Investigação do balanço de energia e do fluxo de momento na camada limite superficial da atmosfera em uma área costeira não-glaciada na Estação Ferraz, na região Antártica.
Autor | Marco Aurélio Alvarenga Alves |
Orientador | Jacyra Soares |
Tipo de programa | Mestrado |
Ano da defesa | 2016 |
Palavras chave | Fluxo turbulento de calor sensível, fluxo turbulento de calor latente, balanço de energia, fluxo de momento, camada limite superficial, Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz. |
Departamento | Ciências Atmosféricas |
Resumo | A região Antártica é conhecida por desempenhar um papel importante no clima global, em especial para o Hemisfério Sul. No entanto, pouco se conhece sobre os fenômenos locais, especialmente os fluxos turbulentos de calor e momento. Desta forma, este trabalho teve como objetivo investigar o balanço de energia e o fluxo de momento na camada limite superficial na Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, utilizando dados observacionais obtidos pelo Projeto ETA, durante o período de 22 a 26 de novembro de 2014. Este período apresentou ventos preferenciais vindos do oceano (setor NE-E), o que foi responsável por caracterizar a atmosfera local com características oceânicas, próxima à neutralidade. Devido a isso, os fluxos turbulentos de calor (sensível e latente) não apresentaram um ciclo diurno evidente, com magnitudes pequenas de fluxos. O fluxo de calor sensível variou entre -10 W m-2 e 30 W m-2 e o latente entre -10 W m-2 e 45 W m-2, com a razão de Bowen variando entre -1 e 2 e com valor médio de 0.06, o qual é um valor típico para condições oceânicas. Considerando o balanço de energia estudado, o termo residual apresentou grande variação, especialmente durante os períodos de maior resfriamento/aquecimento radiativo, sugerindo que a heterogeneidade do terreno e processos advectivos são relevantes para essa região. O fluxo de momento foi obtido aqui pelo método da covariância e apresentou, na maioria, valores menores que 0,2 N m-2. Além disso, verificou-se que o fluxo de momento é dependente do vento para ventos acima de 4,0 m s-1. A partir disso, o coeficiente de transferência de momento foi obtido para o período com valor de 1,7 x 10-3, concordando com valores já observados na literatura para a região Antártica. |
Anexo | d_marco_a_a_alves_corrigida.pdf |