Estudo da Existência das Instabilidades Kelvin-Helmholtz e Rayleigh-Taylor em uma Ejeção de Massa Coronal

Autor Miguel Andrez Paez Murcia
Orientador Vera Jatenco Silva Pereira
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2013
Departamento Astronomia
Resumo

O presente trabalho é um estudo da existência de instabilidades Kelvin-Helmholtz (IKH) e Rayleigh-Taylor (IRT) entre ejeção de massa coronal (do inglês: Coronal Mass Ejections (CMEs) e o vento solar. Nos propomos um mapeamento dos campos magnéticos (B), densidades (ρ) e velocidades (U) para duas situações diferentes de interação entre a CME e o vento solar. A primeira é apropriada para a IKH, onde assumimos uma CME ainda em ejeção. Nesta situação o flanco norte da CME interage com o vento solar rápido e o flanco sul interage com o vento solar lento. Na segunda situação analisamos a existência da IRT, onde o enfoque foi analisar o comportamento da interface de uma ejecao interplanetária de massa coronal (do inglês Interplanetary Coronal Mass Ejections -(ICME) que se expande no vento solar. Usando a teoria proposta em 1961 por Chandrasekhar para as instabilidades magnéticas, restringimos o valor das variáveis (B, ρ, U) que satisfazem as condições para a existência das IKH e IRT. Finalmente, utilizando estes intervalos encontramos as regiões onde as instabilidades podem ocorrer. Para a IKH no flanco do vento rápido se conclui que ela ocorre em distancias <1,41 Rs acima da superfície solar, unicamente para campos magnéticos da CME entre 1 e 2,88 G. No flanco do vento lento o intervalo de existência é <0,46 Rs para campos entre 1 e 1,81 G. Em ambos casos, nossos resultados estão compatíveis com os dados e modelos apresentados na literatura. Para a IRT não encontramos instabilidades magnéticas. Isto reflete a necessidade de um maior refinamento tanto na modelagem quanto no valor para o campo magnético que é uma variável muito incerta neste tipo de estudo.

 

 

Anexo d_miguel_a_p_murcia_corrigida.pdf