Condições Atmosféricas Conducentes a Tempestades Severas e sua Relação com a Urbanização na RMSP

Autor Andreia Bender
Orientador Edmilson Dias de Freitas
Tipo de programa Doutorado
Ano da defesa 2019
Palavras chave Tempo severo. Ilha de calor urbana. Parâmetros convectivos.
Departamento Ciências Atmosféricas
Resumo

O potencial aumento da atividade convectiva e da severidade das tempestades proporcionada pela ilha de calor urbana das grandes cidades, já apontado por diversos autores, é verificado através de testes com o modelo BRAMS, em que o esquema TEB é ativado e desativado para dois casos de tempestade. Em seguida, cenários de crescimento da mancha urbana para o ano de 2030 e de aumento da área com construções altas foram utilizados para avaliar o possível aumento na quantidade de precipitação, nos índices de tempo severo e, consequentemente, na severidade das tempestades que podem ocorrer na região. Com os métodos de planejamento fatorial e separação de fatores, verificou-se que o aumento da mancha urbana é capaz de aumentar a quantidade de chuva sobre a RMSP, indicando que a mudança do uso do solo de rural para o urbano é determinante para este aumento. O aumento da área com construções altas possui uma tendência para causar supressão da chuva. O aumento da mancha urbana é o principal fator gerador de instabilidade e cisalhamento entre os ensaios. O fator de aumento da urbanização vertical causa diferentes impactos entre os dois casos de tempestade, um com aumento e outro com redução da instabilidade. Em ambos os casos a verticalização causa redução do cisalhamento. A interação entre os dois fatores, urbanização horizontal e vertical, gera um aumento da precipitação e um deslocamento maior da tempestade sobre a RMSP, em relação ao cenário atual, porém menor do que ocorreria para o cenário com apenas aumento da mancha urbana.

 

Anexo andreia_bender_corrigida.pdf