que excedem a atual idade do Universo. Sendo assim, podem ser vistos como grandes laboratórios para estudo da estrutura e evolução da Galáxia. Os esforços deste trabalho se concentraram em traçar paralelos entre a força de algumas bandas moleculares presentes nos espectros dessas estrelas e a metalicidade. Seguiu-se para isso metodologias presentes na literatura. A motivação para o trabalho foi dar continuidade a um estudo iniciado por Sebastien Lépine e colaboradores, em 2007, utilizando, pela primeira vez uma amostra de anãs M do hemisfério sul. Além disso, uma reavaliação da calibração de metalicidade para anãs M norteou o estudo.

O trabalho utilizou o espectrógrafo Goodman do observatório SOAR para obtenção dos espectros estelares. As estimativas de metalicidade da amostra foram obtidas a partir do n-sspp, uma adaptação do Segue Stellar Parameters Pipeline (sspp), pipeline do SDSS. Os objetos considerados são sistemas binários constituídos por uma estrela de tipo espectral F ou G e outra de tipo espectral M. A estrela primária (F ou G) é utilizada para se determinar a metalicidade da estrela M (secundária), diante da hipótese de que o sistema se formou a partir de uma mesma nuvem mãe.

Apesar de todos esforços empregados neste estudo, não foi possível refinar a calibração de metalicidades para as estrelas em questão. O índice calibrador desenvolvido por Lépine et al. (2007) mostrou-se um fraco indicador de metalicidades, resultado já documentado por eles em 2012. Com isso, os estudos para calibrações de metalicidade de estrelas anãs M devem ser incentivados.

Anexo d_viviane_s_alves_corrigida.pdf