Mestrado: Estimativa de evapotranspiração pelo método Morton-CRAE em área de Cerrado e Mata Atlântica

Data

Horário de início

09:00

Local

Auditório ADM-210/211 – IAG/USP (Rua do Matão, 1226 - Cidade Universitária)

Defesa de dissertação de mestrado
Estudante: Jonathan Wendell Alves
Programa: Meteorologia
Título: “Estimativa de evapotranspiração pelo método Morton-CRAE em área de Cerrado e Mata Atlântica”
Orientador: Prof. Dr. Humberto Ribeiro da Rocha

Comissão Julgadora

  1. Prof. Dr. Humberto Ribeiro Rocha - orientador - IAG/USP
  2. Profa. Dr. Osvaldo Machado Rodrigues Cabral - EMBRAPA - por videoconferência
  3. Prof. Dr. Leonardo Moreno Domingues – pós-doutorando IAG

 

Resumo

A evapotranspiração (ET) é uma das componentes básicas do balanço de água na superfície, que no estado de São Paulo responde em média por aproximadamente 67% da precipitação anual, portanto a maior perda para a disponibilidade hídrica. A estimativa da ET tem grande variabilidade espacial, o que torna sua estimativa marcada por pronunciada incerteza para áreas de dimensões agrícolas, ou áreas maiores com diferentes tipos de vegetação. Este estudo utiliza o método de Relações Complementares para Evapotranspiração de Morton (Morton-CRAE), para uma área homogênea em equilíbrio com o estado da atmosfera, uma vantagem por não depender explicitamente das condições da superfície. As estimativas foram feitas para locais de áreas representativas da vegetação nativa dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, no Sudeste do Brasil, comparadas com estimativas de campo, na Gleba Pé de Gigante (Santa Rita do Passa Quatro) e Núcleo Santa Virgínia (São Luís do Paraitinga) respectivamente. Os resultados mostraram alta sensibilidade do método ao saldo de radiação, recomendando-se que sua prescrição no método seja a mais acurada possível. Nas comparações com medições de campo, na área de Cerrado os cálculos foram muitos próximos da média total, superiores em 0,6% (≃103 contra 102,6 mm mês-1) e que na variação mensal mostrou superestimativa com fator de escala de 15% e offset de -15 W m-2. No caso da área de Mata Atlântica os cálculos mostraram uma superestimativa da média de 19,4% (≃ 93 contra 80 mm mês-1) e que na variação mensal indicou superestimativa com fator de escala de 9% e offset de +5 W m-2. O padrão da hipótese de Bouchet foi mais evidente na área de Cerrado, caracterizado por extensa variação da umidade do solo, enquanto no caso da Mata Atlântica o padrão hipotético não foi bem definido, devido à alta umidade do solo dominante durante a maior parte do ano.

Palavras-chave: Evapotranspiração, Morton-CRAE, Cerrado, Mata Atlântica