Cinemática e populações estelares de galáxias no universo local

Autor Carlos Eduardo Barbosa
Orientador Cláudia Mendes de Oliveira
Tipo de programa Doutorado
Ano da defesa 2016
Departamento Astronomia
Resumo

Galáxias são os principais blocos de construção do universo, mas ainda estamos aprendendo sobre aspectos fundamentais da sua formação. Em particular, gostaríamos de entender como as galáxias adquirem suas estrelas, e onde e quando essas estrelas nasceram. Nesta tese, investigamos estas questões pelo estudo da dinâmica e das abundâncias químicas de galáxias no universo local. Estendendo trabalhos anteriores na área, desenvolvemos um método Bayesiano para a obtenção de idades, metalicidades e abundância de elementos alfa ponderados pela luminosidade. Em nosso estudo inicial, pesquisamos ​​seis grupos de galáxias para compreender como esse ambiente em  particular pode estar relacionado às transformações morfológicas. Obtivemos uma amostra de 59 membros de grupos com uma vasta gama de massas dinâmicas, que foram utilizados para demonstrar que a relação massa-metalicidade se estende para galáxias de baixa massa. Então, procedemos ao estudo de NGC 3311, uma galáxia cD no centro do aglomerado Hydra I. Confirmamos as observações anteriores do perfil de dispersão da velocidades do sistema, que indicam a presença de uma grande subestrutura fotométrica que ilustra a acreção atual de estrelas no halo estelar difuso. Foi realizado um estudo das populações estelares do sistema, que indica que as estrelas no halo estelar difuso foram obtidas em eventos passados de fusão ​​de grandes galáxias elípticas, enquanto que a região central da galáxia é provavelmente o remanescente de uma rápido colapso dissipativo. Além disso, a metalicidade das estrelas na subestrutura fotométrica sugere a ruptura atual de galáxias anãs relacionadas com a presença de um grupo se movimentando em direção ao centro do aglomerado. Estes resultados são consistentes com o modelo de duas fases para a acumulação da massa de galáxias, no qual galáxias elípticas gigantes são formadas por processos dissipativos em altos redshifts, mas continuam a acrescentar estrelas em seus halos pelo deposição de sistemas satélite.

Anexo t_carlos_e_barbosa_original.pdf