Variação Paleosecular no Norte da Patagônia, registros dos fluxos de lava Caviahue-Copahue para o período 0-5 Ma

Autor Thiago Ribas Moncinhatto
Orientador Ricardo Ivan Ferreira da Trindade
Tipo de programa Mestrado
Ano da defesa 2020
Palavras chave Variação Paleosecular. Campo Médio. Complexo Vulcânico Caviahue-Copahue. Patagônia. fluxo de lava.
Departamento Geofísica
Site web https://www.iag.usp.br/evento/mestrado-moncinhatto-variacao-paleosecular-patago…
Resumo

Um estudo da variação paleosecular (VPS) e do campo médio (CM) nos últimos 5 milhões de anos foi efetuado em derrames de lava do sistema vulcânico Coviahue-Copahue (37°51′48′′S, 71°10′20′′W) situado na Patagônia setentrional, na Argentina. A cronologia dos derrames foi obtida a partir de vinte datações K/Ar reportada em estudos anteriores. A mineralogia magnética dos fluxos de lava foi investigada a partir de petrografia, microscopia eletrônica de varredura (MEV), variação da susceptibilidade magnética de baixo campo com a temperatura (diagramas χ-T), magnetização remanente isotérmica (MRI), ciclos de histerese e curvas de reversão de primeira ordem (FORC). Os derrames contêm essencialmente titanomagnetita, com coercividades entre 6 e 20 mT e os diagramas FORC são típicos de grãos pseudo-monodomínio. Um total de 50 fluxos de lava foram amostrados, dos quais 42 forneceram dados direcionais coerentes após tratamento por campos magnéticos alternados e/ou térmico. Destes 42 sítios, 36 possuem polaridade normal e 6 polaridade reversa. A direção média normal (reversa) é D = 355.9°, I = − 51.7°, α 95 = 4.6°, N = 30 (D =189.1°, I = 57.5°, α 95 = 4.4°, N = 5). Após aplicação de uma critério de qualidade envolvendo o parâmetro de precisão k ≥ 100 no banco de dados, o polo Paleomagnético resultante combinando as duas polaridades é 85.4° N, 231.5° E, A 95 = 5.6°, N = 26. A dispersão dos polos geomagnéticos virtuais (PGV) em torno do polo geográfico norte (S b = 15.9°) e a anomalia de inclinação (∆I = 4.6°) são ambas consistentes em um nível de confiança de 95% com os modelos globais de VPS e CM, respectivamente. Os novos dados apresentados aqui dão suporte à hipótese de que o Dipolo Geocêntrico Axial explica boa parte das direções paleomagnéticas na América do Sul no período considerado e apenas uma pequena contribuição de componentes não dipolares é necessária para modelar o campo regional médio.