Estudo paleomagnético de rochas Arqueanas da Bahia

Autor Caio Augusto Deiroz Amaral
Orientador Ricardo Ivan Ferreira da Trindade
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2021
Palavras chave Magnetismo de rocha, fábrica magnética, paleomagnetismo, riolitos Arqueanos.
Departamento Geofísica
Resumo

Este estudo realizou uma caracterização da mineralogia magnética, fábrica magnética e direção paleomagnética em um conjunto de diques máficos não datados (14.15°S, 40.72°W) e em um afloramento de rochas riolíticas Arqueanas (13.668°S, 40.905°W) no interior do estado da Bahia, Brasil. Os seguintes procedimentos laboratoriais foram realizados: obtenção de curvas termomagnéticas (variação χ - T), ciclos de histerese, magnetização remanente isotérmica (MRI) e curvas de reversão de primeira ordem (FORC), definição da anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM) e anisotropia de susceptibilidade magnética anisterética (AASM) e aplicação de técnicas de desmagnetização térmica e por campos magnéticos alternados. O principal mineral portador da magnetização em ambos conjuntos de rochas é a magnetita de pseudo-domínio simples à multidomínio, no entanto as rochas também apresentaram uma grande quantidade de minerais paramagnéticos. O conjunto de amostras de diques máficos não apresentou resultados satisfatórios para as análises de anisotropia e paleomagnetismo. A trama magnética dos riolitos apresentou baixos valores de susceptibilidade magnética e de grau de anisotropia (parâmetro P). O corpo como um todo exibiu um padrão de lineação subvertical para Leste, indicando um comportamento coerente para o fluxo de lava. A caracterização paleomagnética indicou apenas uma direção de remagnetização (D m = 228.2°, I m = 4.0°, α 95 = 8.6°, K = 105.87) apresentando um polo paleomagnético localizado em -40.6°N, 218.0°E (A 95 = 7.0°; K = 120.13). O evento de remagnetização mais provável de se ter ocorrido na região foi a formação do Cinturão Salvador-Itabuna-Curaça, causando um reaquecimento em larga escala na região de interesse fazendo com que as rochas estudadas perdessem a informação sobre o campo magnético terrestre do seu período de formação.